Quando estiver acabando a obra da BR-285 na Serra da Rocinha, no lado catarinense, estarão começando os trabalhos no lado gaúcho, em São José dos Ausentes. Foi o que confirmou na manhã desta sexta-feira, 11, em entrevista ao Conexão Sul na Rádio Som Maior, o deputado estadual gaúcho Carlos Búrigo, do MDB.

"Ontem pela manhã estive com o superintendente do Dnit em Porto Alegre e com representantes da empresa que ganhou a licitação para execução da obra no trecho gaúcho, são 8 quilômetros mais a ponte. Tivemos uma notícia importante, a empresa está entregando os projetos e o Dnit pretende entregar logo a ordem de serviço. O grande volume de recursos é para a ponte, que terá 370 metros de comprimento, 70 metros de altura, já tem todo o licenciamento do Ibama para fazer a preservação da mata ciliar do Rio das Antas e o asfaltamento dos 8 quilômetros também", contou.

"O que me falaram é que até a metade do ano essas obras vão começar. Tem dinheiro no orçamento, pelo menos para fazer durante esse ano de 2022". A obra tem previsão de 900 dias. Ou seja, começando em meados desse ano, deve se estender até 2026. "Temos trabalhado muito com o Governo Federal para que, iniciando as obras, não faltem recursos", observou. "Sabemos que o trecho catarinense está andando bem, deve ficar pronto até o fim do ano", destacou o deputado.

Búrigo lembrou que esse é o trecho que falta para o complemento da chamada Rodovia Bioceânica, com 740 quilômetros de extensão entre Araranguá e São Borja e, depois, os trechos interligados já existentes na Argentina e Chile. "Vai ligar do Chile, da Argentina, planalto médio do Rio Grande do Sul, campos de cima da Serra gaúcha, iniciei esse processo em 97 como prefeito de São José dos Ausentes", confirmou.

O trecho gaúcho não tem tantas complicações para execução da BR-285. "Em cima de um platô na Serra, é de fácil execução, não é um trecho tão complexo de obras de engenharia. O que é importante é que o material a ser retirado para o leito está junto ao trecho, no fim do trecho onde começa o asfalto. Não se terá dificuldades", afirmou. "O caminho atual é ruim. Você desce um morro até passar numa ponte pequena em cima do Rio das Antas, ali nasce o rio, você tem que descer bastante numa estrada com curvas, difícil, e do outro lado tem que fazer essa subida. Com essa ponte vai eliminar isso, ligando os dois pontos altos dos morros", acenou. "É uma estrada de chão batido que não está sendo muito conservada", observou.

O trecho gaúcho vai custar mais de R$ 70 milhões. "Na licitação ela está orçada em R$ 72 milhões, deve ter hoje em torno de R$ 10 milhões no orçamento colocado, certamente o Governo Federal vai colocar mais recursos agora, quando iniciar as obras, para não sofrer interrupções", completou.

É ficar de olho. Enquanto isso, paciência e cuidado ao trafegar pela BR-285. E estamos atentos à confirmação da conclusão da obra neste ano mesmo em Timbé do Sul.

Fruto da mitologia inglesa, Robin Hood teria vivido no século XII roubando dos ricos para dar aos pobres. É o que o cigano Próspera vem seguindo à risca no Campeonato Catarinense. Os resultados explicam:

Em Brusque - Camboriú 1 x 0 Próspera
Em Florianópolis - Próspera 0 x 1 Hercílio Luz
Em Itajaí - Marcílio Dias 3 x 0 Próspera
Em Tubarão - Próspera 2 x 0 Chapecoense
Em Florianópolis - Avaí 0 x 1 Próspera

E a partida desta quinta-feira (10) foi um primor nesse sentido. Favorito absoluto depois de derrotar dois candidatos ao título (a Chape vinha com 100% e líder quando foi batida), o Time da Raça conseguiu a proeza de perder para o Juventus por 2 a 1. Antes mesmo do placar, o jogo já tinha uma característica curiosa: era um caso raro de uma partida em que o "dono da casa" viajou muito mais que o visitante. O Próspera viajou exatos 358 quilômetros para mandar o confronto na Arena Joinville, enquanto o Juventus deslocou-se por apenas 53 quilômetros.

Mas não foi isso que decidiu a partida. Foi sim o fraco futebol jogado pelo Time da Raça em Joinville. E as chances desperdiçadas. E, segundo o técnico Emerson Cris, o erro da arbitragem no gol que deu a vitória aos jaraguaenses aos 47 minutos do segundo tempo. Tanto para Emerson quanto para vários dos atletas do Próspera, Jonatas Belusso estava em impedimento quando mandou a bola para a rede.

Tristeza bateu

Emerson Cris reconheceu a tristeza que estavam os jogadores depois da partida. "Complicado. Estamos muito tristes, de verdade. Foi uma decepção muito grande, mas o cenário é complicado. Eu havia alertado que o Juventus vinha de grandes mudanças e uma responsabilidade que saiu sobre todos os atletas deles. Sabíamos que eles dariam a vida por esse jogo, pelo que eles passaram antes de enfrentar a gente", afirmou, no bate papo com a imprensa depois da derrota.

Um fato que Emerson tem razão: o Próspera aceitou o jogo. "E a gente aceitou a imposição deles, tivemos as nossas oportunidades para fazer o placar". E ele completou sublinhando: o Próspera foi prejudicado. "Depois eles fizeram o gol, tiveram oportunidade de ampliar, nós fomos atrás, buscamos o empate, tivemos oportunidade para virar mas no fim eles se impuseram e nós tivemos uma situação que complicou muito, não que eu estivesse satisfeito com o empate, mas no final fomos prejudicados com um gol que não existiu", afirmou.

Mas como o "Robin Hood" Próspera ganha de Chape e Avaí e perde pro agora ex-lanterna Juventus, e tudo isso em uma semana? "O mesmo time que jogou o último jogo, não mudei nenhuma peça. O Galhardo que entrou na direita e foi no limite dele, todos os atletas se entregaram. Tivemos preparação para esse jogo mas o adversário conseguiu se impor mais que a gente. Essa partida era a última ficha deles e a gente não assimilou e não impusemos um ritmo", respondeu. "O placar justo seria o empate mas o futebol é assim. Temos que levantar a cabeça", opinou Emerson. Concordo com ele. O empate estaria à altura da partida.

Ficou dramático

O Campeonato Catarinense é um negócio tão maluco que o Próspera, que respirava bons ares com os 6 pontos recém conquistados, já está na obrigação de ganhar domingo. Acontece que o adversário é o lanterna Barra e um revés deixará o Time da Raça muito perto da zona de rebaixamento. O Juventus, ao ganhar a primeira, já está a apenas 1 ponto da equipe criciumense. E o Barra ultrapassará o Próspera se, por ventura, inventar de ganhar no domingo, a partir das 16h, no Orlando Scarpelli.

Ou seja, domingo é dia de encerrar a fábula de Robin Hood e fazer por si, e para si.

Ouça, no podcast, a entrevista de Emerson Cris:

O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) reforçou que os servidores públicos trabalharão normalmente durante o Carnaval. O comunicado foi feito em um vídeo postado nas redes sociais. "Muitos tem me procurado, perguntado, questionado sobre o decreto de pontos facultativos em Criciúma. Nós já baixamos o decreto, ele já foi publicado, o próximo decreto que vamos ter é em 15 de abril, Paixão de Cristo, uma sexta-feira, feriado nacional", anunciou. Logo, para bom entendedor está claro: nada de folga no Carnaval.

"Muitas pessoas perguntam, prefeito, não vai ter feriado de Carnaval? Não, não vai ter. Não vamos ter nem Carnaval, nem feriado de Carnaval", perguntou e respondeu. "No dia 28 de fevereiro, uma segunda-feira, estaremos na prefeitura trabalhando, nos dias 1, 2 e 3 de março estaremos aqui trabalhando", reforçou. "Em Criciúma não tem Carnaval e não tem feriado. Aqui é trabalho", sublinhou.

Salvaro convidou empresários a se integrarem ao mesmo movimento, de trabalhar no Carnaval. "E o que o prefeito pede para nossos comerciantes, para as indústrias, para os que gostam do trabalho? Que vocês trabalhem também. Nós precisamos trabalhar. Não é dia santo, não é feriado, não é nada. Não tem nada a ver a nossa cidade parar por conta do Carnaval. Aqui já está baixado o decreto, vamos trabalhar direto", afirmou.

Ele relembrou, ainda, que o feriado para o servidor público é o mesmo do Dia do Trabalhador, 1º de maio. "É assim que faremos uma cidade melhor. O prefeito trabalha, a sua equipe trabalha e toda a cidade trabalha", finalizou.

O vereador Obadias Benones é pré-candidato do Avante a deputado estadual. Benones reuniu lideranças do seu partido na noite desta terça-feira (8) para tratar de estratégias para a campanha, buscando uma cadeira na Alesc.

É preciso analisar a situação do Avante. Naturalmente, por ser pequeno, o partido terá imensas dificuldades de fazer alguma cadeira na eleição de outubro em faixa própria. Mas é bem provável que a sigla vá compor alguma federação, dependendo das articulações nacionais com outros partidos. 

E há um outro aspecto que pode mudar radicalmente a vida do minúsculo Avante que, em Santa Catarina, elegeu Obadias Benones e mais quatro vereadores na última eleição: o possível ingresso do governador Carlos Moisés, que já esteve mais próximo, mas ainda não é carta fora do baralho. Moisés pode tanto arriscar buscar a reeleição com o número 70, tanto ir para um MDB ou outro partido maior e abrigar os seus aliados no Avante para concorrer a estadual e federal.

Em nível nacional, o Avante trata de uma possível federação com outros dois pequenos, o PSC e o Patriota. Já houve sondagem de uma federação também em outro campo, com o PDT. Os dois estiveram juntos na eleição presidencial de 2018, quando o Avante apoiou a candidatura de Ciro Gomes à presidência. Desta vez, ao menos por enquanto, o Avante tem candidato próprio: o deputado federal André Janones, de Minas Gerais, foi lançado recentemente. Ele, que é uma figura bastante conhecida nas redes sociais, surpreendeu em pesquisas, antes mesmo de ser lançado, aparecendo com 2% de intenções de voto.

Por aqui, o Avante, que é o antigo PTdoB, elegeu Obadias Benones vereador por diversos fatores. O partido abrigou evangélicos ligados ao projeto de reeleição do prefeito Clésio Salvaro (PSDB). O vereador é bastante ligado à deputada federal Geovania de Sá (PSDB). Os dois congregam na mesma igreja, a Assembleia de Deus, na qual Benones é pastor. Ele é formado em Jornalismo e elegeu-se vereador em 2020 com 999 votos. Seu primeiro suplente é Neri Xavier, que fez 9 votos a menos: 990.

Benones fez campanha fortemente embasada em sua igreja, no trabalho pastoral e com a juventude. Tem, na Câmara, exercido um mandato bastante focado nas questões de comportamento. Posicionou-se com vigor contra a ideologia de gênero e esteve ao lado do prefeito Salvaro na recente (e polêmica) decisão de afastar um professor da rede municipal de ensino por veicular, em sala de aula, conteúdo considerado inapropriado por setores conservadores. Em seu primeiro ano de mandato, em 2021, compôs a mesa diretora da Câmara, como primeiro-secretário.

Não é o único vereador candidato

Há mais um vereador evangélico que concorrerá a deputado em outubro. Em segundo mandato, o Pastor Jair Alexandre, que elegeu-se em 2016 pelo PSC e garantiu reeleição pelo PL em 2020 encaminhou espaço na nominata. Pretende ser candidato a deputado federal e deixa claro que representará a igreja na qual ministra, a do Evangelho Quadrangular, que serviu de importante apoio para suas duas campanhas vitoriosas à Câmara, a última com 1.481 votos.

Tanto a candidatura do Pastor Jair representa um nicho que o fato dele estar na nominata do PL não mexe com a advogada e jornalista Júlia Zanatta, há muito pré-candidata pelo PL à Câmara Federal. Júlia tem, sim, estado às turras (e manifestou isso nas redes sociais) com a possível filiação do deputado Daniel Freitas, com a intenção de buscar reeleição pelo partido. Mas é possível, hoje, um cenário com três candidatos do PL de Criciúma a deputado federal.

Outro vereador que também será candidato em outubro é Júlio Kaminski. Advogado, em segundo mandato, é presidente do PSL, pelo qual reelegeu-se em outubro de 2020 com 1.041 votos, 40 à frente do advogado Jefferson Monteiro, primeiro suplente do partido, desafeto público de Kaminski e pré-candidato a deputado federal. Sobre Kaminski, ele demonstra entrosamento com o prefeito Gean Loureiro, que será ao lado do deputado federal Fábio Schiochet o principal líder do novíssimo União Brasil em Santa Catarina. O registro do União foi aprovado nesta terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas há um possível congestionamento de cenário à vista para Kaminski: com o deputado Jessé Lopes, eleito pelo PSL, migrando para o PL (como está encaminhado), é possível que o ex-prefeito Márcio Búrigo aceite o convite para deixar o PL rumo ao União Brasil. Kaminski continuaria candidato com Márcio no partido? Ou aceitaria o convite para tomar o rumo do PP e ter, no ex-partido de Márcio, legenda para buscar cadeira na Alesc? A aguardar.

O PP, com poucas alternativas, já lembrou no vereador Miri Dagostim, hoje licenciado e ocupando a Secretaria de Educação, como um possível candidato a deputado estadual. Mas o nome dele está em stand by.

A vereadora Giovana Mondardo, do PCdoB, segunda mais votada em Criciúma em 2020 com 2.430 votos, era pré-candidata a estadual. Vai para deputada federal. Confia em boas chances em um cenário de possível federação com PT e quem sabe o PSB. Vem trabalhando com força um campo que domina bem, as redes sociais, e vem sendo projetada em nível estadual por seu partido. Se não for o único nome dos comunistas catarinenses à Câmara, haverá poucos além do dela.

Nenhum dos seis vereadores da maior bancada da Câmara de Criciúma, o PSDB, concorrerá a deputado. Ficarão todos no Legislativo mesmo. Arleu da Silveira até foi cogitado, mas retirou seu nome ao perceber que o espaço está ocupado. Restam nas cotações tucanas o secretário Acélio Casagrande, o ex-deputado Dóia Guglielmi e o vereador Aroldo Frigo Júnior, de Nova Veneza, para a Alesc. Para a Câmara, obviamente, Geovania de Sá.

O MDB só tem um vereador, Paulo Ferrarezi, e ele ficará onde está, na Câmara. Aníbal Dário, que foi o candidato a prefeito em 2020, quer concorrer a deputado estadual. Há o nome posto de Eduardo Moreira, e uma citação feita há algum tempo do nome da ex-vereadora e atual suplente de deputada Tati Teixeira. Os hoje estaduais Luiz Fernando Vampiro e Ada de Luca seguem reforçando que disputarão cadeira em Brasília.

Outro com uma cadeira só na Câmara, o DEM até tentou encorajar o vereador Manoel Rozeng, que não quer. A fusão com o PSL formando o União Brasil salvou o parlamentar dessa pressão. O PDT tem o vereador Zairo Casagrande plenamente engajado na campanha de reeleição do deputado Rodrigo Minotto, que tem base na região e primará pelo espaço. Para federal, os pedetistas da Amrec têm o nome de Karoline Calegari, que já dirigiu o Procon em Içara.

O PSD tem dois vereadores, Salésio Lima e Juarez de Jesus, mas os candidatos a deputado estadual não estão aí. O vice-prefeito Ricardo Fabris está se movimentando, e há o nome natural, também com forte base na região, do ex-presidente da Alesc, deputado Júlio Garcia. Para federal, é tudo com Ricardo Guidi.

Outros nomes

A conferir, ainda, o que apresentarão outros partidos para deputados estaduais e federais. O Republicanos poderá colocar o ex-vereador Aldinei Potelecki em sua nominata. O PT tem os nomes de Júlio Bittencourt e Chico Balthazar, que formaram a chapa petista à prefeitura em 2020. O PTB vinha sendo reestruturado pelo deputado Kennedy Nunes, que tem contatos fortes na região, mas perdeu fôlego.

O coronel Manique Barreto, que concorreu a prefeito em 2020, poderá figurar em candidatura a estadual pelo Podemos. A ex-vereadora Camila Nascimento também está no Podemos, e quer buscar cadeira na Alesc. O PSB tem os nomes de Fábio Brezola (que já concorreu a prefeito e vice por PT e PDT) para estadual (ele foi candidato a federal em 2018, já pelo PSB) e Beatriz Vargas (foi candidata a vice-prefeita de Içara em 2020, pretende concorrer a deputada federal). 

Tem reforço vindo do Grêmio para o ataque do Criciúma. A imprensa de Porto Alegre noticiou, no fim da tarde desta terça-feira (8) que o time gaúcho está emprestando para o Tigre o atacante Guilherme Azevedo. Confira a informação do Gaúcha ZH:

Além do lateral-esquerdo Guilherme Guedes, que está sendo emprestado à Chapecoense, o Grêmio negocia a saída do atacante Guilherme Azevedo. Porém, o destino será diferente. Apesar de também ter sido procurado pelo clube do oeste catarinense, o jogador de 20 anos tem conversas avançadas com o Criciúma.

Depois de ter passado pelo Coritiba na última temporada, o jovem atleta retornou a Porto Alegre para ser utilizado na largada do Gauchão. Contudo, foi reserva do time de transição, tendo ingressado no segundo tempo das partidas contra Caxias e Brasil-Pel. Fora dos planos do técnico Vagner Mancini, ele será repassado para pegar ritmo de jogo.

Cria da base gremista, Gui Azevedo tem contrato com o Grêmio até o final de 2024, com multa rescisória fixada em 80 milhões de euros (cerca de R$ 480 milhões na conversão atual). 

Logo, pela nota do colega do Gaúcha ZH, o Criciúma está vencendo uma queda de braço com a Chapecoense por Gui Azevedo. O jogador foi pouco aproveitado no começo da temporada gremista no Estadual e vir para Criciúma será a chance de ele ser melhor aproveitado. E dividindo os emprestados entre Tigre e Chape, o Grêmio garante que os dois jogadores serão utilizados na Série B do Brasileiro, já que ambos disputarão a mesma competição. A diferença é que, em Criciúma, Gui Azevedo terá mais jogos pela frente a partir de abril, quando começar a Série B nacional e, em maio, no início da Série B estadual.

O Criciúma ainda não se pronunciou sobre a contratação de Gui Azevedo.

Como estão os presídios e penitenciárias de Criciúma e região? Lotados? Com muitos casos de Covid? Aqueles que tiveram saídas temporárias no fim de ano, retornaram ou muitos estão à solta por aí? Vamos passar a limpo o momento do sistema carcerário regional em um bate papo com a juíza Débora Zanini, titular da Vara de Execuções Penais de Criciúma, que estará no estúdio da Rádio Som Maior na manhã desta segunda-feira (7), no Conexão Sul.

Em destaque, ainda, a contagem regressiva para mais um grande evento do Sul catarinense. Começa na sexta-feira (11) a primeira etapa do Mundial Rincão de Beach Tennis Unimed, com as competições das categorias amadoras. A chave principal, com os craques do beach tennis profissional de vários países, acontecerá entre os dias 17 e 20. Para falar do evento, estará conosco no Conexão Sul o deputado federal Daniel Freitas, cujo empenho foi determinante para trazer o evento. Será que o presidente Jair Bolsonaro virá ao Rincão atendendo o convite do deputado? Vamos saber.

E a semana que passou trouxe uma boa notícia para a saúde do extremo Sul catarinense. O Hospital Dom Joaquim, de Sombrio, foi contemplado com dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Trata-se de um salto importantíssimo para uma unidade hospitalar que chegou a estar às portas da falência, do fechamento. Deu a volta por cima e, com um novo modelo de gestão, oferece serviço indispensável para a região de Araranguá. Falo do hospital de Sombrio e de outras pautas da cidade com a prefeita Gislaine Cunha.

O Conexão Sul vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 9h30min às 11h na Som Maior. Conto como vocês!

Em 6 de fevereiro de 1952, a jovem Elizabeth representava seu pai George VI em uma viagem pela África. Cumpria agenda no Quênia ao lado de seu marido Phillip. Eis que chegou a notícia da morte do rei em Londres. Coube a Phillip contar a Elizabeth o que ocorrera e, minutos depois, seu ajudante-de-ordens fez a pergunta crucial: "qual nome a senhora usará?". "Nome?", respondeu ela. "Com qual nome a senhora reinará?", retrucou ele. "Eu tenho um nome, Elizabeth. É esse".

Ali, a princesa deixava de ser princesa e passava a ser rainha de uma potência do pós-guerra. Anos antes de subir ao trono, com seu pai reinando saudável, com grande apoio popular e sem qualquer perspectiva de mudança breve, Elizabeth fez sua primeira viagem internacional em nome do Reino Unido. Também à África, em 1947, já casada com Phillip. E de lá, ao comemorar 21 anos, fez um comunicado por rádio no qual declarou uma frase célebre que tornou-se sinônimo de seu longo reinado: "Eu declaro diante de vocês que toda minha vida, seja ela longa ou curta, será dedicada ao seu serviço e ao serviço da nossa grande família imperial, à qual todos nós pertencemos".

Elizabeth mal sabia, mas acabava de pronunciar um verdadeiro legado, hoje tão latente passados exatos 70 anos do dia em que tornou-se rainha. Pela sua longevidade, a antiga líder vai dos gracejos ao respeito, superando crises com extrema habilidade e conseguindo, depois de sete décadas, gozar de um prestígio que é a verdadeira base da monarquia britânica.

Se há (e há de fato) uma leitura anacrônica do papel da monarquia, existe, no caso britânico, um exemplo conferido que deve ser levado em conta. Aquela visão ilusória, de um monarca ocioso, arredio às rotinas administrativas e afeito a festejos e futilidades, passa longe do papel responsável de Elizabeth. Depois das dificuldades comuns a um início de reinado de uma jovem princesa, logo ela tomou pulso da situação e exerceu com precisão o papel que o destino lhe conferiu: não ser epicentro de polêmicas, equilibrar as relações em nome da pacificação nacional e, quando necessário, erguer a mão perante às questiúnculas do dia a dia em nome do bem maior: a nação.

Para o republicanismo que evoca o lado exótico da monarquia, da riqueza e do glamour nos quais vivem a família real, a resposta de Elizabeth, embora passível de questionamentos, é tão enfática quanto emblemática, e faz convencer a população de que não é um bom negócio trocar a coroa pela faixa presidencial. A rainha mostra que "mais vale uma família real para a vida toda do que uma nova família real a cada quatro anos, algo comum das Repúblicas". 

Mas Elizabeth colecionou falhas ao longo dos anos, o que a torna humana. Há quem diga que sua frieza nas relações familiares criou o solo fértil para as instáveis relações estabelecidas por seus herdeiros. Que o diga a profunda crise, que faz sangrar até hoje o legado do futuro rei Charles, o primogênito da rainha que casou com Diana, a princesa dos sonhos, a perdeu por conta de suas aventuras extraconjugais e hoje está casado justamente com a mulher que foi o epicentro da crise matrimonial passada. Os britânicos, que esperavam ver Diana rainha, verão Camila. A rainha, com a paciência e a sabedoria que o cargo lhe exigem, admitiu neste sábado, véspera do jubileu de platina, que Camila será rainha, e deve ser tratada como tal. Afinal, é a mulher do futuro rei.

Ainda no capítulo das falhas da rainha, houve um episódio marcante em outubro de 1966. O rompimento de minas de carvão soterrou uma localidade no País de Gales e matou mais de uma centena, entre uma maioria absoluta de crianças. Houve comoção internacional mas Elizabeth demorou a reagir. Ela admite, até os tempos atuais, que foi a maior falha de seu reinado. O episódio trouxe à tona, também, a dificuldade que a rainha tem de se emocionar. Ela "disfarçou" uma suposta lágrima que teria escorrido em seu rosto ao ver o cenário da catástrofe mas depois, na intimidade do palácio em Londres, admitiu com raiva de si que "não conseguia chorar".

Foi essa capacidade ímpar para as emotividades que, de certa forma, pode ter contribuição decisiva para um reinado tão longo. Elizabeth não escandaliza. Não sai do prumo, chegando a pecar pelo excesso de cautela. Assim foi, também, quando Diana morreu. O povo exigiu dias a fio uma posição da Coroa, que demorou a chegar. Mas chegou. Afinal, se acabara de morrer a mulher que rompeu com o futuro rei, também havia partido a mãe dos netos de Elizabeth, mãe do futuro rei William. Aliás, pela sua popularidade, William e sua mulher Kate são muito mais garantias de uma sequência saudável da monarquia britânica, ao contrário dos percalços que um futuro reinado de Charles enfrentará. Mas até nisso, sem querer e amparada pelo destino, Elizabeth tem colaborado. Afinal, ao reinar por tanto tempo, ela deixa um prazo cada vez menor para Charles ser um rei de transição para o filho que futuramente terá, pela sua juventude, um tempo maior para sentar ao trono.

E daí, o que tudo isso tem a ver conosco? Quais as lições que esse amontoado de reflexões nos permitem? Simples.

Elizabeth ensina ao mundo (e há muitos poderosos de ocasião que insistem em não aprender) que poder é também resignação (nem sempre o poderoso tem razão). É respeito ao sentimento público (mesmo tendo uma fortuna pessoal). É humildade para reconhecer falhas (citamos dois casos, o do País de Gales e o da morte de Diana, de tantos outros). Exercício de poder é sentimento de dever (ela poderia ausentar-se aos 95 anos, mas não, indica que cumprirá aquele compromisso lá de 1947).

E uma rainha, no exercício de poder que pode ser aplicado com naturalidade por primeiros-ministros, presidentes e afins, não está acima da lei. Precisa cultivar e praticar valores que sirvam de exemplo. A história prova que quer, age, e quando não age, o faz pois, como Elizabeth sempre diz aos próximos, "o mais difícil que existe é não fazer". E, muitas vezes, é tempo de não fazer também. Apenas de dar o exemplo, da prudência, do cuidado, do zelo. E do respeito aos valores nacionais sem discursos e arroubos sem consistência prática. 

Chefiar uma família real carrega privilégios, mas impõe muitos deveres. Essa "jovem senhora" cuja vitalidade de 95 anos nos surprende está aí para provar.

Está cara a gasolina no Sul de Santa Catarina. O etanol também. Até o diesel, Idem o GNV. Para esmiuçar o debate, o programa Conexão Sul tratará do tema nesta sexta-feira (4), a partir das 9h30min, na Rádio Som Maior.

No estúdio, vamos receber um empresário do setor que sabe e muito a respeito das razões desses preços elevados: o Beto Benedet, proprietário de postos em Criciúma e que há muito tempo, antes mesmo dessas altas constantes dos últimos tempos, levantava o alerta. Beto foi pioneiro em fixar nos seus postos tabelas com explicações com os detalhes dos preços, o que corresponde a impostos e quais impostos, quem cobra e quem paga, quanto a União leva, quanto é do Estado, do transportador, do revendedor e do fornecedor.

Contamos com a sua colaboração. É um tema que mexe na vida de todos nós.

O Criciúma pretende praticar um preço salgado de ingressos para os 19 jogos em casa na Série B do Campeonato Brasileiro. A informação foi confirmada pelo vice-presidente Alexandre Farias em entrevista que nos concedeu no fim da tarde desta quinta-feira (3) no Ponto Final, na Rádio Som Maior.

"Nós vamos valorizar os nossos associados, que estão contribuindo desde o início do ano", afirmou. "A tendência é que o preço seja salgado. Não seja barato não. Bem salgado, para valorizar os sócios", reforçou.

Farias adiantou que o valor em estudo no clube é algo em torno de R$ 150. "R$ 150 ou um pouco menos, conforme o jogo", informou. E o dirigente reconheceu que em jogos contra Cruzeiro, Vasco e Grêmio os preços poderão ser ainda mais elevados. "Nós pretendemos ter elevação de preços nesses jogos. Mas temos que tomar cuidado, pois não podemos desrespeitar o Estatuto do Torcedor", ponderou. 

O clube deverá definir os valores nas próximas semanas. Os possíveis limites para os preços de ingressos foram comentados durante o conselho técnico da Série B na tarde desta quinta, e a CBF irá em breve anunciar valores máximos e mínimos que poderão ser praticados pelos 20 clubes.

35 jogadores na Série B

Outro tema importante que esteve na pauta da reunião remota dos clubes com a CBF foi o número de jogadores que cada clube deverá inscrever. 

"Hoje, na reunião, ficou definido que temos que registrar no mínimo 35 jogadores até o começo de abril", explicou Farias. Se essas inscrições não forem feitas até 9 de abril, o clube só poderá agregar novos atletas ao elenco da Série B a partir de 18 de julho. "Eu acredito que, contando com jogadores das categorias de base, conseguiremos ter os 35 jogadores até o início de abril", detalhou. "Isso é uma determinação da CBF, são as janelas do futebol brasileiro", completou.

Os atletas que o Criciúma contratar e registrar a partir de 9 de abril só poderão, ao menos até 18 de julho, jogar a Série B do Catarinense, que começa em 29 de maio. "Teremos que ter uma estrutura muito boa para vencer esse obstáculo, das duas competições simultâneas. Estamos pagando um preço pelo rebaixamento do Criciúma", observou.

Mais uma novidade da Série B é que, a exemplo do que ocorreu na véspera, no conselho técnico da Série A, ficou definido que os clubes estão novamente livres para trocar de técnico quantas vezes quiserem ao longo do Campeonato Brasileiro. "Confirmou por unanimidade, todos votaram pela mudança e agora fica livre o técnico que sair de atuar por outro clube também, sem limites", confirmou.

Queria um grande na arrancada

O Criciúma vai estrear na Série B fora de casa contra o CSA. Depois, recebe o Londrina. "Os primeiros jogos não dá pra reclamar, são todos bons times. Como vai dizer que um Ituano, Novorizontino, times que enfrentamos, Operário que tem feito boas campanhas na B, Sport Recife, começamos com o CSA fora, tem se mantido na B, pega um Londrina que sempre jogamos, depois com Sport em casa, é tudo jogo difícil" avaliou. "Eu, honestamente, preferia começar jogando em casa já com Grêmio, Vasco ou Cruzeiro", confidenciou.

Confira a tabela completa e outras informações da Série B 2022 clicando aqui.

Ouça, no podcast, a entrevista do vice-presidente à Som Maior:

Saiu a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro. Pela primeira rodada, o Criciúma visitará o CSA em Maceió, em 8 ou 9 de abril. Na segunda rodada, o Tigre receberá o Londrina no estádio Heriberto Hülse. A seguir, Sport em casa, Guarani fora e Novorizontino em casa.

O confronto com o Grêmio no turno será na oitava rodada, em Porto Alegre.

Confira a primeira rodada completa:
Ponte Preta x Grêmio
CSA x Criciúma
Sport x Sampaio Corrêa
Brusque x Guarani
Novorizontino x CRB
Londrina x Náutico
Vasco da Gama x Vila Nova
Bahia x Cruzeiro
Tombense x Operário
Chapecoense x Ituano

A ordem das partidas do Tigre:
CSA x Criciúma
Criciúma x Londrina
Criciúma x Sport
Guarani x Criciúma
Criciúma x Novorizontino
Operário x Criciúma
Criciúma x CRB
Grêmio x Criciúma
Criciúma x Cruzeiro
Bahia x Criciúma
Criciúma x Sampaio Corrêa
Chapecoense x Criciúma
Criciúma x Brusque
Criciúma x Vila Nova
Náutico x Criciúma
Ituano x Criciúma
Criciúma x Vasco
Criciúma x Ponte Preta
Tombense x Criciúma

Confira a tabela completa clicando aqui.

A CBF divulgou a tabela da primeira fase da Copa do Brasil na manhã desta quarta-feira (2). O Criciúma estreará no dia 24, quinta-feira, enfrentando o Nova Iguaçu no estádio Jânio Moraes, em Nova Iguaçu, a partir das 16h. A partida, que contará com transmissão do Timaço da Rádio Som Maior, terá exibição pelo SporTV.

A Copa do Brasil vai começar no dia 22, com os jogos Pouso Alegre (MG) x Paraná, Cascavel x Ponte Preta, Lagarto x Figueirense, URT x Avaí e Salgueiro x Santos. A Chapecoense estreia no dia 1/3 contra o Moto Club em São Luís, no Maranhão.

Na primeira fase, os visitantes, que contam com melhor desempenho no ranking da CBF, jogam pelo empate para avançar à segunda fase. A partida em Nova Iguaçu será a primeira do Tigre na temporada. Confira a tabela completa clicando aqui.

O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) foi até a Câmara na tarde desta terça-feira (1/2) participar, como é praxe, da abertura do ano legislativo. Em uma mensagem de 39 minutos, passou a limpo a sua gestão, compartilhou algumas novidades, repetiu frases de efeito e sublinhou as bandeiras da saúde e educação, dos investimentos em obras públicas, das conquistas no meio ambiente e do avanço no turismo.

Fez um elogio contundente aos seus secretários, enfatizando que a prefeitura segue com cinco secretarias e sem adjuntos, citando os titulares Celito Cardoso (Fazenda e Administração), Acélio Casagrande (Saúde), Miri Dagostim (Educação), Bruno Ferreira (Assistência Social) e Tita Beloli (Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana).

Ao mencionar as ações contra a pandemia de Covid-19, lembrou que "sofreu perseguições do Ministério Público" e enalteceu o papel do secretário Acélio. Pontuou, ainda, a projeção de inauguração da UPA do Rio Maina em março (com a possível presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que foi convidado), e a entrega à comunidade até o fim de 2022 do Hospital Santo Agostinho, também no Rio Maina. Confira no podcast:

Em seguida, Salvaro avançou para a educação. Elogiou o secretário Miri, criticando os que "duvidavam da competência" dele. "E não temos vergonha de copiar o que é bom", disse, lembrando de exemplos que foram buscados em Medellín, na Colômbia, para aplicação na rede municipal de ensino. Pontuou os números de alunos, ampliados tanto no Ensino Fundamental, saltando de 17 mil para 22 mil estudantes matriculados, e no ensino infantil, de pouco mais de 3 mil para 5,1 mil atendidos pela Afasc nas creches.

"Criciúma será um celeiro de startups em três ou quatro anos", projetou, lembrando que isso ocorrerá pois o município oferece, na rede escolar, aulas de empreendedorismo, educação financeira e robótica. "As escolas municipais de Criciúma não perdem nada para as particulares", disse. "Estou muito otimista com o trabalho do Miri", completou.

O prefeito aproveitou o embalo para destacar o avanço de Criciúma na relação com empreendedores. "Hoje já é possível abrir uma empresa em 24 horas na cidade. Até março, o cidadão chegará com o CPF e sairá com o CNPJ na hora", anunciou.

O setor de obras recebeu natural atenção de Salvaro na sua mensagem aos vereadores. "Estamos com mais de 270 obras em andamento. Nossa meta segue, de pavimentar todas as ruas da cidade. E para quem critica os financiamentos que buscamos, é preciso isso sim saudar, pois hoje a cidade tem certidões negativas para buscar esses recursos", enfatizou. O prefeito destacou que em breve lançará ordens de serviço para diversas pavimentações, citando a abertura da Rodovia Antônio Scotti, que ligará as rodovias Luiz Rosso e Jorge Lacerda.

E Salvaro frisou que seu "compromisso é com as futuras gerações" e que "não vamos endividar a cidade". Mencionou os precatórios, dizendo que "depois do Estado, Criciúma é a segunda maior devedora de precatórios de Santa Catarina", citando débitos de R$ 400 milhões, e que isso é fruto da "irresponsabilidade fiscal" de outros governos. Acompanhe no podcast:

Na sequência, o prefeito elogiou o desempenho do secretário Celito Cardoso no controle das contas públicas e mencionou a relação da prefeitura com os servidores públicos. "Dizem que o Salvaro não gosta de servidor, o Salvaro gosta de servidor trabalhador, não gosta de vadio. De vadio eu não gosto, gosto dos que tem amor pelo trabalho", disparou. Ouça:

Posteriormente, Salvaro elencou realizações da área social, mencionando o trabalho da equipe do secretário Bruno Ferreira. "Que o Gean (Loureiro, prefeito de Florianópolis) não me ouça, mas passa na Praça XV em Floripa e vê a quantidade de mendigos, de pedintes. E olha Criciúma, olha a limpeza da nossa cidade", afirmou.

O prefeito voltou a criticar alguns usuários da Casa de Passagem. "O pessoal da Casa de Passagem tem que trabalhar. Aquilo ali não é para vagabundo. Pá e enxada resolvem o problema. Vazaram todos", registrou.

Salvaro citou o "orçamento apertado" da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), mencionando o presidente Zalmir Casagrande, e em seguida partiu para tratar de meio ambiente. Começou agradecendo aos vereadores que aprovaram a extinção da Fundação de Meio Ambiente (Famcri) dizendo que a medida teve apoio maciço. "90% da sociedade aplaudiu", contabilizou. "A máquina precisa girar", justificou, colocando as vantagens de transformar a Famcri em uma Diretoria de Meio Ambiente.

E foi além. Enalteceu as conquistas ambientais da sua gestão. "Pode somar todos os prefeitos, o que mais fez pelo meio ambiente fomos nós", destacou. "O Parque das Nações era um lixão, a única espécie de vida ali eram os ciganos que acampavam de vez em quando. Hoje é um ambiente saudável, de inclusão social, que recebe 500 mil pessoas por ano", frisou. Fez o mesmo registro em relação ao Parque dos Imigrantes. "Ali, mal se via o Rio Maina, com aquela montanha de milhões de toneladas de rejeitos de carvão", disse.

E ainda sobre parques, como instrumentos de preservação ambiental, Salvaro citou que "está chegando o da Santa Luzia" e deixou no ar que "vai chegar a vez da Quarta Linha". Ouça:

Salvaro mencionou ainda o salto da rede de esgotamento sanitário, que partiu "do 0% para 50% de esgoto tratado no meu governo". "O meio ambiente não é só plantar pé de palmito. É muito mais. É desassorear rios", exemplificou, afirmando que sua gestão vem limpando todos os rios de Criciúma.

O prefeito arrematou dando a deixa sobre os investimentos em turismo e anunciando um vídeo que foi apresentado aos vereadores.

A sessão ordinária desta terça foi a primeira presidida pela vereadora Roseli de Lucca Pizzolo (PSDB), com o vice-presidente Júlio Kaminski (PSL) e os secretários Salésio Lima (PSD) e Toninho da Imbralit (PSDB).

No podcast abaixo, confira a íntegra da fala do prefeito na Câmara:

O decreto do prefeito Clésio Salvaro na última sexta-feira (28), que apontou o reajuste da tarifa do transporte coletivo em Criciúma que entrou em vigor neste domingo (30), confirmou o que já vem vigorando desde o início da pandemia de Covid-19: não é mais possível pagar passagem de ônibus em dinheiro. Tanto que os R$ 4,25, que eram o valor que vigorava desde 2017 para essa modalidade, nem contou com nova previsão no que está decretado e já em vigor.

Quem não for professor ou estudante (que já usufruem de categorias e preços especiais para uso do transporte), precisa ter o Criciúmacard. Mas e o cidadão que não usa o transporte rotineiramente e necessita do serviço? Alguns situações constrangedoras estão acontecendo, e isso é contado por usuários.

Um cidadão nos contou nesta manhã, na Rádio Som Maior, que precisou do ônibus e não sabia que o pagamento em espécie não era aceito. Lhe foi solicitado pelo motorista que descesse do ônibus. O cidadão respondeu que não desembarcaria. O condutor retrucou, que não estava autorizado a seguir viagem sem que houvesse ou o pagamento com cartão ou em dinheiro. O usuário, então, ameaçou acionar a polícia, já que tinha como pagar e não desejava viajar de graça. Um passageiro, notando o conflito, passou o seu cartão e recebeu o dinheiro do cidadão, permitindo que ele seguisse viagem.

Outro caso. Uma senhora nos procurou para relatar que ficou sem carro em dezembro. Precisou do transporte coletivo. Certo dia, chegou no Terminal Central e ali soube que não tinha como comprar passagem. Precisou descer da plataforma até a galeria, ir ao escritório da ACTU e então fazer um cartão, abastecendo-o com o mínimo de crédito. Logo na viagem de estreia, testemunhou o caso de outro cidadão que embarcou sem cartão, e sem saber que o dinheiro não era aceito. "Ele ficou preso na catraca e o motorista ainda veio dar uma bronca", contou a mulher, preocupada com o que viu.

A solução, novamente, veio de um popular que estava dentro do ônibus, que levantou-se, usou seu crédito para liberar a catraca e foi "indenizado" pelo novo usuário. 

Recebi mais um relato nesta manhã. Um criciumense recebeu familiares de São Paulo para uma visita. Eles desembarcaram na Rodoviária numa noite da semana passada. Naquele instante, não havia táxi ali. Eles atravessaram a rua e tomaram um Amarelinho na Centenário. Foram barrados pelo motorista. Óbvio, eram paulistas, não teriam Criciúmacard. Foram obrigados a desembarcar. Acionaram então o familiar que deixou a sua casa e foi resgatá-los. Logo, o problema se estende tanto aos nativos que eventualmente precisam do ônibus, quanto os visitantes que vêm a Criciúma e gostariam de andar de ônibus.

E tudo isso num momento em que, com extrema razão, Criciúma trabalha o turismo. Quer se vocacionar mas acaba afastamento dos ônibus os eventuais usuários. Isso empobrece o sistema, que já está carente de passageiros e que, com medidas antipáticas como essa, afasta ainda mais o possível cliente. Há saídas. Florianópolis, por exemplo, adotou alternativas tecnológicas. Até pix é possível usar.

É preciso sair do lugar comum. E lembrar que transporte coletivo é uma concessão pública, não um serviço privado que faz o que bem entende. Criciúma precisa dar atenção aos seus ônibus, qualidade, pontualidade, número de horários e o movimento econômico inerente. E há, claro, a passagem. O prefeito insiste que é das mais baratas de Santa Catarina, mas esse acréscimo de R$ 0,55, carente de melhores explicações, impacta em R$ 1,10 diários, para ida e volta, no cidadão da periferia, mais carente, que precisa do serviço. O reajuste impacta em R$ 44 por mês. É menos comida na mesa. É menos dinheiro para os gastos essenciais de famílias humildes. 

Há razões para o aumento? Sabemos que há. Uma conjuntura complexa, que precisa ser melhor explicada. E que voltem a aceitar dinheiro nos ônibus.

Está descoberta a razão da suspensão das obras da SC-442, entre Cocal do Sul e Morro da Fumaça, que foi determinada nesta semana pela Secretaria de Infraestrutura do Estado conforme o blog antecipou.

"O problema foi identificado. Trata-se de uma desapropriação e uma indenização que estão sendo questionadas pelo proprietário de um terreno que está no caminho da obra em Estação Cocal", informou o prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Fáveri. O trecho em questão está no território de Morro da Fumaça. "Eu conheço o caso. É uma discussão antiga que tem ali. Mas pela minha experiência, entendo que o Estado deve vencer a ação, pois envolve uma obra para a coletividade. Não conheci ninguém que ganhou acima do que a tabela do Estado determina, é uma tabela justa", argumentou.

O Governo do Estado vai se pronunciar oficialmente na próxima segunda-feira (31), informando mais detalhes sobre as razões da suspensão. Enquanto a decisão sobre a procedência ou não do questionamento do proprietário do terreno não for tomada pela Justiça, a obra não vai continuar. "Mas vamos conhecer mais detalhes da ação que o Estado adotará na segunda-feira", comentou o prefeito, que estará em Florianópolis na segunda para uma audiência com o secretário Thiago Vieira. Na pauta, além desse caso da SC-442, a situação da licitação já lançada para a contratação da obra de duplicação da SC-108 entre Criciúma e Urussanga, contemplando Cocal do Sul com o seu sonhado Anel de Contorno Viário.

O trecho que estava em obras na SC-442 envolve 762 metros em Cocal do Sul, entre as unidades da Eliane Revestimentos, e 3,2 quilômetros no contorno do distrito de Estação Cocal. O investimento é de R$ 8,4 milhões e a ordem de serviço foi assinada em maio de 2021. Estima-se que, com essa pavimentação concluída, o escoamento da produção da Eliane e das demais empresas que usam o trecho diminuirá em 21 quilômetros, aproximando a BR-101 da região.

Ouça, no podcast abaixo, a entrevista que fizemos com o prefeito Fernando de Fáveri nesta quinta-feira (27), antes da descoberta da razão da suspensão da obra.

Mais um tempero no já congestionado ambiente das pré-candidaturas de Criciúma a deputado estadual. Em mandato, e buscando a reeleição, Jessé Lopes definiu seu destino. Ou redefiniu. Ele, que migraria para o PTB, optou pelo PL.

"Eu troco de partido em março. Tenho convite do Jorginho Mello há muito tempo. Eu decidi esperar a decisão do presidente Bolsonaro", lembrou Jessé. "O Kennedy (Nunes, deputado estadual e pré-candidato a senador) me convidou para o PTB, e como o presidente estava inclinado a ir também, eu topei. Mas agora, com a decisão do Bolsonaro de ir para o PL, o PTB parou de crescer", completou.

Mas com Jessé Lopes no PL, como fica a pré-candidatura do ex-prefeito Márcio Búrigo a deputado estadual? Ele vem trabalhando o PL há um bom tempo, com a garantia do espaço para buscar uma cadeira na Alesc. "Quando o Jorginho me convidou, o Márcio nem estava no PL ainda. Mas em momento algum eu critiquei o Márcio ou atrapalhei a vida dele. Eu jamais coloquei condição de o Márcio sair ou de eu ter Executivas do partido na mão. Se ele estiver ou não no PL, tudo bem", garantiu o deputado. "Eu tenho um nicho bem definido para trabalhar, vou trabalhar com esse pessoal na campanha, independente de o Márcio estar ou não no PL", apontou.

Logo, por Jessé Lopes não há problemas. Os dois poderão concorrer pelo PL a estadual. E para Márcio?

O ex-prefeito está convidado pelo União Brasil. E não é de hoje que há um flerte com o PP também, o partido pelo qual Márcio elegeu-se vice e, depois, prefeito em Criciúma. "O convite do União Brasil ao Márcio Búrigo está feito pelo Gean (Loureiro, prefeito de Florianópolis e presidente estadual do DEM) e pelo partido", comentou o advogado Jefferson Monteiro, primeiro suplente de vereador do PSL e pré-candidato a deputado federal pelo futuro União Brasil. 

Monteiro entusiasma-se tanto com a perspectiva de ter Márcio no União que fez uma postagem no mínimo curiosa nas redes sociais na manhã desta sexta-feira. Ele printou a manchete da colega Karina Manarin em seu blog, na qual ela refere a filiação de Jessé Lopes ao PL, e ilustra com uma foto sua ao lado de Gean Loureiro e o convite: "Venha com a gente, Márcio Búrigo!". "Eu sou pré-candidato a federal, mas eu e o partido estamos abertos. Vamos aguardar o Kaminski (Júlio, vereador e presidente municipal do PSL, e pré-candidato a estadual). Acho que ele não faria dobradinha comigo", apontou Monteiro, colocando outro componente na conversa.

Antes de ir adiante nesse componente, outro apontamento de Jefferson Monteiro. "O União Brasil está bem encaminhado com o PSD para uma parceria, com o Gean sendo o candidato a governador, ele já tem data para se licenciar, 30 de março", frisou, registrando que essa coligação ajuda a atrair Márcio Búrigo para o partido.

Mas e Júlio Kaminski nisso tudo?

Vereador em segundo mandato, Kaminski elegeu-se pelo PSL. É o presidente do partido, e está de olho naturalmente na fusão com o DEM, que resultará no União Brasil e está em vias de ser formalizada. Quer concorrer a deputado estadual. Se Márcio Búrigo migrar para o União Brasil, como ele fica? "Faz tempo que foi levantada essa especulação. É o mesmo movimento de antes, mas nada concreto", comentou ao blog. 

O prefeito Gean Loureiro reuniu-se com lideranças de PSL e DEM ontem em Criciúma. Kaminski puxou o assunto com ele. "Perguntei sobre o Márcio, ele disse que são conversas. Eu, enquanto presidente do partido, não convidei o Márcio e não há uma conversa direta", salientou.

Esse é apenas um de mais tantos episódios que evidenciam o clima nada harmonioso entre Kaminski e Jefferson Monteiro. Cabe lembrar que, além de Kaminski, o PSL elegeu o vereador Daniel Antunes. É dessa bancada de dois que Jefferson é primeiro suplente na Câmara. "O Kaminski pode ir para o PP ou outro partido. Ele corre o risco de perder o mandato. Estou atento", avisou Jefferson, que já fez pesadas críticas ao vereador nas redes sociais. Kaminski não entra na discussão direta, apenas responde que "em partido é normal ter divergências. O Gean está tentando acalmar os ânimos". Kaminski reconheceu que já teve convites de outros partidos, entre os quais o PP. "É um assédio normal", registrou, sem cravar uma possível mudança. Ao menos no discurso, demonstra estar engajado na formatação do União Brasil.

Em resumo, assim define-se o esquema atual de três dos nomes de Criciúma para concorrer à Alesc:

Jessé Lopes - PSL para PL, descartando o PTB
Márcio Búrigo - PL, podendo migrar para PP ou União Brasil
Júlio Kaminski - PSL e União Brasil, podendo migrar para o PP

Conto mais desse vai e vem danado logo mais, às 18 horas, no Ponto Final na Som Maior.

A Secretaria de Estado da Infraestrutura publicou, nesta quinta-feira (27), um documento determinando a suspensão das obras de pavimentação da SC-442 entre Cocal do Sul e Morro da Fumaça, via distrito de Estação Cocal.

O documento, intitulado Ordem de Paralisação 002/2022, menciona que "o consórcio Setep/Iguatemi está contratado para prestar serviços especializados de engenharia para elaboração de projeto executivo e execução de obras na rodovia estadual SC-442, trecho compreendido entre Morro da Fumaça e Cocal do Sul". É citado, ainda, que a obra compreende os subtrechos 1, do quilõmetro 0 ao 3,2, e o subtrecho 2, do quilômetro 9,5 ao 10,2. No total, as duas extensões somam 3,9 quilômetros.

Ainda é colocado no documento que 20,56% da execução física da obra foi cumprida e que o motivo da suspensão é "por ordem administrativa, conforme processo SIE 2745/2022", e a paralisação é datada de 25 de janeiro, ou seja, desde a última terça-feira.

O prefeito de Cocal do Sul está em busca de uma explicação. Ele tomou conhecimento desse documento pelo blog, no começo da tarde, e fez de imediato contato com a Secretaria. "Ficamos surpresos com esse documento. Imediatamente ligamos para a Secretaria. De forma muito rápida eles se colocaram à disposição para estarem aqui conversando com a empresa que venceu a licitação e conosco também, e com os demais entes envolvidos para a conclusão", contou Fernando de Fáveri (MDB). "Eles também não entenderam o motivo disso e os esclarecimentos serão dados amanhã in loco aqui na cidade", referiu.

O diretor da Secretaria que atendeu o prefeito confirmou que esse documento não passou por ele, e o secretário Tiago Vieira não foi consultado. "Eu não conversei com o Tiago, conversei com um diretor que ficou surpreso, esse documento não passou por ele", sublinhou.

Fernando contou que a obra esteve parada nos últimos dias para alguns ajustes. "A obra tinha sido parada, na parte de pavimentação, em virtude de uma tubulação de água, coincidiu que a gente tinha conseguido com a SC Gás a transposição de gás para áreas industriais, e isso foi concluído, e também a mudança do posteamento da rede de energia concluída pela Coopercocal", contou. "A gente quer entender o que está faltando para alinhar tudo isso. Os principais gargalos foram concluídos na semana passada. Teoricamente era para estar as máquinas roncando para concluir essa obra que está virando uma novela mexicana", emendou.

O problema não está com os recursos, garantidos pelo Governo do Estado. "São problemas pontuais ao longo da via. Parece que o acesso a Estação Cocal tem algo que tramita e não tem autorização para passar em um terreno", resumiu. 

O secretário Tiago Vieira estará com o governador Carlos Moisés nesta sexta-feira, a partir das 14h, em Forquilhinha, para entrega da ordem de serviço de R$ 16 milhões para obras no Aeroporto Diomício Freitas. O prefeito de Cocal do Sul vai até lá. "Eu já marquei uma audiência com o secretário para segunda-feira, em Florianópolis, para atualizar as informações sobre a obra de duplicação da SC-108 entre Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga", antecipou o prefeito.

Confira mais detalhes na entrevista que Fernando de Fáveri nos concedeu no Ponto Final desta quinta-feira na Rádio Som Maior:

Em um bate papo com apoiadores no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai recompor o orçamento que foi cortado para estradas federais de Santa Catarina. Ele disse que "parte da imprensa de Santa Catarina está batendo" nele por causa do corte de R$ 38 milhões para infraestrutura no Estado em 2022. "Eu cortei R$ 3 bilhões do país todo", referiu.

Bolsonaro afirmou que vai "recompor ao longo do ano", encaminhando os citados R$ 38 milhões. Ele afirmou, ainda, que a imprensa deveria estar criticando "os parlamentares que inflaram o orçamento" pois, segundo o presidente, foi por culpa deles que o orçamento da União foi estourado na sua previsão.

Acontece que, na sua fala, Bolsonaro já deixou um ato falho, afinal, o corte não foi de R$ 38 milhões, mas sim de R$ 42,3 milhões. Tomara que seja apenas um ato falho, e o presidente consiga realmente, ao longo de 2022, recompor o montante global. A propósito, a obra mais impactada pelo corte é do Sul catarinense: foram retirados do orçamento R$ 20 milhões que seriam direcionados para as marginais da BR-101 no trecho antigo, administrado pelo DNIT, em Araranguá.

Sobre esse corte, o prefeito César Cesa (MDB) reclamou bastante em entrevista nesta quinta na Rádio Som Maior. Ele lembrou que o recurso foi adicionado no orçamento a partir de uma emenda do deputado federal Carlos Chiodini (MDB) que se comprometeu em, a partir de segunda-feira (31), agir em Brasília para reconquistar a verba. Cesa lembrou que "a União não investe no trecho e não deixa investir".

A aguardar a recomposição prometida por Bolsonaro.

O policial Jeferson Luiz Esmeraldino, 32 anos, segue em atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São João Batista (HSJB), em Criciúma. "Ele está na UTI, e vivo", garantiu o médico Marcelo Beirão, diretor técnico do HSJB.

Notícias circularam dando conta de que o soldado Esmeraldino teria falecido por volta das 15h. "Ele está em estado que requer cuidados, ainda é grave", referiu Beirão. Colegas de farda do soldado estão se mobilizando para garantir doação de sangue tipo B+, para os procedimentos no PM, que já foi submetido a pelo menos três cirurgias. Um dos pulmões do soldado estaria bastante comprometido.

Há pouco, a Polícia Militar divulgou nota confirmando a informação:

NOTA PMSC 
A Polícia Militar de Santa Catarina informa que o soldado Jeferson Luiz Esmeraldino, 32 anos, alvejado na ocorrência da última madrugada em Criciúma segue internado na UTI, em observação.

Até uma homenagem chegou a ser feita, em memória pelo suposto falecimento do soldado, pela deputada Ada de Luca na Assembleia Legislativa (Alesc). O deputado João Amin postou a notícia da morte do policial em suas redes sociais. A deputada Ada emitiu, há pouco, uma nota pedindo desculpas aos familiares.

Esclarecimento
A deputada estadual Ada de Luca pede desculpas aos familiares e amigos do soldado da Polícia Militar, Jeferson Luiz Esmeraldino, pela divulgação de informação equivocada sobre seu falecimento.
“Enquanto aguardamos informações oficiais, reforço os meus pedidos de oração pelo policial Jeferson, pelo vigilante que também foi atingido, e também por todos que foram afetados por essa ocorrência. Desejamos paz por Criciúma”, disse Ada, em retratação no plenário.

Como foi

O soldado Esmeraldino foi baleado durante a ação dos bandidos que atacaram Criciúma na madrugada desta terça-feira, 1. A guarnição da qual ele fazia parte entrou em confronto com um grupo de criminosos por volta das 23h50min desta segunda-feira, 30, na Avenida Gabriel Zanette, altura do Ibis Hotel (apenas referência), conforme descreve a cronologia dos fatos elaborada pela Polícia Militar:

Durante os disparos no Batalhão, uma guarnição de Rádio Patrulha e outra do PPT cruzaram com um dos veículos utilizados pelos criminosos na altura do Shopping Criciúma. Durante a troca de tiro, o Soldado JEFERSON LUIZ ESMERALDINO foi atingido sendo internado no hospital Unimed e posteriormente transferido para o Hospital São José. Passou por uma cirurgia, mas se estado ainda é preocupante. Após este fato, reforços foram solicitados ao Comando Geral da PMSC.

O Criciúma vai aos tombos dentro de campo, e fora dele também. A sucessão do presidente Jaime Dal Farra - para um sucessor que ainda não existe de fato nem de direito - está cada dia mais tumultuada. Anunciada para o dia 8 de dezembro, a eleição presidencial não ocorrerá mais. Ela está suspensa. Se transformou, na verdade, em uma convocação para 15 de dezembro. Na ocasião, o Conselho Deliberativo se reunirá para eleger o novo vice-presidente de Administração. E só.

Por uma série de fatores. Um deles, ficou claro que o advogado Antônio Sérgio Fernandes e outros tinham razão ao levantar a ilegalidade dessa eleição. Não se pode eleger a diretoria substituta de uma que renunciou se esta que renunciou continua no exercício das funções. Trocando em miúdos, para eleger o sucessor de quem renunciou, esse renunciante deverá já ter saído efetivamente do cargo. E isso só será feito por Jaime Dal Farra e os vices Vilmar Casagrande e Valcir Mantovani no dia 31 de dezembro. Logo, os substitutos não podem ser eleitos antes disso. A regra, diria o outro, é clara. Está lá no estatuto, com uma clareza indiscutível.

Logo, o que o Conselho pode fazer nesse meio tempo é eleger quem falta para preencher a lacuna existente na diretoria, ou seja, o vice de Administração. E é o que deve acontecer no dia 15. Estamos agora no aguardo do edital. E mais. Esse vice-presidente será eleito, ficará duas semanas nessa função e caberá a ele assumir o comando do Criciúma no primeiro dia de janeiro, quando da efetivação da renúncia de Dal Farra, Casagrande e Mantovani. Parece confuso, e é, pois será esse vice que fará a transição para o futuro presidente. Detalhe, essa transição poderá ser efetivada somente em 2022. Ou seja, existe o risco de no dia 15 ser eleito um vice que presidirá o Criciúma durante todo o próximo ano, de forma interina.

Convenhamos, uma crise política desnecessária em uma temporada na qual, seja como for, o Criciúma estará desmontado, ou depois de uma permanência sofrida na Série C, ou depois de uma queda demolidora para a Série D. Tudo o que o Criciúma não precisava, nesse meio tempo, era de uma crise política.

Há quem pense, no meio desse vendaval, que cresce o "risco" de Dal Farra nem renunciar mais, embora ele já tenha documentado isso. Seria apenas mais um tumultuado capítulo no meio de tanta confusão.

E outra bronca: a chapa que o empresário Valdeci Rampinelli estava montando não existe mais. É que, além de Vilmar Casagrande e Valcir Mantovani, o até então citado para vice-presidente de Administração também tornou-se carta fora do baralho. Celso Tadeu de Menezes está com impedimentos legais, não pode se candidatar à função. Os documentos comprovando isso vieram à tona nesta tarde.

É muita turbulência. No meio disso, o Criciúma faz um jogo historicamente deprimente no sábado que vem, em casa, contra o Brusque. Um tropeço e o Tigre poderá tomar o inédito rumo - e vexatório - da quarta divisão do Campeonato Brasileiro. Os tempos difíceis teimam em não ir embora.

Na última quinta-feira, um temporal dos mais fortes se abateu sobre Criciúma. Foram 40 milímetros concentrados em uma hora. A água lavou as ruas. Alagou várias. Subiu água na 6 de Janeiro, teve problemas em ruas centrais como a 15 de Novembro, a 7 de Setembro. Teve pontos de alagamento na Centenário, isso sem contar os bairros.

Com toda cheia, vem o lixo. Desse último temporal até testes de Covid apareceram boiando pela cidade. E toda variedade de detritos. E lama, por vezes mal cheirosa. Acontece.

No sábado, já recebemos algumas registros um pouco menos compreensivos, de cidadãos entendendo que a sexta-feira poderia ter sido utilizada para a limpeza.

Pois no começo desta segunda-feira, 30, há gente trabalhando na Praça Nereu Ramos na limpeza.

Esse trabalhador usa uma espécie de aspirador para amontoar as folhas, para fazer sumir a poeira e facilitar a limpeza da área central. Terão muito trabalho pela frente.