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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Denis Luciano 16/01/2020 - 17:59 Atualizado em 16/01/2020 - 18:00

Veio à tona, em outubro de 2013, um processo que apurava possíveis irregularidades em cobranças do estacionamento da Festa das Etnias daquele ano, no Centro de Eventos José Ijair Conti. Recaía sobre o então presidente da Autarquia de Segurança, Trânsito e Transportes de Criciúma (ASTC), Giovanni Zappellini, e o à época superintendente da Guarda Municipal, Ricardo Strauss, denúncia de prática de crime de peculato. Os dois foram indiciados com mais quatro funcionários da autarquia, que hoje está extinta, deu lugar à Diretoria de Trânsito e Transportes (DTT). Hoje saiu a sentença da ação criminal, e o juiz do caso, Bruno Mackowiecky Salles, determinou pela absolvição.

O inquérito policial, aberto na ocasião pelo delegado Leandro Loreto, que nem atua mais em Criciúma, apurava possíveis desvios de recursos na arrecadação do estacionamento, que era gerenciado por Strauss. O processo criminal, agora encerrado, e o cível, cuja sentença havia sido tornada pública no ano passado, foram encerrados sem provas consistentes para condenações. Apenas no cível Strauss foi condenado a devolver R$ 600 ao erário. Ocorre que ele era o gestor e também trabalhava na coordenação do estacionamento naquela festa, e cada um dos servidores que exerciam essa função recebia R$ 100 por noite. Strauss efetuou o pagamento a todos, inclusive a ele - que havia trabalhado efetivamente - mas acabou pelo magistrado obrigado a devolver o recurso.

Com o encerramento do caso, por falta de provas, o juiz ordena, na sentença, a destruição dos comprovantes e tíquetes de estacionamento que encontravam-se arquivados, e o processo foi encerrado depois de sete anos.

Por Denis Luciano 15/01/2020 - 17:42 Atualizado em 15/01/2020 - 18:09

Agita os bastidores na tarde desta quarta-feira, 15, a informação de que o deputado federal Daniel Freitas (PSL) foi alvo de uma denúncia de violência doméstica. O caso ocorreu domingo e foi registrado pela esposa do parlamentar na delegacia de Polícia Civil do Balneário Rincão.

O blog buscou detalhes. A desavença teria começado, segundo fonte próxima às partes, entre Daniel e seu sogro. Eles teriam se desentendido por discussão política. Os ânimos se exaltaram e a esposa de Daniel teria interferido. 

Conversamos a pouco com o delegado Vitor Bianco Júnior, que está no Rincão estudando o caso. Ele não vai se manifestar enquanto não tiver mais detalhes. "Não podemos cometer injustiças", ponderou. O único depoimento tomado até o momento é o da denunciante, a esposa do deputado.

Daniel se encontra em Brasília e vai se manifestar por nota a qualquer momento.

Por Denis Luciano 15/01/2020 - 10:20 Atualizado em 15/01/2020 - 10:27

O prefeito Tiago Zilli (MDB) não vai à reeleição em Turvo. O próprio revelou a informação na manhã desta quarta-feira em entrevista ao apresentador Ninnomar Moro, na Rádio Imigrantes.

Zilli já havia determinado que hoje era o dia D, de noticiar a sua decisão. A revelação pegou os emedebistas de surpresa em Turvo. O vice Edson Piska pode ser uma opção. O ex-prefeito Ronaldo Carlessi, embora esteja fora do partido, será consultado e terá peso na decisão. Haverá quem tente convencê -lo a retornar ao MDB e concorrer, o que hoje é pouco provável. 

Do outro lado, o PP busca um candidato, mas ainda não há unanimidade. Logo, faltando pouco mais de oito meses o cenário está nebuloso na cidade.

Por Denis Luciano 15/01/2020 - 09:36 Atualizado em 15/01/2020 - 09:38

O ex-deputado federal Jorge Boeira (PP) segue sendo o nome pretendido pelo PSL para concorrer à prefeitura de Criciúma em outubro. Tanto que o deputado federal Fábio Schiochet, presidente estadual do PSL, estará na cidade nesta quinta-feira, 16, para se reunir com Boeira. "O PSL vai ter candidato a prefeito em Criciúma", ressaltou Schiochet em entrevista à Rádio Som Maior na manhã desta quarta, 15.

"Tenho vontade (de ter ele candidato). O secretário Douglas Borba já esteve falando com ele, eu me reúno com ele amanhã, é uma vontade nossa. O Boeira é um quadro que a gente simpatiza muito, uma pessoa que vem com a mesma linha do partido", ponderou o presidente. "Eu gostaria do Boeira no partido, e amanhã faço mais uma conversa com ele", destacou.

Será, na verdade, o primeiro contato direto entre o presidente estadual do PSL e Boeira. Na conversa anterior, provocada pelo secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, o ex-deputado "pediu um tempo para pensar". "Vai ser a primeira conversa que eu vou ter com ele, o secretário teve uma conversa antecipada. Mas imagino que o Boeira veja o governador com bons olhos, com mais de 70% de aprovação em Santa Catarina e está na hora de o Boeira voltar para o jogo, está fazendo falta", sublinhou Schiochet.

Não há, pelos cenários colocados, qualquer possibilidade de aproximação entre o PSL e a candidatura de Clésio Salvaro (PSDB) à reeleição em Criciúma. Isso fica claro pelo nítido distanciamento entre o prefeito e o governador Carlos Moisés (PSL). 

Fábio Schiochet, deputado federal e presidente estadual do PSL / Divulgação

Se não der certo com Boeira, o PSL já tem, conforme o presidente, plano B para Criciúma. "Muita coisa pode mudar, mas é momento de o PSL rever seus quadros e colocar na rua. Por isso a conversa com o Boeira, temos mais dois empresários na lista para oferecer uma opção à direita, ao gosto do eleitor. Caso não dê com o Boeira, temos esses dois empresários. Prefiro não citar nomes agora pois é um pouco precoce, o Boeira é a nossa preferência", revelou. Schiochet confirmou que os dois empresários mapeados para concorrer, caso Boeira não dê o sim ao partido, são pessoas de fora da política, que nunca concorreram a cargo eletivo.

O presidente estadual já percorre a região a partir da tarde desta quarta, passando por Laguna e chegando ainda hoje a Criciúma. Ele permanecerá até sábado no sul, mantendo reuniões para alinhar candidaturas do PSL. "O PSL vai ter candidatos a prefeito nas 30 maiores cidades de Santa Catarina. Essa é a minha função agora, temos até abril para filiações dos candidatos, vamos ter candidatos em Criciúma, Tubarão, Laguna, estamos estruturando um partido com vontade de fazer de 50 a 60 prefeitos, entre 120 e 150 vereadores na eleição de 2020", concluiu.

Na entrevista que fizemos com ele na Som Maior, o presidente estadual do PSL confirmou o risco de expulsão do deputado Jessé Lopes (PSL), reiteirou as críticas ao parlamentar publicadas em nota oficial pelo partido na tarde passada, criticou a denúncia de crime de responsabilidade que pode redundar no impeachmento do governador e projetou o futuro da sigla com a criação da Aliança. Confira no podcast:

Por Denis Luciano 14/01/2020 - 18:24 Atualizado em 14/01/2020 - 18:43

A advogada Júlia Zanatta faz questão de manter seu nome nas listas de pré-candidatos à prefeitura de Criciúma. Saudada como tal no começo de novembro, quando da visita a Criciúma do deputado federal - e seu particular amigo - Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Júlia está sem filiação partidária, mas entende que segue no radar do senador Jorginho Mello (PL).

O PL filiou, recentemente, o advogado Jeferson Monteiro, egresso do MDB e que mudou de sigla convencido de que encontraria, no novo ninho, espaço para concorrer ao Paço, o que não vinha encontrando entre os emedebistas. Mas daí veio Eduardo Bolsonaro, veio o Teatro Elias Angeloni lotado saudando o filho do presidente da República e veio a empolgação de Júlia. A advogada, bolsonarista de primeira hora, é figura assídua entre o clã Bolsonaro e, claro, está com a ficha na mão para filiar-se à Aliança. Enquanto o novo partido não vem, Júlia vai buscar abrigo no partido que oferece espaço a isso em Santa Catarina, e em plena sintonia com Jair Bolsonaro: justamente o PL.

Com Jorginho Mello e Jair Bolsonaro, Júlia quer mesmo concorrer a prefeita em Criciúma

Júlia faz um trabalho forte de redes sociais, tem um discurso afiado e extremamente alinhado ao do presidente, e parece arrancar em vantagem entre os bolsonaristas criciumenses para representar o líder maior na campanha por aqui.

Com seu bebê recém nascido nos braços, Júlia vem conversando bastante, procurando interlocutores e reforçando que, faz algum tempo, sua intenção mudou de concorrer a uma cadeira na Câmara a brigar por espaço na acirrada disputa ao Paço, colocando-se entre os pretendentes para opor-se ao projeto de reeleição de Clésio Salvaro (PSDB).

Para tanto, Júlia precisará estar filiada ao PL até o começo de abril.

Por Denis Luciano 14/01/2020 - 17:23 Atualizado em 14/01/2020 - 17:30

O jornalista Leonel Camasão, que foi candidato a governador do Estado em 2018 pelo PSOL, apresentou hoje, à Assembleia Legislativa (Alesc), duas denúncias contra o deputado Jessé Lopes (PSL): uma por quebra de decoro parlamentar, encaminhada à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, e outra solicitando à Procuradoria Geral de Justiça abertura de inquérito para averiguar violações penais que eventualmente tenham sido cometidas.

Casamão referiu-se, na denúncia, à recente postagem do deputado Jessé que, em crítica à campanha "Não é Não" e aos movimentos feministas afirmou que "assédio massageia o ego". Após a publicação em suas redes sociais, no fim de semana, Jessé reafirmou os comentários nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Som Maior.

Leonel Camasão hoje, na Alesc

Camasão expôs detalhes das suas denúncias contra Jessé na seguinte publicação feita há pouco:

JESSÉ VAI TER QUE RESPONDER POR SUAS DECLARAÇÕES. Na data de hoje, apresentamos duas denúncias contra o Deputado Jessé Lopes: uma por quebra de decoro parlamentar, entregue para a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Alesc. Outra, solicitando à Procuradoria Geral de Justiça (MPSC), com a urgência que o caso requer, a abertura de inquérito para a averiguação das violações penais cometidas pelo deputado. Nas denúncias, deixamos algumas coisas claras:
- Importunar e assediar sexualmente não é e nunca foi um direito dos homens, mas sim uma triste realidade com a qual as mulheres são obrigadas a conviver diariamente numa sociedade dominada por práticas machistas e misóginas.
- O corpo da mulher não é de domínio público e nem toda mulher sabe, ou deveria saber, lidar com assédio.
- A imunidade parlamentar e a liberdade de expressão não podem servir de subterfúgio à prática de crimes contra os direitos das mulheres. O deputado cometeu infração prevista pelo Código Penal. Com criminosos, aplica-se a lei penal.
- Assediadores e machistas não têm lado na política, pois representam apenas o que há de mais sórdido e fazem sofrer diariamente as muitas mulheres deste estado e deste país.
As mulheres não merecem nada que Jessé tenha pronunciado, infelizmente. O que as catarinenses merecem é uma representação política que garanta e efetive os seus direitos, em vez de combate-los.

Por Denis Luciano 14/01/2020 - 16:58 Atualizado em 14/01/2020 - 17:00

Craque do passado do Flamengo e da Seleção Brasileira, o ex-jogador Arthur Antunes Coimbra, o Zico, estará no sul do estado na próxima sexta-feira, 16. Zico vai palestrar em Jaguaruna para um grupo de 400 crianças do projeto Zico 10, iniciativa que tem o apoio da prefeitura, tanto que o convite para o evento está sendo distribuído pelo prefeito Edenilson da Costa. Zico é, atualmente, técnico do Kashima Antlers, do Japão.

Não é a primeira vez que o craque tem envolvimento com futebol no sul de Santa Catarina. Entre 2009 e 2011 manteve uma parceria com o Imbituba, que neste período disputou a primeira divisão do Campeonato Catarinense.

Por Denis Luciano 14/01/2020 - 16:27 Atualizado em 14/01/2020 - 16:35

Continua repercutindo a manifestação do deputado estadual Jessé Lopes (PSL), que via redes sociais, no fim de semana, criticou a campanha "Não é Não", do movimento feminista, ao dizer que "não sejamos hipócritas! Quem, seja homem ou mulher, não gosta de ser 'assediado(a)' Massageia o ego, mesmo que não se tenha interesse na pessoa que tomou a atitude".

Em entrevista à Rádio Som Maior, nesta terça-feira, 14, o parlamentar reforçou essa e outras declarações. “Eu digo assediador no sentido de dar em cima e não no sentido de crime, em que a pessoa fica todos os dias em cima, assediando e incomodando quando uma mulher já deixou claro que não vai acontecer”, afirmou, ressaltando que "o assédio massageia o ego".

O Partido Social Liberal, ao qual Jessé segue filiado, lançou nota oficial na tarde desta terça condenando as declarações. Na nota, assinada pelo presidente estadual do partido, deputado federal Fábio Schiochet, as declarações são citadas como "machistas" e são referidos os dados de agressões contra mulheres no Brasil. "Diante disso, o PSL deixa claro que não compactua com as ideias do deputado", cita o documento. Jessé está rompido com o PSL e já definiu pela sua saída do partido. Ele apenas aguarda a organização da Aliança, partido do presidente Jair Bolsonaro, para oficializar a migração. Schiochet é do grupo do governador Carlos Moisés, opositor do segmento de Jessé e de outros parlamentares catarinenses que estão rompidos com a cúpula do PSL, entre os quais o federal Daniel Freitas. Confira, abaixo, a nota do PSL contra Jessé:

 

Por Denis Luciano 13/01/2020 - 17:53 Atualizado em 13/01/2020 - 18:14

Está entregue à Assembleia Legislativa (Alesc) um pedido de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL), da vice Daniela Reinehr (sem partido) e até o secretário de Estado da Administração, Jorge Tasca, é citado. Autor da denúncia, o defensor público Ralf Guimarães Zimmer Júnior refere "aumento de salários de procuradores do Estado... de forma administrativa, por meio sigiloso para impedir os órgãos de controle e a sociedade de fiscalizar a ululante ilegalidade".

Na denúncia, é mencionado ainda que o secretário Tasca "externou o ato ilícito" no momento em que deu "acordo com o conluio fraudulento" ao determinar o pagamento em folha de benefícios aos citados procuradores.

Ainda conforme o denunciante, a medida do governador contraria decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e gera um impacto de R$ 8 milhões aos cofres do Estado.

Ao justificar o pedido, Ralf Zimmer citou que o crime de responsabilidade do governador e da vice começa quando do envio do pacote de reforma administrativa à Alesc, em 2019. Houve uma emenda que propunha vincular o percentual dos vencimentos dos procuradores da Alesc aos ministros do STF. Houve o veto e, na leitura do denunciante, na ocasião o governador "cravou à sociedade e ao Parlamento que lhe representa que não teria dinheiro para honrar com a emenda proposta".

Dessa decisão, foi pinçada o que o autor da ação chama de "contraditório", já que meses depois o governador teria autorizado uma vinculação que ensejou reajuste aos procuradores, havendo um aumento da renda bruta dos procuradores de R$ 33 mil para R$ 38 mil, "pasmem, estendendo efeitos de decisões judiciais... que cabia a uma diminuta parcela de procuradores a todos os demais, que não lhes cabia".

Como efeito cascata, o autor da denúncia anexa, ainda, o pedido da Associação dos Procuradores de Santa Catarina para que os vinculados à Alesc tenham o mesmo benefício que os ligados ao gabinete do governador.

Até o contracheque dos procuradores do mês de setembro e o de outubro foram fixados na ação, para confirmar o salto nos valores.

O governo do Estado ainda não se manifestou sobre o pedido de impeachment. Mais detalhes em instantes no Ponto Final, na Rádio Som Maior.

Por Denis Luciano 13/01/2020 - 15:51 Atualizado em 13/01/2020 - 15:54

A briga continua. Depois da postagem do deputado Jessé Lopes (PSL), que criticou o movimento feminista pela campanha "Não é Não", o parlamentar voltou à carga na tarde desta segunda-feira, 13. Na publicação original, que deu origem ao embate, Jessé afirmou que "... quem, seja homem ou mulher, não gosta de ser “assediado (a)?? Massageia o ego, mesmo que não se tenha interesse na pessoa que tomou a atitude". A campanha, do Coletivo Feminista de Santa Catarina, visa distribuir tatuagens provisórias entre mulheres durante o Carnaval para combater o assédio.

No começo da tarde, no Jornal do Almoço da NSC TV, a jornalista Laine Valgas levou ao ar contundente editorial rebatendo o deputado criciumense. Confira a transcrição abaixo:

Poder ser assediada não é um direito, é uma triste realidade com a qual as mulheres são obrigadas a conviver por conta do machismo que torna normal, rotineiro e até lisonjeiro coisas que constrangem as mulheres como o assédio ou a importunação sexual que, vamos repetir, não é um direito, um elogio, não massageia o ego nem satisfaz a vaidade da mulher, não. É crime, definido por lei, e caso não esteja claro, vamos dizer mais uma vez, inclui a realização de ato libidinoso de forma não consensual e também enquadra ações como beijo forçado ou passar as mãos no corpo alheio sem permissão

 

Nem toda mulher quer ser cantada na rua porque o corpo da mulher não é um domínio público. Nem toda mulher sabe lidar com o assédio.

 

Segundo pesquisa do Instituto Patrícia Galvão e Locomotiva, 97% das mulheres já passaram por situação de assédio no transporte coletivo no Brasil. As mulheres relataram que foram encoxadas, foram tocadas e receberam cantadas indesejadas, indesejadas eu disse deputado. Significa que elas não desejaram, queriam ou gostaram. E sobre essas coisas, a casa legislativa aqui de Santa Catarina, os deputados, como o senhor, podem e devem fazer algo

 

O discurso contra o assédio, a importunação, o machismo, não é papo de mulher frustrada e invejosa, supor que as mulheres querem ser assediadas na rua só mostra o quanto falta informação da realidade da violência de gênero no Brasil. No ano passado, em 2019, 50 mulheres foram assassinadas em Santa Catarina apenas por dizerem não aos companheiros e ex-companheiros, 59 mulheres que tiveram o direito mais fundamental previsto na nossa Constituição, o de garantia da vida, negado, pois esses companheiros e ex-companheiros não entenderam que não é não. E ainda tem pessoas que acham que mulheres têm mais direitos que homens.

Jessé apressou-se em responder. Postou, novamente na rede social, uma nova nota, desta vez de resposta à NSC:

O que se vê do movimento feminista na teoria é que mulheres querem os mesmos "direitos" dos homens. Mas em que são baseados os argumentos que, supostamente, os Homens teriam mais direitos? Certamente, nas capacidades hormonais, físicas e psíquicas do ser humano. Logo, isso não se enquadraria em "direitos”, mas em equivalências humanas. Dito isso, pode-se constatar então, que o movimento feminista luta por mais privilégios e não direitos. O feminismo, ao contrário do que muitos pensam, só tirou direitos das mulheres: deixou-as menos cuidadosas com a aparência e imbecilizou o comportamento. Ou seja, legalmente estão menos favorecidas, pois hoje, se uma mulher é deixada pelo marido, esse não tem mais a obrigação de honrar o compromisso assumido inicialmente com ela. Por isso sou contra o feminismo e qualquer outro tipo de movimento segregador.

 

Quando, de forma oportunista, usam a palavra "assédio" empregada no texto para expressar minha atitude, ou sob alegação disso ser direito da mulher, tenta-se apenas criar uma narrativa. A palavra "assédio" em aspas, não tem essa intenção nem proporção. Mas, o intuito de falar sobre ser cantada ou paquerada, nada mais que isso. Para essa turma, validade só tem a narrativa fria de que eu sou apologeta do assédio.

 

Como já disse em post anterior, querem a revolução dessas minorias para se beneficiaram delas. A luta de classes, seja ela qual for, só tem um objetivo; segregar. Eu repudio esse tipo de movimento. Não compactuo com essa bobagem dialética negativa destrutiva, com relativismo e reducionísmo, cujo intuito é o aparthieid humano. Querem privilégios? Trabalhem como toda mulher comum para ter suas oportunidades. Reitero aqui meu compromisso com todas as mulheres e homens de bem.

Já há quem questione o decoro de Jessé perante a mais esse forte debate público. A aguardar os próximos episódios.

Por Denis Luciano 13/01/2020 - 09:41 Atualizado em 13/01/2020 - 09:47

O deputado Jessé Lopes (PSL) vem com mais uma polêmica. E, de novo, fez uso das redes sociais para propagar opinião que levanta divergências. Desta vez, o alvo foi o movimento feminista. Em crítica à campanha "Não é Não", iniciativa do Coletivo Feminista de Santa Catarina contra o assédio, Jessé bateu forte. "Não sejamos hipócritas! Quem, seja homem ou mulher, não gosta de ser “assediado(a)?? Massageia o ego, mesmo que não se tenha interesse na pessoa que tomou a atitude", escreveu o parlamentar.

O movimento está pedindo doações para confeccionar e distribuir adesivos em forma de tatuagens onde estará escrito "Não é não", um lema das feministas contra assédio. E Jessé vai além: "Toda mulher sabe lidar com assédio. Obviamente estou falando do ASSÉDIO no sentido que o próprio movimento GENERALIZA (dar em cima), e não de atos AGRESSIVOS e perturbante. Crime não se previne e nem se combate com TATUAGENS! Neste carnaval, não colabore com este movimento segregador, não use essa tatuagem ineficiente!!", disparou.

A campanha, enquanto isso, continua. Há uma rede de mulheres treinadas que estarão distribuindo as tatuagens temporárias que serão distribuídas em blocos carnavalescos e eventos durante a folia. Na plataforma Benfeitoria está disponível o canal para doações visando financiar as peças. Na descrição da campanha, consta:

Acreditamos que nosso Carnaval é uma festa mas não um convite para o assédio. Por isso, distribuiremos tatuagens não permanentes para ecoar: Não é Não!

Depois de um assédio sofrido por uma de nós às vésperas do Carnaval, decidimos que não ficaríamos mais caladas. Por isso, criamos uma tatuagem temporária que marca na pele o que alguns insistem em não entender: Não é não!

Parece óbvio. Mas infelizmente as mulheres ainda precisam repetir constantemente.

Não é não.

É mais que uma frase, ou um grito de guerra. É a criação de um escudo que empodera a mulher. Devolve a ela o direito ao próprio corpo e o poder de fazer com ele o que bem entender.

Não é não.

Um movimento que torna os nossos corpos outdoors da nossa luta diária, por uma sociedade mais justa e igualitária. Para que um dia nenhuma mulher precise ficar repetindo: NÃO É NÃO!

Ainda sobre o deputado Jessé, ele rotula o coletivo feminista como um movimento político. "O movimento Feminista NUNCA vai terminar, pois trata-se de um movimento POLÍTICO PARTIDÁRIO. Sempre que conquistam algo, irão procurar outra causa para defender, pois o movimento não pode parar, já que ele é um braço da revolução cultural socialista. É igual ao MST, sempre ganham terras, mas estão sempre sem terras", escreveu o deputado. "Após as mulheres já terem conquistado todos os direitos necessários, inclusive tendo até, muitas vezes, mais direitos que os homens, hoje as pautas feministas visam em seus atos mais extremistas TIRAR direitos. Como, por exemplo, essa em questão, o direito da mulher poder ser “assediada” (ser paquerada, procurada, elogiada...)Parece até inveja de mulheres frustradas por não serem assediadas nem em frente a uma construção civil", completou.

No vídeo abaixo, a apresentação da campanha das feministas:

 

Por Denis Luciano 09/01/2020 - 19:30 Atualizado em 09/01/2020 - 19:36

Começou a partir de uma postagem no Blog do Ney Lopes aqui mesmo, no 4oito, nesta quarta-feira, 8, a grande repercussão do caso do poste do Parque Centenário Altair Guidi. Trata-se da barra de concreto que sustenta uma das tabelas de basquete de uma das novíssimas e bonitas quadras poliesportivas, barra esta que fica quase que na posição de um goleiro em uma das traves ali instaladas. Estava o poste a poucos centímetros da linha de fundo.

Estava, pois veio a solução nesta quinta. As traves foram retiradas. Ou seja, o basquete ganhou a queda de braço na quadra nova. A prefeitura se manifestou por nota sobre o ocorrido. Cabe lembrar que o parque foi inaugurado na segunda-feira, 6.

Claro que o episódio ganha o Brasil e o Mundo. Até o jornalista esportivo Milton Neves, famoso por suas sacadas, não deixou escapar a insólita situação em sua movimentada conta no microblog Twitter. Ele postou a foto citando que Criciúma está em grande fase, revelando goleiros. A piada é válida, já que parte de um colega que muito prestigiou o Tigre, até assistindo jogos no Majestoso.

Que fase!!

 

Por Denis Luciano 09/01/2020 - 18:08 Atualizado em 09/01/2020 - 18:12

Foi notícia na tarde desta quinta-feira, 9, no 4oito, a situação da Rodovia João Cirimbelli, que tem cerca de dois quilômetros entre Morro Estevão e Sangão. Nessa estrada, esburacada e empoeirada, uma caçamba da prefeitura caiu em um buraco, fazendo reforçar a preocupação com um trecho que expõe e muito seus moradores.

Procurada para se manifestar a respeito, a prefeitura de Criciúma emitiu uma nota, cujo conteúdo foi repassado pela Secretaria de Infraestrutura à Diretoria de Comunicação. Confira:

A Prefeitura de Criciúma esclarece que os problemas que ocasionaram o acidente com um veículo do município, na Rodovia João Cirimbelli, em Morro Estevão, serão resolvidos o mais breve possível.  Salienta ainda que a manutenção da via já está prevista no cronograma da Secretaria de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana.

Na véspera, nesta quarta, já havia sido por nota o comunicado do município sobre o caso do poste debaixo de uma das goleiras de uma das quadras do Parque Centenário Altair Guidi. O problema já foi resolvido.

E na onda das notas, foi assim que a Secretaria de Estado da Infraestrutura se comunicou nesta quinta sobre a Serra do Rio do Rastro. Ocorre que mais um deslizamento de pedras foi registrado por lá, e fica no ar a preocupação sobre a manutenção das encostas, que estão por passar por obras de contenção. Diz a nota do Estado:

A obra de contenção dos 25 pontos críticos na Serra do Rio do Rastro é um Regime Diferenciado de Contratação Integrado (RDCI), a empresa vencedora da licitação é responsável por executar tanto o projeto quanto a obra. A previsão da Secretaria de Estado da infraestrutura e Mobilidade (SIE) é que a ordem de serviço para elaboração do projeto seja assinada ainda na primeira quinzena de janeiro.

E vamos de nota em nota para informar nossos ouvintes e leitores a respeito de respostas que, em outros tempos, vinham na ponta da língua dos gestores. É uma frieza burocrática que, infelizmente, distancia o poder público de seu grande patrão, o povo.

Por Denis Luciano 08/01/2020 - 14:10 Atualizado em 08/01/2020 - 14:16

A bancada do PSD na Câmara de Criciúma não participará da eleição para a presidência do Legislativo logo mais. Os vereadores Zairo Casagrande, Salésio Lima e Camila do Nascimento irão registrar presença e posteriormente ausentar-se do plenário, abstendo-se de votar no pleito que confirmará a eleição do vereador Tita Beloli (MDB) para a presidência do legislativo neste ano. 

Ocorre que a bancada do PSD reclama do que chama de 'interferência do Executivo no Legislativo'. Conforme o vereador Zairo Casagrande, o prefeito Clésio Salvaro "se meteu demais no processo, virando votos que eram do grupo dos oito em prol do grupo dos nove, para garantir a vitória de Tita Beloli". Nos cálculos de Zairo, se esses três votos do PSDB não tivessem sido convertidos, os de Arleu Silveira, Geovana Benedet Zanette e Moacir Dajori, o novo presidente da Câmara seria ou Dailto Feuser (PSDB) ou Salésio Lima (PSD).

Logo, na conclusão do PSD, Zairo coloca que Salvaro deixou de ter presidente da Câmara um vereador do PSDB ou do PSD por sua decisão e por sua interferência. O vereador ainda afirma que o voto conjunto do PSD contra o Paço em matérias recentes não é obra do acaso e sim "muito mais do que um raio, é um relâmpago político. O PSD está por sua bancada na Câmara, avisando a cúpula do partido que não concorda com os rumos que o PSD está tomando na eleição majoritária em nível municipal", coloca.

Trocando em miúdos, os vereadores do PSD questionam se é correta a indicação de Ricardo Fabris para ser vice-prefeito na chapa encabeçada por Clésio Salvaro. A ausência o PSD deve ser os únicos votos com os quais Tita Beloli não contará. Os demais 14 vereadores devem votar com ele, inclusive Júlio Kamisnki (PSDB), que tem sido um vereador independente na sua atuação, a exemplo de Ademir Honoratto (MDB). Esses dois estão em vias de mudar de partido. Os demais parlamentares devem confirmar o voto em Tita. 

A sessão extraordinária começa às 20h. Na chapa inscrita ontem no fim da tarde, o futuro vice-presidente Aldinei Poteleck (Republicanos), primeiro secretário Paulo Ferrarezzi (MDB) e segundo secretário Edson Paiol (PP). A sessão será presidida por Arleu da Silveira (PSDB), por ser o vereador mais votado na última eleição e assume o comando da casa após a renúncia da presidência do vereador Miri Dagostim (PP). 

Por Denis Luciano 08/01/2020 - 09:10 Atualizado em 08/01/2020 - 09:21

O secretário da Casa Civil do governo Carlos Moisés, Douglas Borba, cumpre agenda política nesta quarta-feira, 8, em Criciúma. Na qualidade de secretário-geral do PSL em Santa Catarina, Borba antecipou faz poucos minutos, na Rádio Som Maior, que estará ainda nesta manhã convidando o ex-deputado federal Jorge Boeira (PP) para ser candidato a prefeito pelo PSL.

"Vamos nos reunir e já antecipo aqui que sim, o PSL vai ter candidato a prefeito em Criciúma e nossa intenção é contar com o ex-deputado Boeira nessa. Além de amigo pessoal, ele tem perfil semelhante ao do governador, é um homem equilibrado, de boas ideias e realizações, será um grande reforço para o PSL se aceitar o nosso convite", disse o secretário.

Para Borba, o PSL não pode ficar sem candidato a prefeito em Criciúma. "É uma cidade emblemática, a maior entre Florianópolis e Porto Alegre, e o partido do governador tem que estar representado. Temos pesquisas que apontam que o governo Carlos Moisés tem 69% de aprovação do eleitor criciumense, por isso o nosso projeto terá que estar representado na eleição", sublinhou.

Douglas Borba com os deputados Minotto e Vampiro hoje, na Som Maior / Foto: Paulo Monteiro / 4oito

Duas constatações práticas dessa fala, uma que já saltava aos olhos e outra que é consequência: saltava aos olhos que o PSL estaria distante do projeto de reeleição do prefeito Clésio Salvaro (PSDB), tanto que a relação nada próxima entre ele e Carlos Moisés não é escondida por Douglas Borba. "É uma relação institucional e não pessoal", disse, quando questionado sobre Criciúma e o seu atual prefeito. Outra conclusão é que o deputado Rodrigo Minotto (PDT) que aspira ser candidato a prefeito com apoio do PSL, não poderá contar com esse aval. "O Minotto tem feito um grande trabalho de parceria com o governador na Alesc, é um fiel aliado, tem apoiado os projetos e respeitamos seu desejo de concorrer, mas o PSL precisa ter candidato em Criciúma", ressaltou.

Além de Minotto, Douglas Borba foi acompanhado, nesta visita à Som Maior, pelo deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB) que descartou totalmente a hipótese de concorrer a prefeito. "Eu quis ser candidato em 2012 mas na ocasião o partido entendeu que era a hora da Romanna Remor, agora não tenho essa intenção. Mas o partido está conversando para construir uma candidatura", ressaltou. O coordenador regional do PSL, Rangel Loch, também acompanha Douglas Borba na agenda em Criciúma. Ele poderá ser o candidato do PSL a prefeito de Forquilhinha em outubro.

Por Denis Luciano 07/01/2020 - 18:41 Atualizado em 07/01/2020 - 18:43

O vereador Tita Beloli (MDB) inscreveu, no fim da tarde desta terça-feira, 7, a sua chapa para concorrer à presidência da Câmara. Com ele como candidato na cabeça, estão inscritos os vereadores Aldinei Potelecki (Republicanos), como vice-presidente, o primeiro secretário Paulo Ferrarezi (MDB) e o segundo secretário Edson Paiol (PP).

Tita será candidato único, já que conta com o apoio do grupo dos nove, que sustentou as eleições anteriores de Julio Colombo (PSB) e Miri Dagostim (PP) na atual legislatura, e tem ainda o aval de parte da bancada do PSDB.

A eleição vai ocorrer em sessão extraordinária nesta quarta-feira, a partir das 20h, que terá a presidência de Arleu da Silveira (PSDB). Ele assumiu a cadeira nesta terça, após a renúncia de Miri Dagostim, na condição de vereador mais votado na eleição de 2016.

Por Denis Luciano 07/01/2020 - 17:27 Atualizado em 07/01/2020 - 17:29

Em mais um ajuste no cronograma, está remarcada para esta quarta-feira, 8, às 20h, a sessão extraordinária que vai eleger a nova mesa diretora da Câmara. Cerca de meia hora antes da sessão desta terça o vereador Tita Beloli (MDB), candidato único à sucessão de Miri Dagostim (PP) na presidência, havia informado sobre um acordo para realizar a eleição na quinta-feira, 9, por conta de um prazo regimental de 48 horas a ser respeitado. Mas o novo acordo está anunciado.

As chapas devem ser inscritas até as 19h desta terça. Tita já conta com o vice-presidente Aldinei Potelecki (Republicanos) e o primeiro secretário Paulo Ferrarezi (MDB), faltando o segundo secretário. Os nomes cotados são Edson Paiol e Miri Dagostim (PP). Tita tem o apoio do grupo dos nove e de parte da bancada do PSDB.

Cumprindo o acordado, Miri renunciou à presidência logo no início da sessão desta terça. Foi chamado e conduzirá a Câmara nesta e na próxima extraordinária, a desta quarta, o vereador Arleu da Silveira (PSDB), na qualidade de vereador mais votado da última eleição. Não haverá chapa de oposição à de Tita Beloli.

Por Denis Luciano 07/01/2020 - 16:52 Atualizado em 07/01/2020 - 16:55

Em 9 de julho de 2016 a tocha olímpica visitou Criciúma. Em um revezamento, ela passou de mão em mão como parte da programação de envolvimento do Brasil e dos brasileiros com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Na ocasião, uma placa foi confeccionada e resultou em denúncia. O Ministério Público (MP-SC) investigou e indicou por punição ao prefeito Márcio Búrigo (PP) ao presidente da Fundação Municipal de Esportes (FME), Renato Valvassori. A denúncia era de campanha eleitoral antecipada, já que os nomes de Márcio e Valvassori constavam na placa. Eles racharam o pagamento de uma multa de R$ 9,2 mil.

O assunto voltou à memória política nesta terça-feira, 7, quando do compartilhamento de uma foto de Valvassori ao lado do deputado federal Ricardo Guidi (PSD) em frente à placa de inauguração do Parque Centenário Altair Guidi, descerrada nesta segunda-feira, 6. O ex-presidente da FME é, atualmente, assessor do parlamentar.

Valvassori e Ricardo Guidi ontem, diante da placa do parque

Muitos lembraram do ocorrido com Valvassori e o ex-prefeito Márcio em 2016, levantando a pergunta: e a placa de agora - ela é bem grande, por sinal - é passível de denúncia e punição ao prefeito Clésio Salvaro e aos demais citados na mesma? Trata-se de uma boa discussão sobre limites que os anos eleitorais colocam aos que pretendem concorrer. Cabe lembrar que 2016 era ano eleitoral, Márcio foi candidato e perdeu para Salvaro, que agora tentará um novo mandato. Márcio anda fora do circuito, já nem pertence mais ao PP e aspira uma candidatura a deputado estadual pelo PL em 2022. Valvassori nem concorreu naquela eleição.

Por Denis Luciano 07/01/2020 - 16:36 Atualizado em 07/01/2020 - 16:42

Não será mais nesta terça-feira, 7, a eleição para a presidência da Câmara. Ficou para quinta-feira, 9. Acontece que o regimento interno do Legislativo exige 48 horas entre a inscrição de chapas e a realização do pleito. O vereador Tita Beloli (MDB), que será candidato único, inscreve ainda hoje a sua chapa, que não está 100% definida. Estão definidos o vice-presidente Aldinei Potelecki (Republicanos) e o primeiro secretário, Paulo Ferrarezi (MDB). Falta definir o segundo secretário. Os dois vereadores do PP, Miri Dagostim e Edson Paiol, estão entre os pretendentes à vaga.

Nesta terça, o vereador Miri Dagostim abre os trabalhos como presidente e apresenta a sua renúncia da função. De pronto, assume o vereador mais votado da última eleição, Arleu da Silveira (PSDB). Ele preside a sessão desta terça, que contará com a votação de quatro projetos, e a ele caberá encaminhar a eleição da nova mesa diretora.

Tita conta, além do grupo dos nove, com o apoio de parte da bancada do PSDB, por orientação do prefeito Clésio Salvaro (PSDB). Isso acabou minimizando a possibilidade de uma chapa alternativa, que era articulada pelo vereador Salésio Lima (PSD).

Logo, a sessão desta terça, a partir das 17h, vai se limitar a votar os quatro projetos que estão na pauta. Dois deles tratam do Criciumaprev, um é sobre uma permuta de área entre a prefeitura e uma empresa e outro trata sobre o novo abrigo de menores do município.

Por Denis Luciano 07/01/2020 - 09:51 Atualizado em 07/01/2020 - 10:00

Era meio de tarde desta segunda-feira, 6. No clima da inauguração do Parque Centenário Altair Guidi, fomos até aquele prédio que já abrigou, por anos, o Ministério Público do Trabalho (MPT), para ver a quantas andava a estrutura que acolherá a Câmara de Vereadores. E foi um misto de decepção e entusiasmo. Decepção pelo estado de abandono em que encontrava-se esse patrimônio da União, que de sede de um braço do Judiciário tornou-se abrigo para moradores de rua e baderneiros. Mas entusiasmo pois está evidente que, pela estrutura arquitetônica, torna-se um lugar apropriado para bem receber o Legislativo criciumense.

Fotos: Denis Luciano / 4oito

Primeiro nos deparamos com o tapume que circunda todo o prédio, que dá suas costas para o Paço e tem a dianteira voltada para a Rua Palestina. Pela pequena abertura entre as tábuas, encontramos um pátio imundo. De garrafas plásticas a restos de comida, passando por lixo de toda a ordem até preservativos masculinos usados atirados no chão, a primeira impressão é das piores. Três pilares carcomidos dão a certeza de que o abandono mora ali.

Visual do pátio da futura sede da Câmara

Não há um vidro sequer no lugar. Nem portas. Muito menos tomadas ou fios. Toda a instalação elétrica foi arrancada, certamente porque no interior dos fios há o cobre que usuários utilizam para trocar por drogas. Há sinais evidentes, e muitos atuais, de que aquele andar térreo, com piso irregular, tábuas por toda a parte e uma espessa camada de poeira é utilizado como moradia.

As paredes estão pichadas. Muito pichadas. De frases vagas a pesados recados que podem ser associados a facções criminosas, passando por pensamentos e até um pouco de auto ajuda, encontra-se de tudo. Até um pouco de grafite há em algumas paredes, uma tentativa de arte em um espaço que impacta pelo estado atual.

No térreo há o visual de um hall, com portas pantográficas em dois pontos - uma voltada para o parque, outra para a Rua Palestina - e salas, várias salas. Dezenas delas. De menores a maiores, a carcaça de prédio que restou do abandono vende a certeza de que, feitos os investimentos necessários, o local ficará muito adequado à nova missão que cumprirá.

Por uma escadaria de três lances se alcança o andar superior, que começa com um largo salão cercado por algumas salas menores. Um observador menos atento ficaria crente de que tudo aquilo seria suficiente para abrigar a Câmara inteira, mas não será.

O setor administrativo ficará nesse prédio atual, a ser recuperado. Um anexo será construído, com três pavimentos, para abrigar plenário, plenarinho e os gabinetes dos 17 vereadores. E serão 17 mesmo, sem qualquer previsão de acréscimo futuro de número de cadeiras na Câmara.

Havia a intenção inicial de, no mesmo anexo, construir-se um estacionamento subterrâneo, já que defronte ao prédio há um pequeno local com vagas para carros. Mas garante o presidente Miri Dagostim (PP) - em seu último dia à frente da Câmara - que serão mais de 200 vagas disponíveis, levando em conta os espaços pertencentes ao Parque Centenário que estão próximos dali.

Em uma tentativa de acelerar a transferência da Câmara para 2020 ainda, é estudado o projeto de já abrigar os setores possíveis no prédio a ser reformado a partir de hoje - sim, a reforma começa nesta terça-feira, 7 - e alugar salas no Centro Executivo Forense, próximo dali, do outro lado da rua, para receber os gabinetes dos vereadores, desocupando assim as salas do Centro Profissional, no Centro, que serão utilizadas na transação para pagar a conta da construção da nova sede.

Essas grades restaram em algumas janelas do prédio
Mais um local pichado e sem porta. Não restaram portas no prédio
O visual de uma janela do segundo piso na tarde passada
Um dos muitos sinais de que o prédio vem sendo utilizado por moradores de rua
Mais sujeira
Outras paredes pichadas
A escada que leva ao piso superior
Essa foi a recepção do antigo MPT
Tem até uma churrasqueira no prédio
Outra sala, das grandes, com grade na janela
Tem até roupa íntima no chão
Nada restou da instalação elétrica
Mais pichação

 

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