Chegamos ao dia primeiro de abril, conhecido primordialmente como o Dia da Mentira. Aquele em que qualquer informação nos dada, por mais verídica que possa parecer, acaba nos deixando duvidosos e com uma pulga atrás da orelha. A origem desse dia, e o porquê dele ser considerado o da mentira, data de muitos anos atrás.
Somos orientado pelo calendário gregoriano, instituído pelo papa Gregório XII, desde o ano de 1582. Antes disso, o calendário vigente fora instituído pelo imperador romano Júlio César, no ano de 86 antes de Cristo.
“Pelo calendário antigo, o ano começava no dia 1 de abril, e foi o rei Carlos IX, da França, que determinou que o ano começasse no dia 1 de janeiro. Muitos franceses, no entanto, resistiram à mudança e continuaram a festejar o início do novo ano no dia 1 de abril”, comentou o historiador Archimedes Naspolini Filho.
Então, muitos passaram a ridicularizar os conservadores e, na data de 1 de abril, enviavam à eles presentes esquisitos e convites para festas inexistentes - nascia o Dia da Mentira. No Brasil, o primeiro de abril começou a ser conhecido a partir de 1828, em Minas Gerais, onde circulou um periódico denominado “A Mentira”.
“Em seu primeiro número, que circulou em 1 de abril daquele ano, era anunciado a morte de Dom Pedro I. Aquele jornal circulou pela última vez no dia 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1 de abril do ano seguinte, dando como referência um endereço inexistente”, concluiu Archimedes.