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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Ale Koga 06/12/2023 - 13:14 Atualizado em 06/12/2023 - 13:40

Sim, agora é oficial. A banda Kiss finalmente fez o seu último show e encerrou a carreira nos palcos. Só que não! Brincadeiras a parte, a "final world tour" agora de fato teve o seu encerramento mas não sem antes manter o título de banda mais inovadora do mundo e encerrar a noite entregando ao público a performance de "God Gave Rock And Roll to You" com seus avatares digitais.

Melhor do que eu ficar tentando explicar com palavras,  segue um vídeo mostrando o que o Kiss genialmente apresentou para os fãs:


Quem assina a produção e condução do projeto é nada mais nada menos do que a empresa  Industrial Light & Magic (ILM), que tem como sócio George Lucas e já assinou efeitos especiais de grandes produções como Star Wars e Indiana Jones.

Mas é só tecnologia o que chama a atenção?
Com certeza não. Um outro ponto que podemos considerar aqui é o fato que podemos não depender mais dos músicos para fazer shows e isso pode mudar toda a dinâmica da indústria da música. “O Kiss poderia fazer um show em três cidades na mesma noite, em três continentes diferentes. Isso é o que você poderia fazer com isso.”  - disse o CEO da empresa Pophouse Entertainement, responsável por também financiar o projeto.  

E até onde vai o papel do ser humano nessa história toda?
Difícil responder já que, até para fazer avatares digitais ou compor uma música totalmente feita no computador por alguém que não sabe tocar um instrumento, um ser humano idealizando tudo é necessário.

Será que em breve teremos uma categoria de artistas "Humano/Digital"? Seria esse o futuro das artes no geral com o avanço da tecnologia? Só vivendo e assistindo a evolução acontecer para saber.  

 

Por Ale Koga 16/08/2023 - 21:55 Atualizado em 17/08/2023 - 14:55

Em 2018, Cauã Reymond e Tatá Werneck participaram de um programa da Atlas Quantum, o maior golpe de criptomoedas do Brasil. E quem denomina a empresa assim é um dos, entre tantos, lesados pela empresa acusada de um esquema de pirâmide e que está sendo investigada através da CPI das Pirâmides Financeiras.

Em um jogo de perguntas e respostas sobre o mundo cripto, Cauã e Tatá emprestaram suas imagens e também influência nas redes sociais para conduzir a gincana da Atlas. Em uma segunda etapa da campanha, os atores “distribuíram” R$ 1,5 milhão em Bitcoin (BTC) para os telespectadores.

Marcelo Tas, o nosso eterno Professor Tibúrcio, também participou da divulgação da Atlas e está sendo convocada para depor na CPI. Mas, ao contrário de Tatá e Cauã, Tas alega estar também entre as vítimas e que recebeu um calote de R$ 800 mil da empresa. #oremos

Dada as devidas apresentações situação, vamos à algumas questões:

Garoto propaganda, influenciador, contratado ou embaixador da marca?

A nomenclatura aqui tem a sua importância, uma vez que dependendo do papel que Cauã e Tatá foram contratados, a coisa muda de figura. Explico:
Garoto propaganda: empresta a sua imagem para a marca
Influenciador: contratado para falar da marca
Contratação para evento: é pago um cachê de presença e diária para apresentação.
Embaixador da marca: identificação de maneira pessoal com a marca, precisa ter conexão e vivência.

Responsabilidade do endosso

Mês passado, Gisele Bundchen e Tom Brady tornaram-se notícia não por conta de uma possível reconciliação e sim por estarem envolvidos com a corretora de criptomoedas FTX. Além de um gigantesco prejuízo com a quebra da corretora, Gisele e Tom também estão sendo investigados por investidores lesados por supostamente terem culposamente endossado o teórico estelionato da corretora.

Se pegar o exemplo do país ao lado, Cauã e Tatá poderiam ser também responsabilizados pelo endosso à Atlas Quantum?

Publicidade ou Propaganda?

Existe uma grande diferença entre publicidade e propaganda e assim como o papel da dupla na divulgação da Atlas, se eles fizeram um ou outro, também pode mudar tudo.
Propaganda: forma de transmitir ideias que buscam influenciar o comportamento de alguém
Publicidade: é um método de propaganda. Geralmente tem como objetivo influenciar para que, através de influência e opiniões pautadas, convença as pessoas a adquirem o que está sendo ofertado.

Mas o CONAR já não resolveria a questão dos dois?

Segundo o “Guia da Publicidade por Influenciadores Digitais” do CONAR, apesar de o meio utilizado pela Atlas Quantum com Cauã e Tatá ter sido as redes sociais e com a intenção de divulgação, comercialização e venda do serviços, por não se tratar de um anúncio publicitários, não caberia ao CONAR punir ou multar.

Responsabilidade Civil

É incontestável que a escolha de duas figuras populares e influentes teve grande peso na hora de convencer novos investidores a fazerem parte da Atlas Quantum e com isso, precisa sim ser questionada a responsabilidade civil, uma vez que os impactos são super relevantes nos comportamentos de seus seguidores e influenciam, de forma incontestável, a suas decisões de compra.

Mas por que eles foram então parar em uma CPI?

O caso está nessa proporção pois envolveu a imagem de Cauã e Tatá nas redes sociais, onde ambos tem um grande número de seguidores e por conta disso, foi comprovado que após o evento, a Atlas ganhou muitos novos investidores.

Os indicadores mais usados para “medir” o tamanho da influência quase sempre os mesmos: quantidade de seguidores e volume de postagens e cabe à eles explicar agora qual foi o modelo de contratação e se realmente não sabiam do que se tratava a Atlas Quantum quando aceitaram representar a marca.

Meus dois centavos

Para concluir, independente de qual tenha sido o modelo de contratação, é muito comum celebridades e influenciadores muitas vezes não estudarem as propostas ou confiarem em seus assessores e agências na hora da contração e aparecerem somente no dia combinado para executar a ação.

Se ambos só foram contratados para apresentar o evento, teoricamente, não deveriam ser responsabilizados pois não teriam relações de consumo mas ao mesmo tempo fica um puxão de orelha por talvez não ter mais informações sobre o contratante antes de fechar de vez o negócio.

Mas, se obtiveram lucro em cima da promoção dos produtos/serviços da Altas Quantum e for comprovado que participaram da cadeia de fornecimento, isso seria fraude que lesa o consumidor e aí sim tem responsabilidade sob o prejuízo causado.

Culpados ou inocentes? A CPI e o tempo nos dirão. Fato é que, cada vez mais, faz-se urgente pensar em uma regulamentação para ações e publicidade digital se faz necessária ou infelizmente essa não será a primeira e nem a última CPI a ser aberta onde celebridades e influenciadores serão convocados por conta de influência nas redes sociais.

Por Ale Koga 28/06/2023 - 15:03 Atualizado em 28/06/2023 - 18:05

A resposta de um milhão de dólares estava ao nosso alcance muito mais fácil do que imaginávamos. Recentemente, o CEO do Instagram, Adam Mosseri, relevou através do seu perfil no Instagram e post no blog oficial como funciona o algoritmo da plataforma e deu dicas de como os diversos formatos podem obter uma boa performance e ganhar uma sobrevida além das interações de familiares (risos).

Aliás, vale muito a pena segui-lo no Instagram pois ele dá várias dicas úteis de como melhor usar o Instagram a seu favor.  - @mosseri

Abaixo, uma tradução livre e resumida do vídeo e do post dele falando sobre o algortimo. Vamos lá!

Reels
Esse é o formato queridinho do momento e o mais poderoso pra descobrir coisas novas. É nele que a audiência nova chegará até você. Mosseri expilcou que o objetivo principal de um Reels é entreter o usuário, então o algoritmo dará preferência para os vídeos de contas que você não segue. Afinal, quem resiste a ficar horas e horas rolando o feed vendo vídeos de desconhecidos, não é mesmo?

Assim como nos outros formatos, o Instagram prioriza a entrega de conteúdos que sejam:
1) assistidos por inteiro,
2) compartilhados
3) tenham seus áudios abertos — nessa ordem!

Logo… Quanto mais tempo as pessoas ficarem no app, seja criando conteúdo ou consumindo conteúdo, mais anúncios a rede social poderá mostrar para elas e, consequentemente, mais espaços de anúncios eles terão para vender.

Feed
Aqui, o formato que era o único e principal agora tornou-se totalmente coadjuvante. O objetivo principal de um conteúdo postado no feed é que ele seja usado para atualizar o usuároio sobre o que ele ainda não viu desde a última vez em que abriu o  Instagram.
Aí vem a pegadinha....
Para cada post, é feito um cálculo (não revelado) para entender qual a probabilidade do usuário comentar, compartilhar, curtir ou visitar o perfil de quem postou. E para "ajudar",  o post aparece somente para um determinado grupo de pessoas assim que postado. Caso ele consiga um bom engajaemento e faça com que a audiência engaje com a publicação, aí  o post aparecerá no feed de mais pessoas.

Stories
Aqui, o algoritmo parece funcionar de forma mais simpes e lógica. Basicamente, quanto maiores forem as chances de alguém abrir, responder ou reagir a um stories, mais à frente ali na "fila de bolinhas" ele fica. É por isso que tem perfis que, logo após postar um stories, já aparece a carinha da pessoa lá em cima para você clicar.

Então aqui vai uma dica:  quando estiver criando os conteúdos, pense em como fazer com que as pessoas interajam mais com seus conteúdos.  (ok, eu sei que todo mundo fala isso...) Por isso que as caixinhas de pergunta, botões de reação e outros recursos são tão utilizados por coaches, influenciadores e gurus da internet, pois são ótimas opções para incentivar mais interações nos seus stories.

E o toque final: para o formato de stories, a manter uma boa frequência de postagem é fundamental, afinal, ele ainda é o único formato que é entregue em ordem cronológica. Isso é uma grande vantagem, principalmente  para que as pessoas estejam constantemente interagindo com seus conteúdos e sendo expostas a eles.

Explorar
Ahhh, o "Explorar"....  Ele foi pensado para ajudar os usuários a descobrir coisas novas. Basicamente, o que vemos ali ao acessar a aba é uma grade composta por recomendações - fotos e vídeos que o Instagram buscou e entendeu que poderá gostar vindo de contas que você ainda não segue.

E como o Instagram faz isso?  Para encontrar fotos e vídeos que possam te interessar a você, eles "observam" as atividades anteriores, como postagens curtidas, salvamentos, compartilhamentos ou as comentadas. Depois de identificar esse conjunto, o Instagram ordena esse conteúdo com base em quanto acredita que você esteja interessado em cada um deles

E segundo eles, a melhor maneira de supor o seu interesse em algo é
prever a probabilidade de você interagir com a postagem.  E eles fazem isso não com bola de cristal mas sim espiando observando as curtidas, salvamentos e compartilhamentos.

Resumindo: a maioria do conteúdo que as pessoas vêem no "Explorar" é de pessoas que ela não segue mas poderia vir a se interessar.

Então,  basicamente e muito resumidamente é isso: muito trabalho para pouco retorno na loteria algoritmica do Instagram.
Que literalmente comecem os jogos!

BÔNUS DO POST -  Meta verified: o selinho de verificado do Instagram agora no alcance de suas carteiras mãos!
Sabe o tão sonhado selinho verificado do Instagram? Agora ele pode ser seu sem mais burocracias. Basta cadastrar o seu cartão de crédito que ele será todo seu!
1) Só está liberado para pessoas físicas
2) A pessoa precisa ter 18 anos e histórico de postagens
3) É necessário enviar um documento oficial emitido pelo governo
4) O preço é de R$ 55 por mês por aplicativo (quem quiser tê-lo no Facebook e no Instagram terá de desembolsar R$ 110 mensais)
5) A assinatura pode ser feita no app para Android e iPhone (iOS)

Caminho no Instagram para solicitar o Meta Verified
Configurações → Central de Contas → localize Configurações da conta → escolha Meta Verified

A Meta informou que “uma lista de espera estará disponível em breve para comprar o Meta Verified via web"
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A post shared by Adam Mosseri (@mosseri)

 

Por Ale Koga 26/05/2023 - 12:55 Atualizado em 26/05/2023 - 13:06

Fazia tempo que não tínhamos um "Insight" com assunto polêmico como o dessa semana. E o tema, não poderia ser mais propício para gerar as mais diversas discussões: 

Estaria a China manipulando o algoritmo do TikTok para mostrar ao Ocidente conteúdos que "emburrecem" as pessoas enquanto para os chineses, mostra conteúdos como patriotismo, valores familiares, artes, museus, etc.?

[o texto continua após o vídeo]

Assistam o bate papo completo sobre o tema entre eu e o Arthur Lessa que rolou no 60 Minutos da última quarta-feira (24/05/2023):


E a parte de toda a questão política, veio a questão filosófica principalmente sobre isso: até que ponto vale a pena utilizar o fato de saber que as pessoas estão "emburrecendo" por conta do excesso de conteúdo vazio em suas telas?

Como citado no quadro, já dizia Eslen Delanogare: "a concorrência nunca foi tão burra". E ele diz isso no sentido de que, hoje, para se destacar você não precisa ir muito além. Se fizer o básico, já está sendo ótimo. O extraordinário então (em sua literalidade da palavra), nossa, é Oscar na certa.

 

 

Por Ale Koga 18/05/2023 - 13:16 Atualizado em 18/05/2023 - 14:46

Muito utilizada na psicologia, a "Síndrome do Objeto Brilhante" é aquela experiência que os leva de 0 a 100 em pouquíssimo tempo e afeta todas as esferas de nossa vida. Do pessoal ao profissional, pode apostar que você já foi vítima dela pelo menos uma vez.

Sabe quando uma criança se encanta com um brinquedo que pisca, toca música, rodopia e do nada, olha para o lado e se distrai, largando aquele "objeto brilhante" de lado porque encontrou algo supostamente mais interessante ainda? É sobre isso que estamos falando, mas com o olhar de adulto. Nosso pequeno universo particular está repleto de inúmeros "objetos brilhantes" (conceitos e pessoas) que nos deslumbram com sua beleza, mas, no fim das contas, se mostram completamente vazios e decepcionantes.

Mas Koga, o que isso tem a ver com a comunicação da minha empresa?

Tudo! 

Trazendo a analogia para o mundo corporativo, cada vez mais vemos gestores e comunicadores que estão sempre desesperados por sair na frente assim que uma nova tecnologia, plataforma ou termo em inglês pipoca no mercado.

Diariamente somos bombardeados por notícias sobre uma nova tecnologia, serviços e técnicas que surgem em nossas timelines. Muitas delas mostram-se de muito fácil acesso ou adesão e por isso nos atraem e  rapidamente tornam-se tópicos em discussões inflamadas dos grupos de marketing no WhatsApp e fora dele.

Metaverso, NFT, Blockchain, Inteligência Artificial, BOTs... são algumas das tecnologias que tiraram o sono ultimamente daqueles que precisam apresentar ideias e estratégias inovadoras dentro das empresas. E não precisamos ir muito longe... TikTok: ter o ou não ter, eis a questão? Seguir o hype e sair tentando aplicar a novidade no dia a dia, alterando processos sem testar é quase sempre anúncio de tragédia.

A empolgação inicial da novidade, da esperança de estar na vanguarda e ser o primeiro a fazer algo inovador gradativamente vai dando lugar à uma frustração causada pela sensação de estar andando sem sair do lugar. E pior: sem nem ter ideia do caminho que está trilhando.

Mas e aí? O que fazer então? Parar no tempo e não inovar?

Constantemente surgem oportunidades e realizar testes é essencial. O que complica é deixar a prioridade (que geralmente é o resultado) para simplesmente seguir a nova moda da vez. Não adianta querer surfar a nova onda se não aprendeu a nadar BEM. E enfatizo o BEM pois não basta só saber. É preciso saber e estar fazendo o básico muito bem feito.

Quando uma nova tendência surgir, olhe para dentro e analise racionalmente (e com base em dados) se é realmente necessário mudar a estratégia da sua empresa por conta disso. Se sim, repita o mantra: testar, analisar e escalar. Se não, foco em melhorar 1% todos os dias o que já é feito. Simples assim.

Moral da história

É inevitável não ser constantemente desviado pelo fascínio do que é empolgantemente novo e querer mudar de rumo a cada nova ideia mas é importante saber jogar o jogo e entender até onde vai a capacidade de melhorar o que já é feito e onde a o novo "objeto brilhante" poderia vir a somar na estratégia. E lembre-se: nem sempre é de primeira que se vence o jogo. Se não deu certo da primeira vez, repita o mantra, tome fôlego e corre para a próxima!

Por Ale Koga 05/04/2023 - 15:08 Atualizado em 05/04/2023 - 16:10

Onde tudo começou

No último dia 27, o Twitter conseguiu tirar do ar trechos de seu código-fonte que vazaram no GitHub (plataforma para gerenciar códigos e criar um ambiente de colaboração entre desenvolvedores) que aparentemente estavam circulando há meses no site.

Logo depois…

De livre e espontânea vontade, 4 dias depois de conseguir remover o vazamento da rede, o Twitter publicou trechos de seu algoritmo de recomendação no próprio GitHub. Esses códigos, permitem entender o funcionamento da tecnologia por trás da aba "Para você", com algum conhecimento de programação.

Por que?

Versão do Twitter: com a iniciativa, eles visam aumentar a transparência de como a rede social avalia e entrega conteúdo.

Versão da Ale Koga: Elon não quer bater cartão no Congresso Americano como fizeram Zuckerberg e o CEO do TikTok e já está entregando como funciona para não ser questionado sobre manipulação de conteúdo ou falta de transparência na rede.

"Fornecer transparência de código será incrivelmente embaraçoso no início, mas deve levar a uma melhoria rápida na qualidade da recomendação [de conteúdo]. Mais importante ainda, esperamos ganhar sua confiança" - Elon Musk

Mas então, como funciona o algoritmo do Twitter?

A aba "Para Você" seleciona os tweets com os quais o usuário tem mais chances de interagir. As publicações feitas por contas não seguidas pelo usuário também aparecem mas só se passarem pelo “julgamento” do algortimo.

Hoje, a aba 'Para Você' consiste, em média, em 50% de tuítes de dentro da rede e 50% de tuítes de fora.

Fazendo um resumo dos pontos mais importantes, temos:

O que aumenta o seu engajamento?

  • Tweets que ganham likes ganham um impulso de 30x
  • Tweets que ganham retweets ganham um impulso de 20x
  • Tweets que tem o selo “Twitter Blue” ganham um impulso de 2-4x
  • Tweets feitos dentro do seu grupo de interesses ganham impulso de 3x
  • Tweets com imagens e vídeos recebem um impulso de 2x
  • Tweets que recebem respostas ganham impulso de 1x

O que derruba o seu engajamento?

  • Tweets que postam link para outro site
    Posts com links são marcados como spam e este sinal só é removido se o post tiver muito engajamento mesmo com a penalidade.
  • Tweets sem texto
  • Se você teve o seu perfil silenciado
  • Se você teve o seu perfil bloqueado
  • Se alguém deixou de te seguir
  • Se alguém denunciou o seu perfil ou algum tweet seu

Outras curiosidades encontradas no algoritmo do Twitter

  • Quando necessário, o governo pode interferir no conteúdo
  • Ele recomenda candidatos eleitorais para seguir
  • Ele suprime informações falsas durante eventos eleitorais
  • Faz rastreamento de métricas específicas para usuários divididos em quatro grupos diferentes:
    • Usuários influentes
    • Usuários democratas
    • Usuários republicanos
    • Elon Musk

Elon? Isso mesmo! Fica implícito que Elon tem alguma influência sob o algoritmo que decide qual tweet será promovido ou recomendado.  Tweets relacionados ao Elon Musk podem ter um tratamento ou preferencia especial no algoritmo. Mas sem ver o resto do código, não tem como saber qual o impacto de fato tem na recomendação.

Oooou, ele simplesmente usa o algoritmo para monitorar a si mesmo na rede.

Insight

Basicamente, a "simplicidade" do algortimo do Twitter, se comparado a complexidade de algortimos de outras redes sociais, mostra o retrato do atual momento da empresa desde que Elon assumiu a presidência: o parquinho é meu e quem dita as regras sou eu. A série de demissões infundadas e a aparente falta de processos mostra que as mudanças atuais foram feitas sem qualquer planejamento e estudos.

Ver parte de como o algortimo funciona não torna o Twitter transparente já que Elon está escolhendo compartilhar somente a parte que interessa. O que realmente interessava ser exposto, por exemplo, seria a lista de assuntos proibidos. Sim, aquelas palavras que nós escrevemos que imediatamente reduzem o alcance orgânico. Inclusive, essa lista encontra-se em um banco de dados fechado.

Por outro lado, quando sabemos como "a cozinha funciona", concluímos que o feed não é mais aquele local onde vemos conteúdos que melhorem a nossa vida ou mundo ou com os conteúdos que escolhemos ver e sim uma lista de mensagens que favorecem o modelo de negócio das plataformas.

Fonte
https://github.com/orgs/twitter/repositories

Por Ale Koga 30/11/2022 - 13:15 Atualizado em 30/11/2022 - 14:10

Se você frequenta as redes sociais já deve ter sido impactado por retratos hiper realistas, coloridos e super chamativos nos perfis de amigos e conhecidos. Pois saiba que eles foram feitos por um app que permite criar fotos realísticas usando inteligência artificial (IA), o Lensa.

app lensa ale koga 4oito
Créditos: app Lensa

O app em si já existe desde 2016, mas a funcionalidade que virou febre nesta última semana, o "Magic Avatars", foi recém lançada e transforma qualquer foto em uma versão digital digna de um cenário futurista de algum videogame ou cenário de Metaverso. Antes de sair baixando o app e já escolher a sua foto, atenção aqui: o almoço não é grátis e para obter os avatares é preciso pagar pela quantidade que deseja criar.

  • 50 avatares únicos (5 variações de 10 estilos): R$ 22,90
  • 100 avatares únicos (10 variações de 10 estilos): R$ 34,90
  • 200 avatares únicos (20 variações de 10 estilos): R$ 44,90 

Pelo jeito, o pessoal não tem se importado muito e literalmente está pagando para ver já que vemos cada vez mais pessoas publicando seus avatares por aí. E o que parece inofensivo, me levantou um alerta: "hummmm.. e os dados? E o banco de informações que esse app está criando com esse monte de foto?" E, bingo!

Ao ler os termos, eis que temos o item 5: 

“Você nos concede uma licença perpétua, revogável, não exclusiva, isenta de royalties, mundial, totalmente paga, transferível e sublicenciável para usar, reproduzir, modificar, adaptar, traduzir, criar trabalhos derivados e transferir seu Conteúdo do usuário, sem qualquer compensação a você e sempre sujeito ao seu consentimento explícito adicional para tal uso quando exigido pela lei aplicável e conforme declarado em nossa Política de Privacidade.”

Nada de novo sob o sol já que a maioria das empresas que utilizamos os serviços (Google, Microsoft, Facebook, Whatsapp, etc.) também fazem isso. Traduzindo: o Lensa terá acesso aos seus dados de cadastro, gênero., conta, cookies, rastreio em outros sites, fotos e avatares. Mas, estamos tão habituados a aceitar os termos sem ler, ou clicar no botão "aceitar" dos cookies do site e fornecer nosso CPF na farmácia que nem ligamos mais para isso. Certo?

Além da questão dos dados, outra discussão que surgiu junto com os avatares coloridos foi a importância da inteligência artificial para os artistas e ilustradores e como um app que em 20 minutos te entrega 10 imagens ilustradas digitalmente pode substituir a inteligência e discernimento humano. Não é de hoje que máquinas e apps vem "roubando" o trabalho das pessoas (contém ironia) em diversos nichos e com o Lensa não é diferente.

Ao meu ver, existem aqueles que vão chorar e aqueles que vão vender os lenços. Para quem se sentir ameaçado pelo app, vale lembrar que a inteligência é ARTIFICIAL. Ela não consegue capturar sentimento, contexto, preferências e muito menos aceita refação do desenho porque não ficou bom ou parecido. Além disso, você e mais 826635373 outros terão avatares similares que acabam tornando-se iguais e sem graça. Eu ainda prefiro a moda antiga de encontrar um artista com o qual me identifico com o trabalho, curtir todo o processo e ter uma obra única, individual e com assinatura.

E é inevitável: toda vez que surgir algo assim, a discussão será levantada e será cada vez mais frequente já que o processo de digitalização e a popularização do metaverso e ferramentas digitais estão cada vez mais aceleradas e acessíveis.

Qual será a próxima bola da vez? Veremos.
Por enquanto, nos resta apreciar a galeria de arte em nossos feeds com retratos artificiais feitos por inteligência artificial. Nada mais justo, não é mesmo?

Se você quiser testar, o app está disponível para Android e iOS e o pagamento pelo pacote de fotos pode ser feito via cartão de crédito ou pelo saldo da conta da Google Play ou Apple Store.

Por Ale Koga 26/07/2022 - 21:41 Atualizado em 26/07/2022 - 22:00

No mundo das métricas, o que não faltam são siglas. ROI, CPC, CPV, CAC, LTV e por aí vai. E cada vez mais, quanto mais digitalizamos nossas empresas, produtos e serviços, mais se faz necessário entender seus significados e principalmente: saber interpretá-las.

No mundo de redes sociais, engajamento é a métrica da vez. Só se fala dele. (Mentira, só se fala do algoritmo mas isso é assunto para outro post). Mas o que muita gente não sabe é que para calcular o engajamento é preciso utilizar uma fórmula: interações (reações + compartilhamentos + comentários + cliques) / alcance.

Sim. Isso mesmo. Matemática. E se você, assim como eu, não perde a oportunidade de enfatizar o quanto é de “humanas” quando vê essas coisas, sinto em lhe dizer: a “exatas” se faz bem necessária agora.

Indicadores de performance existem desde sempre para nos ajudar a mensurar o crescimento ou entender o seu momento em relação a conversão e vendas, mas enquanto muita gente olha para as “métricas de vaidade”(número de seguidores, por exemplo), tem quem realmente entendeu como jogar o jogo e está de olho em uma métrica bem mais importante: o CAC (Custo de Aquisição de Cliente).

Afinal: quanto você investe em marketing e vendas para conquistar novos clientes e gerar receita?

Fórmula: CAC = soma dos investimentos / quantidade de clientes novos

Vamos pensar que a sua empresa separa R$ 1mil por mês para conseguir novos clientes e em determinado período, conseguiu 5. O seu CAC, nesse caso, será de R$ 200.

Lembrando que os R$1mil são referentes ao custo de marketing (compra de mídia, eventos, anúncios, etc.) + custo de venda (salários, comissões, etc.).

Já conseguiu enxergar o ponto aqui? Não adianta focar em novas vendas para obter lucro pois nem sempre o CAC vai compensar o seu investimento.

Não vamos entrar na questão de como calcular seu CAC ou quais fatores devem ser observados ou levados em consideração para chegar no seu valor ideal e sim em como as empresas estão (ou não) entendendo a existência dessa métrica na hora de definir estratégias de aquisição de novos clientes.

Quer ver um exemplo de CAC “irracional”? Os tão desejados cupons de desconto.  
Você consegue toneladas de novos clientes a curto prazo, mas não consegue retê-los a não ser que passe a alimentá-los constantemente com cupons e promoções criando quase uma “droga do crescimento” para o seu negócio.

E aqui vale lembrar de uma máxima que muitos estão esquecendo: muitas vezes, vale mais a pena manter um cliente ativo e fiel do que aumentar a base de consumidores. Já dizia o pai do marketing, Philip Kotler: “conquistar um novo cliente custa de 5 a 7 vezes mais que manter um atual”. Você já parou para pensar nisso?

E outra pergunta que também deve estar pairando a sua cabeça: como saber se meu CAC é bom ou ruim? Bom, aqui ficamos com um grande DEPENDE. Depende do segmento, atuação, % de investimento, lucro, margem, estratégias…tudo isso conta. O que ajuda a obter a resposta da pergunta acima é pensar no valor do seu ticket médio. Se o CAC estiver acima desse valor, talvez você esteja gastando muito em comunicação e vendendo pouco.

Pense nisso quando for definir se vai ou não contratar aquele influenciador que tem muitos seguidores e analisar sua performance digital. Mais do que os números que enchem os olhos, avalie bem os números que enchem os bolsos.

Por Ale Koga 18/05/2022 - 12:03

Em mais um capítulo da novela "Musk compra o Twitter", agora temos um possível recuo da iniciativa por conta de uma declaração de Musk dizendo que a rede não conseguiu provar que apenas 5% dos usuários são bots e spammers. E se eles não reverterem isso, apesar dele ainda ter interesse em comprar a rede, pode ser que desista.

Quando li a notícia, imediatamente pensei: "Que espertinho! Baita jogada para justificar uma possível desistência ou desvalorizar o Twitter". Ou os dois, talvez. Fato é que, Musk não dá ponto sem nó e desde a primeira declaração sobre esse tema, já deve ter na cabeça toda uma estratégia que envolve muita polêmica, vai e volta e holofotes da mídia em cima de cada tweet que fizer. Afinal, se todo processo de compra tem auditoria interna, por que tornar isso público? Já sabemos que é um procedimento normal mas quando se trata de Musk, nada é por acaso.

E armado o terreno perfeito para jogar o seu jogo predileto, Musk começou a usar de sua própria conta no Twitter para fazer o que sabe de melhor: tweets irônicos e provocativos. Arthur Lessa, em seu último post aqui, relatou melhor um dos ocorridos. Mas, por mais que sua estratégia seja a de criar polêmica e soltar coisas no ar, pelo menos uma vez ele disse algo coerente nessa novela que de fato pode desvalidar o discurso de Jack Dorsey, atual CEO do Twitter.

Em um de seus tradicionais tweets de sábado, ele instruiu os usuários a mudarem seus feeds de "tweets mais relevantes" para "tweets mais recentes" onde o conteúdo é mostrado em ordem cronológica (essa, que vos escreve, já utiliza a rede dessa forma faz tempo e também recomenda). E ele o fez, não porque está sendo bonzinho dando uma dica para melhorar a nossa experiência na rede e sim para o famoso "morde e assopra" irônico. Em sua mensagem, complementou: "Vocês estão sendo manipulados pelo algoritmo de maneiras que não fazem ideia. É muito fácil mudar a configuração e voltar para notar a diferença".

E ainda completou:

Tal declaração vestiu o número certinho da carapuça de Jack Dorsey, que se ofendeu e rebateu Musk dizendo que o algoritmo do feed do Twitter foi desenvolvido para pessoas que não olham obsessivamente o Twitter. Maaaas, em uma resposta a um usuário da rede, depois acabou admitindo que o algoritmo pode causar "consequências inesperadas", mas afirmou que não foi desenvolvido para manipular os usuários.

Ou seja: em nenhum momento ele disse ao Musk que o algoritmo não tem a intenção de manipular, que apenas "acontece". Logo: ponto para o Musk! Você tem que mudar a configuração de "tweets mais relevantes" para "tweets mais recentes" para que o algoritmo não escolha o conteúdo por você. E com isso, o discurso de Musk de transformar o Twitter em uma rede com liberdade de expressão e livre de algoritmos só ganha mais força.

E as cenas dos próximos capítulos? Que (literalmente) venham os próximos tweets...

Por Ale Koga 29/10/2021 - 11:19 Atualizado em 29/10/2021 - 11:58

O que mais vimos ontem foram chamadas sensacionalistas dizendo que o Facebook mudou de nome e agora chama-se "Meta". Sensacionalista sim. Fake news? Não.
O que acontece é que antes o nome Facebook era não só o nome da rede social azulzinha que conhecemos como também nomeava o grupo de empresas e subprodutos do Zuckerberg, o Facebook Inc.

A partir de agora, Whatsapp, Messenger, Instagram, Facebook e Oculus VR passam a ser produtos da Meta juntamente com outras tecnologias adquiridas pela empresa. Importante lembrar que uma manobra similar já foi feita pelo Google, anos atrás, quando anunciou a Alphabet como conglomerado de suas empresas (Google, YouTube, Android, etc.).

E por quê a mudança?

Entre tantas especulações e análises, a razão oficial foi comunicada ontem durante o Connect 2021: "Queremos dar vida ao metaverso e ajudar as pessoas a se conectar com amigos e familiares, encontrar comunidades e fazer crescer seus negócios." Além disso, Zuckerberg também mencionou que o benefício para o usuário final seria poder escolher qual serviço da "empresa-mãe" utilizar sem necessariamente associá-lo ao Facebook ou Instagram. Basicamente, separar rede social de tecnologia.

Um motivo extra-oficial que muitos apostaram, foi que a mudança de nome teria sido também uma forma de limpar a reputação do nome Facebook, que há tempos vem sendo manchada por conta de escândalos envolvendo especialmente a questão de privacidade e dados de seus usuários.

Fato é que muito se fala que o metaverso é o futuro da comunicação. Sua justificativa para o nome é a origem grega da palavra, "metá", que pode ser traduzida como "além" ou "em seguida". A nossa interpretação? Se o metaverso realmente tornar-se o futuro, ter a empresa com o nome relacionado já seria um grande share de marca gratuito, não?

Mas o que é esse Metaverso?

O Metaverso seria uma nova forma de consumir produtos, conteúdos, entretenimento, fazer compras e se relacionar. Basicamente, unir o mundo físico com o mundo virtual. Lendo assim, muitos talvez pensem que seja algo parecido com os jogos "The Sims" ou "Second Life". É e não é. O Metaverso vai muito mais além.

O metaverso funcionará como uma combinação híbrida das experiências sociais online atuais, às vezes expandido em três dimensões ou se projetando no mundo físico. Ele permitirá que você compartilhe experiências imersivas com outras pessoas mesmo quando vocês não puderem estar juntos, e fazer coisas que não poderiam fazer juntos no mundo físico. É a próxima evolução em uma longa jornada de tecnologias sociais, e está inaugurando um novo capítulo para a nossa empresa.

Em entrevista ao The Verge, Zuckerberg diz que já investiu pelo menos 10 bilhões de dólares na construção do que seria esse ecossistema de imersão, o que mostra que a aposta é grande e acredita muito no crescimento desse setor.

E a questão administrativa, fica como?

Muda-se o nome, mas permanece o dono. Zuckerberg ainda será o chefe global da empresa e continuará com todo poder para controlar dados e regras internas das empresas e agora, do metaverso.

O que mudará será a forma como os resultados financeiros serão divulgados. Em breve, teremos os resultados do quarto trimestre de 2021, que serão divididos em dois segmentos operacionais: um sobre a família de apps (Facebook, Instagram,Whatsapp e Messenger) e outro sobre o Reality Labs (tecnologias).

Outra coisa que muda para os investidores que possuem ações da empresa na bolsa é o símbolo e o ticker, que a partir de 1 de Dezembro passará a ser MRVS. Veremos como as ações e o mercado vão reagir à mudança.

Placa na sede da Meta no Menlo Park/CA já foi alterada com o novo logo e nome da empresa

Mas então, qual é a meta de Zuckerberg?

Dominar o mundo, claro! Imaginem as possibilidades de novos produtos e oportunidades comerciais que vão surgir com o metaverso e também com a chegada do 5G? Viver no mundo físico, tendo uma vida paralela no mundo virtual pode parecer só cena de filme futurista por enquanto, mas é algo que muito em breve começará a fazer parte da nossa realidade que também passará a ser virtual.

Já não está fácil administrar a vida aqui, imaginem administrar uma segunda realidade. E com um óculos de realidade virtual no grudado no rosto o tempo todo!
Fica o questionamento: vocês estão preparados para o futuro? Um futuro que tem grandes chances de estar sendo construído por Mark Zuckerberg?

 

Por Ale Koga 08/10/2021 - 09:27 Atualizado em 08/10/2021 - 09:38

Mais do que nunca, na era digital, somos todos comunicadores. Temos nossos canais de mídia ativos onde podemos falar, fazer e mostrar o que bem quisermos. São nelas, nas redes sociais, onde estamos morando. Um grande e belo condomínio com vizinhos voyeurs que nos acompanham diariamente.

Pense comigo: há quanto tempo estamos conectados pela tecnologia? Certamente já faz bem mais do que um século, pelo menos. Porém, nunca antes na história vivemos numa época com tanto espaço para expressarmos as nossas opiniões, emoções, percepções, vontades etc.

Desde sempre somos influenciados por família, colegas de trabalho, amigos e pessoas de convívio próximo. Ao ir morar sozinho pela primeira vez e não saber qual marca de sabão em pó comprar, você consultaria a sua mãe ou alguém próximo de confiança. Atualmente, a resposta pode ser: "comprei a marca indicada pelo influenciador da rede social".

E é cada vez mais comum essa troca: me dê o seu engajamento, que te dou uma dica ou conteúdo criado especialmente para entretê-lo e fazê-lo acreditar que essa é a vida que eu vivo, esses são os produtos que consumo, esse é o meu corpo perfeito sem nenhum esforço e esse é o meu sempre estado de espírito "gratiluz-maravida-nada-me-abala".

E aí, tudo vira comunicação e negócios. A roupa, a fala, o ângulo da foto, a iluminação do vídeo… Mesmo quando parecemos ver algo natural, é fato: por trás de cada conteúdo criado, há uma intenção.

Adeus espontaneidade! O medo do cancelamento muitas vezes é maior do que arriscar e ser de verdade. Com ele, caem os contratos, os seguidores e a reputação. Vale a pena? Tem uns aí que arriscam e dizem que vale, já que depois é só aplicar o combo "vídeo com cara de coitado vestindo camiseta branca + período sabático + detox digital forçado" para apagar da memória da massa o ocorrido e voltar como se nada tivesse acontecido para aqueles que ficam e preferem não pensar que estão sendo enganados. É como diz a frase: "Acredita quem quer, promete qualquer um que acha que pode."

É inegável que as redes sociais facilitam a comunicação, levaram negócios a outro nível e transformaram anônimos em celebridades. Mas também é impossível não olhar para o estrago que tamanha dependência causa quando uma situação assim acontece. Para o bem e para o mal. Para os viciados, uma pausa forçada. Para os que usam como negócios, prejuízo.

Arrisco a dizer que redes sociais, wifi e bateria, já podem fazer parte da base da famosa pirâmide de Maslow, onde encontramos elementos que são considerados primordiais para a sobrevivência de uma pessoa, como a fome, a sede, o sexo e a respiração.

E esse texto ia terminar por aqui, mas bem no meio da revisão final aconteceu o apagão das principais redes sociais utilizadas no mundo e me vi obrigada a fazer um link com a reflexão acima.

Não dá para tratar o assunto sendo radical e dizer que temos que desconectar para nos conectar, mas é importante repensar como estamos consumindo conteúdo e o quanto isso influencia em nossas vidas.

De fato, viver sem redes sociais e wifi já não faz mais sentido. O mais importante é de fato sentir. Parar, analisar e respirar. Seja você, que está do outro lado criando conteúdo e gerando entretenimento, ou para nós, meros mortais que usamos as redes para nos expressar, compartilhar momentos e acompanhar a vida alheia.

Deixo aqui o questionamento: sem elas, os influenciadores viverão do que? E você? Como está o seu nível de ansiedade sendo obrigado a desconectar? A sua pirâmide de Maslow já está na versão 2.0?

 

Por Ale Koga 26/03/2021 - 14:06 Atualizado em 26/03/2021 - 14:39

Qual o parâmetro para atribuir valor a algo? Importante ressaltar que para responder esta pergunta é preciso lembrar que valor é diferente de preço. O preço representa um valor financeiro que é colocado num produto ou serviço para que as pessoas possam comprá-lo. Já o valor, refere-se à percepção que se tem de um produto ou serviço. Trata-se de uma análise mais subjetiva, pois pode variar de pessoa para pessoa uma vez que cada uma considere a importância por trás da oferta.

E aí entra o "X" da questão. O que tem valor para mim, pode não ter o mesmo valor para você. E vice-versa. Ok, até aqui. Certo? Certo. Agora vamos ao ponto. 
Estamos vivendo movimentos atípicos e acelerados em relação à tecnologia e como ela tem determinado mudanças de comportamento e hábitos. A pandemia fez mais pela transformação digital do que muitos processos, projetos, softwares ou gurus e nos colocou em perspectiva para novas possibilidades e experimentação de hábitos de consumo (de informações e coisas) completamente inimagináveis.

Há quem diga e concorde e até prove que a internet é "terra de ninguém". Cansei de escutar: "Ah, caiu na internet, já era! Não tem mais dono". Será mesmo? E se eu te disser que já é possível ser dono de uma obra de arte digital? Comprá-la como vemos em leilão, com direito a lance mais alto, certificado de autenticidade e tudo mais que o "mundo offline" entrega em uma experiência como essa. 

Semana passada começaram a pipocar mais e mais notícias, matérias e discussões de artistas e designers que encontraram na tecnologia uma forma de ter o reconhecimento de suas artes no ambiente digital e ainda vendê-las por preços que a Monalisa ficaria com inveja se fosse colocada à venda um dia. A cryptoart, ao que tudo indica, está vindo para ficar e mudar a forma como consumimos arte digital. 

E isso tem sido possível pois ela utiliza do tão falado NFT (non fungible token) para fazer acontecer. Fungível é tudo aquilo que pode ser intercambiado sem perda de valor, algo que se gasta ao ser utilizado, mas que pode ser substituído por outro da mesma espécie. Ex.: dinheiro, camiseta, etc. Já algo infungível, seria tudo aquilo que é insubstituível por conta de suas qualidades individuais. Ex.: obra de arte, itens personalizados, exemplares raros. Entenderam onde vamos chegar?

O NFT é um tipo único de token digital que não é intercambiável. Esse token digital representa alguns atributos únicos fazendo com que ele seja impossível de ser substituído ou trocado. Logo, artistas e celebridades estão usando NFT como um selo criptografado que dá prova de origem e autenticidade para as suas obras. 

O CEO do Twitter, Jack Dorsey, resolveu colocar seu primeiro tuíte à disposição dos interessados. Isso mesmo. O lance atual é de US $2,5 milhões (R$ 14 milhões). O comprador receberá um certificado com a assinatura de Dorsey, além dos metadados da publicação original e esses dados conterão informações como a hora em que o tuíte foi enviado.   

Esse é um mercado em alta que tem movimentado milhões e com alta liquidez. Um outro exemplo? O designer gráfico americano Beeple — até então desconhecido no cenário internacional — teve a peça “Everyday — The first 500 days” leiloada por US$ 69 milhões (R$ 391 milhões).  

Parece loucura, não é mesmo? O grande hype em cima de tudo isso é: ok, a arte continua na rede sendo compartilhada e vista por todos, mas só você adquire o status de ser dono dela. Faz sentido pagar milhões por isso?  Aí voltamos à pergunta do início do texto: qual o parâmetro para atribuir valor a algo?


Texto originalmente postado na edição do Toda Sexta em 26/03/2021

 

Por Ale Koga 18/06/2020 - 11:56 Atualizado em 18/06/2020 - 13:17

Antes do mundo parar por conta da pandemia, tive o privilégio e a honra de viajar para o Japão em Fevereiro/2020 e conhecer o Japão pela primeira vez. E arrisco a dizer que talvez tenha sido a última vez que tenha visto e conhecido o Japão da maneira que vi e conheci. Através dessa viagem, entrei em contato com um ponto de vista da cultura japonesa diferente do que eu tinha. Afinal, como neta de japoneses (por parte de pai), tudo que sabia de Japão até então era pela visão deles. E foi incrível viver essa experiência e poder dizer que agora tenho o "meu Japão".

Hoje, 18 de Junho, comemora-se os 112 anos da imigração japonesa ao Brasil e se antes eu já comemorava a data, agora não só comemoro como faço questão de relembrar tudo que aprendi na visita ao museu da Migração Japonesa ao Exterior em Yokohama. Ali, pude entender melhor os motivos que levaram os japoneses a migrarem e como foi a chegada no Brasil pelo ponto de vista deles. Esse foi um dos momentos mais emocionantes da viagem, pois imaginei não só meus avós, mas todos aqueles que tiveram que abrir mão de tudo que tinham e lidar com as perdas para encarar uma viagem de 50/52 dias de navio para um país com cultura, idioma, clima totalmente diferentes.

E com essas lembranças da viagem que convido a todos para comemorar comigo no sábado (20/06), o Dia Internacional do Nikkei. Nikkei é o descendente de japonês que mora fora do Japão e a data foi instituída em 2018, na 59ª Convenção dos Nikkeis e Japoneses no Exterior (Kaigai Nikkeijin Taikai), em Honolulu, Havaí, com o objetivo de valorizar e unir os, aproximadamente, 3 milhões de nikkeis ao redor do mundo. A escolha do dia é alusiva à chegada do primeiro grupo de emigrantes japoneses no Havaí, em 1868.

Entre nós, a Lei 17.169/2019, de autoria do vereador Aurélio Nomura (PSDB), incluiu no Calendário de Eventos da Cidade de São Paulo, o Dia Internacional do Nikkei, a ser comemorado oficialmente no dia 20 de junho.

“Esta data emblemática, neste momento em que celebramos os 112 anos de imigração japonesa no Brasil, merece ser comemorada com muita ênfase”, destaca o presidente Renato Ishikawa. “A novidade de protagonizar uma edição online é interessante e bem aceita”, acrescenta, lembrando que em nosso país reside a maior população de descendentes de japoneses fora do Japão.

A comemoração do Dia Internacional do Nikkei será online e ao vivo, de forma interativa e descontraída, com apresentação de Alexandre Kawase, Telma Shiraishi, Claudio Kurita e Sandra Hayashida. A exibição será no formato de revista eletrônica com apresentações artísticas, depoimentos de convidados e personalidades nikkeis e não-descendentes, admiradores ou praticantes da cultura japonesa.

A live terá a participação de autoridades do Governo do Japão como o Vice-Ministro de Negócios Estrangeiros, Keisuke Suzuki, o Embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada, e o Cônsul Geral do Japão em São Paulo, Yasushi Noguchi, que deixarão suas mensagens de saudação além da participação de vários nikkeis e "newkei" (não descendentes entusiastas e apoiadores da cultura japonesa).

Segundo o coordenador do evento, Alexandre Kawase, “a repercussão do evento está sendo muito positiva. Esperamos atingir o nosso propósito de provocar uma reflexão sobre os valores nipo-brasileiros, de uma forma leve e por meio das vozes de nikkeis e newkeis de diferentes gerações. É uma oportunidade para ampliar a presença digital do Bunkyo e realizar um evento, de fato, internacional”.

Durante a programação será divulgada a Campanha Amigo, promovida pelo Bunkyo, destinada a arrecadar recursos para a manutenção do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil e do Pavilhão Japonês, dois significativos espaços culturais de São Paulo.

LIVE DO BRASIL PARA O MUNDO
Data: BRASIL - 20 de junho de 2020 – sábado, às 20h (horário de Brasília).
JAPÃO - 21 de junho de 2020 – domingo, às 8h (horário de Tóquio)

Link – acesso gratuito
YOUTUBE: https://www.youtube.com/bunkyodigital
FACEBOOK: www.facebook.com/bunkyo
Mais informações: http://www.bunkyo.org.br/

Por Ale Koga 12/05/2020 - 13:46 Atualizado em 12/05/2020 - 17:21

Você entra no perfil, clica no stories e tá lá: "Essa pessoa furou a quarentena". Você clica e é a sua foto. Passa pro outro, "Essa pessoa é trouxa" e está lá a sua foto. Você não sabe o que está acontecendo, você clica ali na sua foto e vê todas as mensagens que as pessoas estão mandando. 

Calma. Respira e não pira. É uma nova função do Instagram que foi liberada em apenas em 3 países: Argentina, Austrália e Indonésia e entre alguns perfis de usuários beta testers (perfis que recebem atualizações antes em caráter de teste).  Nada mais é do que um novo sticker (adesivo) do Instagram Stories que ainda não foi lançado no Brasil mas que muita gente tem usado para fazer esse tipo de pegadinha. 

O perfil @vocefoiexposto bombou nos últimos dias. Foram mais de 1 milhão de visualizações nos Stories, afinal as pessoas mandam umas para as outras e fica aquela coisa viral que ajuda e muito o engajamento do perfil já que a maioria das pessoas que não entendem o que está acontecendo, acabam acreditando que realmente foram expostas e passam a ir nas fotos comentar e inclusive ameaçar a página.

Como funciona?

 

Como a função ainda não está disponível por aqui, a melhor forma de explicar talvez seja dando o exemplo de um adesivo que todos temos no Stories, que é o de "Perguntas".  Quando você faz um stories usando o adesivo de perguntas, a sua foto de perfil aparece no topo da caixa de diáplogo e todos os seus amigos vêem essa caixa de diálogo com a sua foto nela. Certo? Logo, todo mundo que vê esse stories vê a a foto de perfil da pessoa que postou na caixa de diálogo.

 

Mas, com o adesivo de "Comentários", é justamente o contrário.  Ao invés de ver a foto de perfil de quem postou o Stories, o adesivo mostra a foto de perfil de quem está assistindo e ao clicar no adesivo, você consegue ver os comentários que as pessoas escreveram sobre aquela pessoa.

 

Aí, o que a mente brilhante de alguém pensou:  Vou fazer um Stories escrito coisas do tipo: "tenho provas sobre essa pessoa" ou qualquer outro tipo de trollagem e coloco o adesivo "Comentários" bem no canto direito do Stories só pra aparecer a foto dela e já era! Frase "maldosa" criada, uma flecha apontando para a foto e o estrago está feito. Aí, quando a pessoa que for assistir o seu stories ver, será a foto dela que aparecerá apontada para a flecha. 

E por mais que a pessoa mude a conta, altere a conta, sempre vai aparecer a conta que está visualizando.
A pessoa fica sem saber o que está acontecendo. E o melhor, você clica no sticker e dá pra ver os comentários de todo mundo.

 Então calma, não precisa cometer  nehuma injustiça e sair desesperado ou brigando com o namorado por que ele não traiu você e nem nada. É só um adesivo e qualquer pessoa que entrar assistir um Stories com esse adesivo, terá o seu perfil exibido nesse adesivo para que as pessoas cliquem e comentem sobre ele.

Dá pra usar pro bem e fazer coisas legais? Com certeza!
Fato é que o pessoal criativo usou para a zoeira e tem muita gente caindo na pegadinha não só por aqui mas mundo afora. Se já está assim sem ter lançado no Brasil oficialmente, imagina quando chegar?

Por Ale Koga 29/01/2020 - 17:38 Atualizado em 29/01/2020 - 17:47

As eleições de 2020 para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores levará mais de 153 milhões de eleitores às urnas e junto com elas a Justiça Eleitoral estabeleceu novas regras de divulgação das campanhas, principalmente por conta da popularização das campanhas pela internet e propagação de fake news.

A eleição em si é em Outubro de 2020, mas o lançamento de pré-candidatos já pode ser feito desde que seguidas e muito bem observadas todas as regras para andarem dentro da linha. Sabemos que a fiscalização virtual é um grande desafio, principalmente no combate às fake news com fins eleitorais (que são consideradas crime desde o ano passado).

Os candidatos ou equipes que utilizarem tal prática podem ter a candidatura suspensa ou até serem presos, portanto, todo cuidado é pouco. Nada de propagar informações falsas sobre a campanha de adversários para obter vantagem, certo? 

Mas afinal, o que pode e não pode?

Pela internet, será possível patrocinar conteúdo eleitoral (quando o candidato paga para que a sua mensagem tenha uma visibilidade maior nas redes sociais) apenas através dos candidatos e partidos. Pessoa física, ou seja, o eleitor, está proibido. No dia da votação, em hipótese alguma poderão ser publicados conteúdos pelos eleitores que, neste caso, pode ser caracterizado como "boca de urna eletrônica".  

Segundo o TSE, “a publicidade pode ser feita em plataformas online, nos sites do candidato, do partido ou da coligação. Também serão aceitas publicidades feitas através de mensagens eletrônicas, em blogs, nas redes sociais e em sites de mensagens instantâneas. Mas está proibida em sites de pessoas jurídicas, em sites oficiais ou hospedados por órgãos da administração pública e por meio da venda de cadastros de endereços eletrônicos.”

No site do TSE, o cientista político Alessandro da Costa lembra também que o impulsionamento de conteúdo não pode ser "terceirizado". "Quem pode fazer o impulsionamento é o candidato, o partido, a coligação. Eu não posso, por exemplo, contratar uma empresa para fazer esse impulsionamento por mim".

A contratação deve ser feita, obrigatoriamente, pela campanha ou seus responsáveis e diretamente junto à ferramenta responsável pelo impulsionamento.

Prestação de contas
Além disso, todos os gastos que os políticos tiverem com a divulgação de suas propostas pela internet terão que constar da prestação de contas da campanha.

Fake news
A lei eleitoral também proíbe a propaganda feita por meio de perfis falsos. As chamadas fake news, notícias que são compartilhadas sem que se comprove a veracidade das informações.

Essas, outras dúvidas e regras podem ser consultadas  na cartilha do TSE, que está disponível para download.

 

Por Ale Koga 05/10/2019 - 19:36 Atualizado em 05/10/2019 - 20:11

Foi lançado nessa última quinta-feira (03/10) um novo aplicativo da família Facebook-Instagram-Messenger-Whatsapp, o Threads. Com o intuito de estreitar as conversas "paralelas", o Threads surge como o app Messenger surgiu para o Facebook há tempos atrás, trazendo a conversa com os amigos mais próximos para "fora" do app do Instagram. A grande diferença é que no Threads é você que escolhe quais amigos estarão lá para compartilhar intimidades e conversas com você.

Tudo isso é feito através da escolha dos contatos classificados como "Melhores Amigos", função já existente no Instagram e atualmente utilizada para compartilhamento de Stories somente com os escolhidos. No âmbito comercial, muitos profissionais e influenciadores utilizam a função para compartilhar conteúdo exclusivo com os sortudos da lista. (cada qual com a sua estratégia, não é mesmo?)

Basicamente, o Threads tem 3 funcões básicas:

1) Tela principal que abre a câmera frontal, permitindo que você produza o conteúdo que será compartilhado com sua lista vip de amigos.

2) Caixa de entrada de mensagens, idêntica a famosa "DM" do Instagram , porém restrita apenas aos melhores amigos

3) Uma tela que compartilha "status".  Lembrando os primórdios de MSN e Orkut, é possível dizer como está ou mandar aquela indireta do bem através de emojis e frases prontas sugeridas pelo Threads como: relaxando, cansado, feliz, etc...

Uma funcionalidade "polêmica" é  a de atualização automática dos dados de geolocalização fornecidos pelo smartphone do usuário se assim estiver habilitado. Apesar do Instagram garantir que não armazena dados, em tempos de discussão de privacidade no ambiente digital, toda desconfiança é pouca.

Rumores por aí dão a entender que se tudo correr bem, o Threads será o app que unificará todos os apps de mensagem da família do Tio Zuck (Messenger, Instagram e Whatsapp). Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Para quem quiser baixar o Threads, já está disponível para iOS e Android.

Por Ale Koga 07/09/2019 - 10:38 Atualizado em 27/11/2019 - 15:45

Ontem no Café Digital (06/09) falei sobre o novo golpe que estão aplicando no Whatsapp envolvendo roubo de dados através da Turma da Mônica. O alvo dessa vez, são crianças que possuem contas de Whatsapp (o que ao meu ver, não deveriam ter mas isso é papo para outra discussão) e principalmente para aquelas que usam os smartphones dos pais para jogar ou asssistir vídeos e por consequência ficam expostas as notificaçõe e mensagens que possam chegar no Whatsapp dos responsáveis.

Os criminosos usam uma imagem com os personagens da Turma da Mônica e linguagem bem didática no texto que solicita os "dados do cartão da mamãe" e a chamada: 

"A Turma da Mônica está procurando um novo amigo! Quer fazer parte da turminha?"

golpe whatsapp turma da monica 4oito ale koga

Apesar da Polícia Federal não ter recebido nenhuma denúncia, fica o alerta para que os "papais e mamães"  estejam mais presentes na vida dos filhos monitorando o conteúdo consumido na internet  e também evitem deixar carteira/cartões com fácil acesso.  Essa não é a primeira vez que um golpe utiliza personagens infantis para roubar dados, já que anteriormente a "escolhida" da vez foi a Peppa Pig.

Essa relação pais x filhos x internet x celular é recorrente e precisa ser cada vez mais discutida já que hoje em dia não temos mais como voltar no tempo e colocar as crianças no "modo offline". É importante saber entender o momento e equilibrar as coisas para que a inclusão digital seja usada de maneira benéfica na vida de todos, principalmente das crianças.

Embora esse golpe  esteja diretamente enderaçado às crianças, vale lembrar que independente da idade não se deve compartilhar nenhum tipo de informação pessoal na internet em sites não seguros, conversas em mensageiros ou no próprio celular no bloco de notas.

Para quem quiser escutar, participei de um Programa do Avesso com a psicóloga Cristine Adriana Rodrigues Kern onde debatemos o "Sharerting" (termo utilizado para descrever o compartilhamento muitas vezes exagerado de informações dos filhos na internet pelos pais) e falamos sobre segurança da informação e dos filhos ao utilizarem tablets e smartphones dos pais. Confira!

 

Por Ale Koga 03/08/2019 - 21:19 Atualizado em 03/08/2019 - 22:27

Faz tempo que não dou as caras por aqui, mea culpa total. O motivo? Precisei me desconectar para (re)conectar. O post de hoje não tem dica de tecnologia ou a última novidade das redes sociais e sim um relato sincero e um alerta bem importante sobre a relação saúde mental x tecnologia x redes sociais. 

Meu trabalho está totalmente relacionado com o uso constante de redes sociais e tecnologia e isso faz com que naturalmente eu queira estar antenada sobre tudo e oferecer sempre o melhor e mais inovador. Descobri a duras penas que é impossível manter-se atualizada sobre tudo que acontece, ser a primeira a saber das últimas mudanças e novidades e tudo que cerca esse mundo, mas mesmo assim, a gente tenta. E se frustra. E adoece sem perceber.

Até quem não trabalha diretamente com isso sofre constantemente essa pressão por ter que saber de tudo da sua área, saber falar bem no Instagram, ter muitos likes em fotos e converter isso em negócios ou popularidade. O que não falta é conteúdo sobre redes sociais e saúde mental. Tanto que o Instagram foi considerado a rede mais nociva da atualidade por conta da sua falsa sensação de vida perfeita e recentemente incluiu o Brasil na lista de países onde o número de curtidas nas fotos fica oculto, sendo visível apenas para o próprio usuário e assim teoricamente tentando diminuir a competição e também a ansiedade e expectativa causada pelos números não alcançados.

Quando olhamos muito para fora, deixamos de olhar para dentro. E em tempos de excesso de informação, onde somos bombardeados por conteúdos e anúncios o tempo todo, nossas bases precisam estar bem sólidas e fortalecidas. Só assim não se perde o rumo e não nos deixamos influenciar pela "blusinha em promoção", "fulana emagreceu X quilos em X dias", "nossa, sushi. quero!", "como queria um relacionamento assim" e tantos outros "quereres" sem propósito ou verdade.

Criamos regras invisíveis e nos aprisionamos nelas sem nos dar conta e infelizmente a maioria de nós só se liberta quando não aguenta mais. Se, assim como eu, chegar a conclusão que algo está "demais" (e não no sentido bom da palavra), deixo aqui algumas dicas que me ajudaram:

• busque ajuda profissional (terapia)
• cerquem-se de pessoas boas e momentos não postáveis
• deixe de seguir quem te causa sentimentos ruins ou gera ansiedade
• tente não se comparar a nada e nem ninguém diga mais "nãos"
• desative o máximo de notificações que puder

E lembre-se: somos únicos e não devemos nos medir com a régua dos outros.

Para finalizar, deixo aqui esse tweet da Bruna Vieira como reflexão final:
 

 

Por Ale Koga 29/06/2019 - 21:55 Atualizado em 29/06/2019 - 23:42

Você já deve ter visto em algum lugar (bom, até o programa de sexta, a Pity Búrigo não tinha visto) caricaturas fofinhas com olhos grandes disputando a atenção no feed do Instagram e outras redes sociais. Pois bem, trata-se da nova febre dos apps, o Dollify.  O aplicativo está disponível tanto na Apple Store (para celulares iPhone com sistema operacional iOS) quanto na Google Play Store (para celulares que rodam o sistema operacional Android) e basta baixá-lo e começar a usar. 

No início, era possível apenas fazer caricaturas femininas mas recentemente foi adicionada a versão masculina, que ajudou ainda mais aumentar o número de pessoas "dollyficadas" por aí. O aplicativo virou febre pela simplicadade e praticidade. Sem a necessidade de qualquer tipo de cadastro ou login, assim que o app está instalado no seu celular, basta abri-lo e começar a customização do seu boneco.

O Dollify permite vários níveis de customização como cor da pele, olhos, tipos de cabelo, sardas ou pintas, acessórios, roupas e fundo da foto. Alguns itens mais personalizados são pagos e pela bagatela de $6,99 você destrava todos os itens, pode salvar quantos dolls quiser e ainda se livra da marca d'água com o nome do aplicativo.

Depois de feita a sua caricatura, o aplicativo já te dá a opção de compartilhar no Facebook, Twitter, Instagram e Whatsapp tornando o processo de mostrar a sua versão "caricatura fofinha muito mais fácil. Confesso que desde que vi não me interessei muito em baixar e conferir como seria minha versão Dollify mas por conta do Café Digital e desse post, eis o resultado!

Com certeza trata-se de mais uma febre com prazo de validade para passar até que surja a próxima.
Você já usou o Dollify? Me marca nas redes sociais (@ale_koga) que eu quero ver!

 

Por Ale Koga 10/06/2019 - 21:13 Atualizado em 10/06/2019 - 21:55

Hoje no Ponto Final,  Arthur Lessa falou sobre as matérias do The Intercept mostrando o vazamento de mensagens trocadas no aplicativo Telegram entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol e eu falei um pouquinho sobre o Telegram. 

Mas afinal, o que é o Telegram?

Assim como o Whatsapp, o Telegram é um aplicativo de troca de mensagens via conexão de dados móveis ou wifi. O grande diferencial do app é o foco em segurança e privacidade das mensagens. Talvez por isso Moro e Dallagnol o tenham escolhido. Mas ao que tudo indica, eles não souberam usar corretamente as funcionalidades, já que as mensagens vazadas estão aí para todos mundo ler.

Uma das funções do Telegram é o chamado "chat secreto", onde é possível abrir uma conversa  "secreta" com qualquer pessoa da sua lista de contatos e determinar um período para que ela se  "auto-destrua".  Todo conteúdo trocado nesse chat é criptografado de ponta a ponta e o conteúdo não fica armazenado na nuvem, ou seja, sem possibilidade de aparecer no backup caso você tenha perdido o acesso ao seu Telegram. Além disso, as mensagens não podem ser encaminhadas e permanecem somente no dispositivo onde foram trocadas (se você abrir o Telegram no computador e conversou pelo celular, essa conversa não aparecerá lá, por exemplo).

Outra funcionalidade interessante do Telegram (e agora presente também no Whatsapp) é a possibilidade de colocar uma senha para acessar o aplicativo, bem similar a senha que cadastramos para desbloquear o celular. Ela pode ser feita pela autenticação em dois fatores, onde o usuário recebe um SMS com um código para validar a senha digitada o que dificulta o acesso caso alguém tente invadir a sua conta. Mas entramos num ponto interessante: no caso de Moro e Dallagnol, ambos aparentemente tiveram as contas clonadas, ou seja, mesmo supondo que eles tenham habilitado a autenticação por dois fatores, em posse da linha foi possível acessar o código enviado por SMS  e desbloquear o aplicativo.

Moro havia divulgado que não acessava o Telegram há mais de 2 anos, o que leva a crer que as mensagens tenham sido vazadas do celular de Dallagnol já que, se a informação realmente for verdadeira, Moro não possui mais a sua conta pois se o usuário fica 6 meses sem utilizá-la, ela automaticamente é excluída junto com todo o conteúdo de texto, vídeo, fotos e arquivos no histórico.

Para quem busca uma alternativa ao saturado Whatsapp, o Telegram pode ser uma boa opção. Eu particularmente adoro e uso frequentemente principalmente por, ao contrário do Whatsapp, me permitir acessar a versão do computador sem depender do celular, entre outras funcionalidades que o concorrente não possui.

 

 

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