Thiago Ávila*
Ontem analisamos os dez primeiros colocados da temporada de 2017 da F1, dizendo se o piloto foi ‘bom’, ‘mais ou menos’ ou ‘ruim’ e dando uma justificativa. Hoje vamos dar uma olhada nos outros dez.
Felipe Massa — Mais ou menos
Iniciou o ano com o quarto melhor carro do grid, o pior companheiro que podia imaginar e sem nenhuma pressão, estava apenas cumprindo um acordo que fez com Claire Williams por mais uma temporada. Terminou o ano com um dos piores carros do grid, o companheiro ameaçando sua 11ª posição e tendo que ver a própria equipe fazer um ‘vestibular’ para ver quem o substituiria no ano que vem. Esse foi o ano de Massa, que começou bem e terminou em aposentadoria.
Lance Stroll — Mais ou menos
Chegou sofrendo um grande preconceito da mídia, que o atacava por ele estar na Formula 1 pelo seu pai multimilionário ter comprado uma vaga na Williams. Foi péssimo em quase todos os treinos classificatórios, mas foi o único além dos pilotos das três equipes grandes a conquistar um pódio este ano.
Romain Grosjean — Mais ou menos
A Haas em si ainda é uma incógnita. Fez uma boa estreia ano passado, mas foi uma das piores em 2017. É difícil avaliar o desempenho de um piloto que foi muito bom na Lotus e vem passando por momentos difíceis na equipe americana. Romain não foi mal, mas era esperado mais dele.
Kevin Magnussen — Mais ou menos
Outro piloto da Haas. Na minha opinião, um dos piores pilotos do grid, mas não fez uma temporada ruim. Teve o sétimo lugar sua melhor posição em corridas e conquistou alguns oitavos lugares. Me surpreendeu, mas não mostrou além do já se tinha visto em categorias mais inferiores.
Fernando Alonso — Mais ou menos
Talvez esteja sendo injusto com Fernando. Sabemos as limitações que o MCL32 tinha, mas seu início foi muito ruim. Abandonou as quatro primeiras corridas e foi marcar seus primeiros pontos apenas no Azerbaijão. Obteve um sexto lugar na Bélgica e quando o motor Honda resolveu funcionar, marcou sete pontos.
Stoffel Vandoorne — Mais ou menos
Um quase estreante na categoria — não é estreante porque fez uma prova no ano passado. Foi o típico piloto à mercê do motor Honda: quando era ruim, não passava da 12ª posição, quando deu uma melhorada, começou a pontuar. Tem futuro, é bom piloto.
Jolyon Palmer — Ruim
Você é chefe de uma equipe, você tem grana pra contratar pilotos bons. Aí contrata Nico Hulkenberg pra ser primeiro piloto e quem é o companheiro? Bom, temos Sergey Sirotkin e Jolyon Palmer à disposição, quem você escolhe? A Renault escolheu o Palmer… Foi de chorar ver um treino classificatório com uma Renault indo para o Q3 e a outra lutando para não largar em último. Ainda conseguiu ficar em sexto na Itália antes de ser substituído por Sainz.
Pascal Wehrlein — Bom
Depois de uma boa temporada de estreia na Manor, Pascal se manteve na pior equipe do grid, só que dessa vez na Sauber, e mostrou novamente que merece carro melhor. Em um carro que sempre brigou pelas últimas posições, qualquer ponto marcado é lucro, ele conquistou cinco. É uma pena não ver ele no grid ano que vem.
Daniil Kvyat — Ruim
A Red Bull deu uma segunda chance ao russo. “Faz pelo menos uns 15 pontos, garoto”, não fez nem isso. É uma pena ver um piloto com tanto potencial, que chegou a bater Ricciardo em 2015, cair tanto de rendimento em tão pouco tempo. Perdeu espaço no decorrer da temporada e foi demitido. Seu tempo na F1 acabou.
Marcus Ericsson — Ruim
Outro que eu pergunto: O que faz na Formula 1? Tirou vaga de Felipe Nasr, de Pascal Wehrlein e Antonio Giovinazzi sem nenhuma explicação plausível. Está há três temporadas na Sauber, duas sem pontuar, nunca venceu um companheiro de equipe, mas vai renovar para o ano que vem. Vai levar mais uma lavada de Charles Leclerc, escrevam o que digo. Um embuste como esse não tem vaga nem na Stock Car.
Essa foi a minha análise da temporada. Pierre Gasly, Brendon Hartley, Antonio Giovinazzi, Jenson Button e Paul Di Resta não estão na lista por terem participado de poucas corridas.
Espero que tenham gostado.
*Estudante de jornalismo na PUCRS