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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Denis Luciano 26/02/2020 - 16:56 Atualizado em 26/02/2020 - 17:46

Até o palhaço Bozo entrou na efervescente discussão diária da política nacional acirrada pelo sempre polêmico presidente Jair Bolsonaro. Ocorre que o caricato personagem de antigamente, vestido no Brasil por Wanderley Tribeck, o comediante gaúcho Wandeko Pipoca, tirou as dores do presidente depois de muito tempo de uma associação no mínimo curiosa que ganha as redes sociais. Vem desde a época da campanha eleitoral, em 2018, o rótulo de Bozo para Bolsonaro. O comediante aproveitou mais uma onda de tantas envolvendo o presidente para colocar a sua colher. Ele disse o seguinte em um vídeo gravado em Santa Catarina e publicado nesta quarta-feira, 26:

"Eu estou aqui descansando em um hotel em Santa Cecília, Santa Catarina, e resolvi gravar esse vídeo por causa dessas coisas que estão acontecendo neste carnaval, e já há muito tempo, que as pessoas vem chamando o presidente da República de palhaço Bozo. Prestem atenção, eu sou o primeiro Bozo do Brasil. Fiz todo aquele sucesso nos anos 80, conquistei cinco vezes o Troféu Imprensa, conquistei três discos de ouro e três de platina, fui embaixador da Boa Vontade da Unesco nos Estados Unidos. O meu nome foi parar na Calçada da Fama em Los Angeles, fui considerado o maior palhaço do mundo. Não fui o maior palhaço de Santa Catarina, mas do mundo. Eu fui o maior palhaço do mundo. Portanto a esquerda está elogiando o nosso presidente quando chamam ele de Bozo, pois o Bozo conquistou uma legião de amigos. As crianças que hoje tem 40, 45 anos amaram o Bozo e continuam amando. Portanto, se o Bozo virou um ídolo da criançada, o Bozo fez bem para o país, o Bozo foi bom para as famílias, era a continuação do lar das pessoas, o Bozo não fazia nada de maldade. Portanto, Bolsonaro, tenha orgulho quando te chamam de Bozo porque estão te chamando de uma pessoa boa. Hoje eu deixei de ser o Bozo, hoje eu sou pastor, eu prego o Evangelho de Cristo por todos os cantos do mundo, levando a mensagem de Jesus Cristo. Deixa te chamarem de Bozo, Bolsonaro, eu te amo meu presidente, eu tenho prazer quando as pessoas falam isso. Eu sempre encerrava o programa com as mensagens de sempre rir (longa gargalhada do palhaço). "Alô amiguinhos, eu amo o meu presidente da República, Jair Bolsonaro"

A mais recente de Bolsonaro, que rendeu a ele mais várias menções associadas ao Bozo, diz respeito a um convite distribuído pelo presidente ao ato de 15 de março. Na ocasião, movimentos de direita estarão protestando contra o Congresso Nacional. A polêmica postagem rendeu alguns vários empregos do #impeachmentdeBolsonaro.

Por Denis Luciano 26/02/2020 - 09:51 Atualizado em 26/02/2020 - 09:53

A estreia do humorista Marcelo Adnet como compositor de samba enredo deu o tom da noite de segunda-feira, 24, na Marquês de Sapucaí. No empolgante desfile da São Clemente, que apresentou o enredo "O Conto do Vigário", Adnet imitiu Jair Bolsonaro, levando os trejeitos, as cores na roupa e até flexões ao melhor estilo do presidente. Caiu nas graças, de apoiadores e também de contestadores do atual governo.

As fake news estavam no pano de fundo do enredo defendido por Adnet e seus colegas compositores da São Clemente. "É um samba que propõe uma virada de esperança no final. Eu estou muito feliz com o desfile. Eu dei tudo de mim. Estou acabado", defendeu, em entrevista reproduzida pelo portal G1.

Adnet levou os trejeitos de Bolsonaro para a Sapucaí

Não demorou e o presidente Bolsonaro voltou, na vida real, a aprontar das suas. Nesta terça de Carnaval, ele compartilhou um vídeo no qual convoca para o ato de 15 de março, um movimento que vem sendo organizado por movimentos e grupos de direita e que conta, entre suas bandeiras, com um protesto contra o Congresso Nacional. No vídeo compartilhado via WhatsApp, Bolsonaro apresenta uma narrativa que começa questionando "Porque esperar pelo futuro se não tomarmos de volta o nosso Brasil? Qual futuro desejamos para nossos filhos e netos? Basta. O Brasil só pode contar com você. O que você pode fazer pelo Brasil? Todo poder emana do povo. Vamos resgatar o nosso poder. Vamos resgatar o Brasil".

Com o hino nacional instrumental de fundo, segue o texto: "Juntos somos mais fortes. Somos capazes sim. E temos um presidente cristão, patriota, capaz, justo e incorruptível, que sofre e luta por esta Nação. Dia 15 de março mostre que você é patriota, ama o Brasil e defende o presidente Bolsonaro. Dia 15 de março, todos juntos em favor do Brasil".

A postagem gerou uma forte reação em cadeia nas redes sociais. Da madrugada passada em diante, avolumaram-se respostas com a hashtag #impeachmentdeBolsonaro. De anônimos a artistas e políticos de esquerda, esses anti-Bolsonaro vão multiplicano críticas. Em contraponto, os bolsonaristas engrossam a lista dos que serão alvos dos protestos do dia 15, mencionando políticos e gente que não se alia ao presidente. 

O Carnaval mal acabou e o caldeirão já está fervendo. De novo.

Por Denis Luciano 24/02/2020 - 17:12 Atualizado em 24/02/2020 - 17:19

"O deputado Eduardo Bolsonaro nos disse que a melhor opção para concorrer a prefeita em Criciúma seria pelo PL, partido do senador Jorginho Mello". A advogada e jornalista Julia Zanatta já repetiu essa frase algumas vezes para justificar sua filiação ao Partido Liberal, oficializada faz poucos dias, no mesmo ato em que acabou lançada candidata à prefeitura na disputa de outubro.

Julia tem estreita amizade com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, ainda filiado ao PSL de São Paulo, mas no aguardo da fundação do novo partido, a Aliança, liderada pelo seu pai, o presidente Jair Bolsonaro. Próxima da família, Julia foi convidada do casamento de Eduardo com Heloísa, ocasião na qual fez questão de ser clicada ao lado do presidente e pai do noivo.

Julia com o presidente Bolsonaro no casamento de Eduardo e Heloisa

Confira também - Julia Zanatta conta sobre sua relação com a família Bolsonaro

Acompanhada de seu marido Guilherme e de sua filha Helena, Julia viajou no Carnaval, e postou faz poucas horas, em sua rede social, foto com o amigo Eduardo Bolsonaro.

Certamente, muita política na conversa dos dois. A candidata tem dito, também repetidas vezes, que é a candidata do Bolsonaro em Criciúma. Em recente entrevista à Som Maior, Julia disse que "tem o maior orgulho de ser a candidata do Bolsonaro".

Julia com Eduardo, familiares e amigos neste Carnaval

A afinidade que culminou com a candidatura dela à prefeitura de Criciúma foi testada, e aprovada, no começo de novembro, quando Julia promoveu um evento que lotou o Teatro Elias Angeloni, com a presença de Eduardo. Ali ela começou a ganhar, efetivamente, a benção dos Bolsonaro para ser a representante da família do presidente na disputa eleitoral criciumense.

Eduardo e Julia na abertura do evento no começo de novembro, no Teatro Elias Angeloni

Com a divisão do PSL catarinense, os representantes de Criciúma - ela não esteve entre os quais, pois não chegou a se filiar, embora estivesse cotada para concorrer a vereadora pelo partido - deverão estar com Julia, casos do deputado estadual Jessé Lopes e do federal Daniel Freitas. Ambos eleitos pelo PSL migrarão com o presidente Bolsonaro para a Aliança. E, ainda filiados ao PSL, estarão pedindo voto para o 22 (o número do PL) e não para o 17 em outubro.

Confira também - Eduardo Bolsonaro: entrevista na íntegra no estúdio da Som Maior

Por Denis Luciano 24/02/2020 - 10:58 Atualizado em 24/02/2020 - 11:04

O campeonato nacional que o Criciúma lamenta disputar em 2020 é o sonho de consumo do time que, no último sábado, sagrou-se campeão do primeiro turno do Gauchão. O Caxias surpreendeu, venceu o Grêmio por 1 a 0 e com excelente campanha - cinco vitórias, um empate e apenas uma derrota - está garantido na decisão. Espera por Grêmio, Inter ou outro que venha a vencer o segundo turno, que começa no próximo sábado.

O Caxias vai disputar a Série D. No ano passado quase alcançou o acesso à Série C. Esbarrou no mata-mata com o Manaus, que acabou despachando os gaúchos e garantindo a promoção. Depois de bater na trave em 2019, o grená entra com moral na quarta divisão deste ano. Caso o Criciúma não consiga voltar à Série B nesta temporada, não será surpresa se os dois times se encontrarem no Campeonato Brasileiro de 2021.

Diogo Oliveira fez o gol do título do turno do Gauchão pelo Caxias contra o Grêmio

Um detalhe interessante da conquista do Caxias no sábado: o gol da vitória no estádio Centenário foi do meia Diogo Oliveira, 38 anos, três anos mais velho que o técnico Rafael Lacerda. O veterano meia, uma das lideranças do elenco do Caxias, já jogou no Criciúma. Ele encarou uma Série C pelo Tigre. Em 2010, veio do Brusque para ser um dos bons nomes do time comandado pelo técnico Argel Fucks - então em sua primeira passagem pelo tricolor - e fez parte daquela campanha do acesso. Diogo Oliveira disputou 11 jogos daquela campanha e marcou um gol, no empate em 1 a 1 que rebaixou o Juventude - grande rival do Caxias - para a Série D na última rodada da primeira fase. A Série D estava estreando naquela temporada.

Diogo Oliveira ainda ficou no Criciúma em 2011, jogando Série B e Catarinense, e começou a temporada de 2012, na arrancada da Copa do Brasil, deixando o clube na sequência. Ele não ficou para fazer parte do elenco que, ainda em 2012, recolocou o Criciúma na Série A do Brasileiro. Depois do Tigre ele rodou por Veranópolis (RS), Rio Branco (AC), Joinville, Brasil de Pelotas, Paysandu e São Bento.

Diogo Oliveira nos tempos do Criciúma, em 2010

Enquanto o Caxias e Diogo Oliveira comemoram o título do turno do Gauchão e uma vaga na final do Estadual, o Criciúma faz campanha mediana no Catarinense, lamenta uma eliminação logo na estreia da Copa do Brasil - tomou 4 a 1 do Santo André enquanto o Caxias quase despachou o Botafogo, empatando em 1 a 1 em casa - e, na contagem regressiva para o Brasileiro, as pespectivas do clube gaúcho são melhores que as do Tigre, embora o Criciúma esteja um degrau acima na hierarquia das divisões.

Por Denis Luciano 21/02/2020 - 17:27 Atualizado em 21/02/2020 - 17:30

Não é de hoje que o vereador Ademir Honorato focava com a saída do MDB. Faz meses que ele havia anunciado a intenção de acompanhar os bolsonaristas rumo à Aliança, o partido do presidente Jair Bolsonaro. Antes disso, até mesmo o próprio PSL seria o abrigo, antes do rompimento entre Bolsonaro e o partido que o elegeu. Agora, o cenário é outro. "Realmente, tudo mudou de uns tempos para cá", confirma. "A chance de eu ficar no MDB aumentou bastante", considera.

Ademir e os demais três vereadores emedebistas estavam na reunião da última quarta-feira, 19, que lançou o médico Anibal Dario pré-candidato a prefeito. O partido conta com os quatro para a nominata à Câmara, que deverá ter 27 nomes e carrega a projeção de manter as quatro ou quem sabe beliscar uma quinta cadeira. Paulo Ferrarezi é o mais confortável em termos de permanência. Toninho da Imbralit e Tita Beloli contavam com cogitações para sair, mas os caciques agiram para serenar os ânimos.

"O pessoal do Bolsonaro se encaminhou para o PL aqui, mas teve essa chegada da Julia Zanatta e tudo ficou um pouco confuso em termos de nominata para a Câmara", observa Ademir, avaliando uma das possibilidades, que seria o rumo do Partido Liberal. 

Seja como for, expectativas fortes em relação a março na Câmara de Criciúma. Trata-se do mês da janela para mudanças de partido. Mês em que Julio Kaminski deixará o PSDB para o PSL. E o Pastor Jair Alexandre migrará do PSC para o PSD. Edson Paiol deixará o PL, assinando com o PSL. Zairo Casagrande oficializará a saída do PSD, e o seu rumo ainda não é sabido. O PP é uma das alternativas. Julio Colombo, ainda no PSB, poderá tomar o rumo do PL, já que sua nora Julia Zanatta é a candidata do partido à prefeitura. 

Além de Ademir Honorato, outro recuo sobre possíveis saídas é o de Dailto Feuser, que namorou com o PDT mas continuará no PSDB para buscar a reeleição. A conferir, ainda, como ficarão as situações de Salésio Lima e Camila do Nascimento, que vinham atuando com orientação independente em relação ao PSD, partido da base governista, votando contra o Paço no Legislativo.

Será um março de sacudidas na Câmara de Criciúma.

Por Denis Luciano 20/02/2020 - 11:32 Atualizado em 20/02/2020 - 11:58

Dois outdoors de protesto contra o presidente do Criciúma, Jaime Dal Farra, foram instalados na manhã desta quinta-feira, 20. "És o pior presidente da história", diz a peça, que foi custeada por torcedores. Não há previsão de outros outdoors nos próximos dias.

Em março do ano passado, no decorrer do Campeonato Catarinense, houve outro protesto com outdoors. Na ocasião foi mencionado o "fora Gulosinho", lembrando uma declaração do ex-técnico do Criciúma, Mazola Júnior, contra Dal Farra, no auge da briga entre os dois no fim da temporada anterior. Relembre clicando aqui.

O outdoor da Avenida Centenário

 

Por Denis Luciano 20/02/2020 - 11:16 Atualizado em 20/02/2020 - 11:19

Não é de hoje que moradores do Bairro São Luiz reclamam da poluição gerada pela fábrica da JBS. A unidade, que produz rações, foi alvo de diversas inspeções, anunciou inúmeros investimentos em chaminés e estruturas para minimizar impactos, mas os problemas parecem continuar. Na manhã desta quinta-feira, 20, um morador dos arredores compartilhou, com a nossa redação, um vídeo que mostra fumaça preta saindo de uma chaminé da fábrica.

Em setembro do ano passado foi anunciada a criação de uma comissão, sugerida pela Câmara de Vereadores, para acompanhar o assunto. “Para a nossa surpresa ruim, muitos restaurantes ali citaram a perda de clientes. Imagina você sentado em uma pizzaria com aquele mau cheiro”, contou o vereador Edson Paiol (PP). Moradores e comerciantes do São Luís integram a comissão. Na ocasião, foi comentado que "em uma boca de lobo existe a suspeita de descarte irregular de material".

Confira também - Mau cheiro e fumaça irritam moradores do São Luiz

A Fundação de Meio Ambiente de Criciúma (Famcri) foi procurada, com diversos relatos de cheiro forte no local. Piscinas na vizinhança, com a água suja após os descartes pelas chaminés, também foram citadas nas reclamações.

Voltaremos ao assunto em breve.

Por Denis Luciano 20/02/2020 - 10:31 Atualizado em 20/02/2020 - 10:37

Começa uma obra em algum lugar onde seja necessário o tráfego de caminhões transportando aterro e a reclamação  é recorrente: barro no asfalto. A ausência de fiscalização somada a legislações omissas ou apenas superficiais colaboram para que essa sujeira - resultante do progresso, é bem verdade, mas quem gera progresso não pode sujar a cidade - continue sendo uma realidade por aí.

Ouvinte procurou a Rádio Som Maior na manhã desta quinta-feira, 20, para pontuar uma dessas reclamações. Ele menciona o caso de um trecho da Rodovia Jorge Zanatta, o Anel Viário entre Criciúma e Içara. Nesta manhã, o cidadão percebeu que o asfalto praticamente dava lugar à poeira e terra, tanta era a quantidade de aterro caindo na rodovia. Abaixo, a reclamação que recebemos, na íntegra:

No Anel Viário, entre o viaduto do Presidente Vargas e o viaduto de acesso a Içara, está saindo um loteamento e os caminhões que saem da obra levam toda a sujeira para o asfalto virando uma estrada sem pavimentação,  levantando poeira e essa terra è arremessada pelo veículo que está na frente para cima dos outros, será que a prefeitura de Icara não cobra da construtora uma limpeza periódica?

Em breve voltaremos ao assunto.

Por Denis Luciano 19/02/2020 - 17:35 Atualizado em 19/02/2020 - 17:38

A Assembleia Legislativa (Alesc) aprovou em 2008 um projeto para conceder ao então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o título de Cidadão Honorário de Santa Catarina. Ele recebeu a honraria somente em 2018, aprovada com louvor pelos deputados estaduais "por serviços prestados a Santa Catarina". O empenho dos deputados Ana Paula Lima, Luciane Carminatti e Dirceu Dresch, todos do PT, foi decisivo para a outorga.

Agora, o cenário é outro. A Alesc estava pronta para votar na tarde desta quarta-feira, 19, em plenário, o projeto do deputado Sargento Lima (PSL), para retirar a honraria. "Os argumentos são muitos, vários. Era muito ruim para Santa Catarina ter a sua honraria máxima entregue para um condenado. Nada mais justo que tirar essa honraria", disparou o deputado Jessé Lopes (PSL), que estava pronto para votar pela derrubada do título. "Já tínhamos maioria garantida para aprovar o projeto do deputado Lima", afirmou.

Ocorreu que o deputado Fabiano da Luz (PT) ingressou com uma emenda, forçando o envio da matéria para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ganhou, assim, tempo para debater o tema e, quem sabe, serenar os ânimos de quem quer tirar o título de Lula. O ex-presidente recebeu a honraria em 24 de março de 2018 em um ato que reuniu milhares de simpatizantes em Florianópolis. Na ocasião, Lula articulava sua candidatura à presidência, reforçava em discurso sua inocência no caso do triplex do Guarujá, que acabou rendendo a condenação que o levou à prisão poucos dias depois, em 7 de abril. Ele foi solto em novembro de 2019.

Lula com os deputados petistas Luciane Carminatti, Dirceu Dresch e Ana Paula Lima recebendo o título de cidadão honorário em 2018

 

Por Denis Luciano 19/02/2020 - 14:57 Atualizado em 19/02/2020 - 15:02

Pense em vir de Urussanga ou Cocal do Sul pela SC-108 até o Centro de Criciúma depois das 14h. Ou de mais perto, do São Simão ou da Mina Brasil mesmo. Ao chegar nas redondezas do Hospital São José, o atraso está feito se você lutar contra o relógio para algum compromisso. Ocorre que aquele cruzamento, de Júlio Gaidzinski com João Cechinel e Pedro Benedet, é seguramente dos maiores gargalos do trânsito criciumense.

Foi assim no começo da tarde desta quarta-feira, 19. Nada fora de uma rotina, mas que traz à tona a memória de projetos ousados que já se especularam para ali, como um túnel pela João Cechinel sob a Júlio Gaidzinski, desafogando o tráfego do sentido do hospital em direção à Santo Antõnio que, por sua vez, descarrega para o retorno pela Hercílio Luz ou rumo à Praça do Congresso.

Mais adiante, para quem segue pela Pedro Benedet e alcança a Marechal Deodoro, a esperança já residiu no também citado projeto de elevado sobre a Avenida Centenário, dando fluxo livre em direção às ruas Santa Catarina e Desembargador Pedro Silva.

Gargalo da João Cechinel com Júlio Gaidzinski e Pedro Benedet, um dos maiores funis do trânsito de Criciúma

Voltando ao gargalo que abriu esta abordagem, cabe lembrar que no quarteirão do congestionamento maior - que vai desaguar no cruzamento com semáforo da Pedro Benedet com a Hercílio Luz (perto do Angeloninho, apenas referência) -, nesse quarteirão estão a Câmara de Vereadores, um punhado de farmácias, o Centro Profissional e seus diversos escritórios e o Millenium e seus diversos consultórios. Logo, uma região de inúmeras referências e carente de uma solução para a sua mobilidade. Sem contar que, no mesmo quarteirão, há dois estacionamentos, outra necessidade urgente de uma cidade carente de espaços para seus tantos carros.

Enquanto aguarda por essas novidades ainda em forma de sonhos, a cidade saboreia outra também importante e de grande impacto para o futuro: o binário da Santos Dumont, que começa nos próximos 15 dias com investimento inicial de R$ 32 milhões na primeira etapa.

Por Denis Luciano 17/02/2020 - 16:53 Atualizado em 17/02/2020 - 17:09

Uma reunião na tarde de hoje entre o vereador Júlio Kaminski e um representante enviado pelo governador Carlos Moisés (PSL) definiu os detalhes da operação de migração do parlamentar do PSDB para o PSL. O ato de filiação deve acontecer no dia 5 de março.

Kaminski será candidato a prefeito não mais pelo DEM, como anunciado anteriormente, mas pelo PSL. Ele garante que terá total respaldo do governador, que participará ativamente da campanha. Moisés buscará descarregar seus votos e seu prestígio para o candidato do PSL.

Kaminski acredita que o governador terá um bom poder de transferência de votos, pois tem em mãos pesquisas que indicam uma aprovação de quase 70% do governo de Moisés entre os criciumenses. O vereador não descarta o DEM, partido que o havia acolhido anteriormente, mas no qual não chegou a se filiar. Ele disse que o DEM deve fazer parte da coligação, muito provavelmente indicando a professora Lisiane Tuon para vice-prefeita.

A coligação deve contar com outros partidos na majoritária. As negociações devem se desenvolver na próxima semana. O vereador Edson Paiol (PP) e o suplente Alison Pires (PSDB) devem migrar junto com Kaminski ao PSL. O vereador tenta ainda atrair para o novo partido o vereador Ademir Honorato, que está em negociações para trocar o MDB pelo PL no próximo mês. 

Por Denis Luciano 29/01/2020 - 17:04 Atualizado em 29/01/2020 - 17:10

A extinção da Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal em Criciúma - informação antecipada no dia 25 no Blog Adelor Lessa, no 4oito - será assunto nesta quarta-feira, 29, em Brasília. O deputado federal Daniel Freitas (PSL-SC) manterá audiência às 18h30min com o presidente do banco, Pedro Guimarães, e com outros diretores da instituição. Vai tentar conhecer mais detalhes das razões que levaram a Caixa a tomar essa decisão, e argumentará com números: a Caixa de Criciúma tem um dos melhores desempenhos do país e abrange uma região estrategicamente importante de Santa Catarina. Conforme anunciado, das cinco superintendências da Caixa, três foram extintas, e restaram apenas as de Florianópolis e Chapecó.

Fonplata

Enquanto isso, os deputados seguem recebendo verdadeiras romarias de prefeitos do Brasil inteiro. É que o prazo para encaminhamento de demandas visando emendas parlamentares está se esgotando no próximo dia 4, por determinação do presidente Rodrigo Maia (DEM). Daniel Freitas recebeu ontem a visita do prefeito Clésio Salvaro (PSDB). Ele foi levar, entre outros pedidos, o apoio para interceder junto aos órgãos competentes visando destravar o financiamento do Fonplata para as obras do binário da Avenida Santos Dumont. Restam algumas etapas burocráticas a vencer, e na conversa com Salvaro o deputado comprometeu-se a ajudar.

Eleição

Na mesa da conversa entre Daniel e Salvaro, ainda, eleição em Criciúma. Daniel está bastante discreto no processo, afinal, não pertence mais ao PSL na prática, embora ainda filiado, e seu novo partido, a Aliança, só estará formado em 2022. Por enquanto, o deputado vai dando ares de aparente neutralidade na disputa de outubro em sua cidade.

Por Denis Luciano 28/01/2020 - 16:55 Atualizado em 28/01/2020 - 16:57

O ex-deputado federal Jorge Boeira (PP) está fora do circuito da eleição de outubro em Criciúma. Em absoluta primeira mão, ele anunciou a decisão de não concorrer na manhã desta terça-feira, 28, em entrevista ao Programa Adelor Lessa na Som Maior. Ele confessa que gostaria - logo, não descarta para o futuro - mas aponta empecilhos pessoais. Eis o peso de dona Ângela e da Natália, a esposa e a filha que contam com grande influência na vida de Boeira, e que tocam as empresas da família e precisavam dele na rotina dos negócios. Mas o ex-deputado deixou claro, ao longo da entrevista, o quanto gosta de política e que, assim que tudo estiver equacionado na vida pessoal e profissional, ele volta ao jogo. E pode ser já em 2022.

Confira também - Municipal do PP é pega de surpresa com desistência de Boeira

O PP ficou sem candidato. E o PSL também. Foi um strike. O PP contava com Boeira, e apenas com Boeira. Não tem um plano B. O plano B do PP é apoiar a reeleição do prefeito Clésio Salvaro (PSDB). Logo o PP, que foi buscado por Salvaro em 2008 para viabilizar a necessária "aliança com o Centro", com os progressistas indicando Márcio Búrigo, veio o primeiro governo do Márcio e Eu, a reeleição e o rompimento. Mas o rompimento de Salvaro nunca foi com o PP. Foi sim com Márcio. Tanto que Márcio deixou o PP, está no PL e, no próprio ninho progressista atual, tem gente de proa defendendo desde sempre a candidatura Salvaro, caso do vereador e ex-presidente da Câmara, Miri Dagostim.

Miri, aliás, foi o mais recente termômetro do estágio do PP. Disse há algumas poucas semanas, publicamente, que sem Boeira candidato e com uma nominata pouco competitiva à Câmara, estaria ele disposto a abandonar, a trocar de partido, a seguir outros rumos. Não faltou quem especulasse ele no PSDB, fruto da boa relação com Salvaro. Mas não será o caso. Sem Boeira, mas com os prometidos reforços para garantir ao menos duas cadeiras no Legislativo, o PP deverá continuar contando com Miri. Convicção semelhante não se aplica, ainda, ao vereador Edson Paiol do Nascimento. Cabe lembrar que ele herdou a vaga de Ângela Mello que, por sua vez, era primeira suplente da coligação MDB-PP, que elegeu Miri e Daniel Freitas, este cassado quando da troca de partido que fez, para o PSL.

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PSL sem candidato

E o PSL entra na história. Com direito a cortejo do secretário da Casa Civil, Douglas Borba, e do deputado federal Fábio Schiochet, presidente estadual do partido, Jorge Boeira recebeu o convite para migrar e concorrer a prefeito em Criciúma com todo o apoio do governador Carlos Moisés. Nem isso ajudou. Sem Boeira, o PSL está absolutamente sem alternativas. Não tem qualquer nome local com relevância suficiente para uma disputa desgastante e complexa, contra Clésio Salvaro e os outros que virão. Missão ingrata.

Confira também - PSL convida Boeira para concorrer a prefeito

E o Minotto?

Dessa indecisão, surgiu uma especulação, Por qual razão não convidar o deputado Rodrigo Minotto (PDT) a migrar para o PSL? É fiel a Carlos Moisés na Alesc e quer concorrer a prefeito. Já colocou o bloco na rua. Isso passou pela cabeça de alguns líderes do PSL, o governador gostaria da ideia, e ficaria melhor de explicar para o eleitor. Mas sem chance. Não prosperou a sugestão de alguns no PSL e Minotto não abre mão do PDT, no qual está há 27 anos. Ele quer concorrer a prefeito pelo PDT em Criciúma e segue insistindo que, do alinhamento fiel a Carlos Moisés, conseguirá o amém do governador para ter o apoio sem ser do PSL. A falta de outras alternativas para Moisés pode sim jogar esse apoio no colo de Minotto.

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Caminhos do MDB

Outra pergunta a responder: e o MDB? Estão discretas as aparições do ex-deputado federal Ronaldo Benedet na mídia. Ao ouvir duas entrevistas recentes dele na Som Maior, semana passada durante um debate no Programa Adelor Lessa e nesta terça no Avesso, houve quem lembrasse: e se o MDB apostar no Ronaldo? É emedebista de proa, tem história no partido, tem realizações por Criciúma para colocar na mesa e está sem mandato. Cumpriria o perfil ideal, não fosse um importante detalhe: ele já se submeteu a um sacrifício político concorrendo a prefeito. Em situação bastante adversa, na disputa suplementar de 2013, concorreu tendo o ex-vereador Douglas Mattos (PCdoB) como vice. A cidade vivia o trauma da cassação da reeleição de Clésio Salvaro e, ao sabor da popularidade do então ex-prefeito impedido, o ex-vice Márcio Búrigo (PP) elegeu-se com larga margem. Ronaldo colocava, ali, um ponto final na participação em disputas municipais.

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Logo, o MDB busca outras alternativas. De seus líderes, ouve-se apenas que o foco principal está no fortalecimento da proporcional. Ter nomes suficientes para eleger ao menos quatro vereadores. A atual bancada tem Tita Beloli, Paulo Ferrarezi, Toninho da Imbralit e Ademir Honorato, mas desses quatro um está fora. Ademir não fica, vai migrar. Sem a Aliança, que não ficará pronta a tempo da disputa, tem na mão alguns convites, um deles do DEM, onde poderia ser o nome principal na lista com boas chances de reeleição. O deputado Luiz Fernando Vampiro já abriu mão da candidatura a prefeito. Em algum momento, o ex-governador Eduardo Moreira entrará na parada para decidir a situação. O fato, hoje, é que praticamente ninguém do MDB quer entrar em uma eleição duríssima contra um Salvaro com a máquina numa mão e o favoritismo na outra.

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Pode ser a Ada...

Faz algum tempo, veio à tona o nome da deputada Ada de Luca como uma provável candidata. Talvez em um possível balão de ensaio, para medir a febre. Não que a ideia esteja esquecida. Poderá ser resgatada e reaquecida em breve. Se o partido quiser mexer com os brios da deputada, basta lembrar que ela tem história aqui - seu avô, Addo Caldas Faraco, foi prefeito da cidade três vezes - e recordar que o saudoso Walmor de Luca certamente gostaria de ver a esposa candidata a prefeita. Logo... não será tão surpreendente se o nome dela voltar ao jogo.

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PL vai

O PL tem postas duas pré-candidaturas. Ganha maior expressão, por suas relações com os Bolsonaro, a intenção da advogada e jornalista Júlia Zanatta, mas esse pendor por ela na mídia causou certa irritação de gente do partido outro dia. Ricardo Beloli, indicado para a vice-presidência municipal - Márcio Búrigo é o presidente - distribuiu comentário em grupos de WhatsApp lembrando que o PL tem também a pré-candidatura do advogado Jefferson Monteiro.

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DEM, PT, Podemos...

Com o vereador Júlio Kaminski já lançado pelo DEM, a expectativa pela candidatura do advogado Chico Baltazar ou do médico Dr. Juliano pelo PT, tem ainda no circuito o nome do coronel Cosme Manique Barreto, aposta do Podemos, pelo qual pode ir a prefeito ou vice. 

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A ficar de olho, ainda, no arco de alianças que Clésio Salvaro formará. Está posto que o PSD indicará mesmo seu vice - devendo continuar com Ricardo Fabris -, embora o PP vá tentar a vaga, mas lhe faltam nomes para indicar com envergadura suficiente para fazer o prefeito abrir mão de uma parceria sólida com a cúpula pessedista.

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De tudo isso, um fato é certo: se nas ruas não há qualquer clima ou indicativo, nos bastidores a eleição já começou.

Por Denis Luciano 23/01/2020 - 16:37 Atualizado em 23/01/2020 - 16:46

Uma situação no mínimo curiosa foi protagonizada pelo deputado estadual Jessé Lopes (PSL) via redes sociais. Mais uma, na verdade. Em postagem no Twitter, ele defendeu o fim da Secretaria Especial da Cultura, ao comentar a posse da atriz Regina Duarte na função, convidada que foi pelo presidente Jair Bolsonaro. Na postagem, o deputado catarinense sugeriu que a cultura deve ser promovida com recursos da iniciativa privada.

O detalhe interessante da fala do parlamentar é que o seu pai, Júlio Lopes, está sendo, pela quarta vez, presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC). Ele já exerceu a função em governos anteriores de Eduardo Moreira (MDB), Clésio Salvaro (PSDB) e Márcio Búrigo (então no PP, hoje PL). A bem da verdade, Júlio tem pautado sua atual gestão com pouquíssimo recurso público e busca de parcerias privadas para promover eventos.

No último sábado, em entrevista à Rádio Som Maior, o criciumense Frank dos Passos - o Nego Frank, conhecido do universo do hip hop - reclamou dos repasses do município de Criciúma à cultura. Frank, que é integrante do Conselho Estadual de Cultura, informou que do orçamento de R$ 260 mil, estavam sendo repassados somente R$ 130 mil, o que representa "um investimento diminuto em algo tão importante quanto a cultura", reclamou.

Voltando à postagem de Jessé, ele defendeu o fim da mesma pasta que em Criciúma é tocada por seu pai. Mas o prefeito Salvaro não demonstra qualquer intenção de acabar com a FCC.

Jessé tratando de cultura no Twitter / Reprodução

 

Por Denis Luciano 21/01/2020 - 08:59 Atualizado em 21/01/2020 - 09:01

Para quem apostava em vida mansa para o prefeito Jairo Custódio (MDB) na busca da reeleição no Balneário Rincão, há quem garanta que não será bem assim. Um frentão de oposição vem sendo organizado por algumas lideranças, reunindo partidos alijados do poder e líderes que, com pouco espaço, teriam se afastado da órbita do Executivo. O vereador João Picollo (PT) não nega a existência desse movimento, que centraliza suas forças em dois nomes: um petista, ainda não definido, e o do ex-vereador Charles da Rosa, hoje suplente. Charles era do MDB e migrou para o PSDB. Logo, essa composição para servir de contraponto ao prefeito poderá reunir tucanos e petistas no mesmo palanque, e outros. Picollo garante que “não são poucos os descontentes com o prefeito”, e assegura que “muito do que se vê é mais pelo visual da cidade e menos pelo que está acontecendo na cidade”. Jairo tem trunfos: fez a Avenida Beira Mar e movimentou a economia do balneário, mas Picollo rebate que “isso só está ocorrendo pois, no governo do PT, o Rincão foi planejado, houve o Projeto Orla e a criação de todas as leis necessárias”. Para quem esperava um plebiscito no Rincão, a oposição garante que não será bem assim.

Nas contas

O vereador Picollo agarra-se em outra bandeira para colocar pontos de interrogação no caminho de Jairo Custódio. O petista lembra que o prefeito terá dificuldades para aprovar suas contas de 2018 no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele afirma que a gestão investiu R$ 730 mil a menos do que deveria em educação. Picollo antecipa, assim, outro aspecto que a oposição pensa em explorar na campanha que vem aí.

Vereador João Picollo, do PT, na oposição ao prefeito Jairo no Rincão / Foto: Luana Mazzuchello / 4oito

 

Por Denis Luciano 20/01/2020 - 11:19 Atualizado em 20/01/2020 - 11:23

O protesto é bem humorado, mas a razão é muito séria. Um buraco da Rua Mário da Cunha Carneiro, no Bairro Pio Corrêa, está coberto por um cone. Bem no centro da pista. Nele, um cartaz improvisado avisa: "Rodovia Criciúma - Tókio: início das obras".

Acontece que o cone ajuda a disfarçar o sério problema que ali se esconde. O asfalto está oco. Espiando por ali, você observa o subsolo corroído pela erosão e uma superfície perigosa, cuja extensão do buraco não está no alcance pleno dos olhos. Pode ser imensa a cratera que, mesmo mediana, aponta para o risco de engolir a rua.

Foto: Denis Luciano / 4oito

"É que esse buraco leva de Criciúma a Tóquio", brincou um cidadão que ali passava ao nos ver, sem disfarçar a preocupação. 

O obstetra aposentado Júlio Manfredini passava por ali quando fizemos o flagrante, faz pouco, e conferiu de perto. "Perigoso isso afundar e um carro cair ali", confirmou.

Sem brincadeira, o risco é grande. A rua, pequena, liga em mão única o entorno do Colégio Marista à Rua João Cechinel. É uma região movimentada e repleta de prédios, residencial. A prefeitura precisa agir, logo.

Por Denis Luciano 20/01/2020 - 09:19 Atualizado em 20/01/2020 - 09:24

"E os terrenos no Rincão? O terreno da minha mãe vira depósito de lixo, com restos de construções, folhas, galhos de árvores, dá de tudo. Depois, recebemos notificação da prefeitura para limpar, inclusive com multa". O desabafo do médico Luís Augusto Borba, na manhã desta segunda-feira, 20, chama a atenção para um problema recorrente do Balneário Rincão: o abandono de lixo em terrenos baldios.

Uma TV abandonada no Acesso Sul / Fotos: Denis Luciano / 4oito

Caso recente, e que está exposto para quem quiser ver, encontra-se em uma das margens do Acesso Sul. Quem passa o Bali Hai, pouco adiante da placa que indica o limite entre Içara e Rincão, à esquerda de quem vai para a praia, há uma clareira imunda. Nela, montanhas de entulhos dos mais diversos, restos de móveis, pedaços de armários (e armários inteiros). E repousam ainda sofás e poltronas velhas e até o que já foi um aparelho de TV. Daquelas grandes, pesadas, de tudo. Uma verdadeira vergonha.

E tem sofás e poltronas também...

Em tempos de campanhas de consciência ambiental, os imundos que isso fazem são de uma conduta deplorável. Seria muito bom identificar e punir exemplarmente. A simplória constatação de que não há locais adequados para esse descarte já justifica o espírito dessa gente. Óbvio que o poder público precisa assumir a função de estruturar pontos de apoio para tais coletas, mas isso jamais justifica a criminosa atitude de descartar seja onde for. Isso é coisa de irresponsável. E um péssimo visual em um dos acessos ao Rincão, em tempos de resgate e crescimento da praia. Condenável.

 

Por Denis Luciano 17/01/2020 - 18:07 Atualizado em 17/01/2020 - 18:18

A Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) está convocando os prefeitos da Amrec, Amesc e Amurel para um ato na próxima terça-feira, 21, em Florianópolis.

Na ocasião, a Fecam vai apresentar detalhes da ação judicial que será movida contra a União para tentar suspender o edital da licitação das praças de pedágio marcada para o dia 21 de fevereiro.

A Fecam tem posição clara contra o edital nos moldes previstos, com quatro praças e valor sugerido de R$ 5,19. As praças serão instaladas em Laguna, Tubarão, Araranguá e São João do Sul.

Ainda no evento de terça, os prefeitos conhecerão detalhes de um grande estudo, detalhado, sobre o impacto da cobrança dos pedágios na economia regional. O presidente do Setransc, Lorisvaldo Piucco, vai participar citando os efeitos para os transportadores. Uma representação será levada pela Fecam ao TCU.

"Nosso pedido é para que a União respeite o que foi deliberado sobre os pedágios nas audiências públicas", assinala o presidente da Fecam, Joares Ponticelli.

Por Denis Luciano 17/01/2020 - 16:21 Atualizado em 17/01/2020 - 16:26

A advogada Júlia Zanatta, pré-candidata do PL à prefeitura de Criciúma, disparou contra o PSL em postagem em sua rede social nesta sexta-feira, 17. Júlia criticou o convite que o presidente estadual do PSL, Fábio Schiochet, fez ao ex-deputado federal Jorge Boeira (PP) para concorrer à prefeitura de Criciúma. Júlia fez uso de críticas que Boeira já fez ao presidente Jair Bolsonaro para dizer que "o PSL virou um aglomerado de traidores do Jair".

Cabe lembrar que Júlia estava no PSL, no qual fazia parte de uma lista de pré-candidatos à Câmara. Possui, não  é de hoje, estreita amizade com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente, tanto que o trouxe em novembro para uma palestra em Criciúma. Na ocasião, Júlia já estava fora do PSL e com outros planos. Daquele encontro, saiu pré-candidata a prefeita pelo PL, partido do senador Jorginho Mello, que ofereceu abrigo aos bolsonistas que deixaram o PSL rumo ao Aliança, o novo partido ainda em formação. Além de Júlia, o PL tem o advogado Jefferson Monteiro como pré-candidato a prefeito e, em recente reunião, foi definido que o melhor colocado até o prazo fatal para registro das candidaturas será o escolhido para concorrer.

De fato, Schiochet reuniu-se com Boeira nesta quinta e formalizou o convite do PSL. O ex-deputado está considerando a possibilidade. Ele tem reunião com a executiva estadual do PP na próxima segunda-feira, 20, em Florianópolis, já que os progressistas contam com Boeira para concorrer à majoritária em Criciúma. Abaixo, a crítica de Júlia Zanatta:

 

Por Denis Luciano 17/01/2020 - 09:58 Atualizado em 17/01/2020 - 10:04

As próximas semanas prometem ser agitadas para uma das mais fortes cooperativas de energia elétrica do sul de Santa Catarina. A Coopera, de Forquilhinha, terá eleições para renovar o seu Conselho de Administração. O pleito está marcado para 8 de fevereiro e conta com duas chapas: a do atual presidente Walmir Rampinelli, que buscará um segundo mandato, e a do empresário Odo d´Altoé, que confirmou nesta quinta-feira, 16, o lançamento de um grupo alternativo.

Rampinelli centra o foco nessa eleição, dispensando o natural link com a disputa de outubro, à prefeitura e Câmara. É comum, em cidades onde as cooperativas são vigorosas e influentes - caso de Forquilhinha - esse envolvimento entre as duas eleições, com acordos políticos selados em uma valendo para a outra. Mas, ao menos nas evidências, não parece ser o caso agora. "Estou pensando somente na minha reeleição", garante.

Um dos trunfos do presidente é o peso dos investimentos realizados nos últimos anos. Em texto publicado ontem nas redes sociais, Rampinelli citou R$ 6,6 milhões empregados em 2016 na construção de alimentadores e trocas de religadores, bem como a substituição de postes de madeira por concreto, novos transformadores, cabos e ferragens. Em 2018, ele menciona a destinação de R$ 4 milhões para beneficiar 1,6 mil consumidores de Forquilhinha, melhorando a distribuição de energia ainda para Nova Veneza e parte de Criciúma.

Walmir Rampinelli busca segundo mandato. Será o último, se conseguir vitória, já que o estatuto não permite três mandatos consecutivos

Quando indagado sobre as principais conquistas do seu mandato, elenca a diversificação das atividades da Coopera. "Investimos em internet e na loja de materiais elétricos, e agora o nosso novo e grande projeto, de a Coopera ter uma PCH, está bem maduro", anuncia. A cooperativa investirá R$ 30 milhões, nos planos de Rampinelli - claro que dependendo do resultado da eleição - para contar com uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), a ser construída em uma área mapeada entre os municípíos de São Joaquim e Painel, na região serrana. "Temos que primeiro comprar o projeto, depois indenizar a área e montar a PCH", refere. A região da Amrec foi descartada por falta de áreas com o relevo adequado para gerar energia. "Pensamos em fazer isso na Barragem do Rio São Bento, mas descartamos pois só seria viável se pudéssemos utilizar todo o volume de água, mas ali só poderíamos usar o excedente, da vazante, daí não é viável", explica.

A chapa de oposição não quer ser rotulada assim. O empresário Odo d´Altoé prefere colocar-se como o cabeça de uma "chapa alternativa". "Nossa chapa será composta por associados que não se sintam representados pelo atual presidente", defende. Odo ensaiou a candidatura desde o fim do ano passado. "Estamos aguardando o edital para terminar de montar a chapa", reforça.

Odo d´Altoé entra na disputa garantindo que lidera não uma chapa de oposição, mas uma chapa alternativa

O deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT), que é de Forquilhinha, apóia a candidatura de Odo. "Entendo que ele representa uma renovação importante para a cooperativa, seja nos moldes de gestão, seja na interação com a sociedade e os cooperados", disse, em entrevista à Rádio Som Maior nesta sexta-feira, 17. Minotto fez uma crítica à gestão do presidente Rampinelli citando o edital de convocação do pleito. "Colocaram como critério que o candidato tenha um curso específico em cooperativismo, isso tirou da disputa muitos empresários, muitas lideranças que poderiam contribuir e foram tolidos por uma regra dessa", critica.

Nomes postos, está aberta a temporada de pedido de votos entre os associados da Coopera.

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