Desde o início da pandemia sem aulas, as escolas particulares do estado enfrentam dificuldades para se manter financeiramente e continuar atuando. Para o presidente do Sindicato da Escolas Particulares de Santa Catarina, Marcelo de Souza, o momento é de dúvidas e indignação, já que as aulas não retornaram e o Estado não presta assistência aos trabalhadores.
"As escolas estão prontas e preparadas para receber os alunos, assim que as famílias se sentirem confiantes e assim desejarem. Essa seria a nossa maior luta, que a gente não precisasse da tutela do estado, apenas de quando as famílias desejassem", explicou Souza ao programa Adelor Lessa na manhã desta segunda-feira, 27.
Conforme o presidente, historicamente as escolas nunca foram vetores de doenças. "O que nos resta são dúvidas e indignação. Apesar de estar defendendo isso, lá em março a a gente sempre escutou quando 70% da população pegar, só que o estado não consegue atender todos. Então temos que achatar a curva, mas essa curva sem investimentos do estado não vai para lugar nenhum. Eu não vejo o estado e os municípios se dotando de infraestrutura. Vamos esperar mais 50 meses? Vamos esperar mais quanto?", questiona.
Souza comentou outros exemplos, como São Paulo que não parou o transporte coletivo, ou até mesmo Rio de Janeiro. "O pior já foi mostrado na televisão e aqueles locais, como Manaus, as aulas já voltaram. Naqueles locais críticos já voltaram e aqui não. Em Santa Catarina eu não vejo mais leitos, mais médicos ou hospitais de campanha sendo investidos. E no final sobram perguntas e indignação", enfatizou.
De acordo com presidente, escolas de educação infantil estão quebradas, pois estão há mais de quatro meses sem receber as mensalidades. "Sem receber R$ 1 e tendo pagar os salários", finalizou.