Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Arthur Lessa 08/12/2022 - 12:39

Nunca tivemos tantas opções na vida! É impressionante!

Lembro até hoje de uma televisão antiga que meu pai tinha, que acabou, em algum momento da vida, indo parar no meu quarto. Além da lateral em madeira e o chiado caracteristico, me chamava atenção nela a pouca opção de canais. Completamente analógica, ela tinha 8 botões, cada uma para um canal.

Era isso… Oito canais era o máximo possível na época em que ela foi lançada.

Se puxarmos na memória, na década de 90, o que tínhamos de opção eram as emissoras de TV aberta, que eram principalmente:

GLOBO
SBT
BANDEIRANTES
RECORD
CULTURA
MANCHETE (não tenho certeza)

Era isso… Cabia na Telefunken velha de guerra.

[texto segue depois do vídeo]

Depois veio a TV a Cabo, que por muito tempo, aqui pelo menos, ia até por volta do canal 40, depois 61 e foi aumentando para as centenas que temos hoje.

Saindo das emissoras, mas ainda na coimunicação visual, tínhamos as locadoras de vídeo. Era normal terem centenas de opções de “fitas” para escolhermos, mas era aquilo que tinha ou nada. E eram poucos os lançamentos. Hoje são dezenas de lançamentos por mês, e outra infinidade de plataformas diferentes.

O mesmo vale para… calças jeans. E o caso virou um livro sobre o tema. O Paradoxo da Escolha, de Barry Schwartz, que apresentou esse caso no TED Talks abaixo. 

 

O “é o que tem pra hoje” está cada vez mais ausente no cotidiano. E, sinceramente, faz falta, não?

Você já comparou planos de operadoras diferentes de telefonia? Antes era uma só, e o telefone ficava preso numa mesa.

Pra internet, a mesma coisa. Tinha um provedor local, talvez dois, e o mesmo número de nível nacional. Hoje, só na Bolsa de Valores brasileira, temos QUATRO!

- UNIFIQUE
- BRISANET
- DESKTOP
- OI (que está vendendo a operação de telefonia móvel)

Quantas vezes você já se pegou depois de meia hora procurando um filme para assistir entre as opções da plataforma?

Ou pior… Esse mesmo tempo escolhendo entre as próprias plataformas… Netflix, HBO, Amazon, Now, Disney Plus,…

Como dito pelo autor no vídeo anterior, o excesso de escolhas, além de não melhorar, piora a vida das pessoas.

Ao termos muitas opções, cobramos que o escolhido seja perfeito. Pelo excesso de opções, aumentamos a expectativa e, quanto maior a expectativa, maior a frustração.

E menor o engajamento, também!

O economista e comunicador Samy Dana, que foi a primeira pessoa que vi tratando desse paradoxo, usou como exemplo também os relacionamentos de pessoas famosas.

Quando se está nos holofotes, o assédio é grande.

Assédio grande cria várias opções

Várias opções criam alta exigência

alta exigência dá pouca margem para falhas e defeitos do outro.

Essa pouca margem torna instaveis e frágeis os relacionamentos, causando uma espécie de rotatividade.

Pra ilustrar em números o tema, você sabe quantas escolhas fazemos por dia? 35 mil!

Mas o que eu faço com essa informação?

Se você tem um negócio, entenda que produtos você mais quer oferecer e identifique aqueles que podem ser retirados do cardápio.

Eu recomendo sobre esse ponto, inclusive, que você leia o que escrevi sobre o Princípio de Pareto.

Se você é cliente ou usuário, saiba dessa armadilha mental e tente mitigá-la. Reduza previamente, e conscientemente, as opções que irá avaliar sobre um produto ou serviço. Isso trará facilidade e felicidade.

E, por fim, vamos à resposta da questão que iniciou esse video: o que tem a ver Cebolinha, Steve Jobs e Mark Zuckerberg?

Eles usam sempre a mesma roupa. 

E fazem isso por escolha própria.

A escolha própria de, numa questão tão banal, não ter o esforço de escolher.

 

Por Arthur Lessa 08/12/2022 - 09:31 Atualizado em 08/12/2022 - 09:33

É possível que você tenha visto alguma notícia sobre a nova regra da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), umas das reguladoras do mercado de investimentos do Brasil, que altera para marcação a mercado a exibição dos valores investidos em títulos de renda fixa. Se não viu, mais importante ainda que tenha chegado nesse texto.

A matéria com os detalhes mais técnicos já foram publicadas no 4oito (clique aqui e confira a matéria), então fiz questão de gravar o vídeo abaixo explicando o que significa essa mudança e qual impacto na sua carteira. Vale ressaltar que o uso de títulos do Tesouro Direto foram usados para facilitar a compreensão, já que não entram na nova regra.

[texto continua após o vídeo]

Afinal, o que muda?

Atualmente, quando você abre o app ou site da sua corretora e olha o rendimento de alguns títulos de renda fixa (CRAs, CRIs, debêntures e títulos públicos, exceto Tesouro Direto), o que aparece é a projeção de rendimento parcial do título se este for levado até o vencimento. Ou seja, pega o rendimento contratado de 10% ao ano, transforma em rendimento diário (que fica 0,0265%) e vai atualizando esse valor a cada dia. O nome disso é marcação na curva.

Mas, tirando títulos de liquidez diária, como é o caso de alguns CDBs e do Tesouro Selic, os títulos de renda fixa são investimentos com prazo de rendimento, o que significa que até a data definida, o dinheiro está praticamente "preso". Praticamente porque, mesmo não sendo possível resgatar o investimento junto à instituição que recebeu seu investimento, você pode vender essa dívida para um terceiro, que terá o direito de receber o dinheiro na data prevista. É nessa negociação, chamada de mercado secundário, que entra a marcação a mercado.

Marcação a mercado, como boa parte dos termos do mercado financeiro, é autoexplicativo e significa que "o mercado vai marcar o preço justo a pagar pela dívida que você está vendendo". E faz isso levando em conta o quanto ainda renderá de hoje até o vencimento em comparação com as perspectivas econômicas (selic e/ou inflação vai subir ou descer?) e opções semelhantes disponíveis no mercado.

Por exemplo, se você tem uma debênture com rendimento contratado de IPCA + 9% enquanto o mercado está oferecendo no máximo IPCA + 6%, você tem uma preciosidade na mão. E essa preciosidade será precificada pelo mercado acima do que o rendimento "normal" prevê. Ou seja, pela marcação a mercado, o título será vendido mais caro. O mesmo acontece ao contrário, quando o que você está vendendo é menos interessante que o que tem nas "prateleiras" do mercado.

Por Arthur Lessa 30/11/2022 - 22:27 Atualizado em 01/12/2022 - 09:04

Até 30 de novembro as empresas precisam pagar a primeira parcela o 13º salário dos funcionários do regime CLT. A segunda parcela deve ser paga até 20 de dezembro. 

Aí você recebe esse dinheiro "do nada" e pensa: o que que faço com ele? Gasto? Invisto? Troco de carro (não!)?

Para te ajudar nisso, listei algumas sugestões de como aproveitar bem esse dinheiro, focando principalmente em começar o próximo ano com tranquilidade.

[texto segue após o vídeo]

1 - Quitar dívidas. Dificilmente você vai conseguir algum rendimento seguro maior que os juros que está pagando num empréstimo, por exemplo. Além de pagar mais barato, você tira a parcela do fluxo mensal, o que alivia o orçamento.

Nisso, começa pelas dívidas atrasadas, depois vem aquelas que tem juros mais altos, depois aquelas com parcelas mais altas.

2 - Reservar parte do dinheiro para as contas de início do próximo ano. Aqui estamos falando daquelas que são inevitáveis. Entre elas podem estar, dependendo do seu momento de vida, o IPTU da sua casa, o material escolar dos seus filhos, o seguro do carro, alguma manutenção necessária em casa,...

3 - Reservar parte, antecipadamente, para as compras de fim de ano. Nesse caso estamos falando das chamadas despesas discricionárias, que são aquelas que escolhemos, como os presentes de natal, para outros e para si, e amigos secretos. Importante ter definido um limite de gastos, não muito baixo, que não seja cumprido, nem muito alto, que deixe pouca sobra pro próximo passo.

Além disso, com dinheiro na mão, o poder é seu. Então busque descontos em pagamentos à vista. Muitas vezes não existem esses descontos, então parcelar pelo mesmo preço pode ser uma boa, desde que você não crie muitas parcelas para os meses seguintes.

4 - Construa ou aumente sua reserva de emergência. Para isso, é importante ter controle nos passos anteriores pra não acabar o dinheiro antes. 

Uma boa reserva de emergência é correspondente ao seu custo de vida de PELO MENOS 6 meses. Ideal que seja 1 ano. E esse dinheiro deve ser aplicado em títulos de renda fixa pósfixados, que rendem junto ao CDI ou Taxa Selic, que são sempre muito próximas. Como sugestão, no mercado atual, Tesouro Selic é o melhor título para esse objetivo, tanto por rendimento quanto por ser mais longo que os CDBs de liquidez diária.

Por Arthur Lessa 24/11/2022 - 11:55

Mesmo que Ação de Graças não seja uma comemoração tradicional em terras brasileiras, como é nos Estados Unidos, certamente você já viu em algum filme ou seriado norte-americano.

O feriado, bastante comemorado também no Canadá, acontece na quarta quinta-feirado mês de novembro e nasceu como uma forma de agradecer a Deus pelas boas colheitas realizadas no ano. Para isso, orações, festas e banquetes, que tem como prato principal o peru.

E é sobre o peru que falaremos…

[texto segue abaixo do vídeo]

Imagine que você é um peru e está lá vivendo a sua vida peruana tranquilamente. Nada de muito bom acontece, mas também nada de preocupante. Apenas vivendo um dia após o outro. Comendo a ração que recebe, ciscando e dormindo.

Para o peru, a vida é isso. Sempre foi assim e assim será para sempre. Até que chega uma quinta-feira de outono, ele já cresceu bastante, está encorpado e PAM! Vai pra mesa.

Ele não tinha noção do que ia acontecer, afinal, é um peru! Não sabe de Ação de Graças, de tradição, de calendário,… Ele nasceu, viveu tranquilo e, do nada, morreu. E, tendo morrido, nem poderia alertar ao outros perus, que também vão viver tranquilamente até virar banquete.

Essa parábola, bem simples, pode ensinar muitas coisas.

Uma delas é que ausência de confirmação não é confirmação de ausência. Ou seja, você não ter prova de algo não significa que isso não exista. Um bom exemplo são as pirâmides financeiras e seus retornos abundantes de 10% ou 20% garantidos por mês.

Primeiro você coloca uma ninharia, porque sabe que vai perder. Depois de receber “religiosamente” o retorno garantido, reinveste esses recursos e ainda coloca muito mais dinheiro “novo”. Depois que muita gente aportou muito dinheiro, os resgates são bloqueados e os “gestores” somem do mapa.

Você passou meses recebendo aquele dinheiro fácil, então tudo indicava que essa seria a sua vida na perpetuidade. Até que chega o dia de Ação de Graças e a brincadeira perde a graça.

Outro exemplo, que vem do fato de que só morremos uma vez (por vida, pelo menos), o peru ser morto para virar assado é algo que acontece só uma vez na vida. Literalmente. E, sendo assim, não podemos nos preparar baseados na experiência, já que nunca experimentamos esse acontecimento.

Se houve uma segunda chance, provavelmente o mesmo peru seria mais comedido nas refeições e, assim, seria o menos suculento da turma.

Sabe o que também acontece Once in a lifetime, como diriam os americanos?

Dezembro de 2019, Wuhan, China. Muitas pessoas começam a ter sintomas respiratórios agudos, muitas delas morrendo. A causa apontada por especialistas é uma doença nova causada por uma mutação do agressivo coronavírus, nomeada COrona VIrus Disease 2019 (Covid19).

Meses depois essa mesma doença está alastrada pelo planeta, parando o mundo. Dois anos depois, seguimos tentando nos adaptar e retomar a vida normal.

O ponto aqui é: essas coisas, que nunca aconteceram, acontecem. E acontecerão.

O importante para ter em mente é que, como diz o gestor e autor Howard Marks, Não podemos prevê-las, mas podemos nos preparar.

E é o que devemos fazer com nossos negócios e nosso dinheiro. Reserva de emergência é para isso. Diversificação de carteira é para isso. Para estarmos prontos a enfrentar ou sobreviver ao que surgir, já que não sabemos o que será.

texto publicado originalmente no Toda Sexta em 25 de março de 2022

Por Arthur Lessa 17/11/2022 - 17:40 Atualizado em 18/11/2022 - 08:52

Quem pesquisa sobre startup, mais cedo ou mais tarde, se depara com informações sobre aportes milionários em empresas que ainda estão "se criando" no mercado e, normalmente, faturam uma fração muito menor que o valor investido. Algumas não vingam, acabam fechando, ou nunca atingindo o retorno esperado.

Mas por que investir tanto?

Certamente quem investe, e uma cifra tão alta, em algo tão arriscado como startups sabe o risco que está correndo. Mas o foco não está aí, mas sim no retorno.  

Um exemplo de Criciúma é a Next Fit, de gestão e automatização de academias, que acabou de receber um aporte de R$ 4 milhões. CEO e fundador da empresa, Douglas Waltrick explica que junto a esse dinheiro vem a missão de tomar conta do mercado. Se a empresa não apresenta essa perspectiva, não entra no grupo.  

"Eles não colocam dinheiro na tua empresa pra ti crescer 3 ou 4 vezes. Pra eles isso não é negócio. Tem que crescer 30, 40, 50 vezes e ser o top player do mercado".

O nome dessa estratégia é winner takes all (ganhador leva tudo, em inglês), que é caracterizada quando uma empresa acaba dominando a maior parte do mercado. Alguns exemplos são o Uber, iFood, Spotify, Google,...

A entrevista completa vai ao ar amanhã, a partir das 12h no 60 Minutos, na Rádio Som Maior, e às 12h45 no Canal do 60 Minutos.

Por Arthur Lessa 14/11/2022 - 13:23 Atualizado em 14/11/2022 - 17:11

Com a Taxa Selic (que regula os juros no Brasil) acima de 1% ao mês, muitos dos investidores que, até pouco tempo, a chamavam de "Perda Fixa", voltaram seus olhos com paixão para a Renda Fixa.

Mas além da poupança, que nesse cenário é uma armadilha, essa categoria tem diversos tipos de ativos, desde os conservadores até os mais arrojados. Muitos desses mais rentáveis e voláteis que ações da Bolsa de Valores.

Pra explicar melhor essa classe de ativos, conversei com Paula Lopes, head de Renda Fixa da Wise BTG.

Por Arthur Lessa 07/11/2022 - 07:25 Atualizado em 07/11/2022 - 07:38

A pandemia chegou trazendo terror ao mundo todo e, insistente, ainda não sumiu. Provavelmente não sumirá. Assim como seus efeitos na rotina da sociedade. 

Esse foi um dos temas que tratei com Carlos Piazza, darwinista digital, em entrevista especial para o 60 Minutos. Apesar de a tecnologia já permitir há anos a adoção do home office para boa parte dos trabalhos, o formato foi imposto tanto para profissionais quanto para empresas. 

Enquanto os primeiros não tinham o incentivo para mudar a rotina que "sempre foi assim", e sofriam com o medo de ser vistos como alguém que só fica em casa, as empresas foram obrigadas a desapegar da máxima de que "o boi engorda no olhar do dono" e encontrar maneiras de organizar tarefas e demandas e controlar produtividade sem acompanhar passo a passo da execução. Segundo Piazza, chegou o momento de abandonar o modelo fordista que temos hoje, de empregos fixos com trabalho das 8h às 18h.

Fordismo

Fordismo é referência a Henry Ford, fundador da automotiva Ford, que consiste em é um modelo produtivo criado com o objetivo de aumentar a produtividade e, em contrapartida, diminuir os custos de produção. O modelo é baseado em linha de produção, com cada estação realizando uma pequena parte do produto final, com período determinado e atividade específica. O foco de controle desse modelo é o processo, não a entrega do produto final.

Confira parte dessa conversa no corte abaixo

Por Arthur Lessa 03/11/2022 - 11:15 Atualizado em 03/11/2022 - 11:22

No último domingo (30) os brasileiros foram às urnas pela segunda vez em 2022 para o último capítulo das Eleições 2022. Encerra o processo eleitoral, chega a hora do processo de Transição de Governo. Ele é previsto por lei, acontece no período entre o fim das eleições e a posse, em 1º de janeiro, do Presidente da República, de governadores e de prefeitos, dependendo da eleição. 

Mas não vamos focar nas eleições aqui, nem em política. Vamos focar em transição de comando, como acontece em empresas e organizações, as maiores dificuldades enfrentadas e os melhores procedimentos a serem adotados.

Para aprofundar esse assunto, chamei pra uma conversa no 60 Minutos o consultor de empresas e especialista em cultura corporativa, Igor Drudi.

Confira a conversa no vídeo abaixo:

Tipos de transição

Segundo Drudi, transições que são trabalhadas ao longo do tempo, com foco em objetivos de médio e longo prazo, tendem a ter um encaminhamento mais previsível. Já nos casos de ruptura, ao contrário, em geral surgem mudanças e transformações. Nos dois casos, uma das medidas prévias que promove uma transição melhor de comando é a criação de lideranças nas organizações, que estarão mais preparadas para a nova função, começando a liderar antes mesmo de "pegar o crachá".

Até onde o chefe deve "botar a mão"?

Uma dúvida que surge em qualquer desses casos é como o superior do setor em transição, ou seja, o chefe dos profissionais que estão trocando de lugar, deve interferir nesse processo. "A direção deve agir de maneira ativa, mas tomando cuidado pra não entrar demais, sob o risco de não deixar que o novo profissional crie sua autoridade na função", explica Drudi.

E quando a transição parece uma batata quente?

Os exemplos acima acontecem com mais frequencia quando a mudança acontece nas hierarquias médias e baixas da organização, mantendo o dono (ou acionistas) da empresa inalterado. Mas existem casos em que o negócio como um todo é vendido, por exemplo, e "muda de mãos". Isso pode acontecer de maneira amigável ou parecendo um jogo de batata quente, com o vendedor apenas entregando as chaves, virando as costas e indo embora.

Nesses casos surgem problemas simples (quase ridículos) como "qual a senha do wifi?" até "como acessar o eCAC para pagar os impostos?". Para evitar situações como essa, é importante que seja criado um protocolo detalhado de transição listando todas as informações que devem ser transmitidas da antiga para a nova gestão.

[Dica de livro]

Sobre transição confusa, existe o livro O Quinto Risco, de Michael Lewis, que apresenta como esse processo aconteceu após a eleição de Donald Trump. 

>>> O Quinto Risco, de Michael Lewis (clique aqui para saber mais) 

Confirmado o resultado, todas as agências federais se prepararam para receber a equipe de transição do futuro presidente. Só que ninguém apareceu no dia seguinte. Dias depois, aqueles poucos que apareceram pouco sabiam (ou se interessaram) o que era feito dentro dos gabinetes da Casa Branca e, por consequência,  o que precisaria ser feito para a mudança de comando.

Michael Lewis é jornalista e escritor de vários livros de não ficção. Entre eles está A Jogada do Século, que foi base para o filme A Grande Aposta (The Big Short), que retrata os  fatores que levaram à Crise do Subprime, em 2008. Outro que virou filme em Hollywood foi Moneyball, O Homem que Mudou o Jogo, estrelado por Brad Pitt.
 

Por Arthur Lessa 29/10/2022 - 06:46

A frase é tão direta quanto preocupante: "pela primeira vez na história da humanidade a geração que vem agora é mais burra que a que existe"

Essa frase resume a conclusão do neurocientista e pesquisador francês Michel Desmurget no livro A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças

>>> Compre o livro "A Fábrica de Cretinos Digitais" na Amazon

Segundo o também neurocientista Eslen Delanogare, em entrevista recente ao podcast Inteligência Ltda, o próprio fato de termos hoje todas as ferramentas possíveis para transmitir para a próxima geração o conhecimento que temos é o fator que atrapalha o desenvolvimento das crianças.

Veja mais no corte abaixo:

 

Por Arthur Lessa 26/10/2022 - 10:53 Atualizado em 26/10/2022 - 11:26

Existe um mantra entre os analistas do Mercado Financeiro que defende que se você tem certeza de alguma coisa, coloque seu dinheiro nisso. Se você "sabe" que o dólar vai subir, compre muito dólar. Se sabe que vai cair, faça um short grande. Aposte nas suas convicções, skin in the game. Falar até papagaio falar. 

Acho que você entendeu...

Nesse sentido, muita gente tem apostado no resultado da disputa de Lula contra Bolsonaro nas eleições do próximo domingo. Às 10h45 de hoje (quarta, 26), o site de apostas Betway apresenta uma clara preferência dos apostadores pela volta de Lula, com uma odd de 1,5, o que significa que para cada R$ 50 apostados o prêmio é de R$ 75. Já no caso de reeleição de Bolsonaro, com odd de 2,4, aqueles que apostaram nesse resultado recebem 2,4 vezes o valor apostado, com R$ 50 virando R$ 120. 

Para efeito de comparação, em 23 de setembro, antes do primeiro turno, as odds estavam em 1,35 para Lula e 2,7 para Bolsonaro. Praticamente o mesmo de 18 de outubro, quando as apostas rendiam 1,4 para Lula e 2,7 para Bolsonaro.

Acesse aqui a página de apostas das Eleições 2022 da Betway: Eleições Brasileiras 2022 - Quem será eleito presidente?

Por Arthur Lessa 21/10/2022 - 11:37 Atualizado em 21/10/2022 - 11:50

É só terminar uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que já começam os vídeos de influenciadores de investimentos com análises, explicações e previsões de impactos da nova Taxa Selic, que baseia os juros no Brasil. Até aí, tudo bem! 

O quue chama atenção é que as capas (também chamadas de thumbs) são práticamente cópias uma da outra, mudando o personagem e as cores. Mas seria isso uma preguiça criativa? Tem explicação?

Tem! E quem me explicou, em entrevista exclusiva pro canal do 60 Minutos, foi Paulo Cuenca, criador de conteúdo e referência no marketing digital.

Confira o corte sobre o tema:

 

Por Arthur Lessa 20/10/2022 - 17:37 Atualizado em 20/10/2022 - 17:54

Uma das dores sentidas no início do processo de produzir conteúdo na internet é ter seguidores e, por isso, sempre vem a dúvida de "como impulsionar meus canais?". Vídeos, sites e cursos prometendo o manual definitivo do tráfego pago existem ao montes. 

Mas para Paulo Cuenca, antes de saber como, é preciso entender quando é o momento de deixar de contar apenas com o crescimento orgânico, apenas pelo conteúdo e "boca a boca digital", e lançar mão de uma estratégia de investimento em distribuição que alavanque o alcance do seu canal, seja ele no YouTube, no Instagram ou qualquer outra rede.

Confira no corte abaixo o racional dessa tese, registrado na entrevista especial que gravamos pro 60 Minutos.

 

Por Arthur Lessa 03/10/2022 - 15:15 Atualizado em 03/10/2022 - 17:49

Não... Não vou falar de compra de votos, que é crime eleitoral, mas de CAC (custo de aquisição de cliente). 

O CAC é um termo bastante utilizado entre os departamentos de marketing e vendas das empresa e é calculado pela divisão do investimento pelo número de clientes. Quando menor o número final, menor o custo para atrair cada cliente e, por consequencia, mais eficiente o investimento. 

Trazendo essa lógica para a eleição, a divisão fica de despesas de campanha contratadas por número de votos conquistados. 

Em Santa Catarina, o voto mais barato foi o de Alex Alano, por R$ 2,36 por voto, seguido de perto por Décio Lima, com R$ 2,56 por voto. Jorginho, vencedor do primeiro turno, precisou de R4 4,37 por voto. Já o mais o caro foi o de Ralf Zimmer (R$ 156,74). Confira os outros valores abaixo.

Na disputa nacional, o ticket médio cai bastante, com os mais baratos estando no segundo turno. Primeiro com Jair Bolsonaro (R$ 0,30 por voto), seguido por Luís Inácio Lula da Silva (R$ 1,06). O voto mais "caro" entre aqueles que acumularam mais de 0,5% dos votos válidos é o de Soraya Tronicke (R$ 48,04). Confira os outros valores abaixo.

Por Arthur Lessa 30/09/2022 - 00:50 Atualizado em 30/09/2022 - 00:51

Pra conseguir assistir a esse sofrível debate eleitoral de reta final eleitoral, abri o Twitter pra ver o que estão comentando sobre o show de horror transmitido em rede nacional. E dar alguns pitacos, obviamente.

No rolar da timeline, me apareceu o seguinte tweet do humorista Léo Lins: "Por mim o voto podia ser eletrônico, papel, erguendo a mão, salva de palmas… Desde que NÃO fosse OBRIGATÓRIO"

Não consegui evitar de pensar que ele não está certo. Também não está exatamente errado. Mas não está conceitualmente certo, afinal, o voto não é obrigatório. Explico.

Pense numa reunião de condomínio, assembleia de classe, concurso de talentos ou qualquer outra situação em que haja um grupo de pessoas no mesmo ambiente com o propósito de tomar uma decisão em grupo. A dinâmica deste ambiente é quase sempre a mesma. 

Quem é a favor da proposta levanta as mãos, que são contadas e baixadas. Na sequencia levantam as mãos aqueles contrários à proposta, que são contados e baixam os braços. Aqueles que não se posicionam, não levantam as mãos a favor nem contra, automaticamente, se abstem da decisão, não são contados, anulam a própria existência.      

Numa eleição "eleição", como a do próximo domingo, o raciocínio é o mesmo. Ninguém obrigado a votar. Ninguém é obrigado a decidir, a se posicionar, a votar. Só é necessário ir até o local definido em seu cadastro (que é de escolha do próprio cidadão) e confirmar que não se sente capacitado como um ser atuante da sociedade. Como figurante que é, apenas ocupando espaço na cena, pode simplesmente apertar o botão "Branco" e voltar à sua existência vazia. Se ganhasse um pirulito na saída, ninguém reclamaria.

Há também a possibilidade, para os birrentos, de colocar qualquer número que não esteja vinculado a nenhum candidato e anular o voto. Tem o mesmo efeito do voto em branco, mas dá ao indivíduo a sensação de que está enfrentando o sistema, sendo revolucionário. 

Nem aquele que apertou no "Branco", nem o que anulou o voto realmente votou. No máximo os dois serão computados no percentual que é eliminado para o cálculo dos votos válidos, que são aqueles que realmente interessam. Vale sempre ressaltar que voto nulo não anula eleição.

Não votou e não recebeu punição alguma. Não há punição alguma prevista para esta atitude. 

Não sendo proibido não votar, podemos entender que não é obrigatório o voto.

Correto?

Por Arthur Lessa 21/09/2022 - 18:17 Atualizado em 21/09/2022 - 18:31

Em entrevista ao canal BMC News na última terça-feira (20), o diretor financeiro (CFO) da Kepler Weber, Paulo Polezi, falou sobre as perspectivas da agroindústria brasileira, os resultados animadores registrados recentemente, e novos projetos que estão no planejamento de expansão da  empresa, que é a grande líder nacional no setor de armazenagem de grãos. Entre os destaques da entrevista, está a agrotech criciumense Procer. 

Polezi reforçou que já é comum que os tratores e colheitadeiras das grandes plantações sejam automatizadas, tendo o operador como uma espécie "backup", e o mesmo vale para a armazenagem. Segundo ele, a maior preocupação é controlar questões como a umidade e temperatura dos grãos dentro dos silos, garantindo menor perda de safra. "E quando você coloca essa tecnologia em cima, você consegue controlar isso remotamente, através de programas, de sensores, de predição. [Com isso] você consegue controlar e garantir seu maior poder de venda".

Para garantir a qualidade desses sistemas, além de tercriado o próprio sistema de monitoramento, Sync, a Kepler Weber investe em empresas já consolidadas no mercado. Entre elas está a Procer, que ele cita como referência de digitalização e termometria dos grãos. "Juntando as forças, Kepler e Procer, poderemos avançar mais rápido e atingir tanto os novos projetos, que já saem da fábrica com a tecnologia embarcada, quanto as plantas mais antigas", explica Polezi.

O diretor reforçou ainda que está em fase de conclusão a aquisição de 50% do capital da Procer pela Kepler Weber. 

Confira abaixo o que disse Paulo Polezi, CFO da Kepler Weber.

 

Por Arthur Lessa 16/09/2022 - 11:34 Atualizado em 16/09/2022 - 11:45

A Engie Brasil Energia, sediada em Florianópolis (SC), anunciou em fato relevante nesta quinta-feira, 15, a venda da Usina Termelétrica Pampa Sul, de Candiota (RS), encerrando o processo de desinvestimento da empresa na geração de energia por carvão.

“Estes movimentos foram acompanhados de massivos investimentos em energia eólica e solar, além de infraestrutura de transmissão, que são os nossos vetores de crescimento para contribuir com uma matriz cada vez mais renovável para o país”, destaca Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie.

A térmica, que era a última termelétrica no portfólio da companhia, tem capacidade de 345 megawatts (MW) pode gerar energia suficiente para atender cerca de 1,3 milhão de pessoas. 

Assumem a planta os fundos de investimento em participações Grafito e Perfin Space X, geridos pelas empresas Starboard e Perfin, repectivamente, numa operação de aproximadamente R$ 2,2 bilhões, dividido entre o preço da venda, no montante de até R$ 450 milhões, e da assunção do endividamento pelos compradores, no valor aproximado de R$ 1,8 bilhão.

A usina tem contratos de longo prazo de venda de energia no mercado regulado até 2044 e um custo variável que gira em torno de R$ 60 por MWh.

Transição para as matrizes renováveis

Desde 2016, a Engie se desfez de quatro térmicas no Brasil, com plano de sair dos combustíveis fósseis. Uma delas foi o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, vendido em agosto de 2021 para a Fram Capital, que pagou R$ 315 milhões pelo ativo de capacidade instalada de 857 MW.

A Engie assumiu um compromisso global de abandonar o carvão até o ano de 2027. No Brasil, a meta era sair do segmento até 2025.

“A ENGIE Brasil Energia caminha para se tornar 100% renovável, um objetivo que vem sendo perseguido há pelo menos seis anos, quando decidimos acelerar a saída das operações a carvão no país em linha com a diretriz global do Grupo ENGIE, direcionando esforços e investimentos aos empreendimentos de geração eólica e solar, além de infraestrutura de transmissão. Após o fechamento da operação de venda da Usina Termelétrica Pampa Sul, avançaremos em nossa estratégia, nos consolidando como a maior empresa de energia limpa do setor elétrico brasileiro, totalizando 8.096,0 MW de capacidade instalada própria proveniente de fontes renováveis”, declarou Sattamini.
 

Por Arthur Lessa 31/08/2022 - 17:39 Atualizado em 31/08/2022 - 18:21

Se inventassem, não seria fácil de acreditar. Mas aconteceu.

O domínio Bolsonaro.com.br, que desde 2000 era usado pela equipe do atual presidente Jair Bolsonaro, ficou disponível por falta de renovação e foi registrado por Gabriel Baggio Thomaz em 25 de janeiro deste ano. Com posse do endereço eletrônico, Thomaz, ou sua equipe, ou algo do tipo, criou um site que se declara "uma galeria de arte digital e acervo jornalístico relacionado à família Bolsonaro" e tem como chamada principal o texto intitulado "A Ameaça ao Brasil".

Entre os materiais, além de textos, imagens com referências nazistas, ilustrações com o próprio presidente, além dos filhos e Donald Trump.

Até o fim da tarde desta quarta-feira (31), já havia sido apurado pelo portal Metropole que Gabriel declara morar em Curitiba, é empresário e venceu licitações com o governo federal durante a gestão Dilma Rousseff.  

Em busca na ferramenta Wayback Machine, que arquiva imagens antigas de sites, é possível confirmar que o endereço hospedava um site favorável ao presidente pelo menos até abril de 2021.

De acordo o site do Correio Brasiliense, não se sabe porque Carlos Bolsonaro perdeu o prazo de renovação do domínio e a equipe jurídica da campanha de Bolsonaro deve apresentar ainda nesta quarta um denúnica contra Thomaz junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Por que isso é tão incrível?

Primeiramente é importante saber que domínio é o endereço, não o site. É literalmente apenas o www.sitedofulano.com.br . Por se tratar de algo tão simples, também é extremamente barato. Registrando um endereço que esteja disponível pelo site de domínios  Registro.BR, por exemplo, o custo é de no máximo R$ 40 por ano (renovação por períodos maiores tem desconto).

O que deve ter acontecido é que período de "validade" do domínio venceu sem que os responsável pela manutenção do site tenham notado, não foi renovado, foi congelado (que acontece se não há renovação) e voltou a ficar livre para quem quisesse usar.

Gabriel quis... E está usando.

Por Arthur Lessa 29/07/2022 - 11:17 Atualizado em 29/07/2022 - 14:19

Jogando pra torcida, o Governo Federal excomungou o lucro das estatais, tendo como alvo principal a Petrobras. Acontece que a crise apertou, a situação atual (crise, pandemia, inflação, eleição,…) tornou inevitável o lançamento de benefícios mil, na chamada PEC Kamikaze, que impactarão fortemente o caixa do Planalto.

Sendo assim, o diabo vira anjo, o problema vira solução e, humildemente, o Executivo solicitou antecipação dos “estupradores” dividendos das listadas Petro e Banco do Brasil, além da Caixa e do BNDES.

A petroleira, obediente, já fez sua parte. Anunciou na noite desta quinta-feira (28) a distribuição de R$ 88 bilhões, ou R$ 6,73 por ação. Tendo como base o fechamento de quinta, o dividend yield (DY) dessa distribuição sozinha ficam em 20,84% para PETR4 e 19,38% para PETR3. O pagamento será dividido em duas tranches de R$ 3,366 em 20 de agosto e 31 de agosto. A data de corte (DATA COM) será dia 11 de agosto.

Por conta desse anúncio, às 11h15 desta sexta-feira a ação ordinária (PETR3) tem alta de 5,87%, a R$ 36,77, e a preferencial (PETR4) tem alta de 4,52%, a R$ 33,75. Nesses preços, os DY ficam em 18,30% e 19,94%, respectivamente. Se somarmos as distribuições pagas desde setembro de 2021, o yield é de 44,66% e 40,99%, respectivamente.

Este monstruoso dividendo renderá R$ 32,1 bilhões em dividendos ao Governo Federal, sendo R$ 25,2 bilhões destinados ao Tesouro e R$ 7 bilhões ao BNDES.

Por Arthur Lessa 28/07/2022 - 13:57 Atualizado em 28/07/2022 - 14:34

Adoro frases de efeito, daquelas que em poucas palavras nos trazem grandes reflexões, como “nem tudo o que reluz é ouro” ou “melhor um pássaro na mão que dois voando”. Não precisa dizer mais nada. Ela se completa em si mesma.

Existem também aquelas que servem como gatilho para lembrar de uma lição passada por outra pessoa. Um exemplo legal desse tipo é “vaca não dá leite”, repetida em palestra por Mário Sergio Cortella. Ela sozinha não ensina nada… Na verdade, nem faz sentido. Primeiro porque está incompleta, segundo porque precisa do contexto, que eu apresento abaixo.

Cortella conta que prometia a seus filhos, desde que eles eram pequenos, que quando estes completassem 12 anos de idade, o pai os revelaria qual era o segredo da vida. E eles teriam o compromisso de não revelar para os irmãos mais novos.

Diz ele que todos aprenderam e, por isso, são bem-sucedidos em suas carreiras.

Um deles, André, o mais velho, não aguentando de ansiedade, acordou o pai às 4 horas da madrugada do dia em que completou os aguardados 12 anos.

- Pai…

- Oi, filho.

- Hoje é meu aniversário…

- Que bom, filho! Parabéns!

- Então… Hoje eu tô fazendo 12 anos…

- Que bom! Fico feliz.

- Então, pai… Hoje é o dia em que você vai me contar o segredo da vida!

- É verdade, filho.

E contou, como contou para os outros.

- O segredo da vida é: Vaca não dá leite.

- An?

- Vaca não dá leite… Você tem que tirar!

Esse é o segredo da vida, segundo Cortella. E você, ao ver a frase completa, pode já ter concordado. Mas vamos desenvolver essa ideia, segundo o próprio professor.

Para conseguir o leite você precisa:

  • Acordar as 3 horas da manhã;

  • Entrar no curral;

  • Amarrar a vaca (pra ela não fugir);

  • Amarrar as pernas da vaca (pra ela não te dar um coice);

  • Amarrar o rabo da vaca;

  • Entrar no meio daquela bosta toda;

  • Sentar num banquinho;

  • Segurar na teta dela;

  • E, só então, ordenhar!

Convenhamos… A vaca definitivamente não dá leite!

O sentido dessa história é entender que não se deve esperar que a vida te entregue nada. A vida (Vaca) não te dá leite (sucesso, dinheiro, conquistas, cargos,…). Você tem que ir lá e tirar o leite dela.

Mais que reforçar a importância do ouvinte entender isso, Cortella expressa a necessidade de que esse conceito seja passado para as próximas gerações.

Segundo ele, “se nós criarmos as novas gerações com a ideia de que vaca dá leite, eles poderão ser medíocres. Porque aguardarão que as coisas venham”.

Além dessa lição, o video abaixo tem uma lição extra baseada em Bill Gates e Mark Zuckerberg.

Mas, pra reforçar a ideia na sua cabeça, não vou dar o “leite”. Aperte o play e vá tirar!

 

Por Arthur Lessa 25/07/2022 - 17:48 Atualizado em 25/07/2022 - 17:50

É destaque de agora no UOL: "Governo pede a Petrobras, Caixa, BB e BNDES antecipação de dividendos para bancar auxílios"

A justificativa para o pedido não traz nenhuma novidade. Com a previsão de redução de arrecadação e aumento de custos públicos, ambos decorrentes da PEC Kamikaze (ou dos Benefícios), o Governo Federal precisa realmente reforçar seu caixa. Mas o que chama atenção é o passado recente.

Acompanhamos há meses uma série de críticas de diversas autoridades do Planalto ao fato de estatais darem lucro, incluindo o ministro Paulo Guedes, especialista no Mercado Financeiro. A Petrobrás, alvo favorito dos ataques por conta dos aumentos sucessivos do preço dos combustíveis, o que pega mal em ano de "renovação de contrato" do Executivo, chegou a ser relegada. Virou filho pródigo. O presidente chegou a falar que a União não tinha comando sobre a empresa, que a Petro não é estatal, que era um absurdo distribuir dividendo porque só enchia os bolsos dos investidores internacionais. Como é batida essa imagem do monstro "investidor internacional", não? Parece o Homem do Saco dos meus tempos de criança.

Agora, quando a conta aperta, os mesmos que batiam vem pedir favor. Seguindo a linha do video da Magalu de semana passada, consigo imaginar alguém em Brasília pedindo que sejam distribuídos "aqueles proventos gostosos o mais rápido possível, por favor". Mas, oras bolas... Não era um pecado dar lucro? Mas agora que precisa, são esses lucros que vão salvar a lavoura?

Não estou criticando o pedido. Entendo que seja o que justifica ter empresas estatais. Petrobras e Banco do Brasil, com ações na B3, e Caixa e BNDES, de capital fechado, são empresas. E, como tal, tem o lucro como sinal de eficiência. A alma de uma empresa é o lucro. Se não tem lucro, não é empresa. É agência, autarquia, secretaria ou algo do tipo. 

O que é preciso é que nós, brasileiros e, principalmente, aqueles que são investidores, não tenhamos memória curta. É importante lembrar do ontem para bater com o hoje e ver quem tem constância e quem se contradiz. E estes, ao discutir consigo mesmos, devem ser ouvidos com um pé atrás.

E, para contextualizar, vale lembrar que, apenas em 2022, o Governo, como acionista majoritário que é, recebeu só da Petrobras o montante de mais de R$ 32 bilhões. Entre 2019 e 2021 foram R$ 35 bilhões. Ou seja, se tem alguém que não pode reclamar dos dividendos das estatais é o Tesouro Nacional.
 

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Copyright © 2024.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito