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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Adelor Lessa 02/09/2019 - 16:52 Atualizado em 02/09/2019 - 16:58

A Justiça de Orleans concedeu liminar a uma Ação Popular impetrada em julho que tentava a suspensão dos efeitos dos decretos assinados pelo prefeito Jorge Koch que encaminhava desapropriação de áreas que pertencem ao Instituto Leonardo Murialdo.

Na semana passada o prefeito havia comemorado o que considerava o fim do impasse que se arrastava por quatro meses. Ele anunciou um acordo entre as partes para desapropriar 34 hectares, com a doação de 5,1 hectares para o município e 3 hectares tornando-se áreas de interesse público, com o restante sendo utilizado pela congregação para loteamento com cerca de 280 unidades para comercialização

A decisão da juíza Bruna Canella Becker Búrigo:

Diante do exposto, DEFIRO o pedido liminar e, por conseguinte,
DETERMINO a imediata suspensão dos efeitos do Decreto Expropriatório de n. 4.572/2019 do Município de Orleans, o qual declarou de utilidade pública, para fins de  desapropriação, a área de terras de 344.720,36 m² do imóvel matriculado sob nº 15.450, do Registro de Imóveis de Orleans, de propriedade de Instituto Leonardo Murialdo, e, por conseguinte, do Decreto n. 4.575/2019, que nomeia comissão para elaboração de Laudo de Avaliação do Imóvel referido.
Indefiro, por ora, o pedido de intimação de Valter Orbem para confirmar o recebimento de mapa, devendo a prova ser requerida e produzida pela parte interessada no momento oportuno. Indefiro o pedido de intimação do Núncio Apostólico da Santa Sé para que conheça os fatos, pois poderá o autor, se assim entender cabível, proceder diretamente com a
comunicação, mediante cópia dos autos. Cite-se a parte ré para, querendo, apresentar defesa no prazo de 20 (vinte) dias (art. 7º, IV, da Lei n. 4.717/1965). 
Cite-se também o Instituto Leonardo Murialdo para, querendo, integrar o contraditório, na condição de beneficiário do ato impugnado (art. 7º, III, da Lei n. 4.717/1965), devendo o autor proceder à devida qualificação, no prazo de 5 (cinco) dias, para tal finalidade.
Intimem-se. Cumpra-se.
Bruna Canella Becker Búrigo
Juíza de Direito

Por Adelor Lessa 30/08/2019 - 18:33 Atualizado em 30/08/2019 - 18:34

O ex-vereador Moacir Dajori deve reassumir na Câmara ao longo da próxima semana. Ele teve mandato cassado, assumiu o suplente Edson Aurélio na sua vaga, o recurso de Dajori chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi cassado em segunda instância e agora o STF, com o ministro Ricardo Lewandowski, julgou procedente o habeas corpus. Em decisão monocrática o ministro acolheu os argumentos e determinou a posse imediata de Dajori.

PSL em ebulição

A situação do governador Carlos Moisés no sul vai ficando cada vez mais confusa. Teve o caso do deputado Jessé Lopes. O governador deixa claro que não o quer no partido. Ele se reuniu ontem à noite com o presidente estadual do PSL, Fábio Schiochet, e com o vice-presidente nacional do partido que veio apenas para tratar disso. Eles discutiram mudanças nas executivas, listaram candidaturas e trataram da reorganização do partido.

Interessante que o governador havia dito que não se mete no partido, mas isso é outra questão.

Sobre Jessé Lopes, o presidente estadual do PSL esteve na Alesc e visitou os deputados do partido, menos os de Jessé e Ana Campagnolo. Está claro que o governador não quer a manutenção do Jessé no PSL. O deputado diz que não quer sair, que entrou  no partido junto com Moisés e ele, Jessé, é Bolsonaro antes de Moisés. Eles tem essa história e não vai ser um desfecho simples. 

A situação ganha novos contornos. Hoje, em Laguna, o governador foi reinaugurar a Casa de Anita com o ministro Osmar Terra. Estava ao lado do governador no ato o deputado Felipe Estevão. Os dois se conhecem. Ele é deputado do partido. Tem relação pessoal. O Felipe é da bancada do PSL na Alesc. Pois o governador, no seu discurso, ignorou olimpicamente o deputado Estevão. Citou a deputada Ada de Luca do MDB, que também estava no ato. O deputado Rodrigo Minotto também. E o ex-governador Eduardo Moreira, também. O deputado Felipe Estevão calado ficou, calado estava, não se manifestou, mas isso vai fazendo aumentar a instabilidade no PSL.

Para o sul isso não é bom. Dois deputados que deveriam ter porta aberta em Florianópolis mas que, pelo visto, não terão acesso no governo. Para a região isso é ruim. Internamente, no partido, também. É como chega no fim de semana o PSL.

O governador não recebeu o prefeito Salvaro, o secretário Douglas Borba tentou fazer essa reunião entre o prefeito e o governador para restabelecer um diálogo, ele não foi feliz na missão, o governador não o recebeu, não tem previsão de receber, a questão da taxa de lixo na fatura de água não entra, a Casan nem respondeu o pedido do prefeito e o governador confirmou para 12 de setembro, na outra semana, vinda a Nova Veneza. Entregará recursos para a cidade. Mas não tem previsão de vir a Criciúma nem receber Salvaro. A situação é delicada.

Por Adelor Lessa 29/08/2019 - 18:38 Atualizado em 29/08/2019 - 18:40

As articulações em Criciúma para as eleições do ano que vem estão em curso. Claro que o momento é de fazer gestão, administrar pela cidade, tem muitos problemas para resolver. Tem muitas questões que precisam de atenção. Mas é claro que no ano anterior da eleição é inevitável tratar de eleição. Os partidos estão se mexendo. Eduardo Moreira veio ontem apaziguar o MDB. Salvo melhor juízo, ele deu um breque de arrumação. Ele volta na próxima semana.

O que há no MDB é semelhante ao que há no PP. São partidos tradicionais que estão divididos, entre os que querem e os que não querem apoiar Clésio Salvaro. Antes essa discussão era somente do PP, agora é no MDB, que já tem três vereadores alinhados com o prefeito. Entre as lideranças do partido tem um grupo forte, com nomes importantes que defendem uma aliança proporcional e sem candidato a prefeito. É isso que está fazendo o advogado Jefferson Monteiro pensar em continuar ou não. Tem convite do PL.

No PP mudam os atores mas o enredo é o mesmo. Enquanto isso o prefeito Salvaro vai surfando com absoluta tranquilidade. Se os partidos continuarem nessa batida, Salvaro não terá adversário para a eleição do ano que vem. Ainda tem muita água para passar debaixo da ponte. Para onde se movimentará, e de onde virá o tiro, não se sabe.

O PP fez reunião ontem para tentar entendimento depois daquela eleição tumultuada que elegeu o presidente Paulo Conti. O vice renunciou horas depois. Depois disso, o vice que seria vice, Miguel Pierini, não voltou às reuniões, e há um movimento para fazer de novo a eleição da Executiva. Pela conversa de ontem, não deve fazer nova eleição. Deve continuar Paulo Conti como presidente e aí os demais grupos acabam compondo as outras vagas.

No MDB havia um compromisso do atual presidente de fazer uma convenção, um novo diretório, uma nova Executiva no dia 23 de agosto. Não fez. Há uma movimentação estranha no MDB também. Os dois partidos tradicionais estão se movimentando. O PP, que esteve mais estremecido, parece que há uma luz no fim do túnel. Mas no MDB as coisas estão ainda muito estranhas, há muitas nuvens carregadas no ar, não se sabe o que vem dali.

Por Adelor Lessa 28/08/2019 - 11:11 Atualizado em 28/08/2019 - 11:15

Estão discutindo por aqui e por ali reformas nessa e naquela rodovia, asfalto novo aqui e ali, mexer mais para cá, mais para cá. Tudo isso é importante, faz a cidade melhor, mais preparada para o crescimento e novidades. Mas é preciso mais que isso, é preciso avançar, buscar o que não tem ainda, novas soluções. É preciso buscar possibilidades que não são oferecidas ainda. Fazer manutenção é necessário, é claro, mas só isso não será suficiente. A cidade cresce, o número de carros e caminhões aumenta. A cidade não é a mesma de 50 anos atrás, claro. E não se pode continuar com as mesmas ruas, estradas e saídas. Algumas novas foram feitas, mas muito pouco pelo que aumentaram as necessidades. É preciso projetar novas estradas, novos caminhos, novos contornos. E não pode demorar décadas para isso. Altair Guidi projetou o Anel Viário quando foi prefeito, que começou a ser feito anos depois e que até hoje não foi concluído. Estamos falando da década de 80, quando começou a obra, estamos em 2019 e ainda falta a última etapa. Última etapa, vírgula, última etapa do que pode ser feito, pois a última etapa mesmo não pode ser feita pois a área foi povoada, de tanto que demorou a obra.

E tem que identificar novas alternativas ao carvão. A economia da região precisa. E novas formas de tratar o plástico. E trazer novas indústrias, novos negócios, novas possibilidades para geração de receita, renda e empregos. É o desafio que está aí para os gestores. Se não abrir novos caminhos, novas possibilidades, não tratar de coisas novas, vamos continuar em círculos, enquanto o mundo vai passando ao lado.

 

Por Adelor Lessa 27/08/2019 - 18:41 Atualizado em 27/08/2019 - 18:42

Há uma articulação nos bastidores da Câmara de Criciúma, muito discreta, teve reunião no domingo tratando disso, discutindo no MDB a possibilidade de encaminhar um procedimento para pedir a cassação do mandato do vereador Ademir Honorato, que teria sinalizado o seu desejo de trocar de partido, de ir para o PSL. O assunto vem sendo tratado ainda com discrição, não houve qualquer procedimento formal. O atual presidente do MDB, o advogado Rodrigo Ganso, é suplente do MDB, não se elegeu. Hoje, considerando que Angela Mello saiu, Vanderlei Zilli saiu, ele seria hoje o primeiro na lista no caso de cassação de mandato de Ademir Honorato. O assunto já chegou no ouvido do Ademir que está surpreso com isso mas está ligado. O assunto é tratado nos bastidores, ainda não veio para a rua, ainda não foi formalizado, mas é uma possibilidade.

Na Câmara

Foi derrubado a pouco, na sessão da Câmara de Criciúma, o veto do prefeito Salvaro à obrigatoriedade da instalação de ar condicionado em pelo menos 50% dos ônibus em Criciúma, projeto do vereador Dailto Feuser (PSDB). O veto de Salvaro foi derrubado com 15 votos. Mas vem aí a nova licitação, e essa determinação deve ficar para a empresa que vai vencer ou para a nova licitação que será colocada na rua nos próximos dias.

Em Brasília

O prefeito Miri Dagostim (PP) fará amanhã a sua primeira viagem para fora de Santa Catarina. Ele vai a Brasília, vai acompanhar Vagner Espíndola nas tratativas na chefia da Casa Civil sobre o empréstimo do Fonplata. De lá, acompanhado do senador Esperidião Amin, vai tratar da aceleração do processo no Senado. Esse empréstimo deve ser assinado na semana que vem, na volta do prefeito Clésio Salvaro.

Por Adelor Lessa 23/08/2019 - 05:30 Atualizado em 23/08/2019 - 05:31

O governador Carlos Moisés (PSL) deve fechar a semana com dois recuos. O primeiro foi ontem, em relação a tributação de produtos da cesta básica e defensivos agrícolas. A decisão foi tomada durante a reunião do governador com as principais entidades do agronegócio catarinense. Reunião que foi feita sem deputados, nem os da base de apoio na Assembleia, por decisão do governador.

Mas prevaleceu o bom senso. Cai o aumento, e volta tudo ao que valia até junho.

O governador Moisés repetiu que tem a intenção de estimular os produtos orgânicos e destacar o estado catarinense pela "tributação verde". E isso é positivo. Mas não pode ser feito de uma hora para outra, sem discutir com as partes envolvidas e por decisão isolada.

Agora ficou acertado com os produtores rurais que as medidas para atingir o objetivo desejado pelo governador serão implantadas de forma gradativa, a partir de janeiro.

Foram dois meses de conflitos, brigas com a Assembleia (inclusive com deputados da base) e com entidades do setor produtivo, até que o governo decidiu fazer o básico. Ouvir. E deu certo.

O segundo recuo de Moisés deve ser em relação à ordem de expulsão do PSL do deputado criciumense Jessé Lopes e sua companheira de bancada, Ana Caroline Campagnolo.

São casos distintos, mas que têm ligação, já que a expulsão dos deputados tem a ver com suas manifestações contra o aumento de impostos.

Mas o governador deve desistir do processo.

Ele tem recebido muitos apelos para isso. Principalmente porque os dois deputados ameaçados são fundadores do PSL, bolsonaristas de primeira hora, aliados de quase todo o tempo na Assembleia e não cometeram nenhum delito.

Os deputados estaduais do PSL na Assembleia estiveram ontem com o governador, registraram apoio integral a Jessé e Ana Campagnolo e pediram o arquivamento do processo. O deputado federal Daniel Freitas fará hoje o mesmo.

Por Adelor Lessa 22/08/2019 - 15:23 Atualizado em 22/08/2019 - 15:36

A deputada Ana Campagnolo, que teve pedido de expulsão do PSL, junto com o deputado criciumense Jessé Lopes, encaminhado pelo governador Carlos Moisés, acaba de publicar um texto contundente a respeito do episódio dirigido ao governador.
Ela escreve no final: “O PSL não é seu (Governador), o PSL é nosso. PSL é Bolsonaro - e eu continuaria sendo Bolsonaro mesmo fora do partido”.
Antes, ela escreve: “O sr fez muito bem em recuar, senhor Governador (do pedido de expulsão). Espero que tenha percebido que me expulsar do partido do Bolsonaro não é tarefa fácil mesmo para um Governador. É lamentável ver a sua equipe se virando nos trinta para tentar passar a imagem de que não foi o sr. quem pessoalmente e autoritariamente exigiu minha saída. Sabemos que foi”.
Por fim, a deputada Ana arremata: “Sou membro da Executiva Estadual do PSL e nenhuma reunião foi realizada nos últimos sete dias. Também sou vice-presidente do PSL de Itajaí e vice-presidente nacional da Juventude. Antes de o sr entregar seu primeiro santinho, eu já andava pelos corredores de Brasília fazendo coro aos direitistas, recebendo e dando apoio a corajosos conservadores”.

O deputado Jessé Lopes comentou a publicação da depuada Ana Campagnolo: "Quem armou o circo é que tem que subir no picadeiro! Nada de tirar o corpo fora! Tmj deputada!".

 

Por Adelor Lessa 22/08/2019 - 15:12 Atualizado em 22/08/2019 - 15:37

O líder da bancada do PSL na Assembléia, deputado Ricardo Alba, vai procurar o governador Carlos Moisés, PSL, para tentar a pacificação no partido, a partir da desistência do processo de expulsão do deputado criciumense Jessé Lopes, PSL.
Decisão saiu de reunião da bancada do PSL, hoje pela manhã.
Jessé estava na reunião e impôs uma condição - que o governador Moisés faça uma retratação pública, e encaminhe pedido à executiva nacional do partido de arquivameto em definitivo do processo para sua expulsão.
A bancada de seis deputados do PSL na Assembléia hipotecou solidariedade ao deputado Jessé e à deputada Ana Campagnolo, que também teve pedido de expulsão encaminhado por Moisés.
O presidente estadual do PSL, deputado federal Fabio Schiochet, havia marcado reunião com Jessé no seu gabinete, na Assembléia, agora à tarde, mas houve problema no vôo para vir de Brasilia.
A reunião deve ficar para amanhã, ou segunda-feira.
A direção do PSL está avaliando que o episódio precisa ser contornado o mais rápido possivel porque está produzindo desgaste demasiado ao partido e ao governador Moisés.
Amanhã, o deputado Daniel Freitas vai tratar do assunto com o governador Moisés.

 

Por Adelor Lessa 22/08/2019 - 11:06 Atualizado em 22/08/2019 - 11:44

A nota da executiva estadual do PSL, que só saiu depois das 20h30 de ontem, refletiu bem a repercussão do encaminhamento para expulsão do deputado criciumense Jessé Lopes, por exigência do governador Carlos Moisés. Pela intensa repercussão e o desgaste principalmente para o governador, a nota tratou de retirá-lo da cena. Disse que não foi ele quem pediu. Mas, que foi protocolado o pedido, assinado por “filiados”, e que o processo está em curso.

O fato é que Moisés pediu a expulsão de Jessé e da deputada Ana Campagnolo, a executiva nacional bancou e a estadual também. Em função do barulho (que não foi pequeno), a estadual tenta agora fazer de um jeito que produza menor desgaste (se for possível).

No fim das contas, está aí uma situação muito mal conduzida, que começou mal, e não vai terminar bem. Mesmo que daqui a pouco se entendam todos, e o governador aceite arquivar a ordem de expulsão de Jessé, as coisas não serão mais como antes.             

Informação adicional importante: o secretário Douglas Borba informou por mensagem que não tem nada a ver com isso. Não participou de reunião com os dirigentes do PSL que tratou do assunto e cumpriu outras agendas em Brasilia.

A última informação é que a executiva estadual vai se reunir hoje à tarde (com os membros que estiverem em Brasília) para reavaliar a situação, e amanhã o deputado federal Daniel Freitas vai se reunir com o governador Moisés para tentar a pacificação. Aguardemos então os próximos capítulos.

Agora, expulsar (ou punir) quem ousa divergir ou criticar a posição do "superior", nada mais antigo e da velha politica!

Por Adelor Lessa 21/08/2019 - 19:16 Atualizado em 21/08/2019 - 20:00

O presidente estadual do PSL, deputado federal Fabio Schiochet, vai emitir nota oficial dentro de alguns minutos, mas a decisão está tomada. A direção estadual do PSL decidiu acatar pedido do governador Carlos Moisés, PSL, e encaminhar a expulsão dos deputados estadual Jessé Lopes e Ana Campagnolo.

Decisão foi tomada em reunião com a direção nacional do PSL, na casa do vice-presidente, Antonio Rueda, em Brasília. O secretário chefe da Casa Civil do governo, Douglas Borba, participou da reunião, representando o governador.

Mesmo com a decisão tomada, há um processo a ser cumprido até que seja consumada a expulsão.  Os dois deputados terão direito a recorrer, por exemplo.

 

Por Adelor Lessa 21/08/2019 - 18:36 Atualizado em 21/08/2019 - 18:36

A Cãmara de Vereadores de Treviso protocolou, nesta quarta-feira, 21, um mandado de segurança solicitando ao Judiciário providências em relação ao reclamando repasse de recursos pela prefeitura, o chamado duodécimo. O juiz Pedro Aujor deferiu liminar a determinando que o prefeito Jaimir Comin (PP) efetue o repasse do duodécimo. Em caso de não cumprimento, a prefeitura está sujeita a bloqueio de contas.

Por Adelor Lessa 21/08/2019 - 18:30 Atualizado em 21/08/2019 - 18:31

Mas o governador está querendo expulsar o Jessé por qual razão?

Ele pode ser mais para um lado ou para outro, mas ele cometeu alguma ilicitude? Se envolveu em corrupção? Fez algo condenável? Ele é o mesmo da campanha, o mesmo que foi eleito. Esse é o Jessé, que sempre disse ser fiel aos eleitores, ao partido e ao presidente Bolsonaro. O Jessé diverge em algumas circunstâncias do governador. Na Alesc, por sinal, os 40 divergem sobre os defensivos agrícolas.

O governador usou da sua influência para pedir respaldo pela expulsão, não apenas de Jessé, mas também da deputada Ana Caroline Campagnolo. São os dois mais bolsonaristas do estado, Jessé e Ana. Por qual razão expulsar ela? Pelas mesmas razões, por ousar divergir. Eles assinaram alguma CPI? Não, mas divergiram. Nesse caso dos defensivos agrícolas e do aumento de impostos, por exemplo.

A decisão de expulsar já está tomada, com respaldo nacional. O deputado Daniel Freitas, até pela relação com o deputado Jessé, pediu prazo. Vai tentar alguma costura, mas Moisés parece irredutível. Teria dito ontem "ou eles, ou eu". Daí já surgiram especulações de que Moisés estaria flertando com o MDB, o que não é fato. Ele pediu a punição dos dois deputados que são do PSL.

Para se ter noção do tamanho da encrenca, Ana Campagnolo tem 230 mil seguidores nas redes sociais. Jessé mais ou menos isso. Eles são Bolsonaro de cruz na testa. Bolsonaristas do estado inteiro se manifestaram contra Moisés e a favor dos dois. Onde isso vai dar? Qual o efeito disso? Moisés, em fase difícil, passa a ter posição delicada dentro do partido. Não age como um democrata, age como alguém que não suporta divergentes. Jessé pode ser questionado por ter tirado o quadro do governador da parede e ter colocado no chão, como de castigo pela decisão de Moisés de aumentar impostos. Pode ser advertido. Mas isso é motivo para expulsar do partido?

A expulsão não é um processo simples. É um processo complicado. Tem que argumentar, afinal de contas o partido não é da pessoa física, não é propriedade. Não é do governador. Isso tem que passar por um processo. Se os deputados reagirem e fizerem contraposição isso pode dar um processo que vai se arrastar até pelo mandato inteiro. Eles podem conseguir não serem expulsos, daí Moisés acaba de consolidar duas inimizades. Passa a ter em casa dois deputados que serão contra ele.

Parece, salvo melhor juízo, mais uma bola fora do governador, que não vive um bom momento. Amanhã ele terá reunião com representantes do agronegócio para falar do aumento de impostos, e ele tem a obrigação de amanhã sair dessa reunião com as coisas mais ou menos arredondadas, dar um passo atrás nessa questão dos impostos, senão o caldo pode começar a entornar para ele. Ele tem oito meses de mandato e é muita encrenca para pouco tempo.

Por Adelor Lessa 21/08/2019 - 10:57 Atualizado em 21/08/2019 - 12:13

O deputado federal Daniel Freitas, secretário geral da executiva estadual do PSL, pediu agora pela manhã ao presidente, deputado federal Fabio Schiochet, que nenhuma decisão seja tomada a respeito do pedido de expulsão do deputado Jessé Lopes pelo menos até sexta-feira, quando estará no estado e vai tratar do assunto com o governador Carlos Moisés. Ele vai tentar contornar a situação.

Foi o governador quem pediu a expulsão de Jessé, pelas posições que o deputado vem assumindo contra algumas de suas decisões.

Daniel falou por telefone hoje com o deputado Jessé.

Ele disse à pouco que não considera adequado expulsar do partido um deputado que é dos mais fiéis ao presidente Bolsonaro, sem pelo menos uma ampla discussão e sem que sejam esgotadas todas as possibilidades de um entendimento.

Daniel e o presidente Schiochet falaram sobre o assunto ontem à noite com o presidente da executiva nacional do PSL, Luciano Bivar, e com o  vice, Antônio Rueda, em Brasilia. Moisés levou o pedido de expulsão de Jessé ao conhecimento da executiva nacional, que já deu "sinal verde".

A gota d'agua para o pedido de expulsão foi o fato de Jessé Lopes ter retirado a foto de Moisés da perede, no seu gabinete, e colocado no chão, encostada em um armário, de "castigo". Só seria recolocada na parede depois que Moisés voltasse atrás em relação ao aumento de impostos.

Sobre isso, o deputado Jessé afirmou hoje na Som Maior:  “Aquilo foi uma brincadeira. Por sinal, eu sou o único deputado que tem uma foto dele (governador) no gabinete”.

Na semana passada, o governador Moisés já havia pedido providências da executiva estadual para "enquadrar" Jessé, Ana Campagnolo e mais três deputados do partido que estavam assumindo posições críticas em relacão ao seu governo. 

Deputado Jessé falou na rádio Som Maior: “O importante é a minha convicção. Se eu tiver que sair eu saio, eu quero estar tranquilo com a minha consciência”.

Jessé tem criticado algumas medidas tomadas pelo governador, principalmente a elevação do ICMS para produtos da cesta básica e defensivos agrícolas.

“Oficialmente, eu não estou sabendo do pedido de expulsão, não recebi nenhuma notificação”, disse Jessé durante entrevista ao Programa Adelor Lessa, Rádio Som Maior. “Eu só ouvi boatos”, acrescentou.

Ele acredita que é preciso que o governador deixe o orgulho de lado e volte atrás em relação aos impostos.

A deputada estadual Ana Campagnolo (PSL) também está na mira de Moisés. 

Por Adelor Lessa 15/08/2019 - 18:43 Atualizado em 15/08/2019 - 18:44

Sem dúvida a inclusão da BR-285 na pauta e o compromisso que foi ouvido e registrado é uma operação dos deputados da região, Ricardo Guidi, Geovania de Sá e Daniel Freitas. Essa é a melhor notícia para o sul, o dinheiro está garantido, compromisso do ministro dito em um vídeo, com todas as letras, que a obra será inaugurada em 2020. Ótimo. É o que queríamos ouvir, ver registrado. É a melhor notícia da semana.

Há que se registrar a visível demonstração de prestígio do deputado Daniel em Brasília. Essa da BR-285 é articulação dos três, mas o Daniel está trazendo o vice-presidente a Criciúma, está trazendo o ministro Sérgio Moro e gravou um vídeo com o ministro de Infraestrutura explicando a obra da rodovia.

A vaga de Ricardo Guidi

Sobre o deputado Ricardo Guidi é importante deixar claro que essas possibilidades de retirar a cadeira ou de o Ricardo perder o mandato não é nenhum processo contra ele. Ele não está sendo acusado de ilicitudes. Não é processo contra o Ricardo que pode retira-lo da Câmara. São outras questões paralelas que podem retirar o mandato. Tinha o processo do João Rodrigues, seus votos foram sustados, não foram contados, se fossem contados o João ganharia a vaga dele. Era um problema do João. Esse caso do PT é que o PT perdeu uma vaga para o PSD na Cãmara, na conta da legenda, o PSD ganhou a vaga do PT por meia dúzia de votos. O PT foi lá, viu que tinha uma candidata com poucos votos, que não foram validados, mas se validassem seriam suficientes para uma vaga. E seria a vaga do Ricardo Guidi.

Os ministros do TSE entenderam hoje ao contrário do deputado, e quem julga são eles. Por maioria, os ministros deram razão ao recurso do PT que, nessa ordem, pelo que está hoje, o processo não for concluído, mas se for concluído mantendo e consolidando o que foi hoje colocado, ou seja, o Ricardo perde a vaga. Daí a cadeira será da deputada Ana Paula Lima. O Ricardo não merecia estar nesse fogo cruzado, mas tem essas circunstãncias que colocam em risco a sua vaga.

A crise no PP

A crise no PP de Criciúma. Crise grave, aguda, e ficou mais aguda depois de ontem à noite. Havia uma disputa interna, forte pelo comando do partido. E várias questões motivaram essa divisão, a principal delas, a eleição de 2020. Quem estar com Salvaro é um grupo, quem quer estar contra é outro grupo. Tentaram candidatura de consenso, não foi possível. O ex-deputado Valmir Comin fez longo pronunciamento defendendo o entendimento e propôs que a eleição fosse postergada, até porque o senador Esperidião Amin estará nesta sexta em Criciúma e ele deveria trabalhar na tese do consenso.

Outros tantos se manifestaram e essa proposta do Comin foi derrotada. Falaram os candidatos, foram para o voto, Paulo Conti ganhou, ele que é defendidoo pelo vereador Paiol, Gilson Pinheiro e outros líderes. Ganhou de Miguel Pierini que é defendido pelo vereador Miri Dagostin e outros. Conti ganhou e, no discurso da vitória, convidou Miguel Pierini para ser o vice na Executiva. Ele aceitou. Hoje pela manhã, por volta de 10h, ele nos ligou comunicando que desistiu, que não será o vice-presidente do PP. Ele fez uma série de relatos, de que houve ilegalidades na convenção, de que votaram alguns que não poderia, e teriam feito no PP a prática da velha política. Palavras dele, renunciando à vice-presidência menos de 12 horas depois de aceitar.

Nesse momento, a situação no PP é delicada, o partido corre risco de desfiliações, a começar pelo vereador Miri Dagostin, que foi derrotado em um movimento liderado pelo vereador Paiol e por Gilson Pinheiro, recém filiado. Miri estaria disposto a sair. Ele não confirma, não diz publicamente, mas são informações de bastidores do PP, que estão aquecidos.

Por Adelor Lessa 15/08/2019 - 11:18 Atualizado em 15/08/2019 - 11:26

Menos de 12 horas depois de ser eleito vice-presidente da executiva do PP de Criciúma, o empresário Miguel Pierini acaba de encaminhar a sua renúncia.

Disse que foi inteirado hoje de "manobras" feitas para a eleição da executiva, ontem à noite, que ele define como "práticas da velha política".

Ele já comunicou a sua decisão de renunciar a vice-presidência ao ex-presidente do partido, Abrahão Souza, ao ex-deputado Valmir Comin e ao novo presidete da executiva, Paulo Conti.

Pierini disputou a presidência ontem à noite e foi derrotado por Paulo Conti por um voto (18 x 17).

Depois da eleição, foi convidado por Conti a assumir a vice-presidência e aceitou. Mas, agora pela manhã voltou atrás, renunciou e está denunciando que a eleição foi manipulada e teve votantes que não estavam habilitados.  Faz acusações, inclusive, contra o ex-presidente Itamar da Silva.

 

Por Adelor Lessa 14/08/2019 - 20:45 Atualizado em 14/08/2019 - 20:51

Paulo Conti acaba de ser eleito presidente do PP de Criciúma. Venceu Miguel Pierini por 1 voto.

Paulo teve 18 votos, Miguel 17.

Depos do resultado proclamado, Miguel Pierini foi convidado por Paulo Conti para ser vice a aceitou.

Restante da executiva do PP será definida nos proximos dias.

 

Por Adelor Lessa 14/08/2019 - 20:25 Atualizado em 14/08/2019 - 20:27

O diretório do PP de Criciúma acaba de decidir contra a proposta de adiamento da eleição do novo presidente.

Aprovou proposta de eleger agora.

O partido continua reunido e vai eleger o novo presidente, abrindo prazo para eleição do restante da executiva.

Mais detalhes, em seguida.

 

Por Adelor Lessa 13/08/2019 - 19:19 Atualizado em 13/08/2019 - 19:21

O governo tem ampla maioria nessa CPI do Criciumaprev. Tem 6 votos a 1, pode ter 7 a 0. Só o vereador Paiol, pelo que votou na CPI anterior, pode ter um entendimento diferente da bancada do governo. Sabia-se que o governo elegeria presidente, relator e secretário, e já havia cantado a pedra que daria Julio Colombo e Pastor Jair Alexandre no comando da CPI. Comando em sintonia com o Paço. Essa CPI trabalha para levantar irregularidades na relação entre prefeitura e Criciumaprev nas gestões passadas.

Toda a papelada da CPI passada foi entregue hoje ao Ministério Público, Secretaria da Previdência e outros organismos.

Na Alesc

Hoje a CCJ aprovou por unanimidade quatro projetos sustando atos do Executivo, mais uma ação para suspender efeitos dos decretos do governador Moisés que retira incentivos fiscais de diversos setores, aumentando impostos. Aumentam muito os defensivos agrícolas. A admissibilidade foi aprovada. O governo tem dez dias para se manifestar e então a CCJ se manifesta. Ainda dentro de agosto tem prazo para que o Parlamento enterre de vez os projetos.

Por Adelor Lessa 13/08/2019 - 17:52 Atualizado em 13/08/2019 - 17:56

Não foi bem sucedida a missão do (ainda) presidente do PP de Criciúma, advogado Itamar da Silva, na tentativa de unificar o partido e definir candidato de consenso para sucedê-lo no comando da executiva.

Não teve acordo entre os representantes dos dois grupos e as candidaturas a presidente continuam no processo - Paulo Conti x Miguel Pierini.

Hoje à noite, Conti e Pierini podem voltar a conversar.

A eleição para nova executiva será amanhã, na primeira reunião do novo diretorio.

Se não der acordo, e nenhum dos dois desistir, a definição do novo presidente será pelo voto.

Mais detalhes daqui a pouco no Ponto Final, 18h, na rádio Som Maior FM.

 

Por Adelor Lessa 13/08/2019 - 08:22 Atualizado em 13/08/2019 - 08:28

Os prefeitos da Amrec bateram o martelo ontem e efetivaram o consórcio que vai permitir assinar acordo com o Governo do Estado para as prefeituras assumirem a manutenção das rodovias estaduais. Isso não vai dar certo. Os municípios já não tem dinheiro para fazer a manutenção das suas rodovias, das suas estradas, rodovias, passeios, logradouros e praças. Tem a promessa que o governo vai repassar o dinheiro para a manutenção. Mas se o Estado vai repassar o dinheiro, porque o Estado não faz o serviço? A partir do convênio assinado, o governo passa adiante o assunto, a bomba da manutenção das rodovias. Quando for cobrado, vai lembrar, "isso não é mais conosco, é com a prefeitura". E vai repassar recursos para as prefeituras quando tiver recursos para isso. Quando não tiver caixa, não repassa e as prefeituras que se virem. E o Estado não tem caixa suficiente, com folga que ofereça segurança que os recursos serão repassados todos os meses, religiosamente. Para os prefeitos que pretendem disputar reeleição, isso pode ser um complicador. Ano que vem, na boca da eleição, o contribuinte e eleitor pode estar batendo na porta para cobrar recuperação das rodovias.

A prefeitura de Criciúma, por exemplo, já estadualizou a Rodovia Jorge Lacerda pois não tinha dinheiro para fazer a sua manutenção. Agora vai pegar de volta? E do jeito que está? Esse acordo para o Governo do Estado é um ótimo negócio, mas só para o Governo do Estado. Os prefeitos estão assinando esse acordo pois não querem ficar mal com o governador. Mas não vai dar certo para os municípios e os usuários. Manutenção de rodovia estadual é com o governo estadual. Não dá para simplesmente municipalizar. Isso não é para ser municipalizado. Já fizeram, em outros tempos, a municipalização de obrigações do Estado e do Governo Federal com a educação. Municipalizaram os custos, os serviços, e não repassaram mais dinheiro. E o pepino ficou com as prefeituras.

Eu não estou preocupado com a dor de cabeça dos prefeitos. Estou preocupado é com as rodovias por onde passamos, que vão continuar sem manutenção. Estou preocupado com os problemas daqueles que precisam circular pelas rodovias para trabalhar, para ganhar o seu dinheiro, o seu sustento, e que vão continuar com rodovias esburacadas, sucateadas.

 

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