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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 31/10/2019 - 10:43

Estou fazendo aqui no Almanaque da Bola um resumo da forma como foram disputadas as Taças dos Campeões Europeus de Futebol e a Taças Libertadores desde suas primeiras edições. Temporada a temporada, ano a ano, busquei detalhes dos torneios cujos campeões a partir de 1960 disputaram a Copa Intercontinental.

Hoje é dia de abordar a Taça dos Campeões da Europa da temporada 1962/1963 que é a oitava edição do torneio que até então teve apenas dois vencedores, o Real Madrid campeão cinco vezes e o Benfica duas.

Esta edição começou com 30 clubes e foi necessária uma fase preliminar para que sobrassem 16 que foram para aas oitavas de final, a segunda fase do torneio. O placar mais contundente aconteceu na Inglaterra quando o Ipswich Town goleou o Floriana de Malta por 10x0.

Depois de duas fases, oitavas e quartas, ficaram para as semifinais o Milan, o Benfica, o Dundee da Escócia e o Feyenoord da Holanda. No emparceiramento o Milan eliminou o time escocês depois de vencer em Milão por 5x1 e ser derrotado na Escócia por 1x0.

 

Na outra perna das semifinais o Benfica foi à final empatando em 0x0 na Holanda e vencendo o Feyenoord em Lisboa por 3x1.

A decisão foi para Wembley em Londres e o bicampeão Benfica foi derrotado pelo Milan por 2x1. Mazzola marcou os dois gols dos italianos e Eusébio fez o gol do Benfica.

Com a vitória o Milan se credenciou para disputar a Copa Intercontinental de 1963 contra o Santos, bicampeão da Libertadores. 
 

Por João Nassif 30/10/2019 - 10:06

A terceira edição da Copa Intercontinental ocorreu em 1962. Já revivemos aqui no Almanaque da Bola as duas primeiras edições vencidas pelo Peñarol do Uruguai que só não foi para sua terceira disputa por ter sido derrotado pelo Santos de Pelé na final da Libertadores.

O Santos venceu a decisão da Taça Libertadores de 1962 depois de uma partida extra disputada em Buenos Aires. O placar foi 3x0 para o time brasileiro.

Na decisão regular o Santos venceu o primeiro em Montevideo por 2x1 e foi derrotado na Vila Belmiro por 3x2.

O Benfica, campeão da Taça Europeia de Clubes Campeões foi para a decisão da Intercontinental depois de derrotar o Real Madrid no Estádio Olímpico de Amsterdam por 5x3 na decisão da temporada 1961/1962.

Santos no Estádio da Luz

Se o Santos tinha Pelé, o Rei do futebol, o Benfica contava com Eusébio, o Pantera Negra, seu maior jogador.

O primeiro jogo da Copa Intercontinental foi disputado no Maracanã com mais de 85 mil torcedores e o Santos venceu por 3x2 com dois gols de Pelé e um de Coutinho. Eusébio não marcou e os dois gols do time português foram do meia Santana.

O jogo de volta, em Lisboa no Estádio da Luz, os mais de 70 mil presentes viram uma das maiores exibições de Pelé & Cia. O Santos impôs uma goleada de 5x2 com três gols de Pelé, um de Coutinho e outro do ponteiro esquerdo Pepe. Eusébio e Santana marcaram para o Benfica.

O Santos foi o time brasileiro que conquistou pela primeira vez o título da Copa Intercontinental.  
 

Por João Nassif 29/10/2019 - 20:24

NOVO TORNEIO

A FIFA já decidiu que o Mundial de Clubes a partir de 2021 será disputado por 24 clubes das suas seis Confederações filiadas. As vagas também já foram distribuídas, são oito vagas para a UEFA (Europa), seis vagas para a CONMEBOL (América do Sul), três vagas para a CONCACAF (América do Norte, Central e Caribe), três vagas para a CAF (África), três para AFC (Ásia) e uma vaga que será disputada por um clube da OFC (Oceania) e um clube da China (país anfitrião). O novo Mundial de Clubes irá substituir a Copa das Confederações de será disputado a cada quatro anos, sempre no ano anterior à Copa do Mundo.

CONMEBOL

Abordei a alguns dias que a Confederação Sul-Americana havia definido que quatro das seis vagas seriam dos campeões da Libertadores e da Taça Sul-Americana de 2019 e 2020, ficando em aberto as outras duas que, de acordo com a entidade seriam disputadas num torneio envolvendo todos os clubes campeões da Libertadores desde sua primeira edição. Este torneio chamado de Supercopa da Libertadores seria realizado entre dezembro e janeiro de 2020

CBF

A Confederação Brasileira de Futebol alega falta de datas, pois pelo calendário dezembro é o mês destinado às férias dos jogadores e janeiro é o mês da pré-temporada. Quer dizer, no calendário atual não existe a possibilidade dos 10 clubes brasileiros participarem da Supercopa da Libertadores. A solução é mexer no calendário.
 

CLUBES

Todos os 10 clubes brasileiros que já conquistaram a Libertadores são conscientes que um torneio desta magnitude com grandes confrontos seria altamente rentável, com forte apelo popular, além de maior nível técnico comparando, por exemplo, com os falidos campeonatos estaduais. Então, por que insistir em manter o calendário atual e não o alterar para seguir o modelo aplicado no mundo todo? Os clubes têm obrigação de bater de frente com a CBF e com as Federações que exigem os campeonatos estaduais alegando ser sua única forma de sobrevivência.

OUTROS CLUBES

Existem centenas de clubes pelo país que têm nos estaduais suas únicas competições. Milhares de jogadores dependem dos campeonatos estaduais para suas sobrevivências, acabar com os estaduais criara um enorme problema social. É verdade. O que me deixa intrigado é que a milionária CBF não está nem aí para questões que fogem da seleção brasileira, sua fonte milionária de receita. Com toda esta receita a entidade poderia perfeitamente propor o enxugamento dos estaduais e criar mais divisões no futebol brasileiro para dar calendário a muitas equipes e garantir o emprego de milhares de profissionais.

MATANDO A VACA

Não é justo que os grandes clubes deixem de arrecadar milhões para garantir a sobrevivência de outros. A CBF tem obrigação de cuidar de todos filiados, grandes ou pequenos e adequar um calendário racional à necessidade de todos. E não agradar as Federações cujos presidentes garantem o “status quo” desde muito tempo.
 

Por João Nassif 29/10/2019 - 10:02

A Taça Libertadores da América de 1962, originalmente denominada Copa dos Campeões da América pela CONMEBOL, iniciou-se com nove equipes divididas em três grupos de três equipes cada. A Venezuela não teve representante neste que foi o terceiro torneio da competição. 

Foi a primeira edição a contar com uma fase de grupos. Os campeões de cada grupo avançaram para as semifinais, que contou com a presença do Peñarol, campeão da edição anterior.

Nesta fase de grupos os nove times foram alinhados em três grupos e somente o primeiro colocado avançava para as semifinais.

No Grupo 1 o Santos chegou na frente do Cerro Porteño do Paraguai e do Deportivo Municipal da Bolívia. No Grupo 2 o classificado foi o Nacional do Uruguai, enquanto o Racing da Argentina e o Sporting Cristal do Peru foram eliminados e no Grupo 3 o vencedor foi a Universidad Católica do Chile com Emelec do Equador em segundo e Millonarios da Colômbia em terceiro.

Estes três classificados se juntaram ao Peñarol para disputar as semifinais que indicariam os finalistas. O Santos passou pelo time chileno e no confronto entre os uruguaios quem se deu bem foi o Peñarol.

Finalistas definidos o primeiro jogo da decisão foi em Montevideo e o Santos venceu por 2x1. No jogo de volta na Vila Belmiro o Peñarol deu o troco e venceu por 3s2.

Foi necessária uma partida desempate e no dia 30 de agosto de 1962 no Monumental de Nuñez em Buenos Aires o Santos venceu por 3x0 e se tornou o primeiro time brasileiro campeão da Taça Libertadores. E mais, adquiriu o direito de disputar com o Benfica a Copa Intercontinental de 1962.
 

Por João Nassif 28/10/2019 - 10:25

A Taça dos Campeões de Futebol da Europa da temporada 1961/1962 foi a sétima edição do torneio e disputada por 29 clubes. O Benfica campeão da edição anterior entrou no torneio somente depois da fase preliminar e pela primeira vez o campeão nacional de Malta disputou a competição.

Na fase preliminar o destaque ficou com o B 1913 campeão da Dinamarca que impôs no agregado o placar de 15x2 no Spora Luxemburgo. O jogo de ida terminou em 6x0 na casa do Spora e o da volta foi 9x2 na Dinamarca.

Na primeira fase, as oitavas de final, o Benfica eliminou o Áustria Vienna e o B 1913 goleador na fase anterior sofreu uma estrondosa goleada do Real Madrid que venceu na Dinamarca por 3x0 e em Madrid por 9x0.

Benfica bicampeão europeu

Entre as quatro equipes das semifinais estavam o Benfica campeão da última Taça dos Campeões e o Real Madrid que buscava recuperar o título depois de ter sido campeão cinco vezes consecutivas. 

O Benfica enfrentou o Tottenham da Inglaterra e passou para a final com vitória por 3x1 em Lisboa e derrota em Londres por 2x1. 

Por sua vez o Real Madrid derrotou o Standard Liège da Bélgica com duas vitórias, a primeira no Santiago Bernabeu por 4x0 e no jogo de volta em Liège por 2x0.

A final foi disputada no Estádio Olímpico de Amsterdam na Holanda onde 65 mil espectadores viram o Benfica conquistar o bicampeonato da Taça dos Campeões da Europa. 

Foi uma partida espetacular entre dois especialistas nesta competição. O Real saiu na frente e rapidamente fez 2x0, o Benfica empatou e o time espanhol ficou novamente à frente fazendo 3x2, placar do primeiro tempo.

Na segunda etapa com uma exibição sensacional de Eusébio, o maior jogador português da história, que marcou dois gols o Benfica fechou o marcador em 5x3.

Campeão, novamente o Benfica se credenciou para disputar a Taça Intercontinental de 1962 contra o Santos, campeão da Taça Libertadores.

Por João Nassif 27/10/2019 - 13:27

A segunda edição da Taça Intercontinental foi disputada em 1961 entre o campeão da Taça dos Campeões de Futebol da Europa e o campeão da Taça Libertadores da América.

Para chegar à esta decisão o Benfica campeão europeu pela primeira vez derrotou o Barcelona por 3x2 numa final histórica. O Peñarol venceu a Taça Libertadores pela segunda vez consecutiva derrotando o Palmeiras em dois jogos, vencendo o primeiro por 1x0 em Montevideo e empatando o segundo em 1x1 em São Paulo.

O primeiro jogo da decisão da Taça Intercontinental foi disputado em Lisboa e o Benfica venceu por 1x0.

O segundo jogo foi realizado em Montevideo e o Peñarol imprimiu uma goleada histórica ao vencer por 5x0, depois de fazer 4x0 ainda no primeiro tempo. Com a vitória do time uruguaio houve necessidade de uma partida desempate.

Em 19 de setembro, dois dias após a impressionante goleada, novamente no Estádio Centenário na capital uruguaia perante 60 mil torcedores o Peñarol voltou a vencer, agora por 2x1, placar definido ainda no primeiro tempo.

Suportando na segunda etapa uma forte pressão do time português o Peñarol conseguiu manter a vantagem e conquistou o título de melhor time do mundo em 1961.  
 

Por João Nassif 27/10/2019 - 09:01

Diferente de outros esportes o futebol tem uma imprevisibilidade própria que em questão de minutos, segundos, altera toda a tendência que vai sendo criada no transcurso de uma partida.

O que vi sábado no Scarpelli foi algo impensável pelo que o jogo estava mostrando, jogo aliás de uma pobreza técnica no qual tanto o Figueirense como o Criciúma não mereciam vencer. Erros, muitos erros de ambos mostravam o motivo dos dois times estarem enfiados no Z-4 e sem maiores perspectivas de reação para escapar do rebaixamento.

Foto: Patrick Floriani/FFC

Por razões que somente o futebol proporciona o Figueirense conseguiu fazer o primeiro gol aos 45 minutos no único chute ao gol dos dois times, bonito gol na única jogada lucida em toda primeira etapa. Fez o segundo no início do segundo tempo numa falha do Criciúma pelo lado esquerdo e uma rebatida do goleiro nos pés do atacante deixando a forte impressão de jogo decidido.

Após o segundo gol começou a festa no estádio com os 15 mil torcedores do Figueirense em estado de êxtase, cantando e pulando o tempo todo, o chute do lateral do time na trave do Luiz aumentou ainda mais a euforia e todos davam como certa a vitória e a saída da zona do rebaixamento.

Entrou um atacante, Yuri Mamute, que executou algumas pedaladas para alegria dos torcedores, foi executada a “ola”, celulares acesos em toda extensão das arquibancadas, enfim grande festa no estádio aguardando apenas o apito final.

Faltou combinar com o Léo Gamalho.

Quando faltavam pouco mais de 10 minutos para o final, um chute despretensioso, quase sem convicção desviou num zagueiro e tirou o goleiro da jogada com a bola entrando mansamente e fazendo os torcedores calarem e apagarem os celulares.

O Figueirense sentiu o golpe e numa falta cavada longe da área permitiu ao Criciúma executar a forma única que consegue para chegar ao gol. Bola alta com a zaga adversaria batendo cabeça e o empate trazendo justiça ao péssimo jogo de dois times combalidos nesta reta final de campeonato.

Além do jogo, a briga entre torcedores do Tigre foi a outra nota lamentável de um sábado em um estádio de futebol.
 

Por João Nassif 26/10/2019 - 09:27

Na Europa o Benfica de Portugal conseguiu quebrar a hegemonia do Real Madrid que havia conquistado cinco títulos na Taça dos Campeões Europeus de Futebol, na América do Sul o Peñarol venceu novamente a Taça Libertadores que em 1961 realizou sua segunda edição.

Os dois se credenciaram para disputar a segunda edição da Taça Intercontinental.

Para ser bicampeão da América o Peñarol derrotou na final o Palmeiras que foi o primeiro brasileiro a participar de uma final da Libertadores.

O torneio começou com nove clubes, campeões dos países filiados à CONMEBOL, exceção da Venezuela que não esteve presente.

Foi necessária uma fase preliminar para alinhar os times para a disputa das quartas de final. O Independiente Santa Fé da Colômbia eliminou o Barcelona de Guayaquil, Equador.

Nas quartas de final o Olímpia do Paraguai eliminou o Colo-Colo do Chile, o Peñarol passou pelo Universitário do Peru, o Palmeiras eliminou o Independiente da Argentina e o Independiente Santa Fé eliminou o Jorge Wilstermann da Bolívia.

No cruzamento das semifinais o Palmeiras passou pelo time colombiano e o Peñarol pelo Olímpia.

O primeiro jogo da decisão foi em Montevideo e o Peñarol venceu por 1x0 no Estádio Centenário com mais de 64 mil torcedores. O segundo jogo foi no dia 11 de junho de 1961 no Pacaembu em São Paulo e terminou em 1x1.

Peñarol e Benfica disputaram a Taça Intercontinental que será nosso assunto de amanhã.
 

Por João Nassif 25/10/2019 - 09:50

A sexta edição da Taça do Campeões Europeus de Futebol correspondendo à temporada 1960/1961 foi disputada por 27 clubes, inclusive com o Real Madrid campeão da edição anterior. O desafio de 26 times era superar o Real Madrid campeão de todas as edições disputadas até então.

Wankdorf Stadium em Berna-Suíça

O destaque da fase preliminar foi o Stade Reims da França que havia disputado duas das cinco finais do torneio. O time francês eliminou o Jeunesse Esch de Luxemburgo com duas goleadas, 6x1 na França e 5x0 em Luxemburgo.

Na primeira fase da Taça o Real Madrid que participou como campeão da edição anterior enfrentou o Barcelona, campeão espanhol. Depois de empate em 2x2 no primeiro jogo em Madrid o pentacampeão foi eliminado pelo seu maior rival com a derrota por 2x1 no Camp Nou.

Numa das semifinais o Benfica de Portugal eliminou o Rapid Wien com vitória por 3x0 em Lisboa e empate de 1x1 na Áustria. Na outra semifinal o Barcelona se classificou ao vencer em casa o Hamburgo da Alemanha por 1x0 e mesmo derrotado na Alemanha por 2x1, foi para a final por ter feito um gol fora casa.

A final da Taça dos Campeões de Futebol da Europa na temporada 1960/1961 foi jogado no Wankdorf Stadium em Berna na Suíça no dia 31 de maio de 1961.

O Benfica que foi base da seleção portuguesa que disputou em 1966 pela primeira vez uma Copa do Mundo venceu o Barcelona por 3x2 e quebrou a hegemonia do Real Madrid conquistando o torneio pela primeira vez.

Com o título o Benfica se credenciou para disputar a segunda edição da Copa Intercontinental com o Peñarol do Uruguai, bicampeão da Taça Libertadores da América.  
 

Por João Nassif 24/10/2019 - 10:17

A primeira edição da Copa Intercontinental ocorreu em 1960. Foi disputada em duas partidas entre o campeão europeu e o sul-americano, Real Madrid da Espanha e Peñarol do Uruguai, respectivamente.

O Real Madrid ganhou o direito de participar da primeira edição da Copa Intercontinental depois de vencer o Eintracht Frankfurt, da Alemanha, na final da quinta edição da Taça dos Clubes Campeões Europeus. O time espanhol havia ganho as cinco primeiras edições da competição.

Campeão da primeira Copa Intercontinental

O Real Madrid venceu na final o Eintracht Frankfurt por 7 a 3, sendo citado pela imprensa como a maior final realizada até aquela data, de modo que o campeão seria o representante da UEFA no torneio que definiria o melhor time do mundo. 

O Peñarol ganhou o direito de participar da primeira edição do torneio, depois de vencer o Olimpia, pela primeira edição da Copa Libertadores da América, que indicou o melhor clube da América do Sul. 

Após a disputa das duas partidas, o Peñarol venceu a final no placar agregado de 2 a 1, sendo campeão da Libertadores e sendo indicado pela CONMEBOL para disputar o torneio que definiria o melhor time do mundo.

A decisão da primeira Copa Intercontinental foi jogada em duas partidas. No primeiro jogo em Montevideo houve empate em 0x0.

Após esse empate sem gols, a decisão foi para Madrid. Com aproximadamente 120 mil torcedores no Santiago Bernabeu o Real Madrid conquistou o primeiro título intercontinental ao golear o Peñarol por 5x1. 


 

Por João Nassif 23/10/2019 - 10:47

A Copa Libertadores da América de 1960 foi a primeira edição da competição que em todos os anos é organizada pela CONMEBOL, Confederação Sul-Americana de Futebol.

Nesta edição inaugural sete países participaram com suas equipes campeãs nacionais em 1959. O representante do Brasil foi o Bahia campeão da Taça Brasil. Equador e Venezuela não tiveram clubes no torneio e o Universitário do Peru que estava inscrito desistiu de participar.

O primeiro jogo da história da Libertadores foi entre o Peñarol do Uruguai e o Jorge Wilstermann da Bolívia com vitória dos uruguaios por 7x1 no dia 19 de abril de 1960.

O Bahia enfrentou o San Lorenzo na primeira fase e foi eliminado mesmo vencendo o jogo de volta na Fonte Nova por 3x2. O San Lorenzo havia vencido o primeiro jogo por 3x0 jogando em Buenos Aires.

Além do Peñarol e San Lorenzo, foram às semifinais o Millonarios da Colômbia que eliminou a Universidad de Chile e o Olímpia do Paraguai com a desistência do Universitário do Peru.

Nas semifinais o Peñarol eliminou o San Lorenzo e o Olímpia despachou o Millonarios com uma goleada de 5x1 no segundo jogo em Assunção.

A final sul-americana, diferente da europeia é disputada em dois jogos e na primeira edição da Libertadores o Peñarol foi o campeão depois de vencer por 1x0 em Montevideo e empatar em 1x1 em Assunção.

Com a conquista o Peñarol se credenciou para disputar com o Real Madrid, campeão da Liga dos Campeões da Europa a Taça Intercontinental de 1960.
 

Por João Nassif 22/10/2019 - 10:06

A quinta edição da Liga dos Campeões de Futebol da Europa correspondeu a temporada 1959/1960 do calendário europeu. O Real Madrid que havia vencido as quatro anteriores completou nesta edição sua quinta vitória.

A Liga nesta temporada teve e a participação de 27 clubes, sendo que o campeão grego disputou a competição pela primeira vez. O representante da Grécia foi o Olympiakos.

Na fase preliminar o Eintracht Frankfurt da Alemanha se classificou com a desistência do Kuopion da Finlândia. A maior goleada nesta fase foi do Gotemborg da Suécia que jogando em casa venceu o Linfield da Irlanda do Norte por 6x1.

Numa das semifinais o Eintracht Frankfurt eliminou o Rangers da Escócia com duas goleadas, primeiro em Frankfurt por 6x1 e a segunda em Glasgow por 6x3.

Na outra semifinal o Real Madrid passou pelo Barcelona com duas vitórias por 3x1. O primeiro jogo foi no Santiago Bernabeu e o segundo no Camp Nou.

A final foi disputada no Hampden Park em Glasgow, Escócia, e o Real Madrid perante mais de 127 mil espectadores derrotou o Eintracht Frankfurt por 7x3 se tornando o pentacampeão da Liga dos Campeões da Europa.

O time espanhol ganhou o direito de disputar com o Peñarol do Uruguai, campeão da primeira edição da Copa Libertadores da América, a Copa Intercontinental de 1960.
 

Por João Nassif 21/10/2019 - 10:12 Atualizado em 21/10/2019 - 10:19

E segue a série que registra os torneios mais importantes do planeta, a Liga dos Campeões de Futebol da Europa e a Taça Libertadores da América. Hoje será abordada a temporada 1958/1959 do futebol europeu, pois a Libertadores ainda não havia sido iniciada.

O torneio europeu começou com 26 representantes, dois a mais que na edição anterior, com os representantes da Finlândia e Turquia. O Olympiakos, campeão grego, estava inscrito, mas desistiu por questões políticas antes do primeiro jogo. 

Francisco Gento-jogador do Real Madrid tetra campeão europeu


O Manchester United foi convidado a participar, pois sua participação no campeonato da Liga Inglesa foi prejudicada pelo desastre aéreo de Munique que matou vários jogadores, mas também desistiu.

O destaque da fase preliminar ficou por conta da goleada de 8x0 aplicada pelo Atlético Madrid sobre o Drumcondra Dublin da Irlanda.

Numa das semifinais o Stade Reims, da França, eliminou o Young Boys, da Suíça. No primeiro jogo em Berna, a vitória foi do Young Boys por 1x0, mas na volta em Paris o time francês venceu por 3x0.

No primeiro jogo do confronto espanhol, na outra semifinal, o Real venceu o Atlético por 2x1 no Santiago Bernabeu. No jogo de volta o Atlético em casa venceu por 1x0. Foi necessária uma partida extra disputada em Zaragoza e o Real Madrid se classificou para sua quarta final consecutiva.

Novamente contra o Stade Reims o time espanhol conquistou o tetra campeonato da Liga dos Campeões de Futebol da Europa vencendo por 2x0 em Stuttgart, na Alemanha, perante 72 mil espectadores.

Por João Nassif 20/10/2019 - 11:47

Continuando com a série registrando os torneios mais importantes do mundo, a Liga do Campeões de Futebol da Europa e a Taça Libertadores da América, chegamos ao torneio da temporada 1957/1958 do futebol europeu, pois a competição sul-americana ainda não havia começado.

A terceira edição da Liga dos Campeões começou em 1957 com 24 participantes, dois a mais que na edição anterior com as presenças da Irlanda, Irlanda do Norte e Alemanha Oriental enquanto a Turquia não enviou representante.

Palco da final da Liga dos Campeões 1957/1958

Foram disputados oito confrontos na fase preliminar com destaque para o Estrela Vermelha da Iugoslávia que em Belgrado goleou por 9x1 o Dudelange de Luxemburgo.

Na primeira fase, as quartas de final, o Borussia Dortmund foi o único time que precisou de uma partida extra para se classificar. Depois de vencer em casa por 3x1 e ser derrotado pelo Steaua de Bucareste, Romênia, conseguiu a classificação com vitória por 3x1 em Bolonha na Itália.

Numa das semifinais o Real Madrid eliminou o Vasas da Hungria com vitória por 4x0 na Espanha e derrota por 2x0 em Budapeste. Na outra, o Milan foi derrotado na Inglaterra pelo Manchester United, mas conseguiu se classificar com vitória por 4x0 em Milão.

A partida final foi disputada em Bruxelas na Bélgica e o Real Madrid venceu o Milan por 3x2 se tornando tricampeão nas três primeiras edições da Liga dos Campeões de Futebol da Europa.
 

Por João Nassif 19/10/2019 - 20:20

O Almanaque da Bola segue a cronologia das duas maiores competições de clubes do planeta. Como a Libertadores ainda não havia começado, hoje é dia de darmos alguns detalhes da segunda edição da história da Liga dos Campeões da Europa, disputada na temporada 1956/1957.

A temporada anterior contou com campeões de 16 países, na segunda edição a UEFA aumentou para 22 o número de participantes. 

A Liga Inglesa não permitiu a participação do Chelsea na primeira edição, continuou com a posição que a competição era uma distração para os torneios locais, mas o Manchester United, campeão inglês da temporada contrariou a Liga e participou do torneio.

Como campeão da primeira edição, o Real Madrid foi convidado a defender o título, por isso a Espanha teve dois representantes, além do Real, o Athletic Bilbao participou como campeão espanhol.

Depois de uma fase preliminar começaram as oitavas de final e a sequência dos mata-mata para se apurar o campeão. 

A maior goleada do torneio foi aplicada ainda na primeira fase pelo CSKA Sofia da Bulgária, que venceu o Dínamo Bucareste da Romênia por 8x1 em jogo disputado na capital búlgara.

Numa das semifinais a Fiorentina da Itália eliminou a Estrela Vermelha da Iugoslávia, com vitória em Belgrado por 1x0 e empate de 0x0 em Florença.

Na outra, o Real Madrid eliminou o Manchester United ao vencer em casa por 3x1 e empatar em 2x2 na Inglaterra.

A final foi disputada no Estádio Santiago Bernabeu, em Madrid, e o Real conquistou o bicampeonato da Liga dos Campeões da Europa ao derrotar a Fiorentina por 2x0 perante 124 mil espectadores. 

Tags: Fiorentina

Por João Nassif 19/10/2019 - 12:15 Atualizado em 19/10/2019 - 13:03

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. Frase lapidar de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista.

“O Criciúma E.C. rebaixado fará muito mal à cidade”. Já ouvi esta frase milhares de vezes e por ser uma grande mentira muitos acreditam que seja verdade. 

Esta frase sobre rebaixamento voltou a ser atual, pois, o clube está no grupo de risco no Campeonato Brasileiro e já ouvi de diversos torcedores o mal que fará para a cidade este possível rebaixamento.

Por que não concordo com esta frase? O Criciúma já foi rebaixado em outras temporadas e ninguém deixou de trabalhar, de estudar, de ir ao supermercado, de curtir os finais de semana, de fazer suas atividades diárias e a cidade não parou. 

Hoje está muito próxima a queda para a Série C e se percebe no semblante dos torcedores resignação, pois, todos sabem que a gestão foi catastrófica e que somente um milagre fará o time escapar do rebaixamento. 

Por isso na segunda-feira, mesmo triste com a falta de vitórias e à espera do milagre, é vida que segue e as pessoas e a cidade continuarão com o sempre viveram.

Por João Nassif 19/10/2019 - 06:56 Atualizado em 19/10/2019 - 11:42

Os jogos de ontem mostraram a diferença que existem entre dois gestores de futebol. 

Um experiente, há muitos anos na ativa, sempre em clubes de pouca expressão, mas que foi adquirindo experiência e aprendeu como motivar um time para escapar do rebaixamento.

Outro ainda novato, deslumbrado com o cargo e como um torcedor sem experiência para administrar um clube de tradição e história muito fortes, não sabe como motivar seu time que caminha a passos rápidos para o rebaixamento. 

Sérgio Malucelli, experiente, dono do Londrina, no fim de semana passado deu uma entrevista que viralizou na rede se auto acusando de incompetente por ter contratados jogadores que não tinham a mínima condição de vestir a camisa do clube. Fez um mea culpa e dispensou os alvos de sua entrevista.

Jaime Dal Farra, novato e somente torcedor, dono do Criciúma, está vendo o time ir para a Série C e não tem coragem de vir a público dar explicações sobre a possibilidade de ser responsável pela tragédia que se avizinha. Há alguns dias dispensou sem maiores explicações vários jogadores desfalcando um plantel que não ofereceu reposição e apostou apenas na base para resolver sua incompetência. Não sabe nem como chutar o balde. O técnico Roberto Cavalo, seu porta voz, constrangido, dá explicações pós jogos e se percebe, tenta blindar o presidente com explicações que em momento algum convencem.

Resultado, na noite de sexta-feira o Londrina venceu o Vitória fora de casa e o Criciúma foi derrotado pelo CRB em pleno Heriberto Hülse.

Por João Nassif 18/10/2019 - 09:47

A partir de hoje aqui no Almanaque da Bola vou reviver a história das duas maiores competições de clubes do planeta. Ninguém duvida que os dois continentes que praticam o melhor futebol do mundo são a Europa e a América do Sul. 

Por isso irei relembrar ano a ano a Liga dos Campeões e a Taça Libertadores cujos vencedores disputaram a Copa Intercontinental e de uns anos para cá o Mundial de Clubes da FIFA.

A Liga dos Campeões começou primeiro com a primeira edição na temporada europeia 1955/1956. O torneio com o nome de Taça dos Campeões Europeus de Futebol teve a participação de 16 equipes. Foi um torneio rápido com a primeira fase formada por oito chaves, quer dizer já começou nas oitavas de final.

Na primeira fase foram registradas algumas goleadas como a do Rapid Vienna da Áustria por 6x1 sobre o PSV Eindhoven da Holanda e a do Real Madrid que derrotou o Servette da Suíça por 5x0. O MTK da Hungria impôs um 6x3 no Anderlecht da Bélgica.

O Milan da Itália nas quartas de final goleou o Rapid Vienna por 7x2 jogando em Milão. Foi a maior goleada nas quartas de final.

Uma das semifinais foi entre Stade de Reims da França e o Hibernian da Escócia. Os franceses venceram as duas partidas, a primeira por 2x0 em Paris e a segunda por 1x0 em Edinburgh na Escócia.

A outra semifinal foi chamada de decisão antecipada da Taça dos Campeões. Real Madrid e Milan se enfrentaram e no primeiro jogo o time espanhol venceu em casa, no Santiago Bernabeu por 4x2.

O segundo jogo foi no San Siro em Milão e os italianos venceram por 2x1, mas insuficiente para classificação, pois no placar agregado os espanhóis fizeram 5x4 e foram para a final.

A decisão do torneio foi jogada em partida única no Parc des Princes em Paris e o Real Madrid que venceu por 4x3 se tornou o primeiro campeão da Taça dos Campeões Europeus de Futebol, cuja segunda edição será meu assunto de amanhã.
 

Por João Nassif 17/10/2019 - 08:54

Apesar de ter se consolidado como o esporte preferido dos brasileiros já na década de 1920, o futebol não foi visto com bons olhos durante sua popularização pelo país. As mais pesadas críticas vieram de setores da elite intelectual. 

O escritor Graciliano Ramos escreveu em sua crônica "Traças a Esmo" que o futebol era a prova da superioridade europeia sobre o brasileiro, afirmando que sua popularidade seria apenas passageira pelo frágil biotipo dos que habitavam o Brasil. Graciliano Ramos terminava a crônica de forma irônica:

“    Os verdadeiros esportes regionais estão aí abandonados: o porrete, o cachação, a queda de braço, a corrida a pé, tão útil a um cidadão que se dedica ao arriscado ofício de furtar galinhas, a pega de bois, o calto, a cavalhada, e o melhor de tudo, o cambapé, a rasteira. A rasteira! Esse sim é o esporte nacional por excelência!    ”

As críticas mais contundentes, contudo, partiram do escritor Lima Barreto. Barreto via no futebol um fator de dissensão, e nos clubes, agremiações comandadas por descendentes dos senhores de escravos. 

Em seu artigo "Como Resposta, Careta", na publicação "Marginalia", o escritor afirma ser o futebol "primado da ignorância e da imbecialidade". Por tais opiniões Lima Barreto chegou a criar a ""Liga Contra o Foot-ball", no qual tentava a proibição do esporte no país usando como justificativa supostos malefícios da prática do mesmo, como brigas e mortes. 

Apesar de nunca ter sido proibido no Brasil, chegaram a ser discutidas limitações para o exercício do futebol. Em 1916, a Academia Nacional de Medicina estudou a hipótese da proibição do jogo para menores de 18 anos. Em 1919 a prática foi vetada no Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro. 
 

Por João Nassif 16/10/2019 - 11:40

Com 29 jogos disputados o Criciúma ocupa a 18ª posição com apenas 21 gols marcados. É o segundo pior ataque da série B somente com mais gols que o Vila Nova, 17º que marcou um gol a menos. Figueirense, 19º e Guarani, 13º, também marcaram 21 gols.

Desses 21 gols que o Criciúma marcou três foram de pênaltis, dois do Daniel Costa e um do Léo Gamalho. Na verdade, o time marcou 20, pois um foi marcado pelo zagueiro Cléber Reis do Oeste, contra.

 

Léo Gamalho artilheiro do Criciúma na série B

Os atacantes do Criciúma marcaram nove vezes, seis com o Léo Gamalho e uma vez com Reis, Julimar e Vinícius. Os volantes e meias marcaram sete gols sendo três do Daniel Costa, três do Foguinho e um do Liel. E os defensores foram responsáveis por quatro dos 21 marcados, dois do Sandro, um do Thales e outro do Léo Santos que foi o primeiro do time em Campinas contra a Ponte Preta.

Somente no jogo contra o Oeste (3x1) no Heriberto Hülse o Criciúma conseguiu marcar três gols, quer dizer, marcou dois e o outro foi contra. O time marcou dois gols três vezes, contra Coritiba (2x1), Botafogo (2x0) e Brasil (2x2), todos estes jogos em casa.

No mais foram seis jogos que terminaram empatados em 1x1, nove jogos com placar de 1x0 e o Criciúma jogou quatro partidas que terminaram em 0x0. O Criciúma ficou em 13 jogos com o zero no marcador.

No Heriberto Húlse o Criciúma marcou 15 gols e fora de casa apenas seis. Juntamente com o Guarani tem o pior ataque como visitante.

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