Muito, mas muito se fala em inovação hoje em dia, não só aqui em nossa região, mas globalmente.
Muitos gestores pedem a suas equipes para inovar, para pensar fora da caixa, mas na hora de implementar não querem arriscar.
Como fornecedor de serviços já vivi muitas situações em que o discurso e a prática não batem.
Já fomos chamados por empresários nos pedindo por algo novo, ou inovador e na hora H nos perguntaram: "Mas onde isso já foi implementado?"
As organizações e seus gestores tem comportamentos muito contraditórios com inovação.
Fazem pressão para surgir novas idéias inovadoras que impulsionarão os negócios. No entanto, as idéias que sejam realmente inovadoras sofrem com muita resistência de todos os lados da empresa, de cima abaixo.
Como resultado, as organizações podem ficar presas a uma série de inovação incrementais, lançando apenas idéias que estão próximas do já que foi feito antes.
A inovação invariavelmente leva as organizações para fora de suas zonas de conforto. Inovar é desconfortável, é dolorido, pois fazer coisas novas te levam a lugares onde nunca foi antes.
A inovação incremental é fundamental, ela garante o dia a dia, a melhoria contínua. No entanto, se quisermos criar algo disruptivo que crie um novo oceano azul, precisamos aprender a ficar mais à vontade com desconforto, com a falta de certeza.
Querer 100% de certeza que vai dar certo irá sempre matar a inovação disruptiva.
Logo após os aplausos e o extase da ideia inicial, a inovação disruptiva será colocada na gaveta esperando o momento seguro de colocá-la em prática.
Esse momento pode nunca chegar ou pior, podemos ver nossa ideia sendo implementada por um concorrente.
Isso deve nos fazer refletir sobre o modo como avaliamos o risco.
As organizações são especialistas em identificar os riscos de uma nova idéia. Mas muitas vezes há um ponto cego para os riscos de não correr esses riscos. Jogar sempre pelo seguro pode ser o risco mais arriscado de todos.
Pense nisso e até a proxima.