Foi outro joguinho ruim do Criciúma na quinta rodada do campeonato. Depois da derrota em Itajaí o time voltou a vencer, mas novamente com muitas dificuldades sem novamente apresentar um futebol convincente de uma equipe que é a grande favorita para conquistar o bicampeonato.

Num primeiro tempo sem nenhuma inspiração, com a bola aérea sendo a única jogada encontrada para buscar o gol, foi justamente neste tipo de esquema que foi marcado o gol solitário do jogo.

Marquinhos Gabriel o autor do gol enquanto esteve em campo fazia novamente um bom jogo. Depois de sua saída no início do segundo tempo, o Criciúma só levou perigo real ao Nação com a entrada do Adriano que com duas jogadas mostrou potencial para ser fixado no elenco profissional.

Dois detalhes do jogo, o gol perdido pelo João Carlos no primeiro tempo numa jogada individual, aliás a única do Criciúma até marcar o gol e o peruano Miguel Trauco que conseguiu a proeza de levar um cartão amarelo um minuto após substituir Fellipe Mateus.

É louvável a iniciativa da FCF em promover árbitros jovens para tentar qualificar seu quadro. Mas, tem que serem isentos, não ficarem submetidos ao tamanho de cada time.

Numa semana de clássicos nos principais campeonatos do futebol brasileiro e da Supercopa Rei, 8 mil torcedores carvoeiros sofreram com mais um jogo ruim do Criciúma.

Falar do jogo sem falar do goleiro Beliato do Marcílio Dias, seria no mínimo falta de sensibilidade a respeito de uma das grandes atuações já vistas neste esporte recheado de grandes emoções.

Fazer as defesas que o Beliato fez garantindo a vitória de seu time já foram vistas inúmeras vezes em outros jogos por diversos goleiros que também se tornaram heróis em muitas partidas.

A atuação do Beliato se tornou gigante pelo forte drama pessoal que ele está vivendo. Beliato que, por opção, vestiu pela última vez a camisa do Marcílio está vivendo um drama pessoal poucas vezes sabidas num jogo de futebol.

Sua filha recém nascidas, tem apenas três meses de vida e pelas palavras do próprio goleiro tem uma rara doença quase incurável. Com o ele mesmo disse na entrevista após o jogo, parou com a carreira para poder viver com intensidade com a menina.

Força Beliato foi o que se viu e ouviu no estádio ante, durante e depois do jogo que tirou a invencibilidade do Criciúma pela gigantesca atuação do goleiro do Marcílio Dias.

O Criciúma fez uma partida muito abaixo do que havia feito nos jogos anteriores. Mesmo assim criou algumas situações de gol que ou pararam nas mãos do goleiro ou foram desperdiçadas por incompetência dos atacantes. Felipe Vizeu ficou duas vezes na cara do gol e não conseguiu ao menos levar o Criciuma ao empate.

Quem não faz, toma! Diz o ditado que ontem mais uma vez mostrou o que é o futebol.  

O Criciúma vai cumprindo com tranquilidade o roteiro traçado na disputa do campeonato catarinense. Em três jogos, três vitórias e todas sem sustos, mesmo sofrendo gols em duas delas.

Fico sem encontrar algo que possa fugir ao que venho afirmando desde antes do início do campeonato. A manutenção do elenco vitorioso em 2023, a forma de jogar que dá impressão de ainda continuar jogando a série B do ano passado contra adversários de baixo nível técnico.

Para não dizer que existe uma situação que foge do roteiro é a falta de tranquilidade na relação com a arbitragem. Foi o que ficou claro no jogo contra o Hercílio. A expulsão do Barcia gerou uma revolta inconcebível para um time soberano e com jogadores experientes.

Nem quero examinar o acerto na decisão do árbitro, mas no momento em que é mostrado o cartão vermelho a expulsão está sacramentada e não tem forma de reverter, ainda mais num jogo que não tem VAR.

É uma situação que o técnico Cláudio Tencati terá que trabalhar para corrigir caso contrário poderá trazer prejuízos na hora de decidir classificação e uma eventual final.

Mesmo assim, com um a menos o Criciúma não correu maiores riscos pela incapacidade técnica do Hercílio Luz, ao contrário poderia ter feito um placar maior não fossem duas situações criadas e desperdiçadas com o gol escancarado. Claudinho e Felipe Vizeu não podem perder gols que por sorte para o Tigre não fizeram falta. 
 

O Criciúma conseguiu a segunda vitória no campeonato contra um Concórdia que foi o adversário mais difícil dos três que o time enfrentou até agora na temporada.

O Marcílio Dias na Recopa e o Figueirense na abertura do estadual não oferecerem nenhuma dificuldade para o Tigre conseguir as vitórias e marcar território de favorito para conquistar o título.

Ao contrário o Concórdia que vem em ritmo de competição mostrou um futebol que levou dificuldades para o Criciúma com bom entrosamento que permitiu em alguns momentos trocar passes envolventes e só não conseguiu ser mais contundente pelas próprias limitações e por encontrar pela frente um time com forte capacidade defensiva que é uma de suas características. 

O Criciúma saiu na frente logo no início com um golaço do zagueiro Rodrigo, artilheiro do time, que inexplicavelmente ficou solto na intermediaria depois de um rebote e acertou um chute espetacular. 

O segundo gol foi por um pênalti que caiu do céu pela falta de qualidade do zagueiro que com a bola sob domínio entregou para o atacante ser derrubado.

Menos mal para o Criciúma que criou poucas situações e não teve capacidade de converter em gol e o gol sofrido no final fez justiça ao adversário que em momento algum abdicou de tentar controlar o jogo.

Não vale o argumento que a dificuldade foi pelo fato de jogar fora de casa. O Concórdia tentou jogar e mostrou ser um time que no campeonato vai buscar seu objetivo que uma vaga para o campeonato brasileiro da série D.

Em contrapartida o Criciúma segue na busca do bicampeonato e mesmo com as dificuldades do jogo continua o principal favorito para o título. 

Pela primeira amostragem vai se confirmando o que muitos esperavam sobre a superioridade do Criciúma no campeonato e o encaminhamento para a conquista do segundo título consecutivo no estadual.

Não estou fazendo apologia antecipada, mas a forma com o time se impôs contra o Figueirense deixou a clara sensação deste roteiro, não que o adversário tenha um time competitivo e de qualidade, mas avalio pelo Criciúma que manteve a base de dois anos enquanto os demais times ainda estão em formação, a exceção é o Brusque.

jogo contra o Figueirense foi um passeio para não dizer que foi outro treino de luxo, repetindo a decisão da Recopa. Desde o primeiro momento a imposição foi total, tanto técnica como fisicamente. O time do Estreito ainda está em formação e desta forma a diferença é brutal.

O 1x0 do primeiro tempo não mostrou a realidade e bastou o Figueirense empatar para o Criciúma ligar o modo turbo e partir para a goleada sem contestação. Quarta-feira será em Concórdia, fica apenas a expectativa para o comportamento do time fora de casa. 

A boa notícia foi que finalmente o Marquinhos Gabriel recuperou seu futebol e foi fundamental nas assistências tornando-se o melhor do Criciúma. A marcação do Figueirense com um jogador a menos desde o final do primeiro tempo deu todo espaço necessário para o camisa 10 ser o diferencial na goleada.

Nos outros dois jogos deste sábado o Marcílio Dias venceu em Joinville e a Chapecoense com muito trabalho na Arena Condá derrotou o Hercílio Luz.  

Ontem a noite deu a impressão que o brasileiro da série B/2023 ainda não havia terminado para o Criciúma. Depois de 52 dias desde o jogo contra o Novorizontino pela 38ª rodada vi em campo um time exatamente igual ao que conquistou o acesso.

A escalação foi quase a mesma sem Arílson e Hygor, mas com jogadores que estiveram presentes em vários jogos em 2023. O modo de jogar idêntico com um forte dispositivo defensivo, marcação em todo campo, imposição física e vencendo 99% dos duelos.  

A vitória foi definida ainda no primeiro tempo com gols marcados sem nenhuma resistência do adversário que foi à campo para tentar jogar sem praticar o antijogo em nenhum momento. Aliás, ainda dentro de seu estilo quando sem a bola e pressentindo uma jogada de maior risco a instrução sempre foi parar a jogada que resultaram em três cartões amarelos por entrada temerária no dialeto atual.

O Marcílio Dias chutou uma bola na metade do primeiro tempo que foi parar na arquibancada e outra no segundo tempo que o Gustavo defendeu fazendo quase um milagre e para não fugir do estilo levou um cartão amarelo por encenar uma contusão.

Foi um treino na conquista da primeira taça do ano dando uma amostra do que poderá fazer para chegar ao bicampeonato estadual que só não acontecerá pelo imponderável do futebol.

Dois reforços fizeram suas estreias. Renato Kayzer entrou no intervalo e quase não pegou na bola e Baltasar Barcia jogou por 30 minutos, com tempo para levar um cartão amarelo. Todos os titulares tiveram um bom desempenho com Eder e Fellipe Mateus sendo os melhores. 

Sei que a maioria dos torcedores são passionais, até entendo, mas a paixão vai de encontro a razão e cria uma situação que em alguns momentos não trazem benefícios pela intolerância.

O que tenho ouvido de torcedores do Criciúma sobre a vinda de dois jogadores do sub-20 que disputavam a Copa São Paulo é exatamente o que chamo de intolerância.

Vamos examinar sem paixão. O time de garotos da base fez uma excelente primeira fase, ultrapassou a segunda e em minha opinião cumpriu muito bem sua participação no torneio. Ou esperavam que o time chegaria ao título? 

Ser eliminado na terceira fase ou mais adiante é a mesma coisa. Ninguém lembra de um vice-campeão, que neste torneio não quer dizer absolutamente nada. Serviria apenas para massagear o ego se tal ocorresse. E daí?

Um time sub-20 serve muito para abastecer o time profissional e quem se destaca na categoria tem obrigatoriamente que ser integrado ao time principal. 

Foi o caso de dois jogadores que se destacaram nos primeiros jogos da Copinha e foram contemplados com a oportunidade de conviver com o grupo principal do Criciúma. É o caminho natural dos jogadores da base de qualquer clube que tem ambições em sua caminhada.

Então peço que as viúvas do sub-20 entendam que a base de qualquer clube existe para fornecer mão de obra para os profissionais e não somente para ganhar títulos. Parabéns ao técnico Cláudio Tencati e sua comissão que entendem perfeitamente o que está em jogo.
 

Nova reviravolta na questão presidência da CBF. Depois de afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro uma canetada do ministro do STF Gilmar Mendes reconduziu Ednaldo Rodrigues de volta ao cargo.

A decisão liminar concedida hoje pelo ministro foi pedida por um partido político, sabendo que amanhã dia 05 vence o prazo para inscrição das seleções que disputarão o Torneio Pré-Olímpico na Venezuela.

O ministro alegou em sua decisão que via “evidente perigo de dano” e citou a possibilidade da seleção brasileira ficar de fora do torneio pela proximidade do prazo final para as inscrições.

Com isso volta o Ednaldo para o comando da CBF e iremos continuar convivendo com todas as mazelas que sacrificam o futebol brasileiro. O presidente terá a árdua missão de definir o técnico da seleção principal que terá em março amistosos contra gigantes europeus, eliminatórias para o Mundial de 2026 e Copa América na metade do ano.

Para quem ficou esperando por Carlo Ancelotti, espera que durou praticamente um ano, resta continuar com a exclusividade do Fernando Diniz ou buscar outro profissional, cuja escolha será uma empreitada duríssima.

As pancadas em cima do futebol brasileiro têm sido tantas que torna o futuro incerto, principalmente se tratando de nossa seleção.

Tenho que tirar os clubes do atual contexto, pois estão se tornando fortes tanto na gestão como no quesito técnico e por isso reinando absoluto no futebol sul-americano.

Com capacidade financeira superior vemos em todos momentos clubes de força intermediária buscando jogadores nos clubes dos países vizinhos, sem contar o domínio absoluto dos principais clubes do futebol brasileiro.

Tudo isso apesar da CBF, entidade que deveria cuidar melhor das competições e zelar pelo maior patrimônio de nosso futebol que é a seleção brasileira, cinco vezes campeã mundial, mas que nos últimos 20 anos perdeu a hegemonia e vem sendo sistematicamente dominada por seleções europeias.

Depois de vários presidentes da entidade serem afastados por corrupção, sendo presos ou impedidos de sair do país, há pouco foi demitido o último presidente, Ednaldo Rodrigues, não por corrupção, mas por irregularidades na sua eleição.

Para escancarar o desastre das últimas gestões, a discussão sobre quem seria o técnico fez a seleção perder dois anos no ciclo que visa a Copa de 2026. Ednaldo insistiu sem garantias em Carlo Ancelotti que prometido renovou seu vínculo com o Real Madrid.

Hoje, a seleção tem em Fernando Diniz um técnico interino que acumula a função no Fluminense e o futuro é incerto, pois a entidade ainda não tem um presidente efetivo.

Nova eleição está marcada para o final de janeiro, se a FIFA concordar em função da interferência da justiça comum brasileira que a entidade não aceita por ferir seu estatuto.

Atingimos o caos e a incerteza do futuro coloca mais uma vez a seleção brasileira no caminho das derrotas que já estão acontecendo de forma inédita no confronto das atuais eliminatórias para a Copa do Mundo. 

Começou ontem a temporada 2024 do Criciúma EC. A apresentação dos jogadores dá início à uma nova experiencia que o time terá no ano que se aproxima, com a participação na série A do campeonato brasileiro depois de anos.

Pela primeira vez, que eu lembre, o clube tem a apresentação de jogadores sem nenhuma cara nova, apenas os que renovaram depois de se destacaram na série B este ano.

A promessa do técnico Cláudio Tencati é que terça-feira, dia 02 serão apresentados os reforços que podem chegar a cinco visando a primeira parte do calendário.

O estranho foi a demora do clube em anunciar os reforços o que tem gerado algumas especulações sobre o motivo, desde o custo de jogadores acostumados em jogar a série A, até ao endurecimento nas negociações, além dos valores aos agregados em qualquer contrato que hoje fazem parte da futura relação clube/jogador. 

O staff dos jogadores também é um componente importante na negociação, staff que muitas vezes não é bem visto pelo clube. Pode ser um elo complicador na busca pelos jogadores desejados.

A demora em contratar pode ter feito o Criciúma perder jogadores de um nível compatível com a série A, por isso as informações mostram que o clube está buscando alternativas no mercado sul-americano ou de ligas menores do futebol europeu.

O ano está nos seus momentos finais e ficamos aguardando o primeiro dia útil de 2024 para saber se o Criciúma irá disputar com forças as competições da temporada, principalmente a série A do campeonato brasileiro. A permanência será fundamental para satisfazer e imensa legião de torcedores e principalmente dos sócios que têm sido o motor do time, principalmente nos jogos no Heriberto Hülse.

Enquanto não acontecia a decisão do Mundial de Clubes, havia uma pequena esperança que a zebra passeasse pela Arábia Saudita, pelo fato do futebol ser um  dos únicos, talvez o único esporte em que um pequeno possa surpreender o grande e conquistar a vitória.

O que se viu com a bola rolando foi um massacre com uma goleada final por 4x0, placar que ficou desenhado desde o primeiro minuto de jogo. A superioridade foi tamanha que o Fluminense conseguiu criar apenas uma situação de gol após a cobrança de escanteio.

O Manchester City foi soberano mesmo quando não tinha a bola que o adversário quando estava com a posse não sabia o que fazer. O estilo do técnico Fernando Diniz foi sensacional quando enfrentou adversários aqui na Amárica do Sul e ao encarar um poder maior em todos sentidos não teve a mínima chance.

E aí vieram várias teorias do porque do fracasso do time brasileiro no enfrentamento com um gigante europeu.

Desde o calendário muito desgastante, passando pelo momento da temporada, enquanto os europeus estão em meio a deles, aqui estamos no final depois de um grande número de jogos de diferença. Poderio financeiro e por aí vão sendo desfilados motivos da disparidade que mais uma vez foi vista na Arábia.

De nada adianta ficarmos encontrando teses para os fracassos nos confrontos se a entidade que deveria cuidar do futebol brasileiro volta e meia está envolvida em escândalos e corrupção e não dá a mínima importância ao seu bem mais precioso.

Por isso os clubes brasileiros não têm a mínima chance de superar os europeus, inclusive a seleção brasileira que em Copas do Mundo apanha desde 2006. É trágico! 
 

A FIFA anunciou neste domingo oficialmente o formato do novo Mundial de Clubes que terá sua primeira edição em 2025. O torneio será disputado a cada quatro anos.

A primeira edição será disputada nos Estados Unidos entre os dias 15 de junho e 13 de julho. O anúncio foi feito na reunião do Conselho da FIFA realizada neste domingo na Arábia Saudita.

A competição terá um total de 32 clubes num formato semelhante a Copa do Mundo de Seleções. Serão formados oito grupos com quatro clubes que jogarão entre si em turno único com os dois primeiros de cada grupo passando para as oitavas de final que será disputada em mata-mata até a final.

A FIFA confirmou 19 dos 32 que participarão do torneio, entre eles três brasileiros campeões das três ultimas Libertadores, pela ordem Palmeiras campeão em 2021, Flamengo em 2022 e Fluminense em 2023.

Outros campeões de copas continentais também foram confirmados como o Chelsea campeão da Champions na temporada 2020/2021, o Real Madrid em 2021/2022 e o Manchester City campeão na temporada 2022/2023.

Também já foram confirmados os campeões da Champions da Ásia e da Champions da África, da Concachampions e da Champions da Oceania.

Outros clubes entrarão via ranking que será elaborado pela FIFA.

A entidade também anunciou a Copa Intercontinental que substituirá o Mundial anual. Este torneio terá o campeão da Champions garantido na final com os outros disputando um mata-mata para ir à final 

“O tempo passa torcida brasileira”, era a dica dada pelo locutor Fiori Giglioti segundos antes de anunciar quantos minutos já haviam sido jogados numa partida de futebol.

Posso parodiar um dos maiores narradores no rádio esportivo de todos os tempos: “o tempo passa torcida carvoeira” e até agora nenhum reforço foi anunciado para próxima temporada.

Como o clube se fecha sobre a busca de novos jogadores para evitar interferências nas negociações e está correto, o mercado está em franca ebulição e a demora de fechar contratações pode deixar o Criciúma sem atletas que poderiam suprir as necessidades para enfrentar o próximo ano de exigência máxima.

O Criciúma tem por obrigação vencer novamente o estadual, até pela concorrência de todos adversários com potencial histórico e que estão mergulhados em crises tanto de gestão como financeira. Terá pela frente a Copa do Brasil e a cereja do bolo que é a série A do brasileirão.

O atraso em contratar certamente diz respeito ao orçamento para 2024 com limites de salários que esbarraram no custo de jogadores com potencial para titularidade somando-se aos remanescentes que trabalharam bem em 2023.

Se o alvo principal, digamos da primeira prateleira foge dos padrões salariais do clube, busca-se alternativas da segunda prateleira. Se também não está de acordo com o que o Criciúma pretende pagar, vai-se para a terceira e cada vez mais o nível vai ficando menor.

Continuando assim, veremos o tempo passar com as dúvidas sobre quais jogadores virão para encarar uma temporada aguardada ansiosamente por milhares de apaixonados torcedores.
 

Gols marcados 380 jogos – Série A – 946 – média 2,49
                                            Série B – 796 – média 2,09 
Ataques mais positivos – Série A – Palmeiras – 64 gols
                                         Série B – Sport – 59 gols 
Artilheiros – Série A – Paulinho (Atlético-MG) 20 gols    
                    Série B – Gustavo Coutinho (Atlético-GO) 14 gols
Ataques menos positivos – Série A – Cruzeiro – 35 gols
                                            Série B – Ponte Preta – 24 gols

Defesas menos vazadas – Série A – Atlético MG, Cruzeiro – 32 gols
                                          Série B – Vila Nova, Novo Horizontino – 30 gols
Defesas mais vazadas – Série A – América MG – 81 gols
                                      Série B – Londrina – 58 gols
Times que menos empataram – Série A – Grêmio – 05 
                                                   Série B – Vitória, Novorizontino – 06 
Times que mais empataram – Série A – Atlético MG, Corinthians, Cruzeiro – 14 
                                                Série B – Ituano, Ponte Preta, Sampaio Correa – 15 

Resultados mais frequentes – Série A – 1x0 (78 vezes)
                                                Série B – 1x0 (96 vezes)
Maiores goleadas – Série A – Internacional 7x0 Santos
                                 Série B – CRB 6x0 Vitória 
Jogos com maior número de gols – Série A – 10  gols – Bahia 6x4 Goiás
                                                          Série B – 06 gols – Tombense 4x2 Chapecoense, Avaí 4x2 Tombense, Sampaio Correa 3x3 Atlético GO, Guarani 3x3 Chapecoense,                                                                                                       Sport 3x3 Criciúma, Sport 3x3 Ponte Preta  
                   

Muitos tentam desmerecer o título do Palmeiras, aliás o 12º, insistindo que a pipocada do Botafogo é que ficará para a história e poucos irão falar da espetacular arrancada dos comandados do Abel Ferreira.

Tem sido sempre assim, os adversários inclusive na própria mídia colocam em dúvidas os títulos do Robertão que cá entre nós era o verdadeiro campeonato brasileiro pois era disputado à época pelos maiores clubes do país. 

Esquecem os contras que naquela época o Palmeiras era o único time do país que batia de frente com o Santos do Pelé o maior time de futebol do mundo.

Virou moda insistir que o Palmeiras não tem Mundial. O torneio foi realizado no Brasil e o título foi comemorado por todo país como um verdadeiro Campeonato Mundial e que resgatou o futebol brasileiro machucado pela perda da Copa do Mundo de 1950. 

Mas, tudo bem, o chororô só demonstra inveja e desespero daqueles que torcem contra e ficam sonhando com o fim deste reinado. E tem mais, todos os dias a pauta dos programas esportivos é quando Abel Ferreira irá embora. O técnico português virou a pedra no sapato de tantos e tantos formadores de opinião.

Se permitem este desabafo, encerro dizendo AVANTE PALESTRA!  

Os torcedores do Criciúma estão ansiosos para saborear os jogos pela série A do campeonato brasileiro. Depois de muitas incertezas ao longo das campanhas na segunda divisão nos últimos dois anos, o acesso foi como uma carga de alívio, principalmente da forma como aconteceu.

Os vários jogos em que o Criciúma foi derrotado fora de casa, uma sequência que só não foi pior pelos adversários diretos sofrerem tropeços que em momento algum deixaram o Criciúma sem vislumbrar o término no G-4.

A derrota em casa contra a Chapecoense fez com que quase todos perderem a esperança de classificação, mas o sprint final foi irrepreensível e no terminou com a consagração.

Agora é ter competência para formatar um plantel que possa fazer de 2024 um ano sonhado por todos, Primeiro a obrigação de se tornar bicampeão estadual, passar com firmeza pela Copa do Brasil e fazer uma série A sem sustos para que as estruturas técnica e financeira sejam preservadas.

A barca já partiu com quase 10 jogadores do grupo que terminou a temporada, vários outros estão com contratos em andamento, outros já renovaram, agora a expectativa é com relação aos que serão contratados para montar a estrutura que buscará os objetivos na nova temporada. 

O técnico do Palmeiras Abel Ferreira desde seus primeiros momentos dirigindo o time (final de 2020) usou o polegar de encontro a cabeça para transmitir a seus jogadores que mentalizasse o que foi treinado para ser usado nos jogos.

O gesto foi para que todos priorizassem o MENTAL e não se preocupassem com o entorno.

Virou moda, de lá para cá, lá se vão três anos, o MENTAL tem sido usado com insistência pelos analistas de futebol e até mesmo por técnicos e jogadores.

Como hoje temos dezenas de programas, sejam de informações ou debates, a explicação para o sucesso ou derrotas são justificadas pelo MENTAL. Como se uns fossem mentalmente mais fortes que outros.

O MENTAL tem sido a bengala para quem não consegue justificar suas observações, ficando muito mais fácil afirmar que A tem o MENTAL mais forte que o B.

Sou do tempo em que a conclusão sobre uma partida de futebol era explicada pela superioridade técnica de um time sobre o outro, ou vão me dizer que quando o Santos perdia um jogo o adversário era mentalmente mais forte que o time do Pelé?

Não havia nenhuma desculpa para vitórias ou derrotas, para títulos ou classificações a não ser a qualidade individual ou coletiva dos times.

Mas, é a modernidade, assim como a terminologia mudou em todos os aspectos, hoje é beirada e não ponteiro, o lado do campo virou corredor, os meias viraram atacantes pelo lado e por aí vai. Ah! E tem a nova invenção, a tal saída de três, entre outras.

Podem falar que sou das antigas, realmente sou, mas tenho a felicidade de poder ser do tempo em que o futebol era muito mais simples, sem os gênios atuais que criam termos mais sofisticados para muito vezes camuflar poucos conhecimentos sobre o que o futebol apresenta.

Futebol que aliás é o mesmo de sempre, o que mudou foi o modo da comunicação para os torcedores que certamente não ligam para esta sofisticação. 

Antes da rodada final a tendencia era o acesso do Juventude e do Vila Nova, com Vitória e Criciúma já garantidos na série A em 2024.

Os dois que ocupavam o G-4 tinham jogos fora de casa com dificuldade maior para o Juventude que enfrentaria o Ceará, enquanto o Vila Nova iria enfrentar o lanterna ABC em Natal.

A reta final dos confrontos da última rodada foi de muita variação entre aqueles que mesmo fora do G-4 ainda sonhavam com o acesso. Com a derrota iminente do time goiano Novorizontino e Sport chegaram a ocupar a zona de acesso, mas o mais competente foi o Atlético-GO que atropelou no final e terminou classificado.

Na parte de baixo não houve surpresa, mesmo que a Chapecoense tenha começado a rodada dentro do Z-4 e tendo que enfrentar o campeão Vitória na Arena Condá. Conseguiu vencer de virada e jogou o Sampaio Correa para a série C. O time do Maranhão foi goelado em Recife.

A outra vaga no rebaixamento foi ocupada pelo Tombense que mesmo tendo boa arrancada na reta final foi derrotada em casa pelo Mirassol. Mesmo que vencesse não iria se salvar devido a vitória da Chapecoense.

Finalizando creio que a rodada final deixou uma clara sensação de justiça, pelas campanhas das equipes que buscavam alcançar cada qual seu objetivo. A derrota do Vila Nova foi sem dúvida a grande surpresa.

Terminou um longo campeonato que não foi o melhor tecnicamente, mas certamente premiou os que mais mostraram qualidade e puniu os mais incompetentes, principalmente nas rodadas finais.

Na última postagem que fiz aqui no blog enfatizei: “E tem gente que não gosta”. Fiz referencia aos campeonatos por pontos corridos em turno e returno que levam emoções até o final.

Agora estamos na expectativa pela última rodada da série B que será disputada amanhã com oito dos 10 jogos programados valendo classificação para o acesso e para fuga do rebaixamento. 

Aenas Avaí x Ituano e Botafogo x Londrina são os jogos que não terão mais nenhuma influência na trajetória dos times. Avaí, Ituano e Botafogo que já escaparam do descenso e o Londrina que foi rebaixado.

A Chapecoense que luta para escapar receberá o campeão Vitória e a Ponte Preta que também corre riscos jogará em Campinas contra o tranquilo CRB.

Os outros seis jogos serão certamente disputados com muita tensão haja vista que todos mexerão na classificação que será definida pela combinação de resultados. Exceção feita aos jogos do Juventude que é o 3º colocado contra o Ceará que não tem mais chances de acesso e do Vila Nova, 4º colocado, contra o rebaixado ABC. Juventude e Vila Nova jogarão como visitantes e se vencerem estarão confirmados na série A em 2024.

O 5º colocado Atlético-GO jogará em casa contra o Guarani que não tem mais chances, o Mirassol (7º) jogará em Tombos com o time da casa na zona do rebaixamento, o Sport (8º) receberá o Sampaio Correa que ainda corre riscos de cair e o Novorizontino (6º) que receberá o Criciúma que já conquistou o acesso.

Ponte Preta e Sampaio Correa jogarão por uma vitória simples para permanecer na série B.

Então meus amigos, preparem-se para grandes emoções na tarde deste sábado. Esta é a série B, não esquecendo que a série A também está eletrizante, faltando ainda quatro rodadas para o final. 

Ainda ouço discussões sobre o modelo do campeonato brasileiro por pontos corridos com os 20 clubes jogando em turno e returno.

Uma pequena minoria insiste em que os jogos de mata-mata para apurar o campeão seria mais interessante e traria mais emoção. Depois de muito tempo a CBF acordou e acabou com campeonatos que nem sempre premiaram os melhores.

Nas principais ligas do planeta o sistema de pontos corridos é disputado desde sempre, respeitando aqueles times que são mais sólidos durante toda a campanha. Claro que em algumas, como Alemanha e Espanha e disputa fica restrita a dois, eventualmente três times, mas não invalida o formato até porque há disputa para as competições promovidas pela UEFA, tipo Champions League, Europa League e mais recente a Conference League.

Aqui no Brasil, diferentes destas grandes ligas europeias o campeonato sempre tem quatro, cinco, às vezes até mais candidatos ao título. Às vezes algum time dispara, mas vemos uma competição acirrada para vagas na Libertadores e Sul-Americana, sem contar uma briga contra o rebaixamento.

Este comentário neste momento é em função do que estamos assistindo nesta temporada. Faltando quatro rodadas para o final da série A seis times ainda têm chances de título e todos brigando para ficar entre os quatro que terão vaga direta na Libertadores.

A luta contra o rebaixamento também está acirrada, com o América-MG já rebaixado e seis lutando para escapar, inclusive três dos maiores times do país, Santos, Vasco da Gama e Cruzeiro.

A série B também está disputadíssima nesta última rodada com Vitória e Criciúma já garantidos na elite em 2024 e seis times com chances para as outras duas vagas. Na ponta de baixo com dois times já rebaixados outros quatro brigam contra as duas outras vagas,

É ou não o sistema de disputa mais interessante com emoções até o final?