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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 05/11/2018 - 14:56

A politica em todos os tempos sempre procurou se intrometer no futebol afim de capitalizar em razão da paixão dos torcedores, principalmente em Copas do Mundo.

Por exemplo, em 1934 quando da disputa do segundo mundial da história, a Itália anfitriã vivia sob o jugo do fascismo e teve o ditador Benito Mussolini interferindo pessoalmente nas escalas dos árbitros em jogos Itália que acabou vencendo sua primeira Copa do Mundo. 

Em 1978 a Argentina vivia sob a ditadura dos militares e chegou ao título cercada da polemica partida contra o Peru que anos depois ficou comprovada o acerto entre as duas Confederações.

General Jorge Videla, ditador, comemorando a vitória no Mundial de 1978

São situações históricas mais escancaradas no envolvimento da política no mundo do futebol.

Pelo futebol brasileiro temos o exemplo de 1970 quando o país também vivia um regime militar o presidente de plantão, Garrastazu Médici teve ingerência direta na CBD exigindo a demissão do técnico João Saldanha que era comunista declarado que havia vencido os seis jogos que o Brasil disputou pelas eliminatórias. Foi substituído pelo Zagallo que conquistou o tri.

Outro exemplo gritante vivido no Brasil foi a escolha para a sede do Mundial de 2014. Ainda se investiga o uso de propina para os cardeais da FIFA decidirem pelo Brasil com um forte lobby do governo brasileiro que teria que retribuir às grandes empreiteiras com a construção de estádios quase todos com superfaturamento que se revelaram sem qualquer utilidade. 

E por aí vai, quem tiver curiosidade e tempo que procure tantas outras ligações do futebol com a política que certamente todas virão cheias de escândalos. 

Por João Nassif 05/11/2018 - 07:50

Faltam quatro rodadas para o final da série B e somente uma certeza. O Fortaleza garantiu o acesso e caminha com solidez para ser o campeão. 

São sete pontos a diferença para o CSA, segundo colocado, e dificilmente o Leão do Pici deixará de vestir a faixa, mesmo porque haverá amanha o confronto direto e o jogo será na capital cearense. Tem tudo para ser o jogo do título.

O CSA que a exemplo do próprio Fortaleza veio este ano da série C está muito próximo do acesso. Nos três jogos que irão faltar, dois serão contra adversários que também buscam a classificação. Vai enfrentar nos dois próximos jogos Atlético de Goiás e Avaí, ambos em Maceió e fechará a campanha contra o Juventude em Caxias do Sul. 

O CSA tem até agora a segunda melhor campanha como mandante, fica atrás somente do Fortaleza. Se confirmar seu rendimento também estará na série A em 2019.

O Avaí, terceiro colocado, vem fazendo boa campanha com três vitorias e dois empates nos últimos cinco jogos. O problema é que tem a tabela mais complicada entre os times que estão neste momento no G-4. Amanhã vai enfrentar o Atlético-GO em Goiânia, depois pega o Fortaleza na Ressacada, em seguida jogará contra o CSA em Maceió e terminará o campeonato contra a Ponte Preta em Florianópolis. A Ponte, mesmo em sétimo lugar ainda sonha com o acesso. Vida dura para os comandados pelo Geninho.

Finalmente o Goiás, quarto colocado, que perdeu a chance de se posicionar melhor na classificação ao levar dois gols nos acréscimos aqui em Criciúma na última rodada e ficar num empate que poderá ter lhe custado o acesso. Mas, tem uma sequencia em tese mais favorável até o final.

Hoje enfrenta em Goiânia o Sampaio Correa que luta contra o rebaixamento. Depois jogará fora de casa contra Coritiba e Oeste que estão no meio da classificação e apenas cumprirão tabela até o final e finalizará a campanha em casa contra o Brasil. Se não vacilar como no último jogo tem time para subir.

Vila Nova, Londrina, Atlético-GO e Ponte Preta são outros times com potencial de acesso, mas não dependem somente de seus resultados, ficam refém de combinações para alcançar a série A.

E lá embaixo na classificação o quadro ainda está indefinido. Mais duas rodadas e teremos um quadro definitivo daqueles que cairão para a série C. Quem chegar aos 42 pontos estará livre do descenso.
 

Por João Nassif 04/11/2018 - 19:21

Ontem falei sobre os confrontos entre Brasil e Alemanha que juntos têm nove títulos de Copas do Mundo. Hoje é a vez de Brasil e Itália, também são nove títulos de Copas do Mundo. Junto com a Alemanha as três seleções dominam os Mundiais já realizados.

Brasil e Itália já se enfrentaram 16 vezes entre jogos oficiais e amistosos. O primeiro confronto aconteceu na França pela semifinal da Copa do Mundo de 1938 e os italianos venceram por 2x1.

Este jogo em 1938 foi o primeiro de cinco partidas em que as seleções se encontraram valendo pelos Mundiais de futebol.

Em todas estas cinco partidas nenhuma seleção tem vantagem, foram duas vitórias brasileiras, duas italianas e um empate na decisão da Copa de 1994 que terminou em 0x0 e o Brasil foi campeão na disputa por pênaltis.

As duas vitórias brasileiras foram conseguidas no México por 4x1 na final de 1970 e na Argentina por 2x1 em 1978 na decisão do terceiro lugar.

Brasil x Itália no Mundial de 1982

A Itália além da vitória no primeiro confronto venceu também em 1982 na Espanha por 3x2 na segunda fase do torneio eliminando da Copa a seleção brasileira. 

A vitória na final da Copa de 1970 foi o maior placar nos 16 jogos entre as duas seleções. Outro 4x1 a favor do Brasil foi também registrado num amistoso em 1976 disputado nos Estados Unidos.

Nos 16 jogos entre as duas seleções a brasileira venceu oito, a italiana cinco e aconteceram três empates. O Brasil marcou 30 gols e a Itália 23.

Por João Nassif 04/11/2018 - 13:56

Quem disse que a camisa não pesa no futebol?

O Próspera é exemplo clara e total desta afirmação. Mesmo voltando recentemente ao profissionalismo construiu um grupo de jogadores que entenderam a mística que envolve o clube de muita tradição no futebol catarinense e superando alguns obstáculos conquistou o acesso para a segunda divisão numa vitória épica em Itajaí.

O campeonato foi disputado por clubes que já tinham experiencia na série C, mas, mesmo assim o Próspera mostrou capacidade técnica e acima de tudo a força de uma camisa tradicional com uma torcida fanática que sempre sonhou com o retorno e com um Estádio Mário Balsini novamente recebendo a elite do futebol catarinense.

Todos os amantes do futebol têm que reverenciar um profissional da mais alta qualidade que é o hoje técnico Paulo Baier. Além da estupenda trajetória como jogador de alto nível, neste seu início de uma nova carreira mostrou que tem o conhecimento exato da nova atividade e certamente estará sendo requisitado par prestar serviços em clubes de todos país. 

Foi o grande pilar desta conquista.

O primeiro passo foi dado, agora é continuar arregimentando forças sob o comando do presidente Dorval Arriola Rodrigues para que a próxima temporada na série B também seja de sucesso e que continue o sonho para chegar à elite em 2020. 

A camisa vermelha pode novamente prevalecer.  
 

Por João Nassif 03/11/2018 - 13:13 Atualizado em 04/11/2018 - 13:17

Brasil e Alemanha têm somados nove títulos mundiais, cinco e quatro respectivamente e junto com a também tetracampeã Itália dominam as 21 Copas do Mundo que já foram realizadas.

A seleção brasileira principal ao longo da história enfrentou 23 vezes os alemães, confrontos que tiveram início em 1963 num amistoso vencido pela seleção brasileira em Hamburgo na então Alemanha Ocidental.

Apesar de serem as seleções que mais disputaram jogos em Mundiais, os dois se encontraram somente duas vezes em Copas do Mundo.

Ronaldo comemorando o gol do penta

A primeira foi na final em 2002 em Yokohama no Japão com vitória brasileira por 2x0 e a segunda em Belo Horizonte na Copa de 2014 com o fatídico 7x1 enfiado pelos alemães na disputa das semifinais.

Aliás, este resultado foi a maior goleada nos 23 confrontos. A seleção brasileira venceu por placar elástico em duas oportunidades. Primeiro foi um 4x1 na disputa da Copa Ouro dos Campeões Mundiais disputada no Uruguai em 1981. Na segunda o Brasil venceu por 4x0 em Guadalajara no México em 1999 pela Copa das Confederações.

No total dos 23 confrontos a seleção brasileira venceu 13 jogos, os alemães cinco e ocorreram cinco empates. O Brasil marcou 41 gols e a Alemanha 31.
 

Por João Nassif 02/11/2018 - 13:05 Atualizado em 04/11/2018 - 13:12

Ontem falei da conquista pelo Criciúma do Torneio Paralelo em 1986 e seu consequente acesso para a primeira divisão do campeonato brasileiro. Com 36 equipes classificadas para a segunda fase da competição o Criciúma foi colocado numa chave com outras oito equipes que disputaram quatro vagas em regime de turno e returno.

O primeiro jogo do Criciúma na chamada elite do futebol foi contra o Corinthians em pleno Pacaembu que terminou em 1x1 com gol de Casagrande para o time paulista e o gol de empate foi marcado por Edemílson. 

Além do Corinthians o Criciúma enfrentou o Atlético Mineiro, o Vasco da Gama, o Internacional, o Ceará, o Rio Branco do Espírito Santo, o Nacional de Manaus e o Sobradinho do Distrito Federal.

Gol da vitória sobre o Corinthians em 1986

Ficou classificado para as oitavas de final depois de disputar 16 jogos com sete vitórias, cinco empates e quatro derrotas. Foi o quarto colocado do grupo marcando 14 gols e sofrendo 13.

O último jogo foi o mais emocionante. O Criciúma chegou na rodada final na quarta posição um ponto à frente do Internacional e precisava de uma vitória simples para se classificar. Iria enfrentar o já rebaixado Nacional lá em Manaus, enquanto o colorado gaúcho jogaria também fora de casa contra o Sobradinho.

O Inter terminou seu jogo com vitória tranquila por 3x0 e bola continuava rolando em Manaus. No meio do segundo tempo o goleiro Luiz Henrique do Criciúma defendeu um pênalti. O empate desclassificava o Criciúma até que no último minuto Rached sofreu pênalti que Osmair cobrou para selar a classificação para as oitavas de final.

O Criciúma foi eliminado pelo Fluminense. Venceu no Heriberto Hülse por 2x1 e foi derrotado por 1x0 no Maracanã. 

Por João Nassif 01/11/2018 - 23:41

Thiago Ávila *

Eu sei, não é o melhor time para fazer uma postagem sobre o mais novo pentacampeão Lewis Hamilton, mas o que tem de tão marcante o título deste ano?

Com a conquista, Hamilton se torna o segundo piloto, ao lado de Fangio, com mais títulos mundiais de F1, perdendo apenas para Michael Schumacher, com sete. E esse último foi talvez o mais importante de sua carreira até agora, pois pela primeira vez não teve um carro unanimemente superior.

Respondendo a pergunta do título, sim, Hamilton já pode ser considerado um dos melhores de todos os tempos, diria que está entre os cinco maiores. É inegável que Lewis é o melhor piloto da atualidade, há quem diga que é Alonso, mas já discordo pelo fato de o espanhol, em seu auge, ter quase perdido para o britânico em seu ano de estreia, correndo os dois pela McLaren.

Além disso, a carreira do britânico sempre foi de pouca oscilação, sempre brigando pelo topo da tabela - óbvio que houve aquele período de quase desaparecimento na era Vettel-Red Bull, mas que pelo menos sempre beliscava alguma vitória.

A trajetória de Lewis também se equipara ao de Schumacher. Enquanto o alemão iniciou seus primeiros títulos numa Benetton em ascensão, o britânico deu uma largada sensacional na McLaren. Mesmo consolidado em sua equipe, Schumi partiu para a Ferrari, um desafio novo, e demorou para conseguir transformar aquele carro num hegemônico pentacampeonato. Já Lewis foi para a Mercedes em 2013, numa aposta totalmente ousada, já que a equipe mal era quarta força, e o resto da história vocês já conhecem. Coloco Schumacher ainda um pouco acima pelos sete títulos e por não ter tido um hiato de "desaparecimento" como teve Lewis.

Mas e o Senna, será que o britânico pode passar o brasileiro nessa? Não vejo porque. Na verdade, não consigo ver o brasileiro fazendo uma carreira acima de Lewis. Teve seus bons momentos de Toleman e Lotus, mas foi na McLaren, uma equipe extremamente superior - como a Mercedes nos últimos anos - que conquistou seus três títulos. Tudo bem que Senna teve sua trajetória interrompida por conta de um acidente trágico, e ele estava em seu auge. Mas pegando pelo que se tem de registro de Ayrton, o vejo no máximo do mesmo nível do britânico.

Fechando uma lista de cinco, coloco Fangio e Prost, e fico com pena de ter deixado de fora Piquet, Jim Clark e até Fernando Alonso.

Mas voltando a pergunta do primeiro parágrafo: o que essa temporada tem de tão marcante para Lewis? Hamilton em todos esses anos foi muito criticado por ter ganhado títulos sempre em carros superiores, e ainda mais o seu hiato de cinco anos quase sumido colaborava com a desaprovação. Mas agora, correndo com um carro em diversas ocasiões inferior ao da Ferrari, ganhou o campeonato no braço, e óbvio, contou com uma ajudinha dos erros bobos de Vettel.

Em números, Hamilton e Vettel quase se equiparam, mas no mano a mano, não tem como defender Seb, o britânico é o melhor piloto da década e um dos melhores de todos os tempos.

* Thiago Ávila, Estudante de Jornalismo da PUCRS
 

Por João Nassif 01/11/2018 - 19:42

O ano de 1986 foi o primeiro que pode ser chamado de magico pelo Criciúma EC. Foi campeão estadual pela primeira vez e em seguida ao título disputou um torneio que o levou, também pela primeira vez à elite do futebol brasileiro.

Este torneio classificatório, chamado de “paralelo” foi disputado por nove equipes dos três estados do sul do país. 

A caminhada rumo à primeira divisão nacional começou 07 de setembro com uma vitória em casa sobre o Novo Hamburgo por 2x0. Novamente em casa venceu o Avaí por 1x0.

Fez na sequencia dois jogos como visitante, empatando com o Marcílio Dias em 1x1 de vencendo o Brasil por 2x1. Em seguida venceu o Londrina por 3x1 no Heriberto Hülse e também o Pinheiros por 2x1 em Curitiba.

Seguindo com a invencibilidade terminou o torneio com vitória em casa sobre o Juventude por 1x0 e um empate em 0x0 jogando em Cascavel no dia 05 de outubro.

Campeão catarinense este time ganhou invicto o Torneio Paralelo em 1986

Resumindo, disputou oito jogos em 28 dias e terminou invicto com seis vitórias e um empate. Esta campanha deu ao Criciúma o direito de continuar no campeonato brasileiro, agora enfrentando alguns dos principais times do país.

O Criciúma entrou na segunda fase do campeonato composta por 36 equipes divididas em quatro chaves com nove em cada uma. Ficou no grupo com Atlético-MG, Internacional, Corinthians entre outros e conseguiu se classificar para as oitavas de final.

A primeira participação do Criciúma entre os grandes do futebol brasileiro será meu destaque de amanhã neste espaço.

Tags: Criciúma EC

Por João Nassif 31/10/2018 - 19:37 Atualizado em 01/11/2018 - 16:41

Depois de muitas frustrações por não conquistar o ouro olímpico a seleção brasileira finalmente conseguiu em 2014 o único torneio internacional que ainda não havia vencido. 

Em alguns havia chegado muito próximo, disputando algumas finais, mas o de 1988 foi a mais dolorosa quando foi derrotada pela União Soviética numa campanha que sobrou em emoções, faltando apenas a finalização para a conquista do ouro.

Brasil x URSS final olímpica em 1988

Entre outros destaques a seleção treinado por Carlos Alberto Silva contava com Romário e Bebeto iniciando suas caminhadas pelos gramados do planeta, culminando com o título do Mundial de 1994, com Taffarel já mostrando o grande goleiro que em breve seria titular da seleção principal e também campeão do mundo, com Geovane meio campista do Vasco considerado o melhor jogador das Olimpíadas de Seul. 

Na primeira fase o Brasil foi o primeiro colocado em seu grupo com três vitórias sobre a Nigéria por 4x0, Austrália por 3x0 e Iugoslávia por 2x1.

Nas quartas de final despachou a Argentina com vitória por 1x0 e nas semifinais venceu a Alemanha Ocidental nos pênaltis por 3x2. Neste jogo surgiu o fenômeno Taffarel que pegou um pênalti no tempo normal quando o jogo estava empatado em 1x1 e pegou mais dois na decisão.

A final foi contra a União Soviética e nova frustração por não ter conseguido a medalha de ouro. Os soviéticos venceram por 2x1 na prorrogação. 

Com sete gols Romário foi o artilheiro das Olimpíadas de 1988 na Coréia do Sul.   
 

Por João Nassif 31/10/2018 - 08:08 Atualizado em 31/10/2018 - 08:08

Foi traumática a eliminação do Grêmio da Libertadores. 

Traumática pelas circunstancias de uma classificação praticamente garantida para a frustração de uma Arena lotada e confiante em mais uma final que poderia gerar um tetracampeonato no torneio.

O futebol tem o poder de fazer resultados quando menos se espera e isso causa um trauma que ficará para sempre marcado na memoria de todos que o acompanha.

Voltando alguns anos no tempo, em 2012 nas quartas de final, Diego Souza, hoje no São Paulo e à época jogador do Vasco da Gama perdeu o gol da classificação cara a cara Cássio e o Corinthians ressuscitou para vencer sua Libertadores. Agora foi a vez do atacante Everton, que na frente do goleiro argentino não conseguiu fazer 2x0 e garantir a classificação.

Mesmo assim o Grêmio tinha o controle do jogo, continuou com sua postura defensiva e não corria riscos até que uma falta quase frontal, uma bola jogada na área foi o início da virada que seria concretizada num pênalti marcado com o auxílio do VAR. 

Até aqui apenas a descrição do que era visto por todos.

Minha opinião, o Grêmio jogou como time pequeno não entendendo o ambiente e o próprio adversário. Se na Argentina jogando para empatar e conquistando uma vitória simples na aposta da bola parada, em casa teria que ter pelo menos mais ambição, não fugir de seu estilo que lhe rendeu avaliação de melhor time do Brasil na atualidade. 

Mas, não. Botou o regulamento debaixo do braço e foi derrotado por um time infinitamente superior no confronto e viu cair por terra o planejamento para levantar outra taça. E não cabe o choro do técnico, responsável pela postura do time e as acusações feitas sobre a arbitragem. Prefiro as palavras do goleiro Marcelo Grohe, sóbrias e reconhecendo o adversário e o acerto na marcação do pênalti.
 

Por João Nassif 30/10/2018 - 22:50

Em números absolutos em duas Copas do Mundo foram registrados o maior número de gols. A primeira em 1998 na França e a outra, a segunda, em 2014 aqui no Brasil. Em ambas foram marcados 171 gols em 64 jogos com média de 2,67 gols por jogo.

Em função do regulamento que foi alterado várias vezes pelo número de participantes em muitos Mundiais a média de gols por jogo também variou assim como o número de gols marcados.

Por exemplo, a Copa com a maior média de gols foi a de 1954 na Suíça quando foram marcados 140 gols em 26 jogos, deu a média de 5,4 gols por jogo.

No terceiro Mundial da história, em 1938 na França em 18 jogos os ataques marcaram 84 gols. Média de 4,67 gols por jogo.

Seleção húngara em 1954

A Hungria em 1954 marcou 27 gols em cinco jogos e carrega até hoje o maior número de gols marcados por uma seleção em uma única edição de Copa do Mundo.

A Copa de 1982 na Espanha que registrou a maior goleada de todos os tempos na vitória da Hungria sobre El Salvador por 10x1 a média de gols ficou em 2,81. Em 52 jogos foram marcados 146 gols. Até agora em 21 Mundiais disputados na história já foram realizados exatos 900 jogos e marcados 2.548 gols o que dá a média de 2,64 gols por jogo.

A seleção brasileira tem o recorde de gols marcados em todos os Mundiais. Marcou 229 gols em 109 jogos.  

Por João Nassif 29/10/2018 - 17:11

O maior artilheiro da seleção brasileira em jogos por eliminatórias às Copa do Mundo é Zico que marcou um total de 11 gols. O Galinho de Quintino disputou três edições das eliminatórias para os Mundiais de 1978, 1982 e 1986.

O jogador que mais marcou numa única edição de eliminatórias foi Tostão com seus 10 gols que ajudaram a seleção na conquista da vaga para a Copa do México em 1970.

Tostão em jogo das eliminatórias em 1969

O Brasil estava numa chave ao lado da Colômbia, Paraguai e Venezuela onde todos se enfrentaram em turno e returno. A seleção brasileira se classificou invicta vencendo todos os seis jogos. 

Começou a caminhada jogando na Colômbia e vencendo por 2x0 com dois gols de Tostão. Foi até a Venezuela e goleou por 5x0 com três gols do atacante e terminou o primeiro turno vencendo em Assunção por 3x0.

No returno fez os três jogos em casa sempre jogando no Maracanã. Foi logo fazendo duas goleadas, 6x2 na Colômbia com dois gols de Tostão que fez mais três na vitória de 6x0 sobre a Venezuela. No último jogo, já classificado a seleção brasileira venceu o Paraguai por 1x0.

Resumindo, Tostão fez 10, quase metade dos 23 gols marcados pelo Brasil em seus seis jogos.
 

Tags: Tostão Zico

Por João Nassif 29/10/2018 - 09:07

Passado o calor das eleições e com os quadros todos definidos, volto a ter olhos para o futebol, principalmente para o Criciúma que tem mostrado toda sua fragilidade nos momentos decisivos da série B.

Depois de emendar sete jogos de invencibilidade, nos últimos quatro o Criciúma obteve dois empates e duas derrotas contra equipes que estão a seu lado na classificação. Quer dizer, em jogos que podemos chamar de “seis pontos”, ganhou apenas dois.  

Destes quatro adversários já foi ultrapassado pelo São Bento, permaneceu atrás de Figueirense e Oeste e viu o Brasil de Pelotas se aproximar. Não que corra riscos de rebaixamento, pois a distancia do Z-4 ainda é folgada, de seis pontos com 15 ainda em disputa, a briga tem que ser pela 12ª colocação que garantirá calendário nacional para a base em 2019.

Pode perfeitamente alcançar esta condição, pois terá três jogos em casa, começando pelo Goiás amanhã. O time goiano dá impressão de ter perdido forças nesta reta final. Depois de uma sequência de três vitórias e dois empates que o colocou na vice-liderança perdeu os dois últimos jogos, caiu para quarto lugar e está ameaçado pelos dois outros times do estado. Atlético e Vila Nova podem ultrapassá-lo na rodada.

Depois enfrentará no Heriberto Hülse, CRB e Sampaio Correa, dois que lutam para não cair. Ainda jogará fora de casa contra Londrina e Vila Nova que brigam pelo G-4. Por isso não se assustem, vai jogar a série B em 2019.

O técnico Mazola Júnior tem afirmado quase sempre que conhece a série B como ninguém, por isso deverá fazer com que o time consiga os pontos que podem levar as categorias de base jogar competições nacionais em 2019.
 

Por João Nassif 28/10/2018 - 07:07 Atualizado em 29/10/2018 - 07:10

O ano de 1919 ficou na história do futebol brasileiro, pois pela primeira vez o país organizou uma competição de nível internacional. O Brasil assim como o mundo todo sofria com a epidemia da gripe espanhola conseguiu trazer três seleções sul-americanas para o torneio que teve o Rio de Janeiro como palco.

Argentina, Chile e Uruguai foram os adversários na terceira edição do Campeonato Sul-Americano de seleções. 

No Estádio das Laranjeiras a seleção brasileira goleou o Chile por 6x0, derrotou a Argentina por 3x1 e empatou com o Uruguai em 2x2.

Como os uruguaios haviam vencido a Argentina por 3x2 e o Chile por 2x0 as duas seleções terminaram no final empatadas na primeira posição havendo necessidade de um jogo estra para definir o campeão.

No dia 29 de maio com o Estádio das Laranjeiras lotado com 20 mil torcedores o jogo terminou empatado em 0x0 e foi necessária uma prorrogação. 

Seleção brasileira de 1919

Arthur Friedenreich, o melhor jogador do país marcou no finalzinho do tempo extra o gol que deu ao Brasil o primeiro título da sua história no Campeonato Sul-Americano. 

A seleção brasileira foi campeã do torneio mais duas vezes, em 1922 e 1949, sempre como país sede até que em 1975 a competição passou a ser chamada de Copa América. 

O Brasil foi cinco vezes campeão das 16 edições da Copa América disputadas até hoje.  

Por João Nassif 27/10/2018 - 19:01 Atualizado em 29/10/2018 - 07:04

Quando se aproxima uma Copa do Mundo um dado histórico que sempre vem à tona é a goleada da Hungria sobre El Salvador por 10x1, a maior goleada registra nos 21 Mundiais já realizados. O jogo foi realizado em Elche na Espanha no dia 15 de junho de 1982.

Se a partida entre Hungria e El Salvador ficou na história como a maior goleada, em 1954 na Suíça aconteceu a partida com o maior número de gols marcados em um único jogo em todas as Copas já realizadas. No dia 26 de junho a Áustria bateu os anfitriões por 7x5.

Estes placares extravagantes não se comparam ao que aconteceu nas eliminatórias da Oceania para a Copa do Mundo de 2002. Em Coffs Harbour na Austrália os donos da casa massacraram a seleção de Samoa Americana por 31x0.

As Eliminatórias da Oceania foi toda disputada em território australiano com cinco seleções atrás de apenas uma vaga que dava direito ao vencedor de disputar a repescagem intercontinental contra uma seleção sul-americana.

Obviamente a Austrália ficou na primeira posição vencendo seus quatro jogos sem sofrer gols e marcando um total de 66. Além da vitória sobre Samoa Americana os australianos venceram Tonga por 22x0, Samoa por 11x0 e tiveram dificuldades para vencer a seleção de Fiji por apenas 2x0. 

Na repescagem a Austrália perdeu a vaga para o Uruguai mesmo tendo vencido o primeiro jogo por 1x0 em Melbourne. Na partida de volta perdeu em Montevidéu por 3x0. 


 

Por João Nassif 26/10/2018 - 18:13

Argentina e Uruguai dominaram o futebol sul-americano no início do século passado. A hegemonia começou em 1916 com a disputa do primeiro Campeonato Sul-Americano de Seleções vencido pelo Uruguai na casa dos rivais.

O torneio foi um quadrangular que além de Argentina e Uruguai teve também as participações de Brasil e Chile. Jogaram todos contra todos em turno único.

A seleção brasileira empatou com o Chile e Argentina, dois jogos em 1x1 e foi derrotada pelos uruguaios por 2x1.

A tabela marcou para o último jogo o encontro entre os dois rivais com o Uruguai jogando pelo empate. 

Seleçao do Uruguai em 1916

Todas as partidas do torneio foram disputadas no estádio do Gimnasia y Esgrima no distrito de Palermo em Buenos Aires com capacidade para 17 mil espectadores.

A partida final foi interrompida logo aos 5 minutos, pois houve briga generalizada sem condições de segurança para que o jogo tivesse continuidade.

Com a suspensão da partida foi marcado no jogo para o dia seguinte com a mudança de local. O jogo foi para o estádio do Racing em Avellaneda com arbitragem do chileno Carlos Fanta.

Terminou empatado em 0x0 e o Uruguai foi consagrado como o primeiro campeão sul-americano de futebol.

Até a primeira Copa do Mundo de 1930 foram disputados 11 Campeonatos Sul-Americanos com cinco títulos do Uruguai, quatro da Argentina e dois do Brasil, em 1919 e 1922.

Por João Nassif 25/10/2018 - 23:15

A primeira edição da Copa Libertadores da América foi realizada em 1960 com a participação de apenas sete clubes todos campeões dos países convidados pela Confederação Sul-Americana de Futebol.

Um ano antes quando a competição foi anunciada ainda não existia no Brasil um torneio que pudesse indicar o campeão para representar o país na Libertadores.

Por isso a CBD, precursora da CBF resolveu criar ainda em 1959 a Taça Brasil, uma disputa entre os campeões de alguns estados do país. Um total de 16 clubes participaram da primeira edição do torneio, Santa Catarina foi representada pelo Hercílio Luz de Tubarão que havia sido campeão estadual em 1958.

Ainda no embrião a I Taça Brasil foi regionalizada, ainda não havia a facilidade de deslocamentos da atualidade e também a cobertura dos custos, pois o futebol brasileiro ainda engatinhava no profissionalismo.

Na decisão da Zona Norte a disputa foi entre o Bahia e o Sport Recife. Os baianos venceram em casa o primeiro jogo por 3x2 e foram goleados em Pernambuco por 6x0. Como à época não havia saldo de gols no terceiro jogo, também em Recife o Bahia venceu por 2x0.

O Grêmio foi campeão da Zona Sul derrotando na final o Atlético Mineiro duas vezes, por 4x1 em Minas e por 1x0 em Porto Alegre.

O regulamento privilegiava os campeões estaduais em 1958 de São Paulo e Rio de Janeiro, por isso Santos e Vasco da Gama entraram somente nas semifinais. 

Nas semifinais o Santos eliminou o Grêmio com vitória por 4x1 na Vila Belmiro e empate em 0x0 no Olímpico. O Bahia passou pelo Vasco depois de vencer por 1x0 no Maracanã e perder em casa por 2x1. No jogo extra o Bahia foi para a final com vitória por 1x0 na Fonte Nova.

Na decisão deu Bahia sobre o Santos de Pelé. Novamente houve necessidade de um terceiro jogo. No primeiro em Santos o Bahia venceu por 3x2. No segundo deu Santos, 2x0 em Salvador.

No jogo final disputado no Maracanã o Bahia venceu por 3x1 e se tornou o primeiro campeão da Taça Brasil.
 

Por João Nassif 24/10/2018 - 23:59 Atualizado em 25/10/2018 - 00:02

Tentar entender o regulamento da Copa João Havelange que substituiu o campeonato brasileiro em 2000 é uma árdua tarefa, pois somente o futebol brasileiro foi capaz que inventar uma competição disputada por 116 equipes divididas em quatro módulos.

Fui em frente e consegui o básico para poder explicar a vocês.

O módulo azul, tipo a primeira divisão foi disputado por 25 clubes classificando-se 12 para a fase final.

No módulo amarelo participaram 36 equipes divididas em duas chaves com a classificação para a próxima fase dos oito primeiros de cada chave. Os 16 times que passaram para a segunda fase disputaram as oitavas de final com a classificação dos dois finalistas mais o de melhor campanha que foi eliminado nas semifinais. Portanto passaram três clubes para a fase final.

Os módulos verde e branco contaram com 28 e 27 clubes, respectivamente e depois de várias fases se misturaram e sobrou apenas um classificado para a fase final.

Portanto, 12 clubes do módulo azul, três do amarelo e um do confronto entre o verde e o branco sobraram 16 que foram para disputa final em busca do título.

A fase final do campeonato começou com as oitavas de final em jogos eliminatórios até o confronto entre Vasco da Gama e São Caetano que sobraram para a decisão do título.

O primeiro jogo foi em São Paulo no estádio Palestra Itália e houve empate em 1x1. A partida final foi disputada em São Januário no dia 30 de dezembro e foi suspensa devido à queda do alambrado que deixou mais de 150 feridos.

Foi marcado novo jogo para o dia 18 de janeiro de 2001 e o Vasco da Gama no Maracanã venceu por 3x1. Foi o quarto título do Vasco no campeonato brasileiro. O time da cruz de malta já havia sido campeão em 1974, 1989 e 1997.

Fiz um resumo da competição que teve 1.065 jogos e a marcação de 2.970 gols com a boa média de 2,79 gols/jogo.

O artilheiro foi o atacante Adhemar do São Caetano que marcou 22 gols. 

Por João Nassif 23/10/2018 - 23:59 Atualizado em 24/10/2018 - 00:00

Ontem registrei aqui como surgiu a expressão “rolo compressor”, apelido dado ao time do Internacional que reinou no campeonato gaúcho na década de 1940.

Alguns anos depois a expressão foi repetida com a ascensão do time do Flamengo que em 1953 iniciou a conquista do segundo tricampeonato da sua história.

O ataque rubro negro ganhou a denominação por ter goleado o Vasco da Gama, seu arquirrival, por 4x1 na decisão do campeonato carioca. O jogo foi disputado no dia 10 de janeiro de 1954 no Maracanã com público de 132.500 torcedores.

O título foi conquistado com uma rodada de antecedência, pois na rodada anterior o Fluminense que ainda tinha chances matemáticas para se tornar campeão foi derrotado pelo Bangu deixando o Flamengo a uma vitória do título.

O campeonato carioca daquele ano foi disputado em duas etapas por 12 equipes que jogaram a primeira fase em turno e returno com a classificação dos seis primeiros para a fase final.

Os quatro grandes mais América e Bangu foram para a última etapa do campeonato. O Flamengo terminou a primeira fase na primeira colocação com 36 pontos ganhos.

Na fase final com os seis classificados jogando em turno único o Flamengo foi campeão invicto vencendo todos os jogos que realizou. Por isso foi também chamado de  “rolo compressor”. 

Ganhou do Fluminense por 2x1, do América por 2x0, mesmo placar na vitória sobre o Bangu, fez 4x1 no Vasco e terminou a campanha vencendo o Botafogo por 1x0.

O artilheiro do campeonato foi também do Flamengo, o paraguaio Benitez que marcou 22 gols. 
 

Por João Nassif 23/10/2018 - 10:00

Thiago Ávila *

Pense em um cara emburrado, que nunca sorri, que parece nunca estar satisfeito com nada, mas na verdade está sempre tranquilo. Esse é Kimi Raikkonen e o seu jeito finlandês de ser.

Um piloto que teve um início de carreira interessantíssimo e ascendeu ao seu auge muito cedo. Que depois de três anos de Ferrari e um título decidiu dar um "até logo" à F1 e regressar em 2012 para ajudar a nova equipe Lotus. 

Agora já em reta final de carreira, correndo sem compromisso, Raikkonen chegou a marca de 20 vitórias na carreira, mesmo número de seu compatriota Mika Hakkinen, no GP da Austrália em 2013. Fazendo temporadas consistentes na equipe britânica, a Ferrari trouxe o piloto de volta. Óbvio que seria um ótimo negócio para Kimi... Será?

Negócio ruim não foi, já que dois anos mais tarde a Lotus acabou falindo, mas a brilhante carreira de Raikkonen ficou manchada. Uma péssima temporada de reestreia em 2014 e consecutivos anos sendo mero escudeiro de Vettel - e ele ainda faz questão de continuar sendo apenas o cachorrinho que só late e obedece o dono. Resultado disso tudo: 113 corridas seguidas sem vencer.

Eu mesmo já disse várias vezes aqui no blog ou na rádio que o Raikkonen já estava velho, não tinha mais porque continuar na Ferrari e deixar pilotos muito mais interessantes, como Verstappen e Ricciardo, correndo atrás. E não me arrependo.

Nos Estados Unidos ele estava diferente, era o seu dia. Enquanto todos os olhos estavam vidrados no pole position e no quinto lugar no grid, Raikkonen só via a vitória. 

Kimi Raikkonen no pódio em Austin

É aquela história: quando você está no seu momento, tudo dá certo. Kimi pulou na frente logo na largada e seguiu firme na liderança. Tomou um susto quando Hamilton fez a parada antes dele, mas por sorte dessa vez a Ferrari não errou.

O homem de gelo estava feliz, sorridente como nunca visto antes, satisfeito por cumprir sua jornada com a escuderia que compartilhou a maior glória de sua carreira. 

E que se dane Hamilton x Vettel. Domingo foi o dia dele, o dia em que ele se tornou o melhor piloto finlandês da história.

* Thiago Ávila, Estudante de jornalismo da PUCRS

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