A deputada federal Daniela Reinehr (PL-SC) propôs uma audiência pública que discutiu a possível extensão da concessão da BR-101. O encontro aconteceu nesta terça-feira (7), na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados. A concessionária Arteris Litoral Sul poderá ter seu contrato estendido por 15 anos, além dos nove anos restantes, para abarcar a construção de dois túneis na região do Morro dos Cavalos e a expansão da rodovia entre Balneário Camboriú e Itajaí. Este projeto visa resolver um problema histórico de deslizamentos que frequentemente interditam esta rota vital, que conecta Santa Catarina ao Rio Grande do Sul e Paraná. A parlamentar destacou a urgência do projeto durante a audiência: "Quando fiz o requerimento, estávamos enfrentando um deslizamento grave no Morro dos Cavalos. Estas obras são essenciais e há tempos necessárias, e é inaceitável que tenham sido excluídas do contrato inicial de concessão assinado em 2020." O Diretor-Geral da ANTT, Rafael Vitale Rodrigues, explicou que a extensão do contrato permitirá ajustar a tarifa de pedágio à realidade econômica dos catarinenses e incluir mais obras no projeto. Ele antecipa que a construção dos túneis começaria nos primeiros anos da repactuação do contrato, com a tarifa ajustada progressivamente conforme a entrega das obras. O impacto econômico dessa melhoria é significativo. Segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), a fluidez do trânsito poderia gerar um benefício econômico de aproximadamente R$ 9 bilhões até 2032, além de aumentar a segurança para os usuários da rodovia. Participaram da audiência pública o deputado estadual, Carlos Humberto e o deputado federal, Jorge Goetten, ambos do PL. Além do Diretor-Geral da ANTT, Rafael Vitale Rodrigues, o Presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina, Dagnor Schneider e o Presidente da Câmara de Transporte e Logística, representando a Federação das Indústrias de Santa Catarina, Egídio Martorano. Os deputados federais do sul, não participaram do encontro.
Blog Maga Stopassoli
O vereador criciumense, Nícola Martins (PL), se inspirou numa iniciativa que pode provocar uma nova onda de solidariedade. Trata-se da "adoção" de uma cidade do Rio Grande do Sul, por uma cidade catarinense. Foi o que sugeriu, inicialmente, o prefeito Paulinho, de Bombinhas/SC, ao informar que sua cidade vai adotar o município de Eldorado do Sul, um dos mais devastados pela enchente. Seguindo essa linha, Nícola solicitou, por meio do Requerimento 220/2024, que será votado na próxima segunda-feira na Câmara de Vereadores de Criciúma, que o Município de Criciúma participe do processo de reconstrução e retomada do Rio Grande do Sul como uma espécie de "irmã" de um município gaúcho. "Bombinhas já adotou essa medida e acredito que nosso município pode ter essa atitude. Já nos mostramos solidários na ajuda emergencial, mas teremos diversas situações no pós-tragédia que envolvem saúde, infraestrutura, educação e assistência social", explica o vereador.
Nícola destaca que Criciúma poderá realizar intercâmbio com a cidade escolhida, a fim de auxiliar. "Temos empresários, instituições educacionais, entre outras formas de contribuir. Se cada município continuar fazendo sua parte, vamos acelerar esse processo de reconstrução do nosso estado vizinho", finalizou.
A recente tragédia pela qual ainda passa o estado do Rio Grande do Sul mostra que nós não aprendemos nada, nem com a pandemia e nem com o fatídico 8 de janeiro. Esses dois últimos foram momentos em que a racionalidade e a resiliência desapareceram por completo do convívio entre as pessoas. Se, na pandemia, o coronavírus disputava a letalidade com a desinformação, no 8 de janeiro, o país enlouqueceu buscando culpados por um dos episódios mais tristes da nossa história. Nos dois casos, uma velha técnica conhecida por quem entende do riscado funcionou perfeitamente e deu "lucro" a todos os envolvidos: a divisão do país. Desde que direita e esquerda entenderam como o algoritmo (e a mente humana) funcionam, ficou fácil demais conduzir o rebanho. É só analisar um pouco os dados digitais e "entregar" um conteúdo adequado ao que as pessoas estão fazendo na esfera digital.
Dou-lhes um exemplo. Até poucas eleições atrás, quem ditava as regras do jogo eram os partidos e os políticos. O eleitor apenas seguia os comandos. Aqui, me refiro à grande massa e não aos poucos que pertenciam ao grupo dos que tomavam decisão. Desde a chegada da internet e, por consequência, das redes sociais, essa lógica se inverteu. São as pessoas que dizem o que querem ler, assistir e/ou ouvir. Desse modo, são os partidos e os políticos que recebem essas informações e "devolvem" ao seu público, no formato mais adequado. É isso que explica uma série de comportamentos como, por exemplo, a migração partidária. Vamos pegar o caso do PL de Santa Catarina. O partido de Jair Bolsonaro foi o que mais filiou gente no último ano. A troca de partido, para muitos políticos, ocorreu por entenderem que aqui no estado, cerca de 70% das pessoas se declaram de direita ou centro-direita. Então não adiantaria insistir em permanecer em siglas partidárias para as quais, nesse momento, o eleitor torce o nariz. E esse mesmo fenômeno de dizer o que a grande massa quer ouvir acaba colaborando para manter acesa a divisão ideológica que nos trouxe até aqui. É o caso de quem repassa informação sem nenhuma responsabilidade. Desde segunda-feira, informamos aos nossos ouvintes, no programa Adelor Lessa, na Som Maior, que a informação de que estariam multando e/ou exigindo nota fiscal dos produtos transportados em caminhões com destino ao RS, era falsa. Foi o que bastou para reacender uma guerra virtual, adormecida desde o 8 de janeiro. Como assim, nós, jornalistas, não fizemos uma matéria com base nos comentários de vídeos que circulavam nas redes sociais? Essa foi uma das perguntas que o blog recebeu. Também questionaram por qual razão não entrevistamos nenhum caminhoneiro que tivesse sido multado por não a referida nota fiscal. E eu faço questão de responder: porque ninguém quis falar.
E você sabe por que, a mesma pessoa que publica um vídeo na internet com determinada informação, não aceita dar nenhuma entrevista? Porque a coragem que ela tem para publicar algo que, sequer, ela checou, nas redes sociais, é inversamente proporcional à coragem de quando se está na frente de um microfone. Para falar ao microfone, é preciso coragem e responsabilidade. Não há negociação para isso. Não existe nem meia coragem, nem meia responsabilidade. Portanto, não esperem deste blog, posicionamentos feitos de isopor. Não foi o medo de defender o bom jornalismo que me trouxe até aqui, neste espaço nobre que construímos e que é aberto ao contraditório. Foi a coragem de continuar defendendo a boa informação, mesmo quando ela é achincalhada por não dizer o que muitos querem ouvir.
"Maga, mas teve caminhão que foi notificado". O início de uma literal operação de guerra para tentar minimizar o estrago no estado vizinho, teve, ainda, outros percalços, não contabilizados. Como se todos os serviços públicos do Brasil não tivessem seus exageros. Em que mundo vivem as pessoas que se esforçaram para não entender isso? Os caminhões que, porventura, foram notificados por estarem acima do peso, foram 6, num total de quase 8 mil que passaram naquele posto de pesagem, segundo o diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O excesso de peso pode provocar acidentes, além de deteriorar a camada asfáltica. E é bastante óbvio que não era o momento para esse tipo de multa e todas serão anuladas. Pronto. Fim da polêmica. Nenhum caminhão com destino ao estado gaúcho foi impedido de seguir viagem ou de fazer suas entregas.
Mas, houve quem preferisse olhar as pulgas em vez de olhar o camelo. E, assim, mais uma vez, mobilizaram digitalmente uma multidão de gente para manter aquecida a disputa por narrativas. Ainda nesta quarta-feira, em contato com um colega repórter da Rádio Gaúcha, perguntei justamente sobre a informação que circulava nos grupos de WhatsApp, de multa aos caminhões de donativos. "Olha, Maga, essa informação não circula aqui porque não está acontecendo, então nem pautamos, estamos focados em levar informação em tempo real pras pessoas", me respondeu. Pude concluir, com isso, que repassar informação sem responsabilidade é coisa de quem não precisa se ocupar, nem ajudando os outros, nem reconstruindo a própria casa. É coisa de quem não tem muito o que fazer. Para encerrar e provar que a doença das fake news não se resume exclusivamente ao assunto dos caminhões, na noite desta quarta-feira, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu uma nota de esclarecimento dizendo ser falso um vídeo que circula nas redes sociais, sobre proibição de medicamentos doados às vítimas do Rio Grande do Sul. Se você não viu essa polêmica ainda, calma. Alguém ainda precisa medir se esse assunto rende um post com bom engajamento, senão, vai passar batido (risos).
Ah, e sobre aquele assunto: era, é e continua sendo fake news. Podem espernear à vontade.
A JS Pescados, de Itajaí, empresa da família do senador Jorge Seif (PL), emitiu nota, através de seu advogado, Dr. Rodrigo Fernandes, sobre a informação de apreensão de drogas no local. Veja o que diz a nota:
Nota à Imprensa
Em virtude das recentes notícias veiculadas sobre a apreensão de drogas em um complexo empresarial onde a JS Pescados está localizada, esclarecemos o seguinte:
A JS Pescados é uma das várias empresas que ocupam o referido complexo empresarial, composto por diversas salas locadas a terceiros. A empresa ocupa apenas uma dessas salas e não possui qualquer relação ou envolvimento com as atividades conduzidas nas demais unidades, incluindo aquela onde foram encontradas as drogas.
Importante destacar que a JS Pescados não foi objeto de busca policial ou qualquer intimação relacionada a este caso. A empresa segue comprometida com a legalidade de suas operações, mantendo sua reputação intacta junto a seus clientes e parceiros.
Além disso, em relação às alegações de que um funcionário da empresa JS Pescados foi abordado, esclarecemos que isso também não corresponde à verdade. Não há nenhum funcionário, empregado ou prestador de serviço direta ou indiretamente relacionado à JS Pescados envolvido nesse incidente.
Mesmo não estando direta oi indiretamente envolvida no incidente, a JS Pescados coloca-se à disposição para prestar eventuais esclarecimentos necessários e colaborar com as autoridades competentes.
Agradecemos a atenção e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.
Atenciosamente,
JS Pescados
Conforme o blog apurou, a JS é proprietária do local e o homem preso com a droga seria sobrinho do locador de uma das salas de propriedades e usou o local para armazenar a droga sem o conhecimento da empresa.
Esta é a segunda vez que o nome do senador bolsonarista e de sua família, são envolvidos em assuntos policiais. No ano passado, um caminhão que pertenceu à família, foi flagrado transportando mais de 300 quilos de maconha. Á época, Seif disse que o caminhão havia sido vendido e a documentação não teria sido atualizada para o nome do novo proprietário. Agora, foi um sobrinho de um locador que colocou a JS Pescados no centro de uma polêmica. Está mais do que na hora de o senador bolsonarista (ou a sua família), prestar mais atenção aos negócios da família. O uso de ferramentas como câmeras externas, ajudaria a perceber qualquer tipo de movimentação atípica no local e isso os livraria de precisar explicar algo que, segundo eles, não estão envolvidos. Jorge Seif foi eleito pela onda Bolsonaro e ganhou o mandato de senador de presente, mas vem brincando com a sorte, quando não fica vigilante com assuntos que ele já deveria estar vacinado. Até quando os bolsonaristas de Santa Catarina terão paciência para explicar as trapalhadas de Seif, seja para o eleitor ferrenho ou na internet? Seif coloca não somente a si próprio em maus lençois nessas horas. Ele coloca em xeque o trabalho de todos os colegas de partido ou de ideologia. É preciso ter mais responsabilidade com o mandato que ganhou de presente. A política não gosta de quem não entende o valor do voto. Quem se elegeu com voto ideológico, não pode esquecer disso em nenhum momento. O senador passou o fim de semana sendo questionado por seus eleitores sobre sua ida, junto da esposa, Cathiane Seif, ao show da Madonna, no Rio de Janeiro. Jorge Seif precisa deixar a ingenuidade de lado e parar de colocar o PL, seu partido, nesse tipo de situação.
A JS Pescados, empresa da família do senador Jorge Seif (PL), localizada em Itajaí, está no centro de uma denúncia grave. Trata-se da apreensão de 47 quilos de haxixe, um tipo de droga derivada da maconha. A informação é do serviço de Inteligência do 12° Batalhão de Polícia Militar, de Itajaí.
Segundo as informações, na última sexta-feira (3), a agência de Inteligência pediu apoio para abordar um homem em uma motoneta Honda Biz que estaria indo realizar uma entrega de drogas. Ele teria entrado na empresa JS pescados e foi abordado no momento em que saia com a motoneta transportando uma sacola de papel.
No momento da abordagem foi constatado que na sacola haviam duas embalagens plásticas contendo em seu interior dez porções de haxixe, pesando aproximadamente 1.900 gramas.
Ao ser questionado se haveria mais drogas no galpão de onde o homem havia saído, ele confirmou, mas não sabia precisar a quantidade, pois haviam mandado ele pegar esses aproximados dois quilos e entregar para um motoboy em frente à Promenac na Barra do Rio. Os policiais, então, foram até o local indicado e encontraram duas caixas de isopor contendo aproximadamente 47,920 quilos de haxixe.
No Boletim de Ocorrência, consta:
Apreensão:
* 47,920 kg de HAXIXE
* 1 (uma) motoneta BIZ
* 1 (um) masculino preso
Diante dos fatos foi dado voz de prisão ao homem e encaminhado para CPP de Itajaí sem lesões. A motoneta juntamente com seus pertences pessoais foram entregues na CPP para os demais procedimentos cabíveis.
O show histórica de Madonna nas areias de Copacabana, que reuniu quase 2 milhões de pessas foi marcado pela presença do público fiel da cantora, rainha do pop, mas também de artistas, celebridades e políticos, tanto de esquerda, quanto de direita. Prova disso, foi a informação dada pelo jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, de que o senador catarinense, Jorge Seif, marcou presença na área vip do show. Ele estaria junto de Fabio Wajngarten, advogado e assessor de comunicação de Jair Bolsonaro e do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL). A ida ao show não teria nenhum problema, não fosse o fato de que bolsonaristas criticaram em suas redes sociais o show da cantora, portanto, Seif foi na contramão de seu eleitorado. O senador está enfrentando um processo de cassação de seu mandato, em ação movida pela chapa do segundo colocado nas eleições de 2022, mas, pelo andar da carruagem, o caso tem grandes chances de ser arquivado por falta de provas.
O ex-pré-candidato a prefeito de Criciúma, Arleu da Silveira (PSD) publicou um vídeo nos stories de seu perfil no instagram, em que aparece emocionado após receber um presente. Trata-se de uma cesta de café da manhã, enviada pelos colegas da Procuradoria-geral do município. No vídeo, publicado originalmente pela sua filha, Maju, e repostado por ele, Arleu aparece recebendo o presente das mãos de sua esposa, Andreza da Silveira. Ela diz: “chegou uma surpresa pra ti, pessoal que te ama, que gosta de ti, lá da Procuradoria da prefeitura”. Ele se emociona, agradece e diz: “a gente volta”.
O presente foi enviado poucos dias depois de Arleu ter sido substituído da condição de pré-candidato a prefeito, condição que ele vinha mantendo, oficialmente, desde o ano passado. Mas, foi muito antes que seu nome figurava entre o escolhido pelo prefeito Clésio Salvaro (PSD), para ser seu sucessor. Porém, somente em agosto do ano passado, Arleu passou a ser trabalhado para ocupar a vaga de pré-candidato a prefeito, sendo designado para coordenar programas de governo em Criciúma. O prazo foi curto demais para dar os resultados que o partido gostaria, para a disputa das eleições. Arleu não emplacou e acabou substituído por Vagner Espíndola.
Embora tenha ouvido que não seria deixado pra trás, Arleu perdeu a vaga de pré-candidato a prefeito de Criciúma, num movimento estratégico que visa a briga pela prefeitura. Pelo que demonstrou no vídeo, assimilar a decisão não deve ter sido fácil.
Tags: eleicoes2024
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul pediu ajuda à Defesa Civil catarinense para enfrentar o desastre climático que já deixou 10 mortos e 21 desaparecidos nos últimos dias. O governo de Santa Catarina prontamente atendeu ao pedido e, com o apoio da Polícia Militar (PMSC) e Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) e da própria Defesa Cicil, enviou 34 profissionais, helicóptero, oito viaturas e doze embarcações e equipamentos específicos para resgate e deslizamentos. A operação teve início na manhã desta quarta-feira (1º). O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), agradeceu a ajuda em mensagem enviada ao governador catarinense. "Vai ser muito feio o que a gente vai vivenciar nos próximos dias. Agradeço a Santa Catarina."
Os temporais que assolam o estado vizinho já atingiram 107 municípios e provocaram mortes e deixaram mais de 4 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas. Eduardo Leite disse, durante a quarta-feira, que o estado não terá condições de fazer todos os resgates devido a dificuldade de acessar os locais, já que a chuva não dá trégua.
Muito antes de migrar para o PSD, em junho de 2023, o prefeito de Criciúma, Clesio Salvaro, já havia escolhido seu sucessor: era Arleu da Silveira. Promovido a secretário-geral de governo e coordenador do maior programa de investimentos da história de Criciúma, o Acelera Criciúma, Arleu foi substituído na última sexta-feira (26), após uma pesquisa interna acender alerta amarelo. Os números não eram, nem de longe, o que o partido esperava para enfrentar uma eleição municipal em pé de igualdade. O anúncio da substituição veio através de duas notas oficiais. Uma, assinada pelo próprio Arleu e, outra, pelo PSD de Criciúma. Essa última, chamou atenção pelo fato de, sequer, mencionar o já ex-pré-candidato a prefeito, a quem Clésio disse que estaria junto até o fim.
Uma sucessão de erros levou a esse desfecho, começando pela falta de capacidade do PSD local de entender que desde 2018, o modo de fazer política, ou, de eleger um candidato, sofreu mudanças. A benção de um político vencedor, não elege mais um sucessor, com tanta facilidade. Clésio Salvaro foi eleito e reeleito com votação expressiva e tem excelentes índices de aprovação de sua gestão. Não foi suficiente. Desde que levantou o braço de Arleu e o elegeu seu sucessor, as pesquisas sempre foram um problema interno, mesmo que, publicamente, lideranças peessedistas sustentassem o contrário. “Arleu disparou”, diziam. Não era verdade.
Também não é verdade que a liderança de Salvaro faz milagre sozinha, além de colocar em debate o tamanho de sua influência política. Em entrevista recente ao programa Parlatório, na Som Maior, o deputado estadual Júlio Garcia profetizou que Arleu venceria as eleições e que, em 2026, Salvaro estará na majoritária, mas vinculou isso a um detalhe importante. Júlio disse que, para isso, o prefeito criciumense precisaria eleger seu sucessor. 11 dias após a entrevista, o cenário do PSD em Criciúma mudou bastante. Arleu não é mais candidato e o projeto político de Clésio Salvaro passa por um momento turbulento.
Informações de bastidores dão conta que Clésio resistiu em substituir seu indicado, fato que foi superado após longas conversas entre a cúpula do partido. Convencido de que essa seria o melhor caminho, a troca de nomes veio num movimento silencioso e rápido, no fim da tarde de sexta, após este blog publicar, com exclusividade, que havia essa possibilidade. Uma pesquisa feita pelo instituto IPC, de Criciúma, em dezembro do ano passado, colocava Arleu na liderança e isso diz duas coisas: ou a metodologia usada pelo instituto, falhou ou, o candidato do Clésio, derreteu. É fato que Arleu sai dessa missão com grandeza. Ele foi exposto à opinião pública que, desde 2022, acompanhou de perto as inúmeras tentativas para fazê-lo deslanchar nas pesquisas. O perfil técnico do escolhido pelo prefeito talvez tenha sido um dos fatores que atrapalharam o roteiro. Salvaro escolheu Arleu há bastante tempo, mas, demorou para torná-lo uma figura pública de seu governo.
Tudo seria diferente se Ricardo Guidi tivesse permanecido no PSD e, com isso, não fosse candidato a prefeito, lugar já ocupado por Arleu. A disputa teria outros contornos. Ricardo migrou para o PL e o resto da história vocês já conhecem. E essa história teve início naquele fatídico 6 de março quando a caravela do PSD aportou em Criciúma para um encontro regional do partido, trazendo a bordo, Júlio Garcia, Eron Giordani, João Rodrigues, Topázio Neto, entre outros. O clima daquele evento foi o prenúncio do que viria. Ricardo Guidi compareceu ao encontro e se lançou pré-candidato, antes mesmo de Arleu se pronunciar. Foi naquele momento que as coisas tomaram um rumo que não estava previsto. Agora, substituído, Arleu não será nem candidato a vereador, já que se desincompatibilizou fora do prazo da secretaria de ocupava. Na nota que enviou na sexta-feira, ele menciona que está pronto para entrar na coordenação da campanha de Vagner Espíndola, fato que não deve se concretizar, embora deva manter seu apoio ao candidato indicado pelo prefeito. Vale destacar que Vaguinho, como é conhecido, chegou a ser cotado para ser vice de Arleu, vaga que ele não quis ocupar. Dessa forma, não restou outra alternativa se não coloca-lo na cabeça de chapa.
Na última agenda política oficial, no dia que marcou sua saída como secretário-geral de governo, Arleu da Silveira ouviu de Clésio, emocionado, que disse: “eu estarei contigo até o fim”. Ele só não sabia que o fim seria 14 dias depois.
Tags: eleicoes2024
O governador Jorginho Mello (PL) se manifestou oficialmente sobre a greve dos professores estaduais que começou na última terça-feira (23). Ele disse que é impossível atender a tudo o que os sindicalistas pedem. Jorginho menciona, ainda, que o governo revisou o desconto de 14%, aprovado durante a gestão de Carlos Moisés. A descompactação da folha, outro ponto de divergência entre os professores e o governo, também foi citada. Segundo Jorginho, isso custaria 4,6 bilhões aos cofres do estado, valor que ultrapassaria a lei de responsabilidade fiscal.
Veja o que disse o governador:
Nosso salário é o maior da região Sul. Mas ainda assim, acho pouco, dada a importância que têm os nossos professores para a educação. Desde o ano passado, nossos secretários estão ouvindo e negociando com a categoria. Em 2023, já tivemos vários avanços, por iniciativa do Governo. Mas fazer tudo o que os sindicalistas pedem é impossível. Já aumentamos mais de 100% o vale alimentação e revisamos o desconto de 14% criado pelo governo anterior, aumentando, portanto, o valor que os aposentados recebem todos os meses. Até o final de junho, vamos realizar o maior concurso da história de Santa Catarina, contratando 10 mil novos profissionais para trabalhar na educação. Também vamos viabilizar que todos os professores tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e preparar provas. Mesmo com todo esse esforço, uma minoria ligada a sindicatos prefere colocar lenha na fogueira e começou uma greve descabida. Com baixa adesão dos professores, eles reivindicam um único ponto que, neste momento, é inviável. A descompactação da folha custaria 4,6 bilhões de reais para os cofres públicos. A gente ultrapassaria, e muito, os limites da lei de responsabilidade fiscal. Praticamente quebraria o estado. Ou seja, atender o sindicato é cometer um crime de improbidade administrativa. O Estado estaria gastando mais do que o permitido na lei. E isso eu não farei! Peguei um Estado com rombo bilionário e, com muito trabalho e seriedade, seguirei arrumando tudo o que encontrei de errado. Para garantir o direito de todos os estudantes acessarem a sala de aula, estamos tomando duas medidas:
Primeiro, determinei que a Secretaria de Educação desconte as faltas dos professores grevistas. Segundo, vamos contratar imediatamente professores temporários para manter todas as salas de aula funcionando. Para finalizar, aos quase 90% de professores que não aderiram à greve, registro o meu muito obrigado por continuarem firmes na nobre missão de educar nossas crianças e jovens. Reafirmo o compromisso de continuar, de forma responsável, valorizando sempre o seu trabalho. Contem comigo.
O deputado estadual Tiago Zilli (MDB) sofreu um infarto na tarde deste domingo (28). Ele foi levado ao hospital São José, em Criciúma, pelo helicóptero do SAER e encontra-se estável e acordado. Segundo fontes ouvidas pelo blog ele está bem e deverá passar por uma cirurgia de cataterismo para desubstrução da artéria.
Representantes do Progressistas de Criciúma têm reunião marcada para a manhã desta segunda-feira (29) com o novo candidato a sucessor de Clésio Salvaro, Vagner Espíndola. A informação circula vinte dias depois de o pré-candidato a prefeito pela sigla, Júlio Kaminski, dizer em entrevista à Som Maior que “nós sabemos com quem nós (Progressistas) não estaremos. Nós não estaremos com o prefeito Clesio Salvaro”. Uma reunião não significa que estarão juntos, é verdade. Porém, abre possibilidade de diáologo e de uma possível composição. Ouvida pelo blog, uma fonte disse que o PP pode sim indicar o vice de Vaguinho. Vão participar do encontro, o ex-deputado Valmir Comin e o atual pré-candidato e vereador, Júlio Kaminski.
Tags: eleicoes2024
Está previsto para o fim da tarde deste domingo (28), um pronunciamento do governador Jorginho Mello (PL), sobre a greve dos professores estaduais de Santa Catarina. A greve parcial teve início na última semana e segue com baixa adesão. Entre as reivindiçaões da classe está a descompactação da folha de pagamento, o que provocaria uma impacto de R$ 4 bilhões aos cofres do estado. Valor que, segundo o governador, o estado não dispõe. E é essa linha que deverá ser adotada pelo chefe do executivo do estado ao se manifestar sobre o assunto, ainda neste domingo.
Uma informação não oficial que começou a circular em Criciúma nesta sexta-feira (26) pode mudar o cenário eleitoral na cidade. Trata-se da possibilidade de o prefeito Clésio Salvaro mudar o seu candidato a sucessão.
Desde o ano passado, seu indicado é Arleu da Silveira que migrou do PSDB para o PSD para ser o candidato a prefeito do município. Pesquisas internas recentes mostram que o desempenho de Arleu na intenção de voto dos criciumenses não atingiu indicadores desejados pelo entorno do prefeito. Esse fato pode levá-lo a substituir seu indicado.
O nome então, passaria a ser o de seu ex-secretário da Fazenda, Vagner Espíndola, filiado ao PSD. Vaguinho, atualmente, é pré-candidato a vereador e está em pré-campanha. Ele já manifestou publicamente que não teria a intenção de ser candidato a vice-prefeito. Será que a prefeito ele aceitaria?
Confira nas cenas dos próximos capítulos, aqui neste blog.
Tags: eleicoes2024
Jorginho Mello estará em Criciúma nesta sexta
Governador também tem agenda em Içara e Morro da Fumaça
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, terá uma agenda nesta sexta-feira (26) em Criciúma, Içara e Morro da Fumaça.
O primeiro compromisso está marcado para as 14h, com a inauguração do Centro de Inovação Criciúma (Crio), localizado na Rua Henrique Lage, no centro da cidade.
Na sequência, às 16h30, Jorginho se dirigirá a Içara para a inauguração do reservatório de água da Casan, no bairro Lombas.
Encerrando a agenda do dia, às 18h30, está prevista a inauguração da Delegacia de Polícia Civil de Morro da Fumaça, no centro.
A segunda vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro a Santa Catarina em menos de trinta dias serviu para atender a muitas demandas. Desde os sonhados vídeos dos pré-candidatos a prefeito para usarem como material de campanha e comprovar que são amigos de infância do Jair, até a leitura amplificada do que isso significa para a eleição municipal.
Os pré-candidatos a prefeito do Partido Liberal que foram convidados para o almoço com Jair, saíram de lá faceiros da vida com o que foram buscar. Uma foto ou um vídeo ao lado de Jair Bolsonaro ainda provoca as mais variadas emoções. Do Sul, entre os convidados para o encontro, estavam Ricardo Guidi (Criciúma), Valmir Rampinelli (Forquilhinha), Aroldo Frigo Jr. (Nova Veneza) e Dalvânia Cardoso (Içara). Além dos sorrisos, também teve uma quase polêmica na agenda do ex, envolvendo a pré-candidata a prefeita de São José, Adeliana Dal Pont. Ela teria sido vetada de fazer fotos ao lado de Bolsonaro por críticas que ela teria feito a sua gestão, à época da pandemia de Covid.
Politicamente falando, essa foi a viagem mais produtiva que Jair Bolsonaro fez ao estado que deu-lhe votação recorde em duas eleições. Foram mais de 70% dos votos, tanto em 2018, quanto em 2022. Embora não tenha sido reeleito, Jair sabe que Santa Catarina continua sendo sua sala de casa. Nas outras vezes em que esteve por aqui, sua passagem foi menos “política” e incluía compromissos menos significativos do ponto de vista partidário. Agora o cenário é outro. Por aqui, ele conta também com o apoio do governador Jorginho, eleito em 2022 com uma certa folga, fruto da verticalização do voto: quem votou no 22 de Bolsonaro, também votou 22 para governador. É certo que não foi apenas esse o fator decisivo para a vitória de Jorginho que, como ele mesmo diz, nunca perdeu uma eleição. Com uma vida dedicada à política, ele contou também com seu próprio capital político. Todavia, o governador catarinense não “paga pra ver” e continua jogando o jogo e fazendo os acenos necessários para não cair no pecado em que caiu o ex, Carlos Moisés, ao não se aproximar de Jair e o resto da história vocês já conhecem. Na política, nem sempre vale quem está “certo” ou quem tem razão. Aliás, muitas vezes, ou se escolhe manter o mandato, ou se escolhe ter razão. Os dois, nem sempre andam juntos. É preciso agir de modo estratégico e isso inclui engolir alguns sapos.
Não existe bolsonarista fora do PL
Fiz esse preâmbulo para dizer que não existe bolsonarista fora do partido de Jair Bolsonaro. Essa não é uma teoria criada por esta que vos escreve. Foi o que as urnas mostraram nas eleições de 2022. Naquela campanha não foi suficiente posar ao lado do então presidente ou dizer que o apoiava para capitalizar apoio (na política, apoio se traduz em voto). Era preciso estar no partido do então presidente que, naquele ano, já era o PL. Muitos candidatos ficaram pelo caminho pois estavam em outros partidos mas apostaram que a autodeclaração de bolsonarista, assinada com caneta bic, seria a garantia de eleição. Não foi em 2022 e não será em 2024. Nem em 2026.
É nesse ponto da conversa que chegamos aos apoiadores (e amigos pessoais) de Jair em Santa Catarina e que estão em outras siglas partidárias. É o caso do senador Espiridião Amin (PP) e do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Amin, em 2022 amargou um melancólico 5º lugar quando foi candidato a governador. João ainda não passou por esse teste, desde que a política tomou o rumo que tomou. Vislumbrando uma candidatura majoritária em 2026, seja para o senado, ou para o governo, João certamente vai passar pelo momento de decidir se se mantém no PSD ou se o PSD se alia ao PL. No cenário atual e com a força do bolsonarismo se mantendo viva, não existem muitas outras opções para o amigo do Jair.
Uma fonte próxima ao ex-presidente, confidenciou ao blog que Bolsonaro é grato “somente a uma pessoa e a uma instituição: Valdemar da Costa Neto e Partido Liberal”. Essa é a comprovação de que sua amizade com os ex-colegas de parlamento, são assuntos distintos das questões partidárias. Se, no passado, Bolsonaro agia apenas levado pelo impulso e pela certeza de que seria eleito, agora o jogo é outro. E, para mudar o resultado, é preciso mudar as atitudes. Com base nisso, o ex-presidente passou a agir politicamente, em prol do seu partido, ao qual ele é grato. Isso significa separar amizades das questões partidárias. João Rodrigues e Esperidião Amin podem estar no coração de Bolsonaro, mas não estão em seu partido e é aí que as coisas viram conversa de adulto.
Antes era fácil subir na garupa da moto do presidente mas, agora, só sobe quem tiver motivos (partidários) para isso. De todo modo, vale lembrar que há muito chão pela frente até as eleições que interessam a Jair e a João, diretamente, em 2026. Ainda sobre isso, a fonte consultada pelo blog, foi além:
"Ele e a Michele sobrevivem do partido. Bolsonaro tornou-se um quadro oficial do partido e entrou no jogo político de fazer a política real. Isso dá ao PL a barganha de escolher o vice em 2026 e colocar o PSD numa situação de poucas escolhas. Isso vale para outros estados onde existe condição parecida. É a primeira vez que Bolsonaro trata negócios como negócios e amizade como amizade. João Rodrigues não tá nesse business. Só está no coração. A melhor - não única - saída pro João Rodrigues e PSD, passa a ser embarcar na caravela do Partido Liberal".
Tags: eleicoes2024
O pré-candidato a prefeito de Criciúma, Ricardo Guidi (PL), posou ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre agenda em Santa Catarina, nesta terça-feira (23). Júlia Zanatta e Daniel Freitas também participaram do encontro, além do governador Jorginho Mello.
Tags: eleicoes2024
O casamento de Leonardo Felippe, do filho do pré-candidato a prefeito de Urussanga pelo MDB, Johnny Felippe, foi marcado pela presença de emedebistas tradicionais do partido, como o ex-deputado federal, Ronaldo Benedet, o ex-prefeito de Içara, Murialdo Gastaldon, entre outras figuras da sigla. Outra presença na festa foi a do prefeito em exercício de Urussanga, Jair Nandi (PSD), que assumiu a prefeitura na última semana, após a prisão do prefeito Gustavo Cancellier (PP). Nos bastidores circula a informação de que Jair e Johnny vinham conversando sobre a possibilidade de estarem juntos na eleição majoritária deste ano. Ocorre que após a volta do peessedista ao comando da prefeitura, os planos do partido podem mudar. Mas, até lá, o clima entre eles é esse da foto.
Tags: eleicoes2024
O deputado Federal licenciado, Ricardo Guidi (agora, PL), vai reassumir a sua cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília, nos próximos dias. Ele se licenciou da função em agosto de 2023, quando assumiu a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde, em Santa Catarina, após convite do governador Jorginho Mello. À época ele ainda estava no PSD e quem assumiu sua vaga, foi o deputado suplente, Darci de Mattos.
No começo de abril, Ricardo migrou para o PL, confirmando sua pré-candidatura a prefeito de Criciúma, no partido do governador. Com isso, abriu discussão sobre a permanência de seu mandato, já que não há janela partidária para deputados em ano de eleição municipal. Em entrevista recente ao programa Adelor Lessa, o deputado estadual Júlio Garcia (PSD), disse que o partido ainda não tem definição se irá requerer o mandato de Ricardo ou não.
Tags: eleicoes2024
O Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Comunicação está promovendo o 4º Fórum Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação que está sendo realizado em Belém-PA. O encontro reúne representantes das Secretarias de Estado da Comunicação de todos os estados do país e tem como objetivo discutir melhorias para a comunicação pública, apresentar casos de sucesso e debater assuntos relacionados. Entre os temas abordados, as discussões sobre a regulação das redes sociais e o uso de inteligência artificial devem se destacar. O Secretário de Estado da Comunicação, João Paulo Gomes Vieira, que representa Santa Catarina no evento, participou da reunião virtual com o Ministro da Secretaria de Comunicação do Governo Federal, Paulo Pimenta. João Paulo destacou que o estado é contra a iniciativa do Governo Federal para regular as mídias sociais. "A determinação do governador Jorginho Mello por transparência e efetividade na comunicação pública institucional passa pelo cuidado com a pretensa regulação das mídias. Santa Catarina é contra qualquer tipo de regulação nesse sentido”, enfatizou.
O projeto que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência, ficou conhecido como PL das Fake News e foi proposto pelo senador Alessandro Vieira (MDB) em 2020, mas ainda não há consenso sobre como a lei seria aplicada. Os pontos controversos do projeto abrem margem para a interpretação de que sua aprovação possa significar um risco à liberdade de expressão.