Já faz 11 anos que a Escola Professora Maria Garcia Pessi, localizada no Bairro Cidade Alta, em Araranguá, continua com obras inacabadas. O projeto inicial do colégio estadual previa a construção de três novos blocos, o qual apenas um foi construído e apropriado pela comunidade escolar antes mesmo de ser entregue pela empreiteira.
De acordo com a diretora da escola, Sandra Vargas, o projeto foi totalmente revisado e a previsão para a entrega dos últimos blocos, com refeitório e banheiros novos, ficou marcada para ocorrer em abril deste ano - mas até agora nada. “A empresa pediu um aditivo para a conclusão da obra, o estado não aceitou e a empresa, em uma última conversa, pediu a rescisão do contrato, não sendo mais a responsável pela construção”, explicou a diretora.
Segundo o presidente da Associação de Moradores do Bairro Cidade Alta em Araranguá (Amoca) e conselheiro da APP do Maria Garcia Pessi, Aloísio Bertoncini, a empresa ESE construções rejeitou o aditivo de R$ 489 mil assinado pelo secretário de Educação Natalino Uggioni, exigindo R$ 550 mil para a conclusão da obra.
Sandra afirma que a escola conta, atualmente, com apenas dois banheiros masculinos e dois femininos, ambos isolados na rua, para atender cerca de 1500 alunos. Além disso, o colégio ainda não conta com refeitório, o que obriga os alunos a realizarem as suas refeições na rua. “Os alunos estão revoltados, assim como toda a comunidade escolar, pais e professores. Nós não estamos procurando culpados em siglas de partidos, queremos uma solução”, ressaltou Sandra.
Os próximos passos para a conclusão da obra segundo a Secretaria de Educação de Santa Catarina, é aguardar 15 dias para que a empresa com contrato rescindido se manifeste, e buscar por outra empreiteira. Caso uma segunda empresa não aceite o serviço, o estado deverá fazer um documento dando a obra como emergencial, assumindo o trabalho.
A diretora destaca que, caso a obra não seja concluída até o início do ano que vem, os professores da escola Maria Garcia Pessi não voltarão para o ano letivo de 2020. “Estamos há muito tempo esperando por isso, e a decisão da comunidade é terminar esse ano e não retornar em Fevereiro do ano que vem”, concluiu Sandra.