Como previsto, o governador Raimundo Colombo aproveitou o ultimo encontro do ano com jornalistas políticos do estado, ontem, para anunciar a transição de poder para o vice, Eduardo Moreira.
Vai começar o processo no final de janeiro, se licenciará em fevereiro para fazer um curso na Espanha e Eduardo assumirá para completar o mandato.
Mas, a renúncia formal, só em abril, como prevê a lei.
Ou seja, uma transição ao “estilo Colombo”. Atendendo a todos. Ou, uma no cravo, outra na ferradura.
Atende Eduardo, que não teria interesse de assumir só em abril, porque ficaria no governo só para “pagar contas”, e também Gelson Merisio, presidente estadual do PSD, que não aceita a sua renuncia antes de abril.
Colombo e Eduardo disseram ainda que já estão até encaminhando as decisões de governo a quatro mãos. Principalmente, as repercutirão no exercício de 2018, montagem do orçamento e definição de prioridades.
Foi por isso que os dois foram juntos à Brasilia, semana passada, para pleitear um reforço de caixa para o estado junto ao presidente Michel Temer. E conseguiram.
Nomes para cargos no primeiro escalão do governo também começam a ser examinados entre os dois.
Eduardo disse que em janeiro assumirão os primeiros secretários do “seu" governo e em fevereiro os demais. Ela começou a tratar de nomes, fazer sondagens e convites.
Não especificou quantos, muito menos quem, mas garantiu que vai levar para a sua equipe representantes de Criciúma e região.
Enfim, a transição está confirmada e Eduardo será governador a partir de fevereiro, como projetado nesta coluna. Criciúma terá outra vez o governador.
Que saiba aproveitar bem a oportunidade, como na outra vez, com o próprio Eduardo, quando teve a via rápida lançada.
No jogo
Assumindo como governador, Eduardo Moreira pode disputar a reeleição em 2018.
Com a “máquina" na mão, ele terá condições de se fortalecer politicamente, estadualizar a operação política e ficar mais conhecido, a ponto de eventualmente se tornar opção ao PMDB.
As peças
Com Eduardo de governador, o mapa para eleição de 2018 ficará passará a depender dos movimentos de quatro políticos: Eduardo Moreira, Raimundo Colombo, Udo Dhöller e Dario Berger.
Udo é o “plano b” de Eduardo.
Dário começa a se movimentar forte no PMDB, principalmente entre prefeitos, e deve buscar candidatura a governador, mesmo contra a vontade de Eduardo.
As reações
Logo que foi divulgado o anuncio de Colombo, ontem, a reação no ambiente do PSD foi violenta.
Principalmente porque as primeiras informações eram de renúncia em fevereiro. Foi um mal entendido.
Prefeitos do PSD ligados a Merisio não gostaram.