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Serviço Geológico recupera áreas degradadas pelo carvão em Treviso

CPRM recuperou 120 hectares em Treviso. Previsão é que até em 2032 sejam recuperados mais de 1000 hectares

Por Paulo Monteiro Treviso, SC, 13/11/2019 - 15:09 Atualizado em 13/11/2019 - 21:27
foto: Janis Morais/ CPRM
foto: Janis Morais/ CPRM

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O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apresentou nesta terça-feira, 12, os resultados obtidos em Treviso através do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas da Bacia Carbonífera de Santa Catarina. Ao todo, 120 hectares de terras inférteis e degradadas pelas carboníferas do município foram recuperadas pelo projeto, que teve duração de aproximadamente três anos.

Segundo um dos geólogos envolvidos na ação, Marlon Hoelzel, o projeto foi estabelecido há 10 anos atrás, a partir de uma parceria da CPRM com a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). “Em 2009 nós contratamos a Unesc para executar os projeto das 11 áreas degradadas da Carbonífera Treviso e das áreas com rejeito e bocas de mina da CBCA, empresas que não tinham recursos para recuperar esses terrenos e acabaram os cedendo para a União”, comentou.

Com contrato até 2032 para recuperar mais de 1000 hectares em toda a região carbonífera sul, a retomada do território degradado de Treviso foi apenas a segunda parte do projeto, que em 2016 já havia atuado em 42 hectares de Siderópolis. 

“A exposição a céu aberto dessas áreas fez com que pilhas de material estéril, que é o material de cobertura da camada de carvão, formassem um solo infértil para vegetação. Próximo a camada de carvão tem o mineral pirita, que causa a degradação dos recursos hídricos. Nós fazemos a reconformação da topografia dessas pilhas, colocamos uma camada de argila para isolar a água e fazemos a fertilização do solo”, explicou Marlon, sobre todo o processo de retomada.

Após serem recuperados, esses espaços foram devolvidos para as carboníferas em questão, mas sob algumas restrições. Durante um período de dois anos de monitoramento, essas empresas não poderão construir estruturas definitivas sob o espaço, e nem realizar perfurações que possam expor, novamente, a pirita no terreno. 

De acordo com o geólogo, os próximos passos do projeto envolvem a finalização da recuperação de um espaço em Ex-Patrimônio, em Siderópolis, e iniciar as atividades nas áreas de Itanema um e Santa Luzia, localizadas entre Lauro Muller e Urussanga. “Queremos entregar este terreno em Siderópolis ainda em 2020. São cerca de 25 hectares com algumas dificuldades, graças as bocas de mina repletas de efluentes”, concluiu Marlon.
 

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