Mapear a diversidade de microrganismos potencialmente de risco – como bactérias, vírus e protozoários – na Amazônia e buscar, avaliar e identificar os possíveis reservatórios naturais e vetores envolvidos nos ciclos selvagens. Este é o objetivo de um estudo que conta com a participação de pesquisadores de Santa Catarina e apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado (Fapesc).
O Amazônia+10 é uma parceria do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) com as fundações estaduais. Na Fapesc foram aprovados cinco projetos, entre eles o “Riscos zoonóticos em regiões de degradação ambiental do bioma Amazônia: entendendo o microbioma e o viroma Amazônicos”.
O trabalho foi elaborado por um conjunto de pesquisadores de diferentes estados brasileiros, pertencentes a rede de pesquisa e sequenciamento “Estudo Colaborativo de Vigilância Genética do SARS-CoV-2 em cidades brasileiras (Rede SeqV Brasil)”.
“O grupo entende a existência de agentes infecciosos (vírus, parasitos e bactérias) com grande impacto na região Amazônica. Esta região contém a maior floresta tropical do mundo e vem sendo impactada fortemente pela degradação do ambiente sem o devido controle ou cuidado e pela mudança climática, que impacta na emergência, reemergência e/ou manutenção destes micro-organismos no país”, explica Glauber Wagner, professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Foi elaborado um estudo multicêntrico, onde pesquisadores de nove estados brasileiros e juntamente com pesquisadores de fora do Brasil buscarão mapear a diversidade de microrganismos potencialmente de risco, incluindo bactérias, vírus e protozoários nesta região, também buscando avaliar e identificar os possíveis reservatórios naturais e vetores envolvidos nos ciclos selvagens.
Fazem parte desta pesquisa, além dos pesquisadores da UFSC (Laboratório de Bioinformática e Laboratório de Virologia Aplicada e Laboratório de Protozoologia), pesquisadores de outros oito estados Brasileiros (São Paulo, Rio Grande do Sul, Amapá, Goiás, Amazonas, Paraíba, Tocantins e Rondônia, bem como pesquisadores do Imperial College London, como o Dr. Nuno Faria. Este projeto tem a coordenação geral da Profa. Camila Romano da Universidade de São Paulo (USP).