Vai continuar parada obra no calçadão no Arroio do Silva.
Nova decisão na Justiça Federal, Quarta Vara de Criciúma, acolheu pedido do Ministério Público Federal e despachou liminar determinando suspensão da obra.
A obra tem parecer favorável do IMA (Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina), mas o Ministério Público Federal entende que o parecer do IMA não é suficiente porque não teve a complexidade que o assunto merece.
O Ministério Público sustenta sua posição por tratar-se de obras em área de preservação e terrenos de marinha (na beira mar).
Cita no seu arrazoado a fragilidade do cordão de dunas frontais que seria afetado, e diz que as dunas são barreiras naturais que protegem contra o vento e o avanço do mar.
Mas, o calçadão vai passar na frente das casas e prédios.
No Arroio, as casas e os prédios estão construídos na beira da praia. Praticamente não tem duna.
Diferente, por exemplo, do Rincão, onde as casas e prédios estão construídos até o outro lado da rua, antes das dunas.
Tem as casas, os prédios, uma rua, depois as dunas, e depois a beira da praia e o mar.
E no Rincão foi autorizado e construído o calçadão.
No Arroio, não será o calçadão que vai agredir, demover ou retirar as dunas. A ocupação imobiliária ja fez isso, faz anos!
Não faz sentido inviabilizar todo o projeto do calçadão, que vai revolucionar o Arroio do Silva, com o argumento de preservar dunas que não existem mais!
As casas e prédios na beira da praia ja ocuparam o espaço das dunas!
Isso é fato. Está lá. É o mundo real.
Só no sul do estado, tem calçadão tem no Balneáro Gaivota, no Rincão e em Passo Torres, que são muito semelhantes ao Arroio.
Por quê só nao pode no Arroio do Silva?