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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 14/01/2023 - 14:11 Atualizado em 14/01/2023 - 14:17

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB) está de licença do cargo desde a última quarta-feira (11). O vice, Ricardo Fabris (PSD), assumiu interinamente como prefeito a cidade. Salvaro deve retornar à função já nesta segunda-feira (16). 

Foto: print de tela do vídeo publicado por Ricardo Fabris em suas redes sociais.

Por Maga Stopassoli 13/01/2023 - 19:46 Atualizado em 13/01/2023 - 19:56

Após as informações veiculadas durante toda essa semana sobre as conversas de bastidores entre integrantes do MDB e o governo do estado, o partido emitiu uma nota oficial na noite desta sexta-feira (13). É que alguns detalhes das conversas entre ambos, acabaram se tornando públicas e os emedebistas trataram logo de tentar diminuir o burburinho. Entre os pontos levantados nos encontros que ocorreram nos últimos dias, havia a informação de que o MDB ficaria com duas secretarias no governo de Jorginho Mello, para as quais, já estariam definidos os nomes de um deputado estadual e de um federal. O partido chamou de "informações equivocadas publicadas".

Veja o que diz a nota:

Frente às informações equivocadas publicadas nos últimos dias sobre cargos no Governo do Estado e a eleição para presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o MDB esclarece que:

- O diálogo entre MDB e Governo acontece para a construção do relacionamento com o Partido. Em momento algum foram cogitados nomes para assumir secretarias de Estado.

- O MDB mantém a coerência na construção do projeto para presidência da Assembleia Legislativa focado em fortalecer o parlamento independente.

- O único projeto do deputado estadual de Mauro De Nadal nesse momento é desempenhar a missão de deputado estadual e construir uma Mesa Diretora representativa no parlamento catarinense.

Por Maga Stopassoli 13/01/2023 - 19:21 Atualizado em 13/01/2023 - 19:26

O governador Jorginho Mello (PL) nomeou nesta sexta-feira, 13, o policial penal Edenilson Schelbauer, de Mafra, para o cargo de secretário de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa. A indicação deve ser publicada no Diário Oficial do Estado desta sexta. Com isso, Neuri Mantelli que estava interinamente no comando da SAP, volta a ser o adjunto da pasta.

Edenilson já foi vereador de Mafra, presidente da Câmara Municipal e, em 2020, concorreu à prefeitura da cidade. Com menos de 20 anos passou para o concurso público para a Polícia Militar de Santa Catarina. Formado em Direito, fez pós-graduação na escola do Ministério Público de SC em Joinville. Passou para concurso da SAP e foi nomeado policial penal em 2014. O nome inicial para a secretaria seria o de Jeferson Cardozo, que acabou não assumindo após vir à tona a notícia de um processo no qual ele estaria envolvido.

Por Maga Stopassoli 11/01/2023 - 19:17 Atualizado em 11/01/2023 - 19:42

O deputado estadual reeleito, Júlio Garcia (PSD) poderá voltar à presidência da Alesc em 2023. Pelo menos essa é a informação que circula nos históricos corredores da Assembleia Legislativa do Estado, após a reunião que ocorreu hoje, entre os integrantes dos partidos que inicialmente estavam apoiando o emedebista Mauro de Nadal. A informação não foi confirmada por Júlio, naturalmente. “Deputados Zé Milton e Mauro são os candidatos”, limitou-se a dizer.

Nessa nova configuração, em vez da presidência da Alesc, o MDB ficaria com as Secretarias de Infraestrutura e com a Secretaria de Segurança Pública. Para essas pastas, os nomes ainda não teriam sido definidos, embora os nomes dos deputados Jerry Comper e Volnei Weber estejam cotados. 

Júlio Garcia. Foto: Bruno Colaço/Agencia AL

Por Maga Stopassoli 10/01/2023 - 19:29 Atualizado em 10/01/2023 - 20:17

O governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL)  efiniu nesta terça-feira (10), os nomes que comandarão a Polícia Civil do Estado. Ulisses Gabriel será o novo delegado-geral da instituição. Daniel Regis assumirá a Diretoria Estadual de Investigações Criminais; Já a Diretoria de Inteligência ficará sob comando de Gustavo Madeira e a Academia da Polícia Civil, a Acadepol será dirigida por André Bermudes.

Ulisses Gabriel é mais um nome da região sul que passa a fazer parte do alto escalão do governo do estado. 

Saiba Mais

Ulisses é graduado em Direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina - (UNISUL, Campus Araranguá, 2005) e possui as seguintes pós-graduações: lato sensu em Direito Processual Civil (Universidade do Vale do Itajaí, 2006), Marketing Empresarial (Centro Universitário Barriga Verde - UNIBAVE, 2013) e Gestão Empresarial (UNIBAVE); especialista em Gestão Corporativa (Faculdades Energia) e em Liderança e Desenvolvimento (Universidade da Califórnia - UCSD). Atualmente é mestrando em Direito, da Universidade do Extremo Sul Catarinense.

Durante a graduação foi estagiário do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina e, depois de formado, lecionou como titular disciplinas do Direito na Fundação Educacional Barriga Verde (FEBAVE), de 2009 a 2013, e na UNISUL, de 2006 a 2011.

Em 2007, por concurso, ingressou na carreira de Delegado, da Polícia Civil de Santa Catarina. Na instituição foi Corregedor (2017), Coordenador Pedagógico na Academia de Polícia (2015-2016) e Diretor Adjunto (2012 e 2013), Delegado Regional do município de Tubarão (2014), atuou ainda em Araranguá e Criciúma, passando a Delegado titular de Orleans. Foi eleito Presidente da Academia de Polícia Civil de Santa Catarina (ACADEPOL) por duas gestões, onde, a partir de 2008, passou a lecionar.

Em 2014, filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD).

Em 2018, como ‘Delegado Ulisses Gabriel’ e uma campanha pautada na segurança pública, disputou as eleições para deputado estadual à 19ª Legislatura da Assembleia Legislativa catarinense (2019-2023), pelo Partido Social Democrático (PSD), obtendo 28.183 votos no pleito e a terceira suplência da coligação PSD / PP / PSC.

A contar do dia 20 de fevereiro de 2020, Ulisses Gabriel foi convocado e assumiu como deputado à Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC), 19ª Legislatura (2019-2023), na qualidade de terceiro suplente e em face do declínio à sucessão dos dois primeiros suplentes da coligação PSD / PP / PSC, na vaga do Deputado Milton Hobus, licenciado por motivos particulares pelo período de 90 dias.

Nas eleições municipais de 2020, concorreu ao cargo de Prefeito de Orleans, tendo Lucas Librelato como Vice, ambos filiados ao PSD - coligação "Muito + Orleans". Receberam 5.446 votos (36,77%) e ficaram em segundo lugar na ordem de votação.

Em 13 de junho de 2021, comunicou sua desfiliação do PSD.

Fonte: Memória Política de Santa Catarina/Alesc.

Por Maga Stopassoli 09/01/2023 - 16:00 Atualizado em 09/01/2023 - 16:39

O governador Jorginho Mello (PL) irá à Brasília nesta segunda-feira (9) para participar da reunião convocada por Lula, para tratar dos atos terroristas ocorridos ontem. A informação foi dada pelo colega Upiara Boschi, (em seu site - UpiaraOnline). O anúncio da reunião foi feito ainda no domingo e havia a expectativa sobre a participação ou não do governador catarinense, já que Jorginho Mello é apoiador de Jair Bolsonaro. “Vou participar porque é meu dever representar o Estado de Santa Catarina e defender o interesse dos catarinenses”, disse Jorginho.

No início da tarde desta segunda-feira, o Governo divulgou uma nota à imprensa, informando que estava negociando a desocupação dos acampamentos em frente aos quartéis, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes. 

Confira a nota na íntegra:

O Governo do Estado de Santa Catarina, através das Forças de Segurança, desde domingo, 8, está acompanhando as movimentações, iniciadas em Brasília e que têm reflexo no nosso Estado.

Desde o inicio desta segunda-feira, 9, o governador Jorginho Mello, reunido com o Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), determinou a preservação da ordem pública, em respeitos às leis constitucionais e das medidas recentemente editadas de nível federal.

Operacionalmente, a Polícia Militar de Santa Catarina está monitorando todos os pontos onde existe a possibilidade de alguma ação dos manifestantes. Através da Sala de Situação do Comando-Geral da PMSC, sediado em Florianópolis, as operações estão sendo coordenadas. 

Até o momento a situação é de tranquilidade em todos os pontos e os comandantes regionais da corporação estão orientados para tomarem as medidas legais e cabíveis. Existe uma negociação com os manifestantes para retiradas de barracas, utensílios e materiais que possam ter em volta dos locais ocupados. Até o momento tudo feito de forma tranquila e ordeira.

Desta forma, o Governo do Estado e as Forças de Segurança seguem em estado de atenção para que a ordem seja mantida e as determinações legais sejam cumpridas.

Jorginho vai à Brasília. Foto: Eduardo Valente/Secom

 

Por Maga Stopassoli 09/01/2023 - 11:41 Atualizado em 09/01/2023 - 14:51

Um capitólio à brasileira. Assim pode ser resumida a última tentativa golpista que o Brasil presenciou, estarrecido, neste domingo (8). E, antes de me ater aos fatos propriamente ditos, vamos pontuar duas coisas aqui:

1ª - o grupo radical que invadiu Brasília ontem, não representa a maioria dos bolsonaristas;

2ª – a narrativa de que a depredação foi promovida por infiltrados pode convencer a quem apoia atos golpistas. Aqui, não.

O Brasil assistiu ao que deve ter sido a última tentativa golpista de mudar o resultado da eleição. Uma horda de apoiadores de Jair Bolsonaro, invadiu os prédios dos Três Poderes em Brasília e destruiu tudo que viu pela frente. Numa rápida análise de semiótica, é fácil concluir que o ódio que moveu aquelas pessoas não queria destruir móveis e outros objetos que pertencem ao povo brasileiro. Queriam deixar marcado na história do país, o ódio pela democracia. Composto por adultos com comportamentos que denotam emoções cristalizadas, quebraram cadeiras e vidraças, arrancaram portas, destruíram obras de arte de valor imensurável. Deixaram excrementos por onde passaram, como forma de demonstrar suas emoções mais primitivas.

Adultos com emoções cristalizadas correm o risco de passar a vida toda, sem conseguir se desprender emocionalmente de algum fato ou de alguma fase de sua vida. Ficam presos no tempo. Até hoje não encontraram uma razão para viver, uma causa pela qual lutar, um inimigo para enfrentar. Por isso, têm dificuldades em compreender e respeitar a democracia. A cristalização desses comportamentos se evidencia na postura dos radicais de Brasília que negam a responsabilidade na autoria da destruição que provocaram. Antes, negavam que queriam um golpe de estado. Agora, negam a materialidade dos fatos. Perderam datas importantes com a família, aficionados por defender o Brasil do comunismo, esse fantasma imaginário que assombra e tenta justificar atos terroristas como os de ontem.

O furto simbólico de um exemplar da Constituição de 1988 deixa claro o que pretendiam: queriam roubar a nossa Constituição, no mais amplo sentido da expressão.

Mais de seis horas após o início do vandalismo, começaram a surgir as primeiras manifestações de lideranças políticas. Dos apoiadores do ex-presidente, vinham publicações tentando desvincular sua imagem do que estava ocorrendo. Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello fez uma publicação sucinta no instagram tentando não dar ainda mais luz aos fatos, mas também sem passar a ideia de que se omitiu. Jorginho será cobrado para cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes que ordena desmontar os acampamentos em frente aos quartéis, em 24h, ou seja, ainda nesta segunda-feira. Questionado se iria cumprir a decisão de Moraes, o governador respondeu via assessoria que está avaliando juridicamente a questão.

Santa Catarina é um dos estados mais bolsonaristas do país. Foi em Santa Catarina, também, que os movimentos golpistas iniciaram após o resultado da eleição, em 30 de outubro, quando a BR 101 foi fechada, em Laguna, dando início ao fechamento de diversas outras rodovias pelo Brasil. Além disso, dezenas de ônibus partiram daqui em direção à Brasília, para inflar os ataques de ontem. Esse contexto faz com que o estado esteja na mira do STF que já está trabalhando para identificar quem patrocinou esses movimentos.

Ainda na noite de domingo, a Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense), emitiu uma nota dizendo que reconhece manifestações democráticas, mas que repudia atos de violência e cobra que os envolvidos sejam responsabilizados na forma da lei.

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina também emitiu nota onde diz que não é possível tolerar atos violentos. Diz, ainda, que o Poder Legislativo Catarinense espera rigor na apuração.

O prefeito de Criciúma, cidade que estava representada nos atos de ontem, Clésio Salvaro (PSDB) foi procurado para falar sobre o assunto, mas não respondeu ao blog. (Caso responda, esse texto será atualizado).

Na esfera federal, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por 90 dias pelo STF, no início da madrugada deste domingo. Ele será investigado e recairá sobre ele a (i)rresponsabilidade pela fraca atuação para conter o que se viu ontem.

Sempre chamei de “manifestantes” as pessoas que estão nas ruas desde outubro e várias vezes fui “corrigida”. “Não são manifestantes, são golpistas”, me diziam. E estavam certos. São terroristas, golpistas, fascistas e inimigos da democracia e é assim serão descritos a partir de hoje quando o assunto for pedido de intervenção militar ou qualquer ato não democrático. A esses fascistas, o rigor da lei e o esquecimento de seus nomes na história.

Terrorista quebra vidraça num dos prédios dos Três Poderes em Brasília. Foto: Gabriela Biló (para a Folha).

 

Por Maga Stopassoli 05/01/2023 - 17:49 Atualizado em 05/01/2023 - 18:06

O governador do estado, Jorginho Mello (PL), não virá a Criciúma nesta sexta-feira (6), dia do aniverário do município. A informação inicial, dada pelo subchefe da Casa Civil, Natan Monteiro, era a de que ele participaria das comemorações pelos 143 anos da cidade. Na tarde desta quinta-feira, porém, a assessoria informou que a visita não irá ocorrer. 

Por Maga Stopassoli 05/01/2023 - 17:44 Atualizado em 05/01/2023 - 17:48

Neuri Luiz Mantelli foi nomeado Secretário-adjunto da Secretaria de Administração Prisional de Santa Catarina. Por enquanto, ele irá responder, cumulativamente, pelo cargo de SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL E SOCIOEDUCATIVA, da SAP, a contar de 04/01/2023. Pelo menos essa é a informação que consta na edição ordinária do Diário Oficial do Estado, pulicado nesta quinta-feira (5). Neuri irá desempenhar a função que seria de Jeferson Cardozo que chegou a ser anunciado para o cargo mas acabou não assumindo. 

Por Maga Stopassoli 04/01/2023 - 18:53 Atualizado em 05/01/2023 - 08:35

Desde quando começou a anunciar seus primeiros secretários, o governador Jorginho Mello causou boa impressão. Nomes com bom trânsito político, somado a muito conhecimento técnico. O Secretário da Fazenda, Cléverson Siewert e a Secretária da Saúde, Carmen Zanotto, são alguns exemplos. Essas indicações aconteceram ainda no período de transição de governo, que é quando as coisas são muito mais fáceis do que quando o mandato começa, de fato.

No dia da posse, domingo, 1º de janeiro, Jorginho Mello foi provocado por Adelor Lessa, assim que chegou à Alesc, a dizer se anunciaria algum novo nome na ocasião. Ele disse que sim. Mais tarde, ao chegar ao Centro Administrativo para dar posse aos seus secretários, Jorginho disse que seu escolhido para assumir a Secretaria de Administração Prisional, seria o ex-vereador de Jaraguá do Sul, Jeferson Cardozo, que foi candidato a deputado nesta eleição e fez 17 mil votos. Era a primeira escolha política do governador recém-empossado. Imediatamente o nome passou a ser questionado, já que o jaraguaense chegou a ser preso numa investigação do Gaeco, em 2019. Na segunda-feira (2), o assunto ganhou destaque na imprensa nacional e Jeferson, que foi nosso entrevistado no Programa Adelor Lessa na manhã de ontem, quando garantiu que nada mudaria em sua indicação, fez uma live em sua página no facebook para dizer que havia desistido de assumir a pasta. Na transmissão ao vivo, disse que a culpa de sua saída do governo era da imprensa.

O abacaxi de Jorginho

Natan Monteiro, o primeiro criciumense no alto escalão do governo do estado, indicado para ser subchefe da Casa Civil, falou sobre isso nesta quarta-feira (5), em entrevista que nos concedeu. “Agora temos um abacaxi para descascar”, disse em referência ao caso.

Critério usado na escolha

Conforme relatou Natan, Jorginho disse que sua cota de nomeações estava completa e que suas escolhas foram feitas a dedo, com perfil técnico. Já para a pasta em questão, o governador teria usado um critério político. “Nós nos reunimos, o núcleo duro do governo Jorginho e ele disse: quem que foi candidato do Partido Liberal com a bandeira da administração penal, representando a classe, que eu prometi na campanha que seria o secretário de adm penal?. “Aí tinha o Jeferson Cardoso, que fez 17 mil votos, o Neuri Mantelli, que fez 8 mil votos, Jhoni Brasil, 2 mil votos”. “Quem são os dois mais votados? O mais votado será o secretário e o segundo mais votado, será o adjunto. Manda emitir a portaria”, teria dito Jorginho Mello. “Então foi um critério político”, declarou Natan. Monteiro.

Governador soube pela imprensa

O agora subchefe da Casa Civil fez questão de frisar que Jorginho Mello prezou por indicações de pessoas com ficha limpa. “Existe uma rejeição ao nome do Jeferson, descoberta pela imprensa, onde foi-se colocado que ele teve uma intercorrência, nada transitado em julgado, nenhuma condenação, mas existe uma investigação e isso fez nos todos estudar o caso, recorremos a procuradoria e estamos estudando”. Natan destacou que ainda na manhã de hoje poderia haver novidade com relação ao assunto, mas isso não se confirmou. Na edição ordinária do Diário Oficial publicada nesta quarta-feira não constava nenhuma nomeação bem como nenhum ato do Gabinete do Governador.

Por falar nisso, um funcionário do governo procurou o blog para relatar que o governo está parado. Segundo ele “não é uma crítica, já que o secretariado parece ótimo, mas as secretarias têm prazos, processos administrativos ainda tem os titulares, ou pessoal de meio (gerentes, diretores) estão sem ninguém. Parece que estão esperando a MP da Reforma Administrativa, mas isso era para ter sido feito na transição”, desabafou. E finalizou dizendo que o “O Diário Oficial do Estado de hoje saiu sem UMA nomeação. E tem uma fila aguardando na Casa Civil”.

Jeferson Cardozo na cerimônia de posse, quando chegou a ser anunciado. Foto publicado em seu perfil no facebook.

 

Por Maga Stopassoli 04/01/2023 - 09:54 Atualizado em 04/01/2023 - 10:37

O criciumense Natan Marcondes Monteiro Osorio é o primeiro criciumense nomeado para o 1º escalão do governo Jorginho Mello. Ele ocupará a vaga de subchefe da Casa Civil, ao lado do tubaronense, Estener Soratto, nomeado na semana passada como secretário-chefe da mesma pasta. A nomeação de Natan foi publicada nesta terça-feira (3), no Diário Oficial. Os dois nomes citados e suas nomeações já haviam sido antecipadas por Adelor Lessa em seu blog, ainda no mês de dezembro.

Natan Monteiro foi nosso entrevistado No Programa Adelor Lessa desta quarta-feira (4) e falou sobre a função que irá desempenhar e sobre a polêmica envolvendo Jeferson Cardozo que chegou a ser anunciado como secretário de Administração Penal mas teve a indicação revista pelo governador. 

Ouça aqui:

 

Por Maga Stopassoli 04/01/2023 - 08:41 Atualizado em 04/01/2023 - 08:49

O governador Jorginho Mello (PL) estará em Criciúma nesta sexta-feira (6), aniversário da cidade, e deve cortar o bolo da comemoração. 

A previsão é que venha ele, o Estener Soratto, chefe da Casa Civil, que é de Tubarão; e Natan Monteiro, subchefe da Casa Civil, que é de Criciúma. 

Por Maga Stopassoli 03/01/2023 - 14:39 Atualizado em 03/01/2023 - 15:25

De Ibicaré, cidade pequena na região oeste do estado, para a Casa D'Agronômica, residência oficial do Governador do Estado. A trajetória do vendedor de paçoquinha (ou pé-de-granfino como ele gosta de enfatizar), que virou governador ganhou mais um capítulo no último domingo quando tomou posse como chefe do executivo de Santa Catarina. Na semana que antecedeu a assunção ao cargo, Jorginho Mello publicou em suas redes sociais uma das imagens que ilustra esse texto, com um cesto de docinhos, que vendia quando era jovem, em sua cidade natal. A outra foto é deste domingo, quando foi empossado. O novo governador já começou a trabalhar, enquanto o parlamento catarinense volta às funções somente em fevereiro. Até lá, os dias serão doces. 

Foto 1: foto publicada no perfil do instagram de Jorginho Mello. Foto 2: Bruno Collaço/Agência AL.

Quer saber mais sobre esse encontro entre Moisés e Jorginho? Acesse @magastopassoli no instagram.

Por Maga Stopassoli 31/12/2022 - 07:20 Atualizado em 31/12/2022 - 08:58

Na política, de tédio, ninguem morre e eu posso provar. No ano em que a política foi o tema central de todas as rodas de conversa, selecionar os fatos que fariam parte desta retrospectiva não foi tarefa fácil. Se em ano sem eleição, a classe política não deixa a desejar e entrega tudo no quesito conteúdo, em ano eleitoral, então, nem se fala. Definitivamente, isso não é uma reclamação, ao contrário, é quase uma nota pública de agradecimento por terem nos agraciado com tantas pérolas e momentos icônicos durante o ano que finda. Nossa prioridade, claro, serão os fatos estaduais e com direito a uma dose de bom humor porque ninguém é de ferro. O tempo de leitura é de aproximadamente dez minutos, mas se eu fiquei 4h escrevendo, vocês conseguem ficar 10 minutos, lendo, vai! Pega um drink e vem:

Janeiro – o ano começou com briga no MDB 

O ano começou com uma pergunta que só seria respondida em março. Em qual partido o governador Carlos Moisés iria se filiar? É que em dezembro de 2021 havia um “clima” para que ele fosse para o MDB. Só que o clima foi esfriando, esfriando, esfriando até que essa possibilidade deixasse de ser real. Nesse meio tempo, Antídio Lunelli, prefeito de Jaraguá do Sul, começou a se movimentar para ocupar efetivamente a vaga de candidato à majoritária pelo manda brasa. Mas isso não seria decidido tão fácil assim. No fim de janeiro, Antídio chegou a fazer um roteiro pelo estado para buscar apoiadores para a sua candidatura e passou, também, por Criciúma. À época, por ter ido pessoalmente à reunião promovida por ele aqui na cidade, eu disse que ele não seria candidato a governador, fato que gerou repercussão acalorada. A “previsão” se confirmou meses depois e foi baseada apenas em intuição. Enquanto isso, foi se criando um clima terrível já que o ex-governador Paulo Afonso Vieira, em entrevista que me concedeu, criticou as prévias do partido, chamando-as de “cadáver insepulto” e disse que jamais apoiaria Lunelli.

Fevereiro – alerta fofoca: Merísio, o ex-bolsonarista se encontrou com Lula

Enquanto o MDB brigava internamente para decidir os rumos do partido, Moisés, que em dezembro anterior estava de namorico com o 15, retomava as conversas com o Republicanos, partido com quem também já havia flertado. Nessa nova investida do partido evangélico, o governador leonino, ganhou até uma camisa com o número da sigla e seu nome. Enquanto isso, o MDB enviava cédulas de papel aos diretórios municipais para escolher quem seria o candidato do partido. (Parecia que ia dar errado e deu). Foi em fevereiro também que aconteceu um encontro polêmico: Gelson Merísio, que declarou voto em Bolsonaro em 2018 quando foi candidato a governador, se reuniu com Lula e Décio Lima, confirmando as fofocas de bastidores do fim do ano anterior.

Março – o mês infinito que teve Salvaro “não-candidato” e Moisés filiado

O mês de março ficará marcado como o mês em que Clésio Salvaro ficou tentado a aceitar a proposta de João Rodrigues (prefeito de Chapecó), para ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada por João. Apesar de ter aproveitado a repercussão gerada pelo surgimento de seu nome no cenário estadual, Salvaro pegou um avião, foi até Chapecó dizer pessoalmente a João Rodrigues que não aceitaria a missão. Usou como argumento o fato de que havia acabado de se reeleger e que precisaria concluir o mandato. Internamente, não deve ter sido só essa justificativa. Embora seja uma forte liderança aqui no Sul, Clesio Salvaro sabe que precisa estadualizar seu nome no quesito “voto” e isso não iria acontecer com duas conversas. Recuou e fez certo. Com o tempo, foi possível comprovar que João Rodrigues também tinha muito mais papo do que voto. O candidato apoiado por ele passou longe de se eleger. Foi em março também que a novela da filiação do governador Moisés teve um desfecho. Ele viajou à Brasília e assinou ficha no Republicanos. Isso. Assim, mesmo. Sem emoção. Uma escolha partidária que, mais tarde, pode ter pesado um pouco no seu caminho político. Esse foi um mês que não prometeu nada, mas entregou tudo. Teve Jessé Lopes assinando ficha no PL, teve Márcio Búrigo desfiliado do PL e indo para o União Brasil por causa da chegada de Jessé e teve decreto estadual dizendo que não era mais obrigatório o uso de máscaras (ainda por conta da pandemia). Além disso, um nome importante do 1º escalão de Moisés, anunciou que deixaria o governo para disputar as eleições. Era Eron Giordani, o então Secretário-Chefe da Casa Civil.

Abril – Décio diz que palanque da esquerda em SC é do Lula e arruma briga com pdtistas

Abril chegou chegando com Antídio Lunelli pedindo demissão do cargo de prefeito de sua cidade para tentar colar a ideia de candidato viável do MDB. Foi nesse mês que a frente de esquerda, grupo composto por oito partidos de esquerda, começou a discutir quem seria o nome que os representaria nas urnas em outubro. Franco favorito a ser o candidato da frente, Décio Lima riscou o chão calmamente e disparou: “aqui não tem palanque para Lula e Ciro Gomes. O palanque em SC é do Lula”. Aí foi que o barraco desabou na relação PT e PDT, que culminaria, mais tarde, numa candidatura própria dos Trabalhistas, representados por Jorge Boeira, numa candidatura decidida aos 52” do 2º tempo e que faria uma votação muito pequena.

Maio – Jorginho, o profeta

No mês de maio, Jorginho Mello veio à Criciúma e em entrevista à imprensa local, deu duas declarações que se confirmariam, quase que inacreditavelmente. Ele disse que o seu partido, o PL, elegeria 10 deputados estaduais e quatro federais. Sabe quantos, de fato, elegeu? 11 estaduais e seis federais. Sim, eu também achei que ele estava otimista demais e me enganei. Outra profecia de Jorginho foi sobre a ida de Búrigo para o União Brasil. “Errou, errou feio e vai se arrepender”, disparou. De fato, o ex-prefeito de Criciúma não se elegeu e acabou fazendo uma votação pouco expressiva. A essa altura do campeonato, com Moisés filiado ao pequeno Republicanos, a briga no MDB era outra. Ter candidatura própria ou apoiar Moisés na candidatura à reeleição? A dúvida de milhões. Nesse momento, surge o nome do ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler como opção para ser vice na chapa com o governador.

Junho – Antídio teimando de um lado, Moisés teimando do outro

Faltando dois meses para o encerramento do prazo para as convenções partidárias que definiriam as candidaturas, Antídio já tinha entendido que ia entrar água no seu chopp e disse que estava com vergonha daquela situação. Correndo na beira do gramado, Moisés, que não se filiou ao MDB, continuava querendo o apoio da sigla e, pra isso, fez uma visita ao presidente interino do partido, Edinho Bez, na sede do MDB, em Floripa. Mas isso ocorreu após o 15 ter decidido que Antídio seria vice de Moisés. Só que Moisés não quis. Dessa forma, o já ex-prefeito de Jaraguá do Sul, disse que ele seria o candidato e ponto final. Ele teimando de um lado, Moisés, teimando de outro. Prevaleceu a vontade do bombeiro. Antídio não foi seu vice e concorreu como deputado estadual, cargo para o qual foi eleito. E teve mais: pra fechar o mês com chave de ouro, Moises não compareceu ao lançamento da pré-candidatura do presidente de seu partido, deputado estadual Sérgio Motta e é óbvio que isso virou assunto. Ambos tentaram convencer que havia sido só um choque de agenda e divulgaram uma foto sorridentes na Casa da Agronômica. Não funcionou muito. Tinha cheiro de torta de climão no ar.

Julho – o mês das convenções e da decisão do MDB que tinha dois candidatos, mas só uma vaga

No dia 23 de julho, ocorreram as convenções partidárias do MDB, Republicanos, Progressistas e União Brasil. Pensando nisso e querendo ser candidato, Udo Dohler divulgou um vídeo dizendo que o MDB iria escolher “entre um projeto vencedor ou uma aventura eleitoral”, em referência a candidatura própria de Lunelli ou o apoio a Moisés. No dia da convenção, a disputa foi entre Lunelli governador ou Udo, vice. Udo venceu a disputa e a questão ficou decidida. Horas depois, foi a vez do Republicanos confirmar a candidatura de Moisés que chegou ao local do encontro, a Alesc de fusca e já foi recebido por Udo. No mesmo dia, União Brasil confirmou Gean Loureiro e Eron Giordani, candidatos a governador e vice e, o Progressistas, confirmou a candidatura de Espiridião Amin a governador. Uma semana depois foi a vez da frente de esquerda confirmar Décio Lima nas urnas em outubro.

Agosto – o mês do cavalo manco

Após as definições das candidaturas começaram os debates entre os candidatos ao governo aqui no estado. Um em especial, ficou marcado. Foi no debate promovido pelo Extra.SC, de Tubarão, quando Jorginho Mello e Moisés protagonizaram uma troca de farpas irônica. É que naquele momento Jorginho não havia avançado nas tratativas para coligar com outros partidos e ainda não havia definido quem seria o seu ou sua vice.

“Ainda bem que o senhor não vai se reeleger, governador”, disse Jorginho, que ouviu de volta: "sua praga não pega não viu, candidato. Mas também, o senhor tá isolado, né? O senhor não coligou porque ninguém lhe quis. Ninguém quer subir em cavalo manco, todo mundo quer apostar em cavalo que tá indo bem".

Reveja a cena aqui: 

Além disso, em agosto foi quando a vice-governadora Daniela Reihner se licenciou do cargo e começou sua pré-campanha a deputada federal, sendo eleita, em outubro, ainda pela força da onda Bolsonaro. Daniela não voltou mais ao cargo depois disso e encerrou assim sua relação com Moisés.

Setembro – a campanha começou oficialmente

Moisés se licenciou do cargo e o deputado Moacir Sopelsa (MDB) foi empossado como governador por 30 dias. A Som Maior divulgou pesquisa de intenção de votos que mostrou um cenário indefinido. Mas o principal fato político de setembro foi a vinda de Lula ao estado. Faltando duas semanas para as eleições, o petista veio e discursou para um número considerável de apoiadores, no centro de Florianópolis. O esforço de Décio Lima era ser palanque de Lula em Santa Catarina.

Outubro – Lula no 2º turno, lá, Moisés fora do 2º turno, aqui

O 1º turno das eleições foi bem no comecinho do mês, dia 2 de outubro quando a disputa nacional foi para o 2º turno, com Lula pouco à frente de Bolsonaro. Por aqui, Décio Lima e o PT foram para o 2º turno pela primeira vez na história, deixando Carlos Moisés pelo caminho. A distância entre Décio e Moisés, foi de aproximadamente 17 mil votos. Na reta final da campanha, Jorginho Mello já projetava sua ida para a 2ª etapa da disputa com base nas pesquisas que indicavam um crescimento considerável do peelista. A votação do 2º turno ocorreu dia 30 de outubro. Conforme adiantavam as pesquisas, Jorginho Mello foi eleito com uma folga. Quando foi votar, Moisés foi questionado sobre o que faltou para se reeleger. E ele respondeu: faltou voto!

Já a briga pela vaga de presidente foi mais acirrada. Lula venceu Jair Bolsonaro por aproximadamente 2 milhões de votos, o que em percentual, foi algo em torno de 50,90% para Lula e 49,10% para Bolsonaro.

Novembro – o silêncio de Jair Bolsonaro que custa a acreditar na derrota

Joguei para novembro um movimento que começou de fato em 30 de outubro. Eleitores do presidente derrotado fecharam rodovias imediatamente após a confirmação da eleição de Lula. Eles pediam intervenção militar por não aceitarem o resultado das urnas. Três dias depois, começaram a migrar para a frente dos quartéis aonde permanecem até a tarde desta sexta-feira 30 de dezembro, enquanto escrevo esse texto, mesma data em que a eleição completa dois meses e que Jair foi embora. Em Santa Catarina, o governador Moisés também ficou alguns dias recluso mas depois retomou a agenda de trabalho e voltou a conceder entrevistas. Em sua mais recente passagem por Criciúma, foi entrevistado no Programa do Avesso, na Som Maior. O quase futuro ex-governador falou sobre sua experiência na política e tirou onda de cantor. Assista aqui:

Dezembro – Jorginho Mello causa boa impressão com secretariado e Bolsonaro deixa o país após chorar em live

Se você que está lendo esse texto já cansou, imagina eu que estou há 4h escrevendo (rindo de nervoso). Mas estamos igual 2022, quase acabando.

Dezembro foi o mês de nomeações nos dois governos. Em Santa Catarina, Jorginho Mello causou boa impressão pelos nomes apresentados até o momento. Pessoas com bom trânsito político e boas referências técnicas em suas áreas de atuação. O novo governador também receberá um estado com números melhores do que os que Moisés recebeu e isso lhe dará uma certa folga e impulso para começar bem sua gestão. Há dois dias de sua posse, Jorginho não tem muito com o se preocupar.

Na esfera federal, depois de tantas “72h” de espera, Jair Bolsonaro agiu. Mas não foi como parte de seus apoiadores gostaria. O presidente fez uma transmissão em suas redes sociais na manhã desta sexta-feira (30) de dezembro, um dia antes do fim de seu mandato. Duas horas depois, embarcou num avião da Força Aérea Brasileira com destino aos Estados Unidos. Diferente das outras férias, quando costumava vir à Santa Catarina, preferiu a terra do Tio Sam. Deixou pra trás uma legião de apoiadores que ainda está digerindo o que aconteceu.

Eu concluo por aqui, temendo ter me prolongado neste texto que encerra 2022 e, ainda assim, correndo o risco de ter deixado de fora algum fato importante. Nestes casos, a reclamação pode ser encaminhada inbox lá no insta @magastopassoli – (rezando pra ninguém reclamar)!

Aproveito para desejar aos nobres leitores aqui do blog, um ano novo sensacional, com muita saúde e prosperidade. E, por favor, política de novo, só ano que vem, né?!

(E não adianta ficá dando essa risadinha, se fazendo. Quequeéisso?). Mello, Jorginho.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 29/12/2022 - 17:12 Atualizado em 29/12/2022 - 17:28

O deputado estadual Estener Soratto (PL), natural de Tubarão, será o Secretário-Chefe da Casa Civil no governo de Jorginho Mello. A confirmação ocorreu na tarde desta quinta-feira (29) mas a informação já havia sido adiantada por Adelor Lessa, em seu blog, no dia 21 de dezembro.

Sorattinho, como é conhecido, foi eleito deputado estadual em 2022 e deve assumir uma das pastas mais importantes do governo. Ele vai contar com o apoio de Natan Monteiro que deverá ser seu secretário-adjunto. Com a ida de Soratto para a Casa Civil, quem assume a vaga na Alesc é Maurício Peixer, de Joinville.

Por Maga Stopassoli 28/12/2022 - 10:50 Atualizado em 28/12/2022 - 11:27

Dia 30 de dezembro, sexta-feira agora, as manifestações pós-eleições completam dois meses. Iniciadas imediatamente após o resultado das urnas, o movimento fechou rodovias e em seguida migrou para a frente dos quartéis. À espera de um milagre que não ocorreu, os manifestantes pediam intervenção militar. Aos gritos de “forças armadas, salvem o Brasil”, bolsonaristas permanecem dia e noite rezando e esperando que algo aconteça para que Lula não suba a rampa. Nesse meio tempo teve de tudo. Chuva, sol, calor, frio, hino nacional e oração. Tudo, segundo eles, para salvar o Brasil do comunismo. Essa ameaça ronda o nosso país desde a década de 60 quando esse argumento já era comum nos assuntos políticos, pelo menos aqui em Criciúma, como relatou nosso conterrâneo, Zé Dassilva, em seu primeiro livro “Histórias que a bola esqueceu” (mas essa é outra conversa).

Abandonados pelo presidente

Sim. Eu sei que dizer que os manifestantes foram abandonados pelo presidente é uma frase que provoca reações acaloradas. Mas, você sabe, a verdade é como é. E, neste caso, a verdade é que os manifestantes foram sendo abandonados aos poucos, devagarinho, quase que silenciosamente.

Se nos primeiros dias após a derrota, o silêncio do presidente era visto como reação comum de quem perdeu a eleição, nos dias seguintes foi sendo substituído por promessas. Uma onda impressionante de fake news comoveu os mais apaixonados e fez entrar para a história a triste cena de manifestantes comemorando o fechamento do STF e a prisão do ministro Alexandre de Moraes, dois fatos que nunca estiveram nem perto de acontecer. A esperança depositada na promessa de que algo aconteceria sempre dali a 72 horas, proporcionou imagens que nada tem de cômicas. Enganados por quem aproveitou a ocasião para colher algum fruto político, milhares de pessoas país afora tiveram olhos, mas não quiseram ver. E, assim, enquanto alimentavam a presença das pessoas nas ruas, por trás das cortinas palaciais, o futuro do presidente era definido.

Sem intervenção militar, sem golpe, sem amparo, sem presidente. Os manifestantes foram abandonados às vésperas do último dia do mandato de Jair Bolsonaro enquanto seus assessores estão nos preparativos finais para sua viagem para os Estados Unidos.

“Quem não acredita no presidente, por favor, saia do grupo”

No grupo de whatsapp criado para divulgar informações sobre o acampamento em frente ao quartel em Criciúma, a notícia da viagem do presidente ainda está sendo digerida. Uma das integrantes publicou por lá, o link de uma matéria de que detalhava a informação de que Bolsonaro não irá passar a faixa presidencial, e uma pessoa pergunta: “então o molusco (sic) vai assumir sem a faixa mesmo?”. Em resposta, ouve: “espero que não. Antes de viajar, pode ser que deixe uma surpresa”. Também nesta terça-feira, mais cedo, no mesmo grupo, outra informação circulava. Dizia que o novo prazo para o presidente agir seria dia 30, sexta-feira, último dia de seu mandato.

Dessa vez, uma das pessoas questiona quem divulgou a informação. “Onde você tem essa informação que o presidente agirá no dia 30?”. E é repreendido: “quem não acredita no presidente, por favor saia do grupo”. E, assim, no apagar das luzes de 2022, enquanto algumas pessoas permanecem fora de suas casas, longe de suas famílias, lutando contra um inimigo imaginário, uma parte da classe política que diz apoiar as manifestações (mas só via internet), pois sabem que é antidemocrático pedir intervenção militar, já começa a preparar o look branco pro réveillon. Mas, claro, longe dos acampamentos sem conforto.

“O presidente vai agir”

Na terça-feira (27), Jair Bolsonaro nomeou três assessores para continuarem seus assessores quando for ex-presidente da república, dia 1º de janeiro. Dessa forma, o chefe do executivo age, dentro das quatro linhas da constituição, como sempre disse, já que esse é um direito que tem por ter sido presidente. Pelo visto, a ação do presidente prevista para dia 30, vai ser mesmo subir a rampa, mas não a que os bolsonaristas esperavam e, sim, a do avião com destino à Miami.

 

Por Maga Stopassoli 27/12/2022 - 19:33 Atualizado em 27/12/2022 - 20:09

A executiva municipal do PDT de Forquilhinha emitiu nota de repúdio no fim da tarde desta terça-feira (27), sobre os fatos envolvendo o vereador do partido, Marcos Macedo. Na sessão desta segunda-feira, o parlamentar usou a tribuna para divulgar um vídeo que diz ter recebido no domingo, contendo ameaças para que ele não comparecesse à sessão que elegeria a nova mesa diretora da casa legislativa. 

Sobre isso, falamos em detalhes, aqui.

Na nota divulgada hoje, a executiva diz que apesar dos esforços para dificultar a identificação de quem gravou o vídeo, "o despreparo deixou rastros de quem tenta intimidar no grito".

Leia aqui:

 

 

Nota de Repúdio PDT by 4oito on Scribd

Por Maga Stopassoli 26/12/2022 - 21:45 Atualizado em 27/12/2022 - 07:39

Tua esposa tá bem? E as crianças, tranquilo? É só tu não vir votar amanhã e nada vai acontecer pra ti e pra tua família. É só tu não vim votar. Se tu for lá votar eu vou entender que tu quer guerra"

O espírito natalino passou longe da eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores em Forquilhinha que ganhou contornos preocupantes nesta segunda-feira (26). Na última sessão do ano, o vereador Marcos Macedo (PDT), usou a tribuna da casa legislativa para divulgar um vídeo que, segundo ele, recebeu via whatsapp, contendo ameaças contra ele e sua família. No vídeo, a voz de quem se dirige ao vereador foi alterada para não ser reconhecida e aparecem imagens de armas e munição. Enquanto narra, a pessoa que supostamente enviou a mensagem a Marcos, diz: “tua esposa tá bem? E as crianças, tranquilo? É só tu não vir votar amanhã e nada vai acontecer pra ti e pra tua família. É só tu não vim votar. Se tu for lá votar eu vou entender que tu quer guerra (enquanto aparece a imagem de uma metralhadora no vídeo que você pode assistir ao final deste texto).

Eu e a minha família estamos fora de casa”, disse o vereador ao ser questionado sobre a suposta ameaça. O vereador é um dos integrantes da chapa eleita hoje, que ficou assim:

  • Valdecir Figueiredo - presidente
  • Marilda Casagrande – vice-presidente
  • Marcos Rocha Macedo – 1º secretário
  • Idelci Rampinelli – 2º secretário

Ainda conforme o vereador que fez a denúncia, houve uma conversa há dois meses pra composição da nova diretoria, onde se formou um bloco com cinco vereadores. “O grupo que ficou com quatro vereadores, que é o grupo do prefeito, que seria indicado pelo prefeito, acharam que iriam corromper alguém, o que não aconteceu, então acho que foi uma forma de querer me amedrontar pra eu não participar da sessão. Se eu não comparecesse pra votar, a votação ficaria 4 x 4 e isso daria a vitória a eles, já que quem decidiria seria a vereadora mais velha que é situação (apoio ao prefeito), e ela seria a presidente”, disse Marcos Macedo ao blog após a sessão.

O nome da preferência do prefeito da cidade, José Claudio Gonçalves, o Neguinho (PSD), seria o da vereadora Ivone Minatto, também do PSD. Procurado pelo blog também na noite desta segunda-feira para falar sobre o vídeo divulgado pelo vereador, Neguinho disse que quem denunciou, tem que provar.

“É uma denúncia muito grave que tem que ser apurada. Se o vereador diz que recebeu isso, tem que ter alguma origem. Ele deveria ter falado a origem. No meu estilo de vida, Maga, eu prezo pela família, eu jamais prezo pela violência. Nessa altura do campeonato sabe-se que o PDT me traiu. Então o que que eu posso imaginar? O meu governo é um governo que preza pela retidão. O vereador apresentou o vídeo, tem que dizer de onde veio.”

Prefeito vai à justiça

Neguinho disse que nesta terça-feira (27) pretende tomar providências jurídicas para que a situação seja esclarecida. “Da minha parte vou procurar a justiça. Sem dúvida vou fazer isso para que ele esclareça de onde veio o vídeo”. Ele não é mencionado pelo vereador na sessão de hoje mas foi procurado para que pudesse se manifestar sobre o assunto.

Áudios atribuídos ao prefeito

Dois áudios circulam no whatsapp e estão sendo atribuídos ao prefeito Neguinho.

“Eu vou ferrar se ele votar contra mim. Alíás, eu vou ferrar todos que votarem contra mim nessa eleição. Agora a guerra vai começar e meu jogo vai ser pesado. Se ele tiver juízo ele fica do meu lado. E a gente vai sentar e vamo amarrá. Fazer negócio de gente grande.”

“E diz pra ele que se não for ele, vai ser outro. Eu não vou perder a câmara. Se não for ele, vai ser outro. E aí o outro que vai usar os benefícios e as benfeitorias que ele poderia ter agora”.
 

Sobre os aúdios, o prefeito José Claudio Gonçalves disse:

“O que eu quero dizer ali é que os vereadores que estão comigo vão ter portas abertas. Os que não estão comigo vão ser tratados como oposição. Agora isso não ta dizendo que tá se falando de violência. Isso daí, por favor. Eu sempre abri a porta do governo para todos os vereadores. Agora na eleição da câmara eu ia ver quem tava do meu lado e quem não estava. Exatamente isso. O verbo “ferrar” é de não atender, de ser oposição, mas não de prejudicar, apenas ser de oposição”, concluiu o prefeito.

Vereador escoltado

Segundo o vereador, outros parlamentares foram ameaçados, mas só ele fez a denúncia. “To com a família num local seguro, vim com escolta da polícia militar então, graças a Deus, a gente tá em segurança e a gente não tem previsão de voltar pra casa”, concluiu o vereador do PDT, Marcos Macedo.

 

Por Maga Stopassoli 22/12/2022 - 19:42 Atualizado em 22/12/2022 - 19:49

O Progressistas de Criciúma nem esperou virar o ano para cravar: o partido terá candidato a prefeito em 2024. Quem? “Isso ainda não está definido, Maga”. A bancada se reuniu hoje para organizar os próximos passos do partido e isso inclui, naturalmente, a próxima eleição. O candidato pode não estar definido oficialmente, mas quem lembra da última eleição municipal, conclui com alguma facilidade que o nome possa ser Júlio Kaminski. É que naquele ano aconteceu de um tudo e ele acabou não conseguindo por em prática seu projeto para a disputa majoritária.

Relembre

Em janeiro de 2020, Kaminski fincou bandeira no terreno das disputas e alardeou: “sou pré-candidato a prefeito pelo partido Democratas”. Ele ainda estava filiado ao PSDB, mas com um pé dentro, outro fora. À época, ele viria como uma opção para fazer oposição ao prefeito Clésio Salvaro. Seria o antisalvarismo em Criciúma. Teria de sair da base para fazer oposição. Mas a intenção não vingou. Talvez nem o próprio Kaminski tenha de fato acreditado que seria possível fazer a oposição que prometeu fazer, ao Clésio Salvaro.

Resultado disso foi que em março do mesmo ano, Julio Kaminski estava em Florianópolis, reunido com a cúpula do PSL, para assinar a sua filiação, passando a fazer parte do comando do partido na cidade (e também disputar a majoritária). Em junho de 2020, alegando razões partidárias, Kaminski fez uma transmissão ao vivo nas suas redes sociais informando que não seria mais candidato a prefeito e que assinaria sua desfiliação. Isso aconteceu por que ele foi afastado da diretoria executiva do partido em Criciúma (mas essa é uma outra história). Kaminski não foi candidato a prefeito, mas concorreu como vereador e acabou se reelegendo. Atualmente ele está filiado no Progressistas. Isso ocorreu após a fusão de seu então partido, o PSL e o DEM, que deu origem ao União Brasil. Em casos de fusão partidária, o parlamentar pode trocar de partido sem perder o mandato. 

Por Maga Stopassoli 22/12/2022 - 18:41 Atualizado em 22/12/2022 - 18:49

“Se o partido e o prefeito Clesio Salvaro assim definirem, eu estarei pronta sim para fazer, se Deus quiser, a gestão da cidade de Criciúma”.

Foi assim que a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) respondeu ao meu questionamento sobre se aceitaria ser candidata à prefeita de Criciúma na próxima eleição. Ela foi nossa entrevistada no Plenário, na manhã desta quinta-feira (22). Geovania, que costumava fugir da resposta ou, pelo menos, não ser tão enfática, dessa vez não desperdiçou a oportunidade de deixar claro que quer ser candidata em 2024.

Problema bom (porém depende)

Se as conversas “andarem”, o PSDB de Criciúma terá um problema “bom”, (porém depende), já que, além da deputada, o partido conta com um pré-candidato que figura há tempos entre os prefeituráveis: o vereador Arleu da Silveira. A escolha certamente passará por indicadores como pesquisa, influência, aceitação dos eleitores. Geovânia sempre respondia de forma protocolar a esse questionamento e, pela primeira vez, não só admitiu, como falou de modo enfático sobre o assunto. Salvaro passa a ter duas opções para ocupar a vaga de sucessor. Se isso é bom? Depende do perfil que o atual prefeito busca para ocupar a função.

“Considera a possibilidade de disputar”, perguntei. E ela imediatamente, disse: “considero. Estou à disposição. Até porque todo político sonha um dia ser gestor de sua cidade e eu tenho experiência com o executivo e tenho esse sonho. Fui secretária de assistência social por quatro anos, secretaria de saúde por nove meses. Então, sim, tenho essa vontade.

Segundo ela, já manifestou isso a Clésio Salvaro e ao seu partido. Geovânia de Sá foi candidata a deputada federal nesta eleição e, embora tenha feito mais de 80 mil votos, não se elegeu. É que seu partido estava confederado nacionalmente com o Cidadania, que tinha a deputada Carmen Zanotto concorrendo também. Carmen fez mais votos e se elegeu, Geovania ficou na suplência. Com a eleição de Jorginho Mello, Carmen foi convidada e aceitou a função de Secretária de Estado da Saúde. Sendo assim, a deputada tucana permanecerá em Brasília a partir do próximo ano.

 

 

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