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Por Adelor Lessa 05/05/2020 - 17:28 Atualizado em 05/05/2020 - 17:37

Acabam de ser eleitos presidente e relator da CPI dos Respiradores que passa a funcionar na Assembléia Legislativa.

O deputado Sargento Lima, PSL, foi eleito presidente e o deputado Ivan Natz, PL, relator.

Apesar de Lima ser do mesmo partido do Governador Moisés, ele e Natz são de oposição ao governo.

O deputado Valdir Cobalchini tentou sua condução à presidência da CPI, argumentando que o MDB tem a maior bancada na Assembléia.

Mas, como não teve apoio da maioria, abriu mão da candidatura, anunciando apoio ao deputado Lima.

Cobalchini acabou eleito como vice-presidente da CPI.

Os membros da CPI são:

Moacir Sopelsa e Valdir Cobalchini/MDB, Felipe Estevão/PSL, Sargento Lima/PSL, Fabiano Luz/PT, João Amin/PP, Ivan Natz/PL, Milton Hobus/PSD e Marcos Vieira/PSDB.

Pelas posições de plenário, a CPI tem 7 deputados de oposição.

Por Adelor Lessa 05/05/2020 - 15:41 Atualizado em 05/05/2020 - 15:45

Foi definido o último membro da CPI dos respiradores que será instalada daqui a poucona Assembléia. Moacir Sopelsa, do MDB.

Os outros ja estavam definidos ontem à noite e foram antecipados hoje pelo blog:

Valdir Cobalchini/MDB, Felipe Estevão/PSL, Sargento Lima/PSL, Fabiano Luz/PT, João Amin/PP, Ivan Natz/PL, Milton Hobus/PSD e Marcos Vieira/PSDB.

Ainda hoje, depois da sessão, os membros da CPI vão se reunir e definir presidente e relator da CPI.

O que está encaminhado é que o deputado Ivan Natz deve ser o relator.

Pelas posições de plenário, a CPI terá 7 deputados de oposição.

 

Por Adelor Lessa 05/05/2020 - 14:12 Atualizado em 05/05/2020 - 15:37

Poucas horas antes de ser instalada a CPI na Assembléia que vai investigar irregularidades na compra de respiradores, com pagamento adiantado de R$ 33 milhões, a entrevista da superintendente de gestão da Secretaria de Saúde que foi demitida logo que o assunto veio a público faz aumentar o clima de tensão nos bastidores do Governo.

A entrevista está sendo tratada agora à tarde na Assembléia como uma "segunda bomba".

A entrevista foi dada para a NDTV, com exclusividade, no programa Balanço Geral, ao meio dia.

 A servidora Márcia Regina Geremias Pauli afirmou que o ex-secretário, Helton Zeferino, sabia da compra superfaturada de respiradores.

Ela garantiu ainda que a compra da empresa do Rio de Janeiro foi definida pelo secretário da Casa Civil, Douglas Borba.

Mais adiante, ela revelou dificuldades e fragilidades no processo de compras do Estado, e repetiu que houve pressão para que fosse finalizada a compra com o fornecedor fluminense, a empresa Veigamed, e disse que além da empresa carioca,  havia empresas catarinenses interessadas em fazer a operação, oferecendo os mesmos equipamentos.

Márcia tem 14 anos de carreira na secretaria de saude.

Ela disse que foi injustiçada e "usada como objeto" para dar a resposta naquele momento, quando o Governo queria apontar um culpado.

O portal ND Mais, do grupo ND, em reportagem sobre a entrevista, registrou que, segundo ela, comissionados chegavam na Secretaria dizendo que haviam falado com o governador e estipulavam prazo para a finalização de compras. E acrescentou:

“Eu penso que seja difícil que o governador não tivesse sabendo de uma compra assim”, falou ela sobre Carlos Moisés (PSL).

Reportagem destaca ainda que ela afirmou que o ex-secretário mentiu ao dizer que não sabia e também que não sabe dizer se alguém ganhou, de forma espúria, nessa história.

Abaixo, o audio na integra da entrevista da funcionária demitida, que deve pautar as dicussões na reunião de instalação da CPI, daqui a pouco na Assembléia.

Por Adelor Lessa 05/05/2020 - 06:51 Atualizado em 05/05/2020 - 11:39

Será instalada hoje na Assembléia Legislativa a CPI que vai investigar o Governo Moisés por irregularidade e ilicitudes no processo da compra dos respiradores, que envolveu pagamento antecipado de r$ 33 milhões.
Pelo regimento interno da Assembléia, a CPI terá nove membros.
Ontem à noite, 21h, só faltava o MDB indicar um dos dois membros que tem direito na CPI.
Dos oito que já estavam definidos, seis são de oposição ao Governo Moisés.
Um deptado do sul fará parte da CPI - Felipe Estevão.
A deputada Ada de Luca foi consultada, mas declinou.
O relator da CPI deve ser o deputado Ivan Natz, que teve a iniciativa de propor a CPI.

Nomes já definidos para a CPI:

Deputado Sargento Lima

Deputado Felipe Estevão

Deputado Fabiano Luz

Deputado João Amin

Deputado Ivan Natz

Deputado Milton Hobus

Deputado Kennedy Nunes,

Deputado Valdir Cobalchini

A CPI será formalmente instalada à tarde.

 

Por Adelor Lessa 04/05/2020 - 20:52 Atualizado em 04/05/2020 - 22:52

O vereador Tita Beloli, presidente da Câmara de Criciúma, formaliza nesta terça-feira, 10h, a devolução de R$ 1 milhão à prefeitura.

Tita fará a entrega diretamente ao prefeito Clesio Salvaro.

O valor representa sobra do duodécimo recebido pela Câmara nos ultimos meses.

Será a segunda devolução da Câmara.

Na primeira, foi R$ 1,2 milhão.

O destino dos recursos será definido pelo prefeito.

A Câmara não tem poder para direcionar.

Mas, a maior parte deverá ser usada para custeio do governo, devido ao comprometimento da receita com o combate a pandemia.

Por Adelor Lessa 04/05/2020 - 17:49 Atualizado em 04/05/2020 - 19:45

A direção do PSD de Içara teve reunião agora à tarde com o vice-prefeto Sandro Serafim e fez convite para ele se filiar no partido.

Sandro agradeceu e repetiu o que disse ao PL na quinta-feira,  e para outros partidos que o convidaram:

"não irei tomar nenhuma decisão por impulso; muita maturidade neste momento".

Sandro ficou desconfortável no MDB, depois que perdeu a disputa no diretorio para Arnaldinho Lodetti pela candidatura a prefeito.

Sandro e o prefeito Murialdo Gastaldon, que o apoiavam, tinham projeção de vitória folgada.

Sandro disse a pouco ao blog que não tem decisão tomada de sair do MDB, nem previsão para se posicionar a respeito. 

A intenção do PSD em convidar Sandro é envolvê-lo no projeto de candidatura própria do partido a prefeito.

Hoje, a direção municipal ratificiou decisão de apoio à candidatura a prefeito do empresário e vereador Alex Michels.

O empresário Anselmo Freitas, presidente da executiva municipal, admitiu a possibilidade de ser o candidato a vice-prefeito, em chapa pura. 

 

Por Adelor Lessa 04/05/2020 - 17:18 Atualizado em 04/05/2020 - 17:28

Má notícia para o Governador Moisés. Deputada Carmen Zanotto não aceitou convite para assumir a Secretaria de Saúde.

Carmen era a melhor alternativa para o cargo.

Profissional da área (enfermeira), foi "braço direito" do secretário Fernando Coruja e depois foi duas vezes secretária, em governos diferentes.

Reconhecidamente competente e conhecedora como poucos da parte técnica da secretaria e do SUS.

A prova disso é que foi levada pelo ex-ministro Mandeta para sua equipe no Ministério da Saúde.

A deputada acaba de distribuir nota sobre a sua decisão. Abaixo, na íntegra:

"Estive reunida com o governador Carlos Moisés da Silva, agradeci o convite e disse que estou disposta a continuar trabalhando pela saúde e no combate a Covid-19 em nosso Estado. Com minha experiência de enfermeira, gestora, e parlamentar, atuando junto ao governo de Santa Catarina, somando esforços com as demais instituições na busca incessante de soluções e recursos, para que juntos possamos enfrentar essa guerra com o menor número possível de mortes.

Posso conciliar minhas atividades como relatora da Comissão Externa de Combate ao Coronavírus, onde estamos atuando desde fevereiro e ajudando de forma incansável o nosso Estado.

Tenho convicção que somente com unidade, solidariedade, desprendimento e muito trabalho, juntos iremos vencer esse inimigo invisível.

Reitero que estarei sempre à disposição para trabalhar pela Saúde do meu estado, independentemente de assumir a pasta da Secretaria da Saúde.

Carmen Zanotto, Deputada Federal"

Por Adelor Lessa 04/05/2020 - 16:26 Atualizado em 04/05/2020 - 16:59

A nota da empresa Veigamed, do Rio, acabou sendo a "melhor notícia" para o Governo Moisés no meio do tiroteio pela crise dos respiradores.

O Governo pagou r$ 33 milhões adiantados por 200 respiradores que não foram entreges, para a Veigamed, uma empresa desconhecida de Nilópolis, interior do Rio.

Pagamento adiantado é uma prática incomum no serviço púbico.

A nota oficial da Veigamed distribuída hoje à tarde não resolve o assunto, longe disso, nem elimina a possibilidade de irregularidades no processo na tramitação pelo Governo.

Mas, diante das circunstâncias, foi o único movimento que teve algo de positivo (ou proveitoso).

Primeiro, porque mostrou que a empresa existe.
Segundo, porque a empresa anunciou que vai entregar os equipamentos até o dia 20 (de maio).

Duas perguntas importantes que até agora estavam sem resposta.

Detalhe - a empresa anunciou que vai os equipamentos, mas não aqueles comprados. Outro tipo.

Antes, a empresa fez critica ao Governo do estado, que teria perdido prazos e não cumpriu todas as obrigações que haviam sido acordadas.

Pelo menos compensa a outra informação da tarde - que a Justiça as contas da Veigamed, a pedido do deputado Bruno Souza, e só encontrou saldo de r$  483 mil (dos r$ 33 milhões).

Mesmo assim, foi o que teve de melhor para o Governo.

Pela manhã, o ex-secretário Helton Zeferino deu entrevista para defender que o processo "seja esclarecido", confirmou a compra sem licitação e disse que não certificou a nota, nem liberou pagamento. 

Helton disse ainda que deixou o Governo por decisão própria. Não foi demitido, nem "convidado a sair".

Desta forma, deixou claro que o Governador estava decidido a mantê-lo no cargo, mesmo depois de ter sido notificado pelo chefe do Ministério Público no estado sobre ação que havia protocolado no Tribubal de Justiça pedindo o afastametno imediato do Secretário.

Detalhe - o Goevrnador corria o risco de ter o Secretário "demitido" pela Justiça.

Poucas horas depois, o secretário de administração do estado, Eduardo Tasca, deu coletiva ao lado do chefe da Controladoria Geral do Estado e da Secretária de Governança.

Não acrescentou nada.

A coletiva não trouxe nenhuma informação objetiva, concreta, que não tenha sido antes divulgada.

Se não tivesse acontecido, não teria feito nenhuma falta.

A rigor, o Governo ainda está devendo explicações, e continua não se movimentamdo bem. Parece acoado, sem sabe para onde ir.

Para aplacar o "ânimo" dos deputados que vão instalar a CPI a partir de amanhã na Assembléia, precisa fazer mais. 

Por Adelor Lessa 02/05/2020 - 21:21 Atualizado em 03/05/2020 - 16:53

O prefeito Murialdo Gastaldon diz reconhecer que Armaldinho Lodeti ganhou legitimamente a prévia no MDB, mas anuncia que a partir de agora o seu foco será a cidade, que atravessa uma crise nacional, e que a sua contribuição para a campanha será fazer um governo de aprovação.

Perguntado se vai assumir a candidatura de Arnaldinho, ele se limitou a dizer que vota no 15. 

As relações no MDB de Içara ficaram tensas depois da prévia de terça-feira, onde Arnaldinho surpreendeu o prefeito Murialdo, o comando do MDB e os históricos do partido, impondo derrotada ao vice-prefeito Sandro Serafim por 24 x 20.

Minutos antes do início da apuração dos votos, o prefeito previu uma vitória de Sandro por vantagem de 2 por 1.

Depois da prévia, Murialdo não conversou com Arnaldinho e circularam informações de retaliações por parte da prefeitura, inclusive contra a direção da cooperativa.

Perguntando sobre o distanciamento com Arnaldinho, ele garantiu ao blog que amanhã vai se reunir com ele. 

"Minha primeira reunião de segundafeira será com ele. Faz oito anos que eu falo com ele no mínimo três vezes por semana", completou.

Abaixo, respostas do Prefeito para perguntas do blog:

1. Vai assumir candidatura de Arnaldinho Lodetti ?

Murialdo - "Eu voto 15".

2. Qual será seu papel na campanha?

Murialdo - "Fazer um governo com aprovação".

3. Quando vai reunir com Arnaldinho?

Murialdo - "Sempre me reúno com ele".

4. Já sabe de onde veio a surpresa na prévia do MDB?

Murialdo - "Deixo essa resposta para quem mentiu".

O vice-prefeito Sandro Serafim publicou um longo texto onde reclama do resultado e diz que não merecia o tratamento que recebeu, por tudo que fez pelo partido.

Ele foi convidado a se filiar no PL, mas diz que o momento é de cautela, que não vai tomar decisão por impulso. Outros partidos também fizeram convites. 

Por Adelor Lessa 02/05/2020 - 20:32 Atualizado em 02/05/2020 - 20:48

O vice-prefeito de Içara, Sandro Giassi Serafim, foi convidado para deixar o MDB e assinar filiação no PL.

Sandro foi convidado pelo senador Jorginho Mello, presidente estadual do PL, e o ex-prefeito Márcio Búrigo, coordenador regional do partido.

Senador Jorginho falou com Sandro por telefone na quinta-feira, e ontem (sexta-feira) Márcio Burigo se reuniu com ele.

O vereador Toninho de Mello, que trocou o MDB pelo PL faz poucos dias, vai se reunir com Sandro na segunda-feira para reforçar o convite.

Jorginho disse para Sandro que pretende envolve-lo no seu projeto para disputa do governo do estado, na eleição de 2022.

O PL em Içara está envolvido com o projeto de Dalvania Cardoso, que lidera a oposição local, e é a candidata do PP a prefeitura.

Sandro Serafim foi derrotado por Arnaldinho Lodeti na prévia do MDB, na terça-feira, dia 28, e disse que foi traído.

No dia seguinte, pubicou no grupo de wathsap do partido uma nota onde diz que não merecia o que foi feito, por tudo o que fez pelo partido.

Consultado agora a pouco, Sandro Serafim confirmou que foi procurado, mas não tem decisão tomada.

"Eles (Márcio e Jorginho) falaram comigo, sim. Não apenas eles, mas também de outros partidos. Como já disse, não irei tomar nenhuma decisão por impulso.

Muita maturidade nessa hora", completou.

Por Adelor Lessa 02/05/2020 - 19:04 Atualizado em 02/05/2020 - 19:52

O secretário da Casa Civil do governo do estado, Douglas Borba, garante que está seguro no cargo e descarta qualquer possibilidade de sair do Governo.

Falando agora a noite ao blog, ele foi enfático:

"Nenhuma possibilidade de eu sair, não tem nada de verdade no que está sendo especulado, hipótese zero"

Borba acresentou que a sua relação com o Governador Moises está muito boa, e que não houve qualquer estremecimento.

"Até aqui trabalhamos muito bem juntos e continuamos em sintonia perfeita".

 

Ele também descartou a possibilidade de disputar a prefeitura de Biguacú, em outubro. E repetiu:

"Vou ficar no Governo, ao lado do Governador Moisés".

Sobre o episódio da compra dos respiradores, que envolveu o pagamento antecipado de r$ 33 milhões, e fez explodir a mais grave crise no governo, o Secretário reconheceu que é o fato "gravissimo", e acrescenta:

"É difícil de explicar o inexplicável. Mas, o problema não passou por mim, nem pelo Governador Moisés. A forma como aconteceu foi muito amadora. Numa prefeitura pequena, não pode pagar nada antes da entrega. Os orgãos internos de controle falharam, orgãos que foram criados no nosso governo exatamente para isso não acontecer. A situação vai ser tratada de maneira séria, pela sua gravidade, mas o governo não pode acabar por causa disso. Todos os governos tem problemas, e o nosso papel é identificar os causadores do erro e punir".

Foi a primeira vez que o secretário se manifestou desde que a sua saída do Governo começou a ser especulada.

Por Adelor Lessa 02/05/2020 - 18:20 Atualizado em 02/05/2020 - 18:44

O governador Carlos Moisés está aguardando a resposta da deputada federal Carmem Zanotto ao convite feito para assumir a secretaria de saúde do estado.

Moisés efetivamente fez o convite para a deputada, que pediu prazo para avaliar a situação.

A informação foi dada a pouco pelo secretário da Casa Civil, Douglas Borba, que estava com o Governador no momento em que foi feito o convite.

O secretário disse também que o Governador Moisés não está avaliando outra alternativa para a saúde. Vai aguardar a resposta da deputada Carmem.

A deputada já foi secretária de saúde do estado em duas oportunidades. Antes, foi "braço direito" do ex-secretário Fernando Coruja.

Ela é enferemeira de profissão, natural de Lages, e está cotada para disputar de Lages em outubro.

O ex-secretário de saúde, Helton Zeferino, teve sua saida do Governo anunciada na noite de quinta-feira, depois que o Ministério Público protocolou ação no Tribunal de Justiça pedindo o seu afastamento pelo envolvimento nas denúncias em torno da compra dos respiradores, que tiveram pagamento antecipado de r$ 33 milhões.

 

Por Adelor Lessa 01/05/2020 - 18:39 Atualizado em 02/05/2020 - 19:04

A vitória de Arnaldinho Lodeti sobre Sandro Serafim, na terça-feira, dia 28, fez explodir uma crise no MDB de Içara, sem perspectiva de solução.

O prefeito Murialdo Gastaldon, derrotado no processo junto com Sandro, ainda não aceitou se reunir com Arnaldinho.

Trocaram mensagens de celular, chegaram a encaminhar a primeira conversa para quinta-feira, mas o prefeito acabou desmarcando.

O MDB fez uma prévia no dia 28 para definir o candidato a prefeito. Votaram os membros do diretorio. Disputaram Arnaldinho Lodeti, ex-secretário municipal de planejamento, e Sandro Serafim, vice-prefeito. Arnaldinho venceu por 24 a 20.

O prefeito contava com uma vitória de Sandro por diferença de 2 por 1.

O ambiente no partido ficou tenso e foi instalado um processo de "caça aos infiéis". O prefeito Murialdo e aliados procuram identificar aqueles que estavam mapeados para votar em Sandro, e migraram para Arnaldinho.

O presidente da Cooperativa de Içara, a Cooperaliança, Reginaldo de Jesus, o Dedê, é o principal alvo de Murialdo e aliados.

O entendimento é que ele teria orientado o seu grupo a votar em Arnaldinho.

Na quinta-feira, dia 30, a prefeitura reabriu concorrência para concessão da iluminação pública no município, serviço que é feito hoje pela Cooperativa.

Como não havia previsão para isso, o ato baixado foi tratado como retaliação do prefeito contra Dedê.

O presidente da Cooperativa, Dedê de Jesus, falando ao blog descartou a traição:

"Votei no Sandro Serafim e pedi para meu grupo votar. Agora estão me culpando. Isso não faz sentido", disse.

Arnaldinho Lodetti, ouvido agora pela manhã, disse estar convencido que foi retaliação:

"Isso é lamentável. Mas, vou me fortalecer nas dificuldades. Sei que vai ser sofrido. Minha saída é trabalhar mais", afirmou.

O candidato derrotado, Sandro Serafim, publicou depoimento no grupo de wathsap do MDB falando em traições e dizendo que não foram justos com ele, por tudo que fez pelo partido.

Ao blog, disse que não vai tomar nenhuma decisão por impulso, e acrescentou:

"Irei focar agora em meu mandato até 31 de dezembro e continuar trabalhando junto ao prefeito Murialdo na transformação que estamos fazendo em nossa cidade. O texto (mensagem ao diretório) revela meu sentimento após a prévia".

 

 

Por Adelor Lessa 01/05/2020 - 13:59 Atualizado em 01/05/2020 - 19:45

Apesar de todas as denúncias em torno do pagamento de r$ 33 milhões, de forma antecipada, por respiradores que não foram entregues, o secretário Helton Zeferino, da Saúde, só deixou o cargo depois que o Ministério Público pediu o seu afastamento em procedimento junto ao Tribunal de Justiça.

O procurador Fernando Comin, chefe do Ministério Público no estado, justificou que o procedimento se fez necessário para viabilizar as investigações diante da gravidade dos fatos.

Governador ficou praticamente sem ter o que fazer. Se não encaminhasse a saída do secretário, o Tribunal de Justiça faria, a pedido do MP. 

Ainda não há informação sobre o novo secretário.

O governador Carlos Moisés suspendeu as suas manifestações, e coletivas, até segunda-feira.

Nos bastidores é dito que ele vai trabalhar no feriadão para definir o novo secretário de saúde e encaminhar outras mudanças.

O governador deve fazer "cirurgias" no governo para afastar-se da crise dos respiradores, cortando da própria carne e excluindo aliados envolvidos.

O secretário de saúde, Helton Zeferino, foi a primeira.

Ele esteve diretamente envolvido com todo o processo. Os deputados estaduais apuraram que foi ele quem deu autorização para o pagamento antecipado de R$ 33 milhões, sem a entrega do produto, prática incomum na gestão pública.

Ainda de acordo com os deputados da comissão especial da Assembléia, o secretário teria orientando a emissão da nota como se tudo já tivesse sido entregue.

Foi por isso que os deputados aprovaram na sessão da Assembléia do dia anterior, e por unanimidade, um requerimento com pedido ao Governador de afastamento imediato do secretário, pelo menos até que tudo fosse devidamente apurado.

Mesmo assim, ontem, 18h, o secretário estava ao lado do Governador Moisés, na coletiva do dia sobre o coronavírus.

Acabou sendo a "principal informação" da coletiva, porque a sua situação já era insustentável. Ficou a impressão que o Governador estava "bancando" a sua permanência.

Algumas horas depois, quando o Governo discutiu os efeltos e desdobramentos do procedimento do Ministério Público, a saída foi consumada. Mas, em forma de pedido de demissão. Foi assim que foi feito o comunicado. E ainda saiu elogiado.

Por nota oficial, o Governo exaltou o seu trabalho na secretaria.

Consta da nota que no seu período foi quitada a dívida o Governo com os hospitais, o que não é confirmado pelos hospitais, e foi destacada a sua atuação no combate ao coronavírus, não levando em consideração que a crise dos respiradores está inserida neste contexto.

As atenções se voltam agora para o secretário chefe da Casa Civil, Douglas Borba. A expectativa é que a sua exoneração seja anunciada a qualquer momento.

Ele já quase saiu no episódio do hospital de campanha de Itajaí. Conseguiu se sustentar, mas saiu enfraquecido.

Por Adelor Lessa 01/05/2020 - 00:01 Atualizado em 01/05/2020 - 14:12

O governador Carlos Moisés tem o feriadão para fazer as cirurgias necessárias para afastar-se da crise dos respiradores, cortando da própria carne e excluindo aliados envolvidos.

A primeira providência foi tomada ontem à noite, com a demissão do secretário de saúde, Helton Zeferino.

Ele esteve diretamente envolvido com o processo. Os deputados estaduais apuraram que foi ele quem deu autorização para o pagamento antecipado de R$ 33 milhões, sem a entrega do produto, prática incomum na gestão pública.

Ainda de acordo com os deputados da comissão especial da Assembléia, o secretário teria orientando a emissão da nota como se tudo já tivesse sido entregue.

Foi por isso que os deputados aprovaram na sessão da Assembléia do dia anterior, e por unanimidade, um requerimento com pedido ao Governador de afastamento imediato do secretário, pelo menos até que tudo fosse devidamente apurado.

Mesmo assim, ontem, 18h, o secretário estava ao lado do Governador Moisés, na coletiva do dia sobre o coronavírus.

Acabou sendo a "principal informação" da coletiva, porque a sua situação já era insustentável, mas ficou a impressão que ele continuava prestigiado e o Governador estava "bancando" a sua permanência.

Algumas horas depois, no entanto, o Governo anunciou a saída. Mas, porque ele pediu demissão. Não porque tenha sido exonerado. E ainda saiu elogiado.

Por nota oficial, o Governo exaltou o seu trabalho na secretaria.

Consta da nota que no seu período foi quitada a dívida o Governo com os hospitais, o que não é confirmado pelos hospitais, e foi destacada a sua atuação no combate ao coronavírus, não levando em consideração que a crise dos respiradores está inserida neste contexto.

As atenções se voltam agora para o secretário chefe da Casa Civil, Douglas Borba. A expectativa é a sua exoneração seja anunciada a qualquer momento.

Ele já quase caiu no episódio do hospital de campanha de Itajaí. Conseguiu se sustentar, mas saiu muito enfraquecido.

Enfim, o procedimento cirurgico no Governo está em curso.

O caso é grave e se o Governador não fizer tudo o que precisa ser feito, pode comprometer a sua condição de governabilidade.

Como foi dito ontem, isso não dá impeachment, mas pode fazer "sangrar" muito.

Além de tratar das saídas, o Governador precisa administrar as subsituições.

Pode aproveitar para resolver outro problema de seu Governo, que é a relação com o "ambiente externo", especialmente os outros poderes.

É a missão que está posta para o feriadão de Moisés.

 

 

Por Adelor Lessa 30/04/2020 - 17:19 Atualizado em 30/04/2020 - 17:49

Governador Moisés precisa voltar do feriadão com o caso dos R$ 33 milhões resolvido, ou pelo menos administrado.

Ele tem que tirar o esqueleto do armário do seu governo, ou corre sério risco de ter comprometida a governabilidade.

Não corre o risco de impechment, mas pode ficar extremamente enfraquecido politicamente.

Mesmo que a CPI montada na Assembléia seja "feroz", não deve chegar diretamente ao governador, ao seu envolvimento pessoal com a operação, o que elimina ameaça ao cargo.

Mas, vai fazê-lo "sangrar". E comprometer as suas ações de governo, e a liderança necessária para o cargo que ocupa.

Os fatos que estão colocados ao público, e os movimentos do Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas, além da Assembléia, Legislativa, indicam que Moisés terá que "cortar da própria carne" para salvar o seu governo.

Faz-se necessario que ele tme uma atitude de impacto, para afastar-se do problema  e descontaminar o governo.

 

 

Por Adelor Lessa 29/04/2020 - 19:49 Atualizado em 30/04/2020 - 07:49

Eu estava na estrada, voltando de Braço do Norte, quando me avisaram que o governador Carlos Moisés faria um pronunciamento, às 12h30, sobre o caso dos r$ 33 milhões.

Parei para ouví-lo.

Imaginei que ouviria o Governador com a indignação do cidadão contribuinte, e que anunciasse medidas duras para matar o assunto.

O que fazer para isso?

Não tinha idéia.

Mas, imaginei que 24h depois de a bomba explodir, ele saberia bem o que fazer para retirar esse "tumor" do corpo do seu governo.

Mas, não foi nada disso.

Fez um pronunciamento meio solto, com anuncios de auditoria e algumas providências burocráticas. Nada impactante.

Frustrou a expectativa.

Horas depois, a Assembléia Legislativa criou a "CPI dos Respiradores", para apurar as circuntâncias em torno dos r$ 33 milhões pagos de forma antecipada, sem entrega dos equipamentos.

O que foi dito, e sustentado, pelos deputados durante a discussão do requerimento da CPI foi de arrepiar.

Suspeitas e duvidas foram lançadas. E o que era ruim, ficou pior.

Os deputados ainda aprovaram uma "recomendação" para o Governador afastar do cargo o secretário de saúde, Helton Zaferino.

Ai, veio a coletiva do final do dia.

Confabulei cá com meus botões - "agora, vai!".

Até a líder do governo na Assembléia, deputada Paulinha, havia assinado e ajudado a aprovar o pedido de CPI.

Mas, o Governador veio falando dos números do coronavírus no mundo, estatísticas, comparativos, dados do país e do estado.

Tratou lateralmente o caso dos r$ 33 milhões. Isso é perigoso.

Agora à noite, veio a decisão da Justiça determinando o bloqueio dos R$ 33 milhões da conta da empresa Veigamed Material Médico, contratada pelo Governo de Santa Catarina para a entrega de 200 respiradores.

Para o Governo, não é bom que o Judiciário dê solução para um caso assim. Governador Moisés é quem tem que resolver.

Ele foi perfeito no arremate do caso do hospital de campanha. Porque teve atitude.

O caso de agora é muito pior e ameaçador. Porque lá (no caso do hospital) não teve dinheiro liberado, nem pagamento feito.

É preciso ter atitude.

 

 

 

 

 

 

Por Adelor Lessa 29/04/2020 - 16:33 Atualizado em 29/04/2020 - 18:07

Acaba de ser aprovado na Assembléia requerimento de iniciativa do deputado Marcos Vieira, e com assinaturas de mais oito deputados, que pediu o afastamento imediato do secetário de Saúde do Estado, Helton Zeferino, por causa do pagamento de R$ 33 milhões na compra de respiradores.

Trecho do requerimento:

"Requer ao Governador o imediato afastamento do Secretário da Saúde pela prática de ilícitos relacionados à Dispensa de Licitação 754/2020, realizada pela Secretaria de Saúde, que resultou na contratação da empresa Veigamed, tendo por objeto a aquisição de 200 respiradores pulmonares, ao custo total de R$ 33milhões".

Requerimento já havia sido aprovado em comissão especial da Alesc e foi aprovado por unanimidade.

Na defesa da aprovação do requerimento, o deputado Marcos Vieira sustentou, apresentando documentos, que o secretário Zeferino autorizou o pagamento de r$ 33 milhões e deu ciência que os equipamentos comprados teriam sido recebidos.

 

Por Adelor Lessa 29/04/2020 - 15:24 Atualizado em 29/04/2020 - 17:48

Está confirmado. Governo Moisés terá a sua primeira CPI pela frente.

Os deputados aprovaram por unanimidade o requerimento de constituição da CPI que vai apurar irregularidades no pagamento antecipado de r$ 33 milhões por respiradores que não foram entregues. Compra feita em processo sem licitação.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Júlio Garcia, fez a leitura do requerimento com 19 assinaturas de deputados.

Pagmento antecipado não é prática comum/normal do poder público, e nem tem previsão para entrega dos equipamentos.

Depois que foi lido o requerimento e a instalação da CPI ficou assegurada, os outros deputados pediram inclusão de seus nomes. Mesmo assim, alguns questionaram a "conveniência" de criar CPI para apurar a denúncia.

Pelo regimento seriam necessárias 14 assinaturas para instalação da CPI.

O pedido de CPI foi iniciativa do deputado Ivan Natz, com apoio dos deputados Ane Campagnolo, Bruno Souza, Fabiano da Luz, Felipe Estevão, Ismael dos Santos, Jesse Lopes, João Amin, Kennedy Nunes, Laercio Schuster, Marcus Machado, Marcos Vieira, Marlene Fengler, Mauricio Eskudlark, Milton Hobus, Neodi Saretta, Nilso Berlanda, Ricardo Alba e Sargento Lima.  

A instalação da CPI ficou agendada para a próxima semana.

Até lá, os partidos devem indicar os seus representantes.

No requerimento, o deputado Natz destaca:

"A primeira movimentação do Governo catarinense para aquisição de respiradores foi protocolada pela Secretaria de Saúde às 10h17min do dia 26 de março. Naquele mesmo dia, às 15h31min, foi incluída no sistema a ordem de fornecimento dos equipamentos oferecidos pela empresa em questão, finalizando o processo de escolha".

Mais adiante, o destaca que o Governo pagou na operação em questão por equipamento mais que o dobro do valor de mercado, e que o secretário Helton Zeferino, da Saude, ainda pediu depois a substituição por outro equipamento, que custaria 1/3 do valor do primeiro respirador.   

Na seqüência, foram relacionados fatos que justificam a abertura da CPI:

"1 - a compra se deu sem a devida publicidade, já que não constam registros de abertura de certame licitatório nos instrumentos de controle; 2 - os atos da administração pública devem ser público, de conhecimento geral; 3 - as denúncias são muito gravese precisam ser apuradas com urgência".  

Por fim, diante do exposto, o requerimento pediu:

"A constituição de Comissão Palamentar de Inquérito para apurar fato determinado consistente na investigação de possível prática de ilícitos relacionados à Dispensa de Licitação 754/2020, realizada pela Secretaria de Estado da Saúde, que resultou na contratação da empresa Veigamed, tendo por objeto a aquisção de 200 respiradores pulmonares ao custo total de r$ 33 milhões".

 

Por Adelor Lessa 29/04/2020 - 13:37 Atualizado em 29/04/2020 - 14:03

Faz 10 dias, o governador Carlos Moisés conseguiu administrar bem o caso do hospital de campanha de Itajaí.

Depois que o assunto veio à público, e o Tribunal de Justica despachou duas liminares, ele mandou cancelar tudo. Anulou a liicitação e matou o assunto.

Mas, alí não teve prejuízo. O Governo não havia liberado nenhum pagamento.

Agora, no caso dos respiradores é bem diferente.

O Governo pagou "antecipado" r$ 33 milhões.

E aí está o primeiro problema grave - pagamento antecipado.

Isso não acontece na gestão pública.

Depois, pagou antecipado por equipamentos que não foram entregues, o prazo já passou, não há previsão de entrega, e os valores considerados para operação estão acima do que é praticado no mercado.

Na sua manifestação das 12h30, o Governador não explicou a antecipação e não sinaizou para uma solução do caso, sem prejuízo ao erário público.

Se limitou a anunciar providências tomadas para "investigar". Um dia depois de o assunto vir a público pelo site investigativo internacional The Intercpet.

O secretário da saúde, Helton Zeferino, sentado ao seu lado, disse que "ainda avalia" a possibilidade de suspender a empresa por seis meses de qualquer tipo de operação com o Estado. Só?

E o dinheiro ? Vai voltar?

Até agora, caiu a superintendente de gestão. Foi exonerada ontem à noite, com ato imediatamente publicado no diário oficial.

Mas, uma operação do tipo, com "antecipação" de r$ 33 milhões (antes de receber o produto da compra) pode ser feita no governo do estado sem passar pelo secretário da pasta?

Numa estrutura de poder bem estruturada, e que funcione com um mínimo de controle, jamais aconteceria.

Se o pronunciamento do Governador tinha a intenção de aplacar reações na Assembléia Legislativa e evitar a instalação de uma CPI, não deu certo.

Os deputados estaduais vão insatalar a CPI agora à tarde e o Governador vai passar por momentos delicados daqui para frente.

A melhor definição de CPI é que todo mundo sabe como começa, ninguém imagina como vai terminar.

Comandante Moisés, depois do coronavírus, e da crise econômica decorrente dele, passa a ter uma crise própria para administrar daqui para frente.

Crise política de altissimo risco.

 

 

 

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