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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Adelor Lessa 20/07/2020 - 07:13 Atualizado em 20/07/2020 - 09:18

Foi dito que era preciso intensificar a fiscalização sobre uso obrigatório de máscaras e não fazer aglomerações e festas privadas. E foi.
Os resultados começaram a aparecer na sexta-feira à noite.

E podem apostar -  quando for divulgado que aplicaram 40 ou 50 multas em quem estava sem máscara na rua, todo mundo vai usar máscara!
Se não vai pela consciência, vai pelo bolso!

Mas, foi dito também que o Governador Moisés havia sumido.
Deu a impressão que passou o asusnto aos prefeitos e lavou as mãos.
Exatamente quando era preciso que ele reassumisse sua condição de Comandante do estado no momento mais delicado da pandemia.
E ele o fez.

Na sexta-feira à noite baixou decreto.
Tirou ônibus de circulação por 14 dias, a partir de hoje, e proibiu aglomeração em parques e praças.
E esticou o fechamento das escolas até 7 setembro (era até 3 agosto).

Sobre isso - o poder público precisa começar a pensar em subsídio, ou um aporte, ou uma linha especial, para as empresas de ônibus e para as escolas,

espcialmente as escolinhas,  as escolas infantis, onde EAD não funciona.

Tem que ser pensado alguma coisa do tipo para evitar uma quebradeira histórica nos dois segmentos.

Mas, isso é conversa para frente.

Voltando ao decreto de Moisés, ele acerta e erra ao mesmo tempo.

Acerta, porque se apresenta, não fica omisso.

Porque toma atitude diante da situação mais delicada do estado no seu mandato.
Quando Santa Catarina vira manchete na mídia nacional pelo avanço do coronavirus.

Se Moisés fez o que deveria ter feito, se deveria fazer mais ou menos, é outra conversa.
Ele fez, agiu, saiu da zona de conforto.

Só que ao mesmo em que acerta, ele erra.

Erra na  forma de fazer.
Porque de novo fez sozinho, e enfiou goela abaixo.

Não discutiu, não se prestou a ouvir considerações a respeito do que pretendia fazer.

Os prefeitos protestam porque foram não foram ouvidos. E eles tem razão.
Os prefeitos pedem desde o início que as decisões sejam "partilhadas".
Os prefeitos querem ser ouvidos. Eles estão nas cidades.

O governo do Comandate Moisés age como se fosse comando único. E não é assim.
Não é assim que a banda toca!

 

Por Adelor Lessa 18/07/2020 - 09:03 Atualizado em 18/07/2020 - 09:15

O governador Carlos Moisés atendeu recomentação do Ministério Público de Santa Catarina quando baixou novo decreto, ontem, retomando o controle das regiões em situação gravíssima em relação ao coronavírus.

O Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, chefe do Ministério Público, e os Promotores de Justiça com atuação na área da cidadania expediram Recomendação para o Governador adotar medidas à preservação da saúde e da vida da população a partir de evidências científicas e da análise de informações estratégicas de saúde para combater o avanço do novo coronavírus na região.

O Governador Moisés decretou medidas restritivas para promover o isolamento social na região Carbonífera, Região da Amurel, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí, Nordeste, na Foz do Rio Itajaí e Região de Xanxerê.

Na região da Amurel, os municípios de Braço do Norte, Grão-Pará e Rio Fortuna haviam descumprido determinação da regional de saúde e deixaram de tomar medidas restritivas. A Promotoria de Justiça da comarca de Braço do Norte ajuizou ação com pedido de liminar para que os Prefeitos aderissem à quarentena, mas o juiz da comarca negou a liminar. A  Promotoria de Justiça vai recorrer ao Tribunal de Justiça.

Mas, agora com o decreto do Governador, os três municipios terão que cumprir parte pelo menos das medidas restritivas recomendadas pela regional de saúde de Tubarão.

O chefe do Ministério Público de Santa Catarina, Fernando da Silva Comin, a respeito da situação e do novo decreto do Governador, destaca a necessidade de ações integradas:

  "A responsabilidade da atuação regionalizada de combate à covid-19 é solidária entre Estado e municípios. É competência de ambos adotar todas as medidas que as evidências técnicas e científicas apontam como necessárias para a proteção da saúde pública de determinada região. Na omissão dos municípios, o Estado precisa agir sob pena de responsabilidade. Ao reassumir o controle das regiões com nível de risco gravíssimo para a covid-19, o Governo do Estado está agindo com coerência e cumprindo a Constituição Federal".
 
Por Adelor Lessa 17/07/2020 - 17:11 Atualizado em 17/07/2020 - 18:35

O juiz da comarca de Braço do Norte, Lirio Hoffman Junior, negou liminar pleiteada pelo Ministério Público, através da promotora de Justiça Fabiana Mara Silva Wagner, para que os prefeitos de Braço do Norte, Grão Pará e Rio Fortuna seguissem os demais municipios da Amurel na adoção de medidas mais restritivas para enfrentamento ao coronavirus.

Foram acionados os prefeitos Roberto Kuerten Marcelino, Márcio Borba Blasius e Lindomar Ballmann, respectivamente, dos municípios de Braço do Norte, Grão Pará e Rio Fortuna.

A promotora alegou que após o dia 11 de março, quanto a OMS – OrganizaçãoMundial da Saúde – declarou situação de pandemia em relação ao novo coronavírus (COVID-19), uma série de medidas foram tomadas para enfrentamento da situação de emergência que, notoriamente, assumiu importância e proporções globais.

Com a agravamento da situação nos últimos dias, a Promotora registra na ação que os municípios que compõem a AMUREL, através da Portaria n.º 007/2020, criaram o Comitê Extraordinário Regional (CER), composto por profissionais da saúde indicados por todos os municípios integrantes, que passou a apresentar pareceres técnicos que, após homologados pela CIR, foram utilizados para que os município expedissem seus respectivos decretos.

Informou ainda que em 8 de julho, o Comitê apresentou relatório classificando a região da Amurel como de “risco gravíssimo”, e recomendando a adoção de medidas mais restritivas, considerando o déficit quanto ao número de leitos de UTI na região.

Diante disso, o Comitê expediu recomendação para que todos os municípios da região adotassem "quarentena" entre os dias 16 a 24 de julho, permitindo apenas a abertura de atividades essenciais.

Os três prefeitos não seguiram a recomendação e optaram por medidas mais brandas.

Na decisão, o juiz escreve:

"Fosse eu um gestor público, não hesitaria um segundo em adotar as medidas mais restritivas possíveis em prol da promoção à saúde. Mas não sou, e não tenho, até o momento, respostas mínimas que façam atenuar a plêiade de dúvidas que permeia a compreensão do que seja a conduta correta em torno de um tema que nem mesmos os mais competentes cientistas ainda conseguem dominar".

O juíz Lírio Hoffmann Junior faz referência a reunião que presidiu pela manhã entre as partes e no final decide pelo indeferimento do pedido do Ministério Público.

Abaixo, na íntegra, a decisão. 

DESPACHO/DECISÃO

Como disse na decisão anterior, cuida-se de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público de Santa Catarina, por intermédio de sua Promotora Justiça comatribuições que se estendem aos feitos desta unidade, em face de Roberto Kuerten Marcelino,Márcio Borba Blasius e Lindomar Ballmann, prefeitos, respectivamente, dos municípios deBraço do Norte, Grão Pará e Rio Fortuna.Alega o autor que após o dia 11 de março, quanto a OMS – Organização Mundial da Saúde – declarou situação de pandemia em relação ao novo coronavírus(COVID-19), uma série de medidas legislativas foram tomadas no desiderato deimplementar-se o enfrentamento da situação de emergência que, notoriamente, assumiuimportância e proporções globais.

Neste sentido, além das medidas de enfrentamento que foram adotadas emâmbito nacional pela Lei n.º 13.979/2020, em Santa Catarina, ainda antes da declaração do estado de transmissão comunitária, a questão teve regulação pela Portaria MS/GM n°454/2020, por meio da qual foram adotadas medidas rígidas de distanciamento social pelos Decretos 509/2020, 515/2020, 525/2020, 534/2020, 535/2020, e pelo ainda vigente Decreton.º 562/2020, este último alterado por diplomas sucessivos. Aduz que, no Estado, os serviços de saúde funcionam de forma regionalizada,estando, pois, divididos em 16 (dezesseis) regiões e macrorregiões de saúde, que foramtomadas como referência para a análise das peculiaridades epidemiológicas locais. Essa sistematização, alega, leva em conta considerações que medem, por exemplo, a velocidade depropagação da doença, o impacto dela sobre o sistema de saúde, as internações em UTIs, osleitos de UTIs disponíveis, além dos casos de mortes registrados.

Com base nesses parâmetros, as regiões foram classificadas em diferentes níveis de risco potencial, que, porseu turno, determinam as ações específicas as serem tomadas para a contenção dapropagação. Pontua que, no propósito de garantir efetividade a isso, estabeleceu-se que atomada de decisões no âmbito regional deveria ser homologada pela Comissão IntergestoraRegional (CIR) para posterior remessa ao Centro de Operações de Emergência em Saúde(COES), segundo Portaria SES n.º 464/2020. Compreende, portanto, que as ações de saúdecoordenam-se de forma solidária entre o Estado e os municípios, sempre que asparticularidades epidemiológicas transbordarem o âmbito estritamente local.

Visando a adotar medidas em conjunto, acentua que os municípios que compõem a AMUREL, através da Portaria n.º 007/2020, criaram o Comitê Extraordinário Regional (CER), composto por profissionais da saúde indicados por todos os municípios integrantes, o qual passou a apresentar pareceres técnicos que, após homologados pela CIR, foram utilizados para que os município expedissem seus respectivos decretos.

Informa que em 08 de julho, o CER apresentou relatório classificando a regiãode Laguna como de “risco gravíssimo”, e recomendando a adoção de medidas maisrestritivas, à luz do déficit quanto ao número de leitos de UTI na região. Diante destecontexto, consignou que, em 15 de julho, o CER expediu a Recomendação n.º 006/2020, afim de que toda a região adotasse quarentena entre os dias 16 a 24 de julho, aconselhando aabertura apenas de atividades essenciais previstas no artigo 11 do Decreto Estadual n.º562/2020. A despeito disso, afirma que os demandados ignoraram tais recomendações, expedindo decretos municipais que estabeleceram medidas menos restritivas e que não encontram suporte técnico adequado.

Salienta que os citados prefeitos criaram o Comitê Extraordinário do Vale deBraço do Norte, e, com base em suas considerações, passaram a expedir normativas que contrariam o conteúdo da Recomendação n° 006, sobretudo porque os decretos buscamfundamento de validade posterior à edição dos citados atos. Acentua que a postura dos gestores é desarrazoada, especialmente porque osmunicípios de Braço do Norte, Grão Pará e Rio Fortuna não dispõem de prestador local deserviços de média e alta complexidade. Embora reconheça que a Recomendação n.° 006 doCER/AMUREL tenha caráter apenas opinativo, entende que a omissão dos demandadosacentua o quatro atual da saúde pública, contribuindo para o sobre carregamento das instituições hospitalares localizadas fora dos domínios de seus municípios. De par com essas considerações, postula pela concessão de medida antecipatória, a fim de que: (i) sejam anulados os atos administrativos ilegais, (ii) seja determinada aos requeridos a obrigação de fazer consistente em acatar integralmente a Recomendação n. 006/2020 do Comitê Extraordinário Regional para acompanhamento etomada de decisão quanto a Covid-19, da Associação de Municípios da Região de Laguna (AMUREL), com a implementação de comandos fiscalizatórios pertinentes e, c) seja prevista a imposição de multa pecuniária por recalcitrância. Ao receber a inicial, “incontinenti” à propositura da demanda, proferi decisão preliminar, determinando a realização, na data de hoje, às 10:00 horas, de audiência demediação, a qual restou inexitosa. Diante desse cenário, portanto, passo a decidir sobre as providências de natureza antecipatória requeridas. Como argumentei na decisão pretérita pelas razões lá invocadas, a sede judiciária nunca é a mais adequada a solver questões de alto coeficiente político, como o é a causa que se encontra sob exame.

Deixo aqui registrado, antes de ingressar na análise dos argumentos, o que afirmei às partes ainda hoje, quando da audiência de medição: o meu mais irrestrito compromisso com a celeridade, ante a urgência da situação e a possibilidade real de que alguma das partes se valha de recurso contra a decisão que venha a lhe for desfavorável. Considerando-se a organicidade do direito, sobretudo das instâncias deconhecimento, é dever do juiz ponderar as consequências práticas de suas decisões, o que implica reconhecer que uma decisão apta e tempestiva deve proporcionar que também asmanifestações colegiadas em grau recursal possam assumir eficácia plena. Disso fala agora, expressamente, o artigo 21 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, segundo o qual “a decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar ainvalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas”.Há que se registrar algo ainda mais relevante: a reunião ocorrida hoje pela manhã, travada no mais algo grau de cordialidade entre os membros do Ministério Público, as partes e seus respectivos procuradores, revelou com inequívoca clareza que todos visam ao bem comum, a despeito dos diferentes pontos de vista com que enxergam o problema da saúde pública diante da pandemia. Não há, como já disse, solução simplista. Daí por que compreendi que achamada dos demandados – e mais à frente de entidades na qualidade de “amicus curiae” –enriqueceria o debate e não teria o efeito de comprometer, diante da agilidade com que as coisas se passaram, a pertinência da decisão a ser adotada.

Por meio do contato oral com as partes foram trazidos ao debate argumentos importantíssimos, dignos mesmo de consideração em uma compreensão que, necessariamente, deve ser sistemática. Por parte do autor, alega-se que as soluções quanto às políticas de saúde pública, no caso, devem ser havidas sempre em uma perspectiva regionalizada, o que é verdade. Aventa ainda que a postura individualizada dos municípios de Braço do Norte, GrãoPará e Rio Fortuna, acaso acentuada a gravidade da situação epidemiológica, reflete diretamente também na situação do sistema hospitalar de outros municípios, o que também é verdadeiro. Por outro lado, também são consideráveis as ponderações dos demandados. Não se pode deixar de conferir razão ao fato, em si comprovado, de que outros municípios  circunvizinhos, fora da AMUREL, não impuseram qualquer medida de igual gravidade, e que a possibilidade de contágio, por isso, não seria evitada. Seria justo impor esse pesado gravame a municípios como Rio Fortuno e Grão Pará, que têm uma situação relativamente confortável em relação à pandemia?

Há considerações de ainda maior peso: pelos demandados foi dito que as recomendações tomadas em conta para a edição dos decretos municipais levaram emconsideração dados científicos sólidos, realizados por médicos epidemiologistas que nadaestariam a dever aos profissionais que exararam a Recomendação n.º 006 da CER/AMUREL. Outra ponderação parece ainda mais irrespondível: a de que a autonomia que os municípios haurem do Texto Constitucional (art. 18 da CF) não condicionaria qualquer providência –desde que assentada em dados científicos evidentes – a particularidades de feição estritamentelegal ou infralegal, como seriam as recomendações da AMUREL. Bem por isso, quando desarrazoadas e ilegais, as medidas de feição administrativa não se protegem pelo manto da separação de poderes. Admitir o contrário seria anuir que a conveniência administrativa justificaria qualquer providência apenas porque, organicamente, o ato estaria à base da atribuição de determinada autoridade. De há muito doutrina e jurisprudência consolidaram a compreensão de que os atos administrativos de natureza discricionária não estão absolutamente imunes ao controle judicial. Mas há limites imanentes à atuação do Poder Judiciário neste terreno, e eles se estabelecem quando, à luz do caso concreto, for visivelmente perceptível a inocorrência deilegalidade do ato ou a ausência de proporcionalidade entre as escolhas feitas peloadministrador. São expressivas, neste sentido, as considerações de Maria Sylvia Zanella di Pietro:“Na realidade, a interferência do Poder Judiciário em políticas públicas não pode transformar-se em regra e não pode implicar substituição da discricionariedade administrativa e da própria discricionariedade do legislador pela discricionariedade do juiz. Para atuação judicial, ainda que com o objetivo de obter prestações positivas, é necessária ademonstração de que a omissão é antijurídica e de que a invocação do princípio da reservado possível não é feita, ilicitamente, com desvio de poder, para fugir ao cumprimento do dever. Isso não quer dizer que o Judiciário não possa analisar política pública; ele pode fazê-lo; mas, se verificar que as escolhas do Poder Público são razoáveis à vista das metas impostas constitucionalmente, ele não pode alterá-las ou determinar a sua alteração”.(Direito Administrativo, 20 ed. São Paulo: Atlas, p. 835). Acredito que toda a discussão levada a efeito até o presente momento leva emconsideração essa premissa, que implica, por consequência, uma indagação: agiram os demandados com manifesta ilegalidade? Os decretos expedidos se viciam por ausência deproporcionalidade? Tenho dúvidas severas a respeitos disso. Como foi trazido aos autos pelo Ministério Público na inicial, embora os gestores não tenham adotado na íntegra as diretivas da Recomendação n.º 006 do CER/AMUREL, todos eles em seus respectivos decretos impuseram, sensivelmente, um recrudescimento das medidas de controle, como a limitação a aglomerações, a redução dehorário de atendimento, abertura e fechamento de estabelecimentos, o cancelamento deeventos religiosos etc. Pode-se afirmar que essas medidas são suficientes? Honestamente, não sei! Como também não sabem os dignos representantes do Ministério Público que participaram da audiência de mediação no dia hoje. Em mais de uma oportunidade, os membros do “parquet” afirmaram categoricamente desconhecer a eficácia da quarentena proposta, asseverando que ela, no entanto, estaria assentada em dados cientificamente evidentes. Será que asrecomendações atribuídas aos profissionais médicos que justificaram a edição dos decretosglosados carecem de credibilidade? Esse é outro questionamento que não encontra respostaperemptória!

Fosse eu um gestor público, não hesitaria um segundo em adotar as medidasmais restritivas possíveis em prol da promoção à saúde. Mas não sou, e não tenho, até o momento, respostas mínimas que façam atenuar a plêiade de dúvidas que permeia a compreensão do que seja a conduta correta em torno de um tema que nem mesmos os maiscompetentes cientistas ainda conseguem dominar. É justo e constitucional trocar a dúvida administrativa pela judicial? Quanto a isso não tenho dúvidas em responder negativamente. Esse, aliás, é um ônus demasiadamente pesado que não pode ser atribuído nem mesmo aos membros do Ministério Público, quando se tem presente o flagrante descaso de parcela da população que, de forma irresponsável, ignora padrões e protocolos mínimos de segurança. Debita-se a esse comportamento, em parte, o fato de o número de contaminados ter aumentado substancialmente nos últimos dias. E por incrível que parece, essa atitude não veio, em grande medida, dos mais pobres e humildes ou daqueles que tiveram de voltar aos seus negócios, premidos pelas mais variadas espécies de necessidades. A quarentena terá oefeito de frear esses comportamentos que beiram a criminalidade? Esse, igualmente, um prognóstico que ninguém possui. Ainda no diálogo havido durante a audiência, levantou-se a questão econômica, o desespero das pessoas diante da crise, o aumento exponencial do número de suicídios nos três municípios. Essas questões têm aspecto relativo se se compreenda que a vida humana não conhece condicionantes, mas não é possível um critério médio de ponderação? Qual a calibragem dessa medida?Em síntese, está-se diante de dúvida fundada que, à luz do que sabe até opresente momento, não permite que se afaste a autonomia do município enquanto ente federativo dotado dessa prerrogativa. Pesa em favor desse argumento, reitere-se uma vez mais, o fato de as deliberações da AMUREL, através de seus comitês, não implicarem mais que sugestões a seus membros. A eles incumbe a responsabilidade política e social deobservá-las, mas isso não se converte em uma imposição de natureza jurídica que o PoderJudiciário possa impor “manu militari”. Neste particular, é importante pontuar que o Supremo Tribunal Federal, naADPF n.° 672/DF, reconheceu a competência material residual dos municípios, no âmbito deseus “respectivos territórios, para a adoção ou manutenção de medidas restritivas legalmentepermitidas durante a pandemia, tais como, a imposição de distanciamento/isolamento social,quarentena, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais e à circulação de pessoas” (Relator: Ministros Alexandre de Moraes, decisão de 08 de abrilde 2020). Essa mesma orientação prevaleceu, à unanimidade, na decisão plenária da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.° 6341 (Rel. Min. Marco Aurélio Mello, julgado em15.04.2020). Reconheceu-se, naquela oportunidade, o entendimento de que as medidas adotadas pelo Governo Federal na Medida Provisória n. 926/2020 para o enfrentamento do novo coronavírus não afastavam a competência concorrente nem a tomada de providências normativas e administrativas pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios.

Se assim ocorre, e não há, segundo argumentei, razão fática que faça afastar aautonomia municipal, compreendo ser inviável ao Poder Judiciário substituir-se à atuação do administrador público, a quem recai, não apenas a prerrogativa de estabelecer estratégias de combate à pandemia, mas igualmente a responsabilidade por eventual e futuro comportamento insuficiente. À luz destas considerações, indefiro a liminar postulada, não sem antes deixar de consignar ao digno Promotor de Justiça, Dr. Osvaldo Cioffi Júnior, que Vossa Excelência, com suas palavras ao final da sessão de mediação, me emocionou. Vossa Excelência luta o bom combate, e honra a instituição que integra. Por fim, na esteira do que dispõe o artigo 138 do Código de Processo Civil,admito a participação das entidades mencionadas na petição do evento 19 nos presentes autos, intimando-se-as para manifestação no prazo de 15 dias, na medida em que devidamente configurado o interesse jurídico. Intimem-se e citem-se, nos termos legais.

Documento eletrônico assinado por LÍRIO HOFFMANN JÚNIOR, Juiz de Direito

Por Adelor Lessa 17/07/2020 - 08:11 Atualizado em 17/07/2020 - 11:02

Recebemos na Som Maior o seguinte relato de um trabalhador no transporte coletivo:
"Em todos os momentos abrimos as janelas e fazemos todas as medidas, o problema é os passageiros, que acham que é frio e fecham as janelas, a todo momento é isso. Os idosos principalmente estão incomodando bastante pois querem usar o transporte, e chegam a tirar as mascaras para tossir, não da para acreditar. Nós estamos seguindo as medidas, os passageiros que não colaboram".

Antes, havia recebido mensagem de usuário do transporte coletivo:
"Não me conformo ter que pegar ônibus nas condições atuais - ônibus com vidros todos fechados!!!
Estou no ônibus, e olhando agora tem a minha e mais duas com frestas abertas . O resto tudo fechado ! Cadê a consciência!!! 
Cadê o treinamento e exigência da empresa para q eles cobrem ou eles próprios abram os braços vidros quantas vezes for necessário!"

O coordenador da Vigilância Sanitária de Criciúma anunciou na Som Maior:
"Pessoas positivadas, com coronavirus, estão circulando a vontade pelas ruas de Criciúma, e se relacionando com as pessoas, e espalhando o vírus.  Várias denúncias chegam diariamente à Vigilância".

Cabe acrescentar:

Foi baixado decreto pelo prefeito de Criciúma tornando obrigatório o uso de máscara nas ruas, e fixando multa para quem não usar.

Mas, o decreto simplesmente não está sendo cumprido pelas duas partes. Quem tem que usar, e quem tem a missão de multar.

E são muitos, e muitos, andando pelas ruas sem máscara, tossindo, e cumprimentando pessoas com aperto de mão.

Enfim, as regras não sendo cumpridas.

Por isso, antes de falar em mais restrições em Criciúma, como fechamento disso ou daquilo, tem é que investir em dois pontos. Fiscalização e conscientização.

Tem que primeiro fazer cumprir de fato o que está decretado, e valendo, para depois avaliar se é necessário avançar mais, com novas medidas restritivas.

Não adianta, e nem justo é, mandar fechar as lojas, se os comerciantes via de regra estão cumprindo as regras

Por justo e coerente, agora tem que fazer funcionar uma fiscalização intensa, implacável, para que seja cumprido tudo que está no último decreto.

A propósito, uma sugestão encaminhada hoje à Som Maior:

"Colocar os monitores do rotativo, que estão pelas ruas da cidade, a fiscalizar o uso de máscaras e multar, quando for o caso".

 

Por Adelor Lessa 16/07/2020 - 17:03 Atualizado em 16/07/2020 - 19:10

Tempo de eleição é tempo de discutir idéias e projetos para fazer avançar as cidades. Não é só para tiroteio verbal entre candidatos e a disputa em busca do voto.

É tempo de olhar para o amanhã.

Porque não pode ficar só olhando para o agora, o que está posto. Não pode pensar pequeno.

É preciso que a cidade aproveite para tratar das questões da hora, mas também se dedique a projetos novos, focando no crescimento/desenvolvimento.

E se for pensar em crescimento, Criciúma precisa resolver problemas de mobilidade, circulação, fluxo de veiculos. Pequenos e grandes.

Anel Viário, por exemplo. Hoje já não consegue mais atender toda a demanda.
Quem tiver dúvida, vai no começo da manhã naquele núcleo industrial onde estao Plasson, Totalplast, Cristalcopo, Cimento Votoran.
É um caminhão atrás do outro, nos dois lados, ninguém passa ninguém. Das 6h30 às 9 horas é assim, direto.
No fim da tarde, até 19h30, de novo.

E não tem acostamento, colocaram lombadas em subidas, o caminhão tem que subir parando. E colocaram rótulas inadequadas para o tráfego pesado.
E o movimento só vai aumentar.
Como está, fica a cada dia mais perigoso, tendência de mais acidentes.
É claro que foi uma grande obra. Que demorou muito para ser feita, e até hoje não foi concluida. Falta um trecho no Rio Maina. Mas foi uma grande obra, sim.

Imagine se não tivesse. Todo aquele tráfego pesado por dentro da cidade!

Mas Criciúma precisa de novos caminhos, outras alternativas, para facilitar o fluxo de caminhões e carretas, que levam os produtos das nossas indústrias, que fomentam emprego e renda.

É preciso que a cidade reserve/preserve áreas para indústrias, separadas, com boa distância, de área residenciais. Porque se misturar, dá problema.

Mais hoje, mais amanhã,  os moradores vão reclamar do tráfego pesado, da fumaça, do barulho, do cheiro.
Hoje existem áreas destinadas à implantação de industriais, mas, via de regra, já tem casas por perto.

Cidades bem projetadas tem estabelecido no Plano Diretor espaço para áreas industrias com distância mínima de área residencial. E distância contando a partir do limite da área industrial. E o ideal, cum uma área verde fazendo a separação.

As áreas às margens do Anel Viário e da Via Rápida, tanto em Criciúma quanto em Içara, são perfeitas para implantação de indústrias.

Teriam que ter sido reservadas/preservadas só para isso.

Mas, já tem casas, e projetos habitacionais, como Minha Casa Minha Vida, em boa parte destas áreas.

Isso é so planejar, é pensar no amanhã.

Criciúma ainda tem muitos espaços a ocupar, onde pode ser feito tudo isso, muito bem planejado.

Pensando, estudando, dá para acomodar, e tudo viver, e crescer, em harmonia.

E o momento adequado para tratar de tudo isso é agora. Tempo de eleição.
Eleição é tempo de passar a cidade a limpo e projetar o amanhã.

Por Adelor Lessa 15/07/2020 - 21:59 Atualizado em 15/07/2020 - 22:06

O publicitário criciumense Amarildo Passos pode ser o novo secretário de comunicação do Estado. 
O já ex-secretário Gonzalo Pereira teve sua saída anunciada agora à noite, com a justificativa que vai disputar a eleição para prefeito de Florianópolis.

O nome de Amarildo é o primeiro citado para a chefia da Secom.

Ouvido pelo blog, no entanto, ele disse que não tem nada encaminhado. 

 

Por Adelor Lessa 15/07/2020 - 15:46 Atualizado em 15/07/2020 - 16:06

Os "astros" estão conspirando a favor do projeto do deputado federal criciumense Ricardo Guidi para criação de um novo (e amplo) Refis.

Informações que estão publicadas no site da Veja deixam isso evidente:

"As conseqüências impostas pela Covid 19 para grande parte dos empregadores do país tornam necessárias uma série de medidas para proteger os negócios e garantir a manutenção de vagas.

O desafio, agora, para o Ministério da Economia, é pensar no dia seguinte da pandemia. Uma recuperação lenta e gradual, que ainda engatinha, não supre os escombros dos meses de inatividade, fruto da necessária paralisação da atividade econômica.

Para isso, o Congresso Nacional se debruça sobre medidas que visem dar fôlego para que, passada a crise, os negócio possam voltar a caminhar. E uma das grandes pautas é o Refis, progama de parcelamento de dívidas tributárias com a União.

Um projeto de autoria do deputado Ricardo Guidi, PSD-SC, institui um programa de parcelamento de dívidas depois de decretado o fim do estado de calamidade pública, estimado para início de2021".

Além destas informações do site da Veja, que colocam o projeto de Guidi na ordem do dia do debate nacional, o ministro Paulo Guedes já teria orientado sua assessoria para mergulhar sobre o projeto, a fim de preparar propostas de ajustes, se necessárias, para quando o debate for instalado no Congresso a respeito da matéria.

Já é tratado como fato consumado em Brasilia que vai ter Refis e que o projeto de Guidi está assimilado/bem recebido no Congresso e no Governo.

A respeito do projeto, o ex-secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou:

"Esse projeto propõe uma renegociação e permite a renegociação e transação tributária, o que faz com que o contribuinte possa negociar com a própria Receita. É um bom projeto, está bem feito, e é amplo".

Por Adelor Lessa 15/07/2020 - 11:31 Atualizado em 15/07/2020 - 12:21

Na terceira pesquisa exclusiva do Instituto IPC para a rádio Som Maior e o portal 4oito, um quadro diferente de Criciúma e Içara. Forquilhinha tem dois candidatos próximos na liderança, e dois próximos na seqüência, embora descolados dos líderes.

Em Criciuma, a pesquisa mostrou o prefeito Salvaro, PSDB, disparado com folga enorme na frente de todos os outros (ele tem mais de 70%, enquanto que o segundo não faz 10%).

Em Içara, Dalvania Cardoso, PP, líder da oposição, tem posição confortável na liderança. O concorrente que chega mais próximo, Alex Michels, PSD, tem praticamente a metade.

Já em Forquilhinha, Lei Alexandre, PP, lidera em todos os cenários. O segundo, também em todos os cenários é Neguinho, PSD. A diferença entre os dois varia entre 4% e 6,2%. A rigor, estão empatados técnicamente, já que a margem de erro máxima admitida é 4,3%.

Os dois são conhecidos, de longa carreira política. Lei foi prefeito duas vezes e vereador. Neguinho foi vice-prefeito e disputou a prefeito nas ultimas campanhas.

Depois deles aparecem Maciel da Soler, PDT, e Giovani de Godoi, PL.

Maciel chega a 15,2% em uma simulação, Giovani bate 13,8% em outra.

Os dois estão descolados dos líderes, mas são competitivos.

A eleição em Forquilhinha, pelos números apresentados na pesquisa do IPC, vai depender muito das composições.

Quem montar melhor a chapa, pode levar a eleição.

No momento, há conversações entre os quatro para possiveis alianças.

Sempre lembrando que pesquisa é fotografia de momento, não é antecipação de resultado.

Os números

A pesquisa espontânea apontou um alto índice de eleitores indecisos em Forquilhinha: 52% responderam que não sabem em quem votar. Lei Alexandre foi lembrado por 14,0%. José Cláudio Gonçalves, o Neguinho, teve 12,0% das menções. Giovane de Godoi foi citado por 5,8% dos eleitores.

Maciel da Soler teve 4,4% das intenções; o atual prefeito Dimas Kammer teve 3%; o atual vice-prefeito Félix Hobold apareceu com 2,8%. Foram citados, ainda, Juliano Arns (1,4%), Carlos Nola (0,8%) e Paulo Hoepers (0,4%). A resposta "nenhum candidato" foi dada por 3,4% dos entrevistados.

A primeira estimulada

No primeiro cenário de pesquisa estimulada proposto pelo IPC, o ex-prefeito Lei Alexandre (PP) lidera com 29,4% das intenções de voto. José Cláudio Gonçalves, o Neguinho (PSD), tem 24,6%. O vereador Maciel da Soler (PDT) é lembrado por 13,6% dos entrevistados, e o empresário Giovane de Godoi (PL) teve a preferência de 11,0%.

O vice-prefeito Félix Hobold (PT) alcançou 5,4%. Carlos Nola (PSL) teve 4,0% das intençoes, e Juliano Arns (Podemos) apareceu com 1,4%. Os eleitores que não sabem somam 7,2% e os que não votam em nenhum dos candidatos citados são 3,4%.

Segunda estimulada

Lei Alexandre lidera também no segundo cenário, com 29,6%. José Cláudio Gonçalves, o Neguinho, pontua com 25,6%. Maciel da Soler alcançou 14,2% e Giovane de Godoi chegou a 11,8%. Félix Hobold chegou a 6,4%. Os que não sabem são 8% e os que não votam em nenhum dos candidatos, 4,4%.

Terceiro cenário

Com 33,6%, Lei Alexandre desponta no terceiro cenário, seguido por Neguinho com 27,4% e Giovane de Godoi chega a 13,8%. Os que não sabem são 12,8% e os que não votam em nenhum dos candidatos, 12,4%.

Quarta estimulada

A pesquisa IPC/Som Maior/4oito apresentou um quarto cenário de pesquisa estimulada. Nele , Lei Alexandre tem 32,0% e Neguinho soma 27,2%. Maciel da Soler tem 15,2%. Os que não sabem são 14,0% e os que não votam em nenhum dos concorrentes, 11,6%.

Por Adelor Lessa 15/07/2020 - 10:05 Atualizado em 15/07/2020 - 12:43

O deputado federal Fábio Schiochet, presidente do PSL de Santa Catarina, confirmou que está em curso um processo de reaproximação do partido com o presidente Jair Bolsonaro.

As conversas estão sendo encaminhadas pela direção nacional do PSL e alguns deputados federais.

Segundo Schiocheti, Bolsonaro já conversou com Luciano Bivar, presidente nacional do PSL, mas quem está encaminhado as conversações pelo PSL é o vice-presidente, Antônio Rueda.

"Trata-se de uma conversa republicana, não envolve nomeações ou partilha de cargos no governo. O presidente Bolsonaro foi candidato pelo PSL, foi o nosso líder na eleição, depois houve um afastamento circunstancial, mas o PSL sempre se considerou da base de apoio do governo", assinalou.

Bolsonaro saiu do PSL no final de 2019 e anunciou a criação do Aliança.

O processo de reaproximação é desdobramento das dificuldades do grupo do presidente Bolsonaro de viabilizar um novo partido, o Aliança.

Bolsonaro tem convites do PTB, PRTB e Republicanos.

A eventual reaproximação de Bolsonaro com o PSL, e sua refiliação ao partido, produziria desdobramentos políticos em Santa Catarina.

Hoje, o governador Carlos Moisés tem o comando do partido. O deputado Schiocheti, presidente da executiva estadual, é da sua relação, e está neste momento cumprindo a missão de tentar reorganizar a base de apoio do seu governo na Assembléia Legislativa.

O deputado é hoje uma espécie de chefe da Casa Civil informal, sem estar nomeado. Mas, apenas para tratar das questões políticas.

O PSL catarinense e o governador Moisés tem uma "briga pública" com os deputados Bolsonaristas do estado e com a vice-governadora, Daniela Reinert.

Chegou ao ponto de pedidos de expulsão de deputados Bolsonaristas pelo grupo de Moisés, e de processo no conselho de ética contra o deputado criciumense Jessé Lopes.

Uma recomposição PSL x Bolsonaro a nível nacional, no entanto, teria que ser seguida no estado.

A rigor, parece uma operação mais complicada que no âmbito nacional, pelas posições assumidas pelos dois lados, e os ataques abertos dos Bolsonaristas do estado à Moisés.

Por Adelor Lessa 15/07/2020 - 06:56 Atualizado em 15/07/2020 - 08:48

Morreu na noite passada o empresário Fortunato Rampinelli, fundador da empresa Cerealista Arroz Rampinelli.

Começou a empresa em São Bonifácio, Vila Seca, Nova Veneza. Depois, a empresa foi transferida para Forquilhinha.

Com o passar dos anos, a empresa passou a ser comandada pelos filhos, Walmir e Valdeci Rampinelli.

Seu Fortunato faleceu aos 93 anos.

O velório vai acontecer a partir de 10h no salão de atos do Crematório Milenium, Içara.

 

Por Adelor Lessa 14/07/2020 - 18:11 Atualizado em 14/07/2020 - 18:22

O médico Allison Pires, agora confirmado candidato do PSL a prefeito de Criciúma, se reuniu hoje, em Florianópolis, com o presidente estadual do partido, deputado federal Fabio Schiochet.

Estavam com ele Ricardo Beloli, da executiva municipal do PSL, e o coordenador regional do partido, o advogado Jefferson Monteiro.

O objetivo da reunião foi discutir a candidatura, o encaminhamento da campanha em Criciuma e de que forma a executiva estadual poderá dar apoio.

Schiochet disse depois da reunião: "Tenho certeza que junto com o Dr Allison vamos fazer um trabalho a quatro mãos por um novo projeto para Criciúma".

Allison agradeceu o apoio do partido na construção da candidatura e de todo o projeto para o município.

"Pode ter certeza que temos um ótimo projeto para a cidade, porque Criciúma pode mais", afirmou.

Por Adelor Lessa 14/07/2020 - 17:43 Atualizado em 14/07/2020 - 17:45

O deputado Kennedy Nunes resumiu bem: "ele (Governador Moisés) proibiu o que já estava proibido".

Não teve nada de novo nas "novas medidas" anunciadas pelo Governo Moisés para o combate à pandemia.

No pior momento, o governo do estado simplesmente lavou as mãos. Repassou a bomba aos prefeitos. Nas manifestaçõs em públicos, as autoridades do estado falaram em "em partilhar as ações".

Mas, partilhar é fazer junto. É dividir compromissos, e ações.

Era o que os prefeitos estavam esperando, porque o governo é quem tem autoridade para todo o estado, e o problema está estadualizado.

Não é como no início, quando o Governador mandou fechar tudo, e a situação era bem diferente de uma região para a outra.

Hoje, dados ainda da manhã, o estado tinha praticamente 80% de ocupação de leitos de UTI pelo SUS para pacientes de coronavirus.

Algumas regioões com 100%, como a de Criciúma, e outra com pelo menos 75%.

Os prefeitos, e os contribuintes, estavam esperando q o Governo liderasse o processo.

O Comandante Moisés não precisava mandar fechar tudo de novo, nem parar os onibus, nem fechar indústrias, e shoppings.

Mas, deveria se juntar aos prefeitos, identificar dificuldades e se movimentar para ajudar a resolver.

Deveria anunciar mais equipamentos para os municípios, garantir que os processos para habilitação de leitos de UTI sejam agiizados, e viabilizar mais leitos.
Poderia que anunciar que vai equipar melhor os hospitais que estão por aí fazendo das tripas o coração, quase fazendo milagre para atender a todos.

E deveria determinar fiscalização mais intensa para cumprimento das medidas. Porque pode estar aí o problema.

Lá atras, quando mandou fechar tudo, colocou a policia na rua.
E não tinha nada ainda. A pandemia estava vindo.

Agora, lavou as mãos, quando o virus está ai, fazendo estrago, espalhando medo e dor, colocando pacientes no hospitais, e na UTI, e matando pessoas.
Não era o que se esperava do Comandante num momento crítico.

Por Adelor Lessa 13/07/2020 - 21:13 Atualizado em 14/07/2020 - 07:47

O médico Alison Pires, suplente de vereador, foi definido na noite desta segunda-feira, 13, como o candidato do PSL a prefeito de Criciúma.

Alison era o nome preferido do partido, desde quando o vereador Julio Kaminski desistiu da disputa pela prefeitura.

Mas, ele resistia.

Estava decidido a disputar eleição para vereador.

Jeferson Monteiro, coordenador regional do PSL, e Ricardo Beloli, insistiram com ele.

O presidente estadual do PSL, deputado Fabio Schiochet, fez o anúncio da candidatura, em mensagem de vídeo, logo que foi comunicado do "sim" de Alison.

Por Adelor Lessa 13/07/2020 - 20:09 Atualizado em 13/07/2020 - 20:21

O prefeito Clesio Salvaro discutiu agora a noite com a diretoria na ACIC (Associação Empresarial de Criciúma) propostas para o desenvolvimento econômico da cidade.

Foi questionado principalmente sobre a conclusão do Porto Seco e repetiu que vai apoiar a conclusão da obra, mas só depois de investimentos em outras áreas industriais.

O prefeito estava acompanhado do vice, Ricardo Fabris, dos secretários Celito Cardoso e Vaguinho Espíndola, e do diretor de desenvolvimento econômico, Claiton Pacheco.

O presidente da ACIC, Moacir Dagostim, insistiu na necessidade de conclusão do Porto Seco.

"A Câmara de Vereadores se comprometeu a destinar recursos para essa obra, assim como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júlio Garcia, e os empresários também vão fazer aportes para concluir a pavimentação. Por que não viabilizar urgentemente o Porto Seco?", questionou.

O prefeito Salvaro respondeu:

"O Porto Seco vai ser pavimentado, mas primeiro vamos dar atenção às áreas industriais".

Dagostin voltou à carga, sugerindo uma nova reunião para debater exclusivamente esse assunto.

Durante a reunião, o prefeito se comprometeu em discutir a revisão do Plano Diretor nas margens da Via Rápida e do Anel de Contorno Viário, a fim de criar cinturões de desenvolvimento ao longo das rodovias, conforme sugerido pela entidade empresarial.

Outras pautas tratadas na reunião foram ações ligadas à atração e manutenção das empresas, planejamento para o desenvolvimento do município a curto, médio e longo prazos, a concessão de benefícios tributários, fortalecimento do sistema de saúde pública (com ampliação do número de leitos de UTI no Hospital São José),  e transferência do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) para outro local.

Foi entregue ao Prefeito uma carta com demandas elencadas pela Associação de Jovens Empreendedores de Criciúma (AJE)ao prefeito, tendo como principais pontos a desburocratização e a desoneração às empresas.

 

Além dos representantes do município e dos integrantes da diretoria da entidade empresarial, participaram da reunião coordenadores de núcleos setoriais da Acic.

 

Por Adelor Lessa 13/07/2020 - 18:55 Atualizado em 13/07/2020 - 19:47

Decisão de agora a pouco do Tribunal de Justiça de Santa Catarina suspende os efeitos da liminar assinada pelo juiz de direito da Vara da Fazenda da comarca, Pedro Aujor Furtado Junior, e mantêm vigência dos processos de licitação feitos pela Prefeitura de Criciúma para compra de materiais e equipamentos para iluminação pública da cidade.

Em decisão na semana passada, o juíz Pedro Aujor havia atendido pedido do Ministério Público e decidido em liminar pela suspensão de todas as licitações feitas para o setor, em função de investigações que apuram irrregularidades e ilicitudes na relação da Prefeitura com a empresa vencedora das licitações.

A decisão do Tribunal foi assinada pelo vice-presidente, desembargador João Henrique Blasi.

O entendimento que norteou a decisão é que não há configuração de dano ao erário público e por isso a Prefeitura continuar comprando materiais e equipamentos, pagando de acordo com o previsto nos contratos.

Abaixo, trecho final da decisão do Tribunal de Justiça:

"Extrata-se dos autos que a suspensão temporária dacompra de componentes elétricos e de serviços correlatos poderáefetivamente periclitar a segurança de transeuntes nas vias e logradouros do Município, em razão de deficiência na iluminação pública por falta de manutenção no sistema, e igualmente poderá acarretar prejuízos à prestação de serviços essenciais, como os de saúde pública, eis que órgãos municipais dessa área também serão afetadospela inexecução dos contratos em tela.

Aliás, insta invocar aqui a política de segurança conhecida mundialmente como "broken windows theory", segundo a qual se uma janela de um edifício for quebrada e não receber reparo imediato, a tendência é a de que passem a arremessar pedras em outras janelas e, ao depois, passem a ocupar o edifício e a destruí-lo. O mesmo sucede em relação a lâmpada quebrada ou queimada de postede iluminação pública: oportuniza a violência e a criminalidade.

Além do que não se pode olvidar da importância do adequado funcionamento do sistema elétrico dos órgãos públicos para aprestação de serviços fulcrais à sociedade, a exemplo das ações de saúde, sobretudo diante dos graves problemas causados pela pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Identifico, portanto, em cognição sumária, própria destemomento processual, a presença do interesse público, insculpido como um dos pressupostos do art. 4º da Lei n. 8.437/92 para fim de suspensão de provimento liminar, de modo a evitar agravo à saúde e à segurança públicas.

Ante o exposto, suspendo a decisão proferida na Tutela Cautelar Antecedente n. 5010741-13.2020.8.24.0020/SC, pela 2ª Varada Fazenda Pública da Comarca de Criciúma/SC.

Faculto a manifestação do autor da ação originária em15 (quinze) dias, determinando que, na sequência, exaurido o prazo supra, abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça".

Por Adelor Lessa 10/07/2020 - 06:56 Atualizado em 10/07/2020 - 10:37

Saiu do forno ontem a idéia de criar na Prefeitura de Criciúma uma comissão com funções e atribuições de uma Controladoria.
A rigor, vai conferir contratos, licitações, compras e pagamentos.

Vai focar num primeiro momento nos procedimentos relacionados ao setor de compras, e depois vai ampliar sua atuação.

O grupo terá representantes da OAB, CDL, ACIC, FORCRI e Câmara de Vereadores.

Prefeito Clésio Salvaro reuniu entidades e Câmara ontem à tarde para passar a ideia e fazer os convites.

Fiocu encaminhado que os representantes serão indicados na próxima semana e a comissão instalada na sexta-feira, dia 18.

É evidente que tudo que leve a transparência maior nos atos da gestão publica é positivo.
Todas as iniciativas nesta linha, são interessantes.

Mas já existe uma Controladoria na Prefeitura.

Foi criada por lei municipal em julho de 2019. Lei 7.473 de 11 de julho de 2019, sancionada pelo próprio prefeito Salvaro.
Portanto, vai "comemorar" primeiro aniversario amanhã, dia 11.

De acordo com a lei, a Controladoria Geral do Município tem a função de fiscalizar e controlar as contas públicas, avaliar os atos de administração e gestão dos administradores municipais.

Deve ter atuação no Poder Executivo e ainda nas autarquias, fundações e fundos.

A Controladoria está chefiada por um funcionária de carreira da prefeitura.

Então, na prática, a comissão que o prefeito quer criar vai fazer o mesmo que a controladoria faz, ou deveria estar fazendo

Fica subentendido que Controlaria que existe não funciona.

Porque se funcionasse não precisaria de uma nova estrutura com mesma função.

Então, por quê não funciona?

É por ineficiência de quem está lá, ou por falta de estrutura. Ou porque não tem hoje o respaldo que precisa para fazer tudo o q deve ser feito.

No Governo do Estado, o governador Moisés criou uma controladoria. Foi uma das novidades da sua reforma administrativa.
Mas não teve respaldo, não teve autonomia, nem liberdade para agir. Ficou desmoralizada.
É fato que uma comissão de entidades vai dar o respaldo/aval externo por entidades representativas às contas e aos processos da Prefeitura.

Mas, a saber, por que representantes de entidades, que vão se reunir de vez em quando vão controlar melhor que funcionários de carreira que trabalham lá o dia todo, e todos os dias ?

Por Adelor Lessa 09/07/2020 - 06:09 Atualizado em 09/07/2020 - 09:35

Quando teve a primeira morte por coronavírus na região, um paciente de Braço do Norte, internado no hospital São Donato, Içara, viralizou nas redes que ele tinha morrido por infarto, que teve quando chegou em casa, e inclusive havia batido o carro no muro.
Isso foi desmentido imediatamente pela família, indignada. O autor do fake acabou identificado e foi processado.

Quando anunciamos a primeira morte por coronavírus em Criciúma, de novo o movimento de negação.
Fomos até acusados de propagar fake news.
Mas, horas depois, informação foi confirmada.

Hoje, o número de contaminados e de mortos está subindo, estamos com muitos internados, muitos em uti, jovens e idosos,  alguns em estado grave, e ainda tem quem insista na negação. Que não é tudo isso. Que estão exagerando.

Mas, negar por quê?
Não aceitar o que é fato, por quê?

Não se trata de espalhar o pânico. Mas, é preciso estar ciente da realidade.

Continuam misturando politica no assunto.

Não faz sentido, não ajuda, é perigoso até, politizar o assunto.
Isso não tem lado. Não tem face ideologica. Isso é pandemia. É uma ocorrência mundial, inesperada e diferente de tudo que já tivemos

Insistir na postura negacionista não ajuda, só pode atrapalhar.

Ja vi muitos que tinham essa postura, é que acabaram internados.

O caminho é o cuidado!
Não é para bater pino, não tem espaço para neura.
Mas não dá pra ser o avestruz, enfiar a cabeça debaixo da terra para nao ver o mundo ao redor.

O caminho é a prevenção, e a fiscalização.

Máscara é obrigado,  por determinação legal.
Quem nao estiver usando em local público, ou onde tem mais pessoas, pode ser advertido, e se insistir em não usar, podemos ligar para 190 ou 199.
É direito de todos preservar as condições mínimas para evitar contágio.

Não dá para perder tempo com discussões paralelas, nada objetivas, que não ajudam.
Por exemplo, desde sempre quem define o remédio a ser usado no paciente é o medico. O medico é a autoridade maior para isso.

Nao se pode perder tempo em  briga política por causa disso.

Cuidado, prevenção, atenção, cautela. É isso. É por aí.
Daqui a pouco passa.
Nós vamos vencer,  vamos passar por isso.
Daqui a pouco sai a vacina.

Mas, até lá, tem que ter foco, não adianta negar o que é fato, está aí.
 

 

Por Adelor Lessa 08/07/2020 - 12:00 Atualizado em 08/07/2020 - 18:42

A pesquisa do Instituto IPC no município de Içara, exclusiva para rádio Som Maior e portal 4oito, divulgada hoje, confirma a liderança absoluta da principal líder de oposição, Dalvânia Cardoso, PP.

Ela está em primeiro, e com folga, em todos os cenários.

Dalvânia vai de 37% das intenções de voto (quando o cenário considera seis candidatos) até 51,4% (quando só tem um adversário).

Pesquisa não é antecipação de resultado, é fotografia de momento.  Mas, pelos números do IPC, Dalvânia pode ser tratada como "favorita".

Quem imagina vencer a eleição em Içara terá que definir estratégias para, antes de tudo, reverter uma tendência que hoje é favorável para ela.

A segunda informação importante da pesquisa é que o segundo colocado é Alex Michels, PSD. Não é Arnaldinho Lodeti, MDB, partido do atual governo da cidade (apesar de não ser o candidato do prefeito Murialdo Gastaldon).

Pela pesquisa, Alex se mostra efetivamente competitivo. E Arnaldinho tem que se reinventar urgentemente.

O primeiro reflexo da pesquisa é que uma parcela do PL, liderada pelo vereador Toninho de Mello, passou a admitir um acordo com o PSD para montagem de chapa com Alex Michels para prefeito.

Importante: Toninho ficou em terceiro na pesquisa.

A "pedra" no caminho para o movimento que passou a ser feito pelo grupo de Toninho é que o comando do PL, leia-se Márcio Búrigo, Pedro Paulo e Adilton Tramontin,  já fechou acordo com Dalvânia, e busca indicar o vice na sua chapa.

De qualquer forma, Alex fica credenciado para seguir no projeto de "terceira via". Ainda mais se consseguir atrair PL e PDT.

Mas, setores do PSD  admitem compor com Dalvânia, desde que Alex seja vice.

De outro lado, Arnaldinho e MDB precisam de aliados. Urgentemente. Para começar a virar o jogo.

Continuam insistindo no PSD. Oferecem vaga de vice na chapa. E o PSD dá de ombros.

Na real, o primeiro aliado importante que Arnaldinho e o MDB tem que "conquistar" é o prefeito Murialdo. Que está longe do candidato e da campanha.

Murialdo continua defendendo que a retirada da candidatura de Arnaldinho.

Ele quer que o partido passe a apoiar Alex, e indique o vice.

Só que Murialdo não tem o controle do partido, nem maioria no diretório. Por isso, o seu candidato perdeu a disputa inerna que deficniu o candidato a prefeito.

Os números da pesquisa:

Estimulada 1                  

Dalvania Cardoso/PP - 37,0%    

Alex Michels/PSD - 19,2%   

Toninho de Mello/PL - 13,2%    

Arnaldinho Lodeti/MDB - 11,8%  

Agenor Bombeiro/PSL - 6,6%

Lauro Nogueira/PT - 3,2%

Não sabe - 4,8%

Nenhum - 4,2% 

 

Estimulada 2

Dalvânia Cardoso - 40,06%

Alex Michels - 23%

Arnaldinho Lodeti - 12,6%

Não sabe - 15,6%

Nenhum - 8,2%

 

Estimulada 3

Dalvânia - 51,4%

Arnaldinho Lodeti - 16,5%

Não sabe - 17,4%

Nenhum - 14,6%

 

 

 

 

 

 

 

P

Por Adelor Lessa 07/07/2020 - 17:22 Atualizado em 07/07/2020 - 20:28

O prefeito Clesio Salvaro decidiu montar uma estrutura para controlar todas as compras, licitações e operações da prefeitura.

A comissão será comandada pelo vice-prefeito Ricardo Fabris e terá poder de atuação em todos as secretarias.

A decisão é desdobramento da ação do Gaeco na prefeitura, quinta-feira.

Desde aquele dia, o prefeito Salvaro vem avaliando a possibilidade.

O vice-prefeito Fabris foi escolhido pelo tranalho que vem fazendo na comissão que fiscaliza a aplicação de recursos no combate à pandemia.

A comissão começou a ser montada na segunda-feira.

Por Adelor Lessa 06/07/2020 - 11:33 Atualizado em 06/07/2020 - 11:37

Os números de pesquisa contradata pelo PL foram prepondarentes para definição de chapa pura do PL para disputar a eleição em Cocal do Sul.

O ex-vereador e empresário Nei da Voluz será o candidato a prefeito, com o atual vereador Eric Zeferino como vice.

Definição foi sacramentada no final de semana.

Agora, o PL avança nas conversações em busca de aliados. PSB e PRB são os prováveis aliados.

A intenção do PL é articular a "terceira via" em Cocal.

 
 

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