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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Denis Luciano 15/03/2018 - 17:00 Atualizado em 15/03/2018 - 17:10

Depois do Próspera em 2018, a próxima temporada marcará o retorno de outra grife do sul de Santa Catarina ao convívio do futebol profissional de Santa Catarina. "Nossa volta está 99% certa", confirmou nesta tarde o presidente do Araranguá Esporte Clube, Felipe Sasso. Entusiasmada com o título do Regional da LARM em 2017, a torcida vem pegando junto, formou com Felipe uma diretoria coesa, e trabalha para colocar tudo em ordem visando o ingresso na Série C do Catarinense no ano que vem. "Montamos uma diretoria com 20 pessoas, elegemos conselhos Fiscal e Deliberativo com mais vinte pessoas na semana passada. Estamos nos organizando", confirma o dirigente.

O AEC calcula precisar de ao menos R$ 230 mil para se regularizar com as burocracias da Federação Catarinense de Futebol (FCF) e CBF. "Já fizemos contato com a Federação, temos todas as orientações para viabilizar a nossa volta logo", conta. Outra necessidade é local estruturado para jogar. Está em andamento a construção do Estádio Municipal de Araranguá, investimento superior a R$ 3 milhões. "Ele está 60% pronto, acreditamos que até o fim do ano a obra estará concluída", refere o presidente. Mas se algo der errado na construção do Municipal, o AEC já tem um plano B, que pode passar por investimentos no CT Emerson Almeida, onde o Araranguá vem mandando boa parte dos seus jogos. "Vamos nos reunir com o Emerson amanhã", relata.

Um plano de sócios, com modalidades de R$ 30, R$ 50 e R$ 80, está sendo lançado na próxima semana. "Temos hoje 80 sócios, queremos chegar a mil esse ano ainda. Esse respaldo será fundamental para voltar ao profissional", comenta. Enquanto o Catarinense não vem, o AEC terá um calendário forte em 2018 no amador. Estreia dia 25 na Copa Sul dos Campeões visitando o Flor da Serra em Morrinhos do Sul, no Rio Grande do Sul. Tentará a vaga no Estadual de Amadores, e brigará depois pelo bicampeonato do Regional da LARM.  O técnico segue sendo Geraldo Sprícigo, ex-base do Criciúma.

A memória ajuda muito no sonho do resgate do Araranguá. O time teve sucesso nos gramados de Santa Catarina entre o final dos anos 80 e até 1994, quando frequentou a primeira divisão estadual. Foi bicampeão da Copa Santa Catarina nas temporadas de 91 e 92. Licenciou-se em 95, voltando em 2014 no Regional da LARM conquistando a Segunda Divisão e o acesso.

Mais do AEC a gente conta no jornal A Tribuna desta sexta-feira.

Por Denis Luciano 15/03/2018 - 16:10 Atualizado em 15/03/2018 - 16:16

Saiu a pouco no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF o registro do lateral esquerdo Marlon pelo Criciúma. Assim, o jogador está liberado para reestrear oficialmente com a camisa do Tigre. Ele rompeu terça-feira com o Mirassol, pelo qual disputou o Campeonato Paulista, e ontem já treinou no CT tricolor. Hoje pela manhã, foi titular o tempo inteiro no trabalho comandado pelo técnico Argel Fucks, mesmo sem ter ainda sido incluído no BID.

O zagueiro Fábio Ferreira será o próximo contratado. Ele já está em Criciúma acompanhado de seu advogado para negociar o contrato com o clube. Ocorre que Fábio terá que retirar uma ação trabalhista de R$ 2 milhões que move contra o Tigre, por conta da sua última passagem pelo Majestoso, em 2015. Retirando a ação, ele assina com o Criciúma. O fim do processo será definido entre hoje e amanhã e é possível que o Criciúma ainda tente inscrever o zagueiro a tempo de ele ser incluído até o fim da tarde de amanhã no BID, para poder ser aproveitado no Campeonato Catarinense. O prazo para inscrições no Estadual termina justamente amanhã.

Argel comentou, na entrevista coletiva de hoje, que "com o jogador que está vindo", no caso Fábio Ferreira, o Criciúma chega a quatro reforços no Catarinense e mais quatro virão para o Brasileiro. "Estamos pedindo e a diretoria está nos atendendo", referiu.

Amanhã tem Criciúma x Brusque às 19h15min. Com Marlon na lateral e o agora ex-lateral Andrew no ataque, no lugar de Maílson.

Daniel Búrigo / A Tribuna

 

Por Denis Luciano 15/03/2018 - 12:19 Atualizado em 15/03/2018 - 12:25

Sob forte chuva o técnico Argel Fucks comandou na manhã desta quinta-feira, no estádio Heriberto Hülse, o treino apronto do Criciúma para encarar o Brusque amanhã, às 19h15min. O atacante Maílson é o desfalque. Com uma lesão muscular na coxa esquerda, sentida durante o segundo tempo do empate com o Atlético Tubarão, ele foi vetado pelo departamento médico. Em seu lugar, Argel testou Andrew e Luiz Fernando.

Marlon trabalhou o tempo inteiro entre os titulares. Porém, seu nome ainda não foi divulgado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, o que deve ocorrer hoje ou, no mais tardar, amanhã. Assim, o Tigre para esta sexta tem Luiz, Sueliton, Sandro, Nino e Marlon, Barreto, Douglas Moreira e Elvis, João Paulo, Zé Carlos e Andrew (Luiz Fernando). Durante o treino, ainda, o técnico tricolor testou Carlos Eduardo na lateral direita, alternando com Sueliton.

Denis Luciano / 4oito

Argel fez um trabalho em campo reduzido com os titulares. Depois, insistiu em treinos de bola aérea defensiva e ofensiva. "É jogo de seis pontos. Temos que ter um aproveitamento melhor das chances que criarmos", avalia o técnico. "Se ganharmos amanhã passamos o Brusque e faltarão duas vitórias para o objetivo". O objetivo? Afastar de vez o risco do rebaixamento.

 

Por Denis Luciano 15/03/2018 - 08:38 Atualizado em 15/03/2018 - 08:52

Até Argel chegar, o Criciúma tinha três jogadores com mais de 30 anos: Alex Maranhão e Walacer, com 32, e Luiz, com 35. Com Argel, vieram Zé Carlos (34 anos), Sueliton (31) e Marlon (32 anos) e aparece hoje no clube o zagueiro Fábio Ferreira, 33 anos. Obviamente que a média de idade do Tigre vai aumentando assim.

Antes de Argel chegar, o Criciúma contava com um elenco de 28 atletas, e média de 22,9 anos. Com os reforços acima citados, a média global do elenco, agora com 32 jogadores, alcança 24,1 anos. A mudança fica mais evidente entre os titulares. No time provável para o jogo de amanhã contra o Brusque, média de 26,4 anos. A destacar que esta provável equipe, a ser encaminhada no coletivo das 10h de hoje no Heriberto Hülse, terá Luiz, Sueliton, Sandro, Nino e Andrew, Jean Mangabeira, Douglas Moreira e Elvis, João Paulo, Zé Carlos e Maílson.

Vamos além. Para a Série B, o time base deve mudar um pouco. Não acrescentamos ainda na escalação provável acima o lateral Marlon, que não saiu no BID. Mas ele pode sair hoje. É o que se esperava. E não colocamos ainda Fábio Ferreira, que chega hoje para amarrar os últimos detalhes do contrato mas será titular no Campeonato Brasileiro. Assim, a média de idade para o atual time base que se encaminha para a Série B é de 28,3 anos. Ao fim das contas, um Criciúma bem mais experiente.

Os trintões do Criciúma, então, são Luiz, Zé Carlos, Fábio Ferreira, swalacer, Marlon, Alex Maranhão e Sueliton. Na outra ponta, os caçulas do elenco: Enzo e Vinícius, 18, Christian e Bessa, 19 anos. Mais detalhes no jornal A Tribuna desta quinta-feira.

Denis Luciano / 4oito

 

Por Denis Luciano 14/03/2018 - 17:56 Atualizado em 14/03/2018 - 18:12

Ao melhor estilo "chega, treina e joga", o lateral esquerdo Marlon apareceu hoje no CT do bairro Cristo Redentor. Já treinou com o grupo do Criciúma e deixou a impressão de que está em forma. Entre hoje e amanhã seu nome sai no Boletim Informativo Diário e daí ele estará em condições de jogar contra o Brusque na sexta-feira. Rompeu ontem o contrato com o Mirassol e, aos 32 anos, chega badalado pelo técnico Argel Fucks e vem para dar um toque de experiência a um setor que vem em dificuldades.

Senão vejamos. Eltinho foi o primeiro lateral esquerdo da temporada. Desde sempre, com limitação física, com dificuldades para jogar 90 minutos. Depois, o então técnico Lisca optou por Chico. Não deu certo. Daí veio Andrew. O que melhor se saiu por ali. Mas um atacante. Improvisado. E com dificuldade de reposição. A vinda de um lateral experiente se impunha. Marlon chegou.

Denis Luciano / 4oito

Amanhã é a vez de Fábio Ferreira. O zagueiro de 33 anos já se desvinculou do Novorizontino. Está com salário acertado. Ganhará o mesmo que teria Ewerton Páscoa que, assim, sai dos planos. Mas há um porém. Fábio precisa retirar a ação trabalhista que mantém contra o clube por conta da sua última passagem no Tigre, em 2015. É uma ação de R$ 2 milhões. É condição básica para a assinatura do contrato. O zagueiro já assegurou que fará isso, que colocou seu advogado em contato com o jurídico do Criciúma para formalizar a extinção do processo. Isso será posto no papel amanhã, na reunião de Fábio com os dirigentes do Criciúma. Aí, então, ele será liberado para o técnico Argel. É contratação certa.

Há quem diga que, só por isso, o Criciúma já faz um bom negócio. Se livra de um processo de R$ 2 milhões pagando, sabe-se lá, uns R$ 30 mil ao mês por um contrato até o fim do ano. É o que tudo indica, embora a estimativa do número. E vem para jogar. Daí, outra pergunta: e Nino? Ganhará força o possível empréstimo da jovem revelação tricolor para o Atlético Paranaense? Não será surpresa. Afinal, ter uma joia como Nino no banco, é um desperdício...

Por Denis Luciano 14/03/2018 - 11:45 Atualizado em 14/03/2018 - 11:57

Em tempos de tantas críticas para tudo, a elogiar a iniciativa da Fundação Municipal de Esportes (FME) de antecipar para hoje o início da fase municipal dos Jogos Escolares de Santa Catarina, reunindo 550 estudantes de 22 escolas públicas e privadas de Criciúma, na faixa etária dos 15 aos 17 anos. Até 14 de abril, nossas escolas e seus alunos estarão disputando os títulos das sete modalidades no masculino e feminino brigando por vagas na fase microrregional. Legal. Experiência muito bacana para os jovens.

A competição começa às 13h30min no Ginásio Municipal Valmir Orsi, reunindo os times do Colégio Marista e do Cedup no basquete feminino. Estarei lá conferindo. Uma boa pedida. Quem sabe deste e dos quatro jogos seguintes que agitarão a tarde não estarão despontando nossos novos valores do, fazendo Criciúma de novo ter condição, no futuro, apenas com investimento local, de montar seu time de meninas no basquete. Hoje e amanhã elas estarão na quadra.

Na sexta-feira e segunda teremos basquete masculino. Depois, a ampla agenda oferece handebol, tênis de mesa, xadrez, futsal, atletismo, vôlei e vôlei de praia. As competições vão rolar, além do Ginásio Municipal, na pista da Unesc e na Satc. Boa sorte aos amigos Sandro Araújo e Odilon Linhares na direção dos trabalhos na FME e a todos os atletas e comissões técnicas envolvidas.

TIme do Marista campeão do Jesc municipal em 2017 no futsal masculino / Arquivo / FME

 

Por Denis Luciano 14/03/2018 - 08:56 Atualizado em 14/03/2018 - 08:59

O Tigre segue no embalo das repatriações. Depois de Argel Fucks, Zé Carlos, Sueliton e o acerto de ontem com Marlon, o Criciúma começa a quarta-feira engatilhando a contratação de Fábio Ferreira. O experiente zagueiro, de 33 anos, está rompendo com o Novorizontino, pelo qual disputou o Campeonato Paulista, e volta para o tricolor com uma clara condição: tem que retirar a ação trabalhista de R$ 2 milhões que mantinha contra o clube. Isso acertado, a retirada está sendo formalizada entre a assessoria jurídica de Fábio e o diretor da área no Criciúma, Albert Zilli dos Santos.

Fábio Ferreira defendeu o Criciúma entre 2013 e 2015. Ele pode chegar ainda hoje em Criciúma. O jogador mantém várias relações pessoais na região e tinha bastante interesse em voltar. Pelo Tigre, disputou 96 jogos e marcou cinco gols. Começou a carreira no Corinthians, passando por Noroeste, Juventude, Grêmio, Vitória, Botafogo e Ponte Preta até chegar no Novorizontino. Com a vinda de Fábio, o Criciúma desiste de Ewerton Páscoa. Os dois negociavam salários semelhantes com o Tigre.

 

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 17:55 Atualizado em 13/03/2018 - 18:40

O Criciúma deve anunciar oficialmente nesta quarta-feira mais um reforço: o lateral esquerdo Marlon, 32 anos, que disputou o Campeonato Paulista pelo Mirassol. Trata-se de outro pedido do técnico Argel Fucks, que já o elogiou publicamente nos últimos dias, e pode chegar já nas próximas horas na cidade. Por enquanto, o clube não se pronuncia, mas a negociação avançou nas últimas horas. Ele será o terceiro repatriado recente, depois das voltas de Zé Carlos e Sueliton.

Marlon defendeu o Criciúma nas temporadas de 2012 e 2013. No começo de 2014, foi apresentado como reforço do Vasco após a boa passagem no Tigre. Lá, chegou a dizer que "realizava um sonho do seu pai" e que pela primeira vez defenderia um grande clube, o que na ocasião gerou alguma revolta entre torcedores do Criciúma. Seja como for, não emplacou no Vasco, tanto que depois rodou por Paysandu, Bahia, Capivariano, Águia e Brasil de Pelotas até chegar, nesta temporada, ao Mirassol, pelo qual disputou nove partidas e marcou um gol. Paraense, Marlon defendeu clubes do seu estado no começo da carreira.

O Mirassol anunciou em seu site oficial neste fim de tarde o rompimento de contrato com Marlon e a vinda dele para Criciúma. Mais detalhes às 18h50min na Som Maior e amanhã no jornal A Tribuna. Ah, e não vai ficar só pelo Marlon. O Tigre acerta outro reforço ainda esta semana. Deve ser o zagueiro Ewerton Páscoa.

 

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 16:23 Atualizado em 13/03/2018 - 16:30

Joinville e Concórdia demitiram seus treinadores ontem. E já anunciaram soluções hoje. Quarto colocado com 17 pontos, já longe da briga por classificação à final - está há dez pontos do vice-líder Figueirense faltando 15 pontos a disputar -, o JEC mudou geral, com as dispensas do técnico Rogério Zimmermann e do gerente de futebol Carlos Kila. Para o lugar de Zimmermann, que estava desde o início da temporada no clube, veio Matheus Costa, 31 anos, que comandou o Paraná na reta final da campanha do acesso à Série A em 2017. O plano claro do Joinville é arrumar a casa a tempo da Sèrie C do Brasileiro, já que a prioridade, com orçamento apertado e criatividade, é deixar logo a Terceirona voltando à B.

No Concórdia a situação é mais crítica. O time não vence há sete jogos, ganhou apenas dois pontos nos últimos 21 disputados, com dois empates e cinco derrotas. A diretoria ainda bancou Mauro Ovelha depois da derrota por 5 a 2 em casa para o Criciúma, mas os tropeços na sequência, a derrota de virada para o Tubarão por 3 a 2 e o empate em casa com o Brusque, 1 a 1, a queda foi inevitável. Hoje o clube anunciou um acerto, de certa forma, inusitado: o time será comandado nas últimas cinco rodadas por Emerson Cris, auxiliar que a Chapecoense emprestou para tentar salvar seu irmão do Oeste. O Concórdia é lanterna com 11 pontos. Avaí, Inter, Joinville, Hercílio e Figueirense são os desafios que restam ao time para tentar escapar da degola.

Considerando os jogos comandados por Grizzo, o Criciúma é o time com mais técnicos no atual Catarinense: 3. Abaixo, a relação dos treinadores conforme a classificação:

Time Pontos Técnicos
Chapecoense 30 Gilson Kleina
Figueirense 27 Milton Cruz
Avaí 21 Claudinei Oliveira
Joinville 17 Rogério Zimmermann / Matheus Costa
Tubarão 17 Waguinho Dias
Brusque  16 Picoli / Pingo
Criciúma 13 Lisca / Grizzo / Argel Fucks
Hercílio Luz 13 Luiz Carlos Cruz / Nazareno Silva
Inter de Lages 12 Leandro Niehues / Rodrigo Fonseca
Concórdia 11 Mauro Ovelha / Emerson Cris

 

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 16:08 Atualizado em 13/03/2018 - 16:14

Estava eu saindo do Paço Municipal. Que ficou muito bonito por sinal. Amplo, bem distribuído, um espaço qualificado para bem atender ao cidadão criciumense. Já de volta da tarefa lá realizada, caminhando pelo estacionamento rumo ao meu destino, fui abordado por um senhor. Empreendedor. Daqueles que geram empregos, que pagam pilhas de impostos para continuar sobrevivendo. Que trabalha para pagar, produzir e ter algum ganho, natural. Um cidadão de bem. Responsável.

Estava ele com o celular à mão. Fazia fotos dos estacionamentos do Paço. Repletos. Cheios de carros. Ao me abordar, depois do educado "boa tarde", lascou: "esse é o Brasil que não queremos". Explicou-se. "É tanto funcionário público que falta vaga no estacionamento. Você acredita que todas essas centenas de carros são de servidores da prefeitura?". Incrédulo, ele, castigado como todos nós por essa vida de pagar impostos do brasileiro, estarrecia-se com o cenário ali posto.

Denis Luciano / 4oito

Longe de se contestar a capacidade de trabalho de todos aqueles ali lotados, a "indignação cidadã" do interlocutor era sobre o peso da máquina pública. No mesmo dia em que, mais cedo, em breve bate papo com outro parceiro que empreende em Criciúma, o mesmo apontava para a falta de soluções na via política. "Não diminuem os impostos com medo de recuar na arrecadação e não pagar a conta dessa máquina gorda e pesada, esquecendo que com menos impostos abrirão mais empresas, que recolherão mais tributos e, no montante, arrecadarão mais". Eis a lógica deste segundo amigo do dia que nos abordou sob o mesmo dilema.

Voltando ao primeiro amigo, aquele do estacionamento, disse mais ele: "isso aqui parece o estacionamento de uma fábrica. Daquelas grandes, como a que estamos precisando atrair para Criciúma". Esses dois diálogos me levaram a recordar, das tantas leituras do fim de semana, a de um editorial do Diário Catarinense, artigo assinado pelo advogado Salomão Ribas Júnior, ex-deputado e ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Tratou ele sobre os "novos tempos das prefeituras", lembrando que elas precisam buscar outras fontes de recursos. Recomendou que as mesmas revisem seus tributos e taxas, levando-se em conta a exaustão do contribuinte. "Leis velhas são como colchas de retalhos construídas ao sabor de momentos ou pressões populares ou políticas", escreveu.

Disso tudo, a conclusão de que não podem mais as prefeituras serem as maiores empregadoras de cidades médias e pequenas do Brasil. Isso vai na contramão da modernidade. O estacionamento lotado do Paço de Criciúma fez cidadãos pensarem nisso hoje.

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 11:35

Ele é um empresário muito bem sucedido. Sócio de sete empreendimentos, emancipado financeiramente, Gilson Pinheiro anunciou ontem que "ser diretor de futebol do Próspera é um presente de 60 anos". Até o fim do ano, a princípio, Pinheiro vai se dedicar a ajudar na reestruturação do Time da Raça. Logo, parece que quem está ganhando o presente, na verdade, é o Próspera. Afinal, futebol e messianismo estão de mãos dadas. É difícil fazer futebol sem mecenas, sem gente que invista tempo e dinheiro não esperando retorno imediato.

E aí está o caso. Pinheiro poderia ter sido vice-prefeito duas vezes, e não quis. Contou que abriu mão dos convites de Eduardo Moreira e Paulo Meller para, enquanto líder do PSDB criciumense, compor com os dois peemedebistas. Venceram. Pinheiro não quis e o espaço político foi então ocupado por Anderlei Antonelli e Maria Dal Farra Naspolini, respectivamente. O empresário contou isso para dizer que, em momento algum, sua motivação para estar no futebol é política.

O novo diretor de futebol do Próspera não quer dinheiro, pois não precisa. Não quer espaço político. Quer realizar um antigo desejo. Já colocou seu pessoal para trabalhar no estádio Mário Balsini, começará nos próximos dias as reformas, e vai empenhar nome e, pelo visto, recursos próprios para montar o time prosperano para a Série C do Campeonato Catarinense. Já pediu ajuda ao Atlético Tubarão, que vai emprestar jogadores, e vai bater na porta do Criciúma, a quem chama de "primo rico". Faz bem.

Denis Luciano / 4oito

Ligou para o Rubinho Angelotti. Quis ouvir do presidente da Federação Catarinense de Futebol (FCF) a real situação do Próspera. Teve a confirmação de que o clube nada deve, está apto a jogar, mas precisa colocar o estádio em dia. Por isso, eis a prioridade. Arrumar a casa, e depois montar um time. O orçamento do futebol ainda não está definido, mas será nos padrões da Terceirona, com condições de brigar por um acesso.

A certa altura, foi questionado sobre "quem efetivamente entende de futebol no novo Próspera?". Respondeu que ele próprio, já teve experiências, conhece gente, e colocou na prosa o presidente Dorval Arriola, que recordou seus tempos de juvenil do São Paulo e do Juventus paulista e sua vivência de mais de três décadas no futebol. "Nenhuma cidade em Santa Catarina gosta mais de futebol que Criciúma", disseram os dois, para justificar a razão de Criciúma voltar a ter dois times profissionais.

Já confirmaram que no dia 7 de maio o Próspera bate ponto na FCF para garantir sua vaga na Terceirona. O Time da Raça realmente voltou.

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 10:12 Atualizado em 13/03/2018 - 10:37

No seu último dia como secretário de Estado da Infraestrutura, o deputado Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro (PMDB) anunciou o resgate de um velho projeto, agora renomeado e redimensionado. É a construção da Interpraias. "Agora, Caminhos do Mar, a SC-100", corrige rapidamente o ex-vereador criciumense. A rodovia que vai interligar os balneários do sul catarinense terá avanços em 2018.

"O projeto da Caminhos do Mar ficou quatro meses no grupo gestor do Governo e foi vetado. O governador Eduardo Moreira resgatou, reencaminhou e agora foi liberada a licitação", reforçou o agora ex-secretário. "Estamos esperando o primeiro trecho entre Passo de Torres e Balneário Gaivota. A rodovia é diferente da Interpraias, mas vai fazer o mesmo leito da rodovia já existente, para não precisar fazer desapropriações. É um projeto de menor proporção, não poderá passar caminhão pesado, terá ciclofaixa lateral e vai melhorar o acesso ao nosso litoral sul", detalhou Vampiro.

O governador Eduardo Moreira deverá lançar esta primeira etapa entre julho e agosto.

A ligação entre Passo de Torres e Sombrio deverá tirar proveito da extensão da SC-485. Depois. o traçado da Caminhos do Mar desembocará na SC-449, no Balneário Arroio do Silva, havendo um terceiro lote posterior do Arroio do Silva à SC-445, no Balneário Rincão, e a quarta etapa ligando Rincão ao Arroio Corrente, em Jaguaruna. Daí por diante a Interpraias, ou Caminhos do Mar, já existe, até Laguna.

A SC-100 tem asfalto sobre a antiga SC_487, de Jaguaruna à Barra do Camacho, em um investimento de 2009, do então governador Luiz Henrique da Silveira, de 18,1 quilômetros. Em 2013, após aplicar mais de R$ 20 milhões, o governador Raimundo Colombo entregou mais 15 quilômetros de asfalto do Camacho até Laguna, costeando o Farol de Santa Marta que no ano passado ganhou também seu acesso pavimentado.

A foto abaixo ilustra um dos acessos à praia de Bellatorres, em Passo de Torres, um dos lugares que será beneficiado com a SC-100 asfaltada. Hoje, este é o acesso, piorado na estação de chuvas.

Andresa Miguel / Jornal Nortesul

 

Por Denis Luciano 13/03/2018 - 08:42 Atualizado em 13/03/2018 - 08:53

Levantamos na edição de hoje do jornal A Tribuna a possível judicialização em que pode resultar uma futura venda do atacante Róger Guedes. O Criciúma diz ter 75% dele. O Palmeiras, os demais 25% dos direitos econômicos. Mas o advogado Cristofer Nunes, empresário da CNN Sports e presidente do Internacional de Lages, garante ter documento comprovando possuir 25% dos direitos sobre o jogador. Neste cenário, outros 15% seriam do pai do atleta e, dos 60% que restariam ao Criciúma, 25% foram repassados ao Palmeiras. Ou seja, na versão de Nunes ao Tigre cabem 35%.

E mais, a parcela do Criciúma não é exatamente do clube, mas da GA, a gestora que tem os direitos econômicos de Róger Guedes. Até o ano passado ele era alvo de sondagens de uma possível venda por até 10 milhões de euros. Hoje, especialistas apontam em 5 milhões de euros o valor de mercado do atleta. Não há um negócio a caminho, nos confirma o Nei Pandolfo, diretor executivo de futebol do Criciúma, e o clube está de olho. Afinal, se a conta do Criciúma estiver certa, o clube poderia colocar a mão em R$ 15 milhões em caso de uma futura venda de Róger. Mas e se a conta do Cristofer Nunes for a certa, daí caberão ao clube R$ 7 milhões.

Seja como for, Róger Guedes precisa voltar a encher os olhos nos gramados, e não conseguirá com a atual fase no Atlético (MG), discutindo com treinador e se isolando dos colegas, conforme os relatos que vem de lá. Ele já foi emprestado pelo Palmeiras por relacionamento difícil também. Ou controla o temperamento, ou morre na casca. E isso será ruim para todos: Róger e, no frigir dos ovos, o Criciúma. Todos os detalhes na página 40 de A Tribuna nesta terça. Confere lá!

 

Por Denis Luciano 12/03/2018 - 12:20 Atualizado em 12/03/2018 - 12:31

Em tempos em que o Criciúma espia desconfiado para a zona de rebaixamento, é importante uma lembrança histórica: dos cinco grandes, só o Criciúma nunca foi rebaixado dentro de campo no Catarinense. Figueirense e Avaí caíram e jogaram a Segundona. Joinville e Chapecoense despencaram mas, por caminhos diferentes, livraram-se da dureza de jogar em Gaspar, Tangará, Sombrio e outros lugares, como os da Capital tiveram que encarar.

Em 86, enquanto o Criciúma era campeão estadual com sobras, o FIgueirense desabava para a segundona depois de acirrada briga com o Ferroviário de Tubarão. Jogou a Segundona em 87, encarou Araranguá, Tupy de Gaspar, Caçadorense, Ipiranga de Tangará, Blumenau e outros até retornar à elite. O poster abaixo, publicado na época no Diário Catarinense, é prova da "façanha" alvinegra.

Em 92 o Avaí foi vice-campeão contra o Brusque, e os dois caíram juntos no ano seguinte. Na Série B estadual de 94 os avaianos tiveram que encarar Xanxerense, Flamengo de Florianópolis, Laguna, Sombrio e outros. Voltou.

O JEC caiu em 2007, mas foi salvo pelo regulamento. Encarou uma Divisão Especial, um atalho disfarçado. Num quadrangular, passou por Próspera, Videira e Camboriuense e voltou à Primeira no mesmo ano. Em 2010 quem caiu foi a Chapecoense. Teria que jogar a Segundona em 2011 mas foi salvo pelo Atlético de Ibirama. Ao desistir do Catarinão, abriu a vaga para os verdes. "A Chapecoense comprou aquela vaga", lembrou outro dia Argel Fucks, o técnico do Criciúma.

Mas Argel e Luiz, o goleiro e líder do atual elenco do Tigre, combinam em uma lembrança: "time grande cai sim". Detalhes destas lembranças e do alerta dos dois na página 29 do jornal A Tribuna desta segunda-feira.

Por Denis Luciano 12/03/2018 - 10:13 Atualizado em 12/03/2018 - 10:17

Seria na sexta-feira, 16, mas o Criciúma confirma o adiamento do lançamento da sua nova camisa para a partida diante do Internacional de Lages, marcada para o dia 25 no Heriberto Hülse. Foi um pedido da Embratex, a fornecedora. A informação foi antecipada ontem no Futebol Som Maior. No começo do mês já apontávamos aqui no blog que seria muito difícil a entrega breve do novo uniforme.

Acontece que, em reunião no sábado, o empresário Beto Spillere, o fornecedor, explicou ao Róbson Izidro, o superintendente do Criciúma, que não teria tempo hábil para abastecer a Loja Tigremaníacos e o mercado em geral com as camisas novas, e ponderou que não adianta fardar o time com a camisa nova se não tiver a mesma para o público. Pode até causar um impacto negativo jogar com um uniforme não disponível à venda.

"É melhor fazer com calma e fazer certo". Assim, objetivamente, Izidro definiu a decisão de adiar. Com ponderação e pés no chão, características do gestor responsável que ele é. A pressa seria o pior aliado agora. Ocorre que no sábado o Criciúma entregou à Embratex a logomarca da Hipper Freios, a nova patrocinadora, que acertou com o Tigre na sexta-feira. É preciso fazer todo o desenho da camisa com as marcas, testar, aprimorar, para depois colocar na linha de produção. Os poucos dias até sexta-feira realmente não seriam suficientes para tanto trabalho.

Hoje o Criciúma tem definidos para a sua camisa a Caixa Econômica Federal (cujo contrato de renovação ainda não foi assinado, será nesta semana), a Hipper Freios e a Saint Bier. Cabe mais? Claro. Mas não há outro parceiro novo engatilhado ao menos para os próximos dias. Se existe a necessidade? Sem dúvida. Róbson Izidro já antecipou que o crescimento do investimento no futebol será proporcional ao acréscimo de receitas, seja com sócios, seja com patrocínios. "Todo bolso tem fundo", lembra ele com propriedade, na defesa do aporte que a GA pelo presidente Jaime Dal Farra já vem fazendo.

Ah, outra sobre camisa. Foi necessário produzir duas unidades para o Zé Carlos usar contra o Tubarão. Detalhe, tamanho EGG, o extra grande. Nada demais. Com 1m86cm, o grandalhão atacante do Criciúma difere do padrão físico atual do time tricolor. Não está gordo. Não está fora de forma. Pelo contrário, aparenta estar melhor que nos bons tempos de cinco anos atrás aqui. Mas isso é assunto para as próximas postagens.

Por Denis Luciano 12/03/2018 - 01:20 Atualizado em 12/03/2018 - 01:32

Empresário por demais reconhecido, Gilson Pinheiro ousou no ano passado, ao terminar uma grande obra de reestruturação do velho Crisul Hotel e reabri-lo sob a bandeira Interclass. Pois será no seu hotel da Avenida Centenário que ele recebe a imprensa às 14h30min desta segunda-feira para ser anunciado oficialmente como novo diretor de futebol do Próspera. O acerto para que ele assuma a função veio em uma reunião no sábado com o presidente Dorval Arriola. Empolgado, Pinheiro, fez uma postagem em sua rede social anunciando.

Nela, o empresário comenta que o Próspera está inativo desde 2011 e quer voltar ao futebol profissional pela Série C do Catarinense. "Para atingir esse objetivo fui convidado para ser o diretor de futebol do clube. Aceitei o desafio e a partir de segunda-feira já estarei trabalhando a favor do clube", escreveu. Abaixo, a foto dele com o presidente Arriola.

E por aquelas coincidências, no mesmo sábado em que se acertou com o Próspera, Gilson Pinheiro recebeu a delegação do Atlético Tubarão em seu hotel. Chamou a atenção inclusive, estacionado ali defronte, o ônibus preto e azul imponente na noite de sábado. "Eles estão levando o campeonato a sério. O Criciúma foi duas vezes jogar lá e viajou no dia", chegou a comentar o técnico Argel Fucks depois do 1 a 1 deste domingo.

Bem, no hotel o diretor Pinheiro conheceu o presidente Luiz Henrique Ribeiro, do Tubarão e da Associação de Clubes. Na conversa, já contou sobre os planos do Próspera. "Eu não sabia. Ficamos felizes com a volta do Próspera. E vamos ajudar". Que ajuda será essa? O Tubarão cederá jovens jogadores - e olha que a base deles é boa - para reforçar o Time da Raça. Já é um bom começo.

Eis mais um evidente sinal de que, realmente, o Próspera finalmente vai voltar. Ainda houve quem duvidasse nas últimas semanas mas esse anúncio de agora fomenta ainda mais o projeto. 

Por Denis Luciano 12/03/2018 - 00:51 Atualizado em 12/03/2018 - 01:10

Quem não tem Cristiano Ronaldo, vai de Zé Carlos. Sem o Zé, chama o Lucas Coelho. E se o Lucas faltar, vem o Kalil. É a ordem natural das coisas no Criciúma quando o assunto é ter um definidor dentro de campo. "Não adianta querer colocar o Cristiano Ronaldo, não temos o Cristiano Ronaldo. É com esses que vamos", respondeu Argel, com uma irritação no ar, ao ser indagado pós empate em 1 a 1 com o Atlético Tubarão a respeito da entrada meio atrapalhada de Lucas Coelho.

Mas ao menos Argel deu uma boa justificativa para não ter sacado Zé Carlos 18 minutos antes. Eram 17 da etapa final quando Lucas Coelho, chamado que estava, já havia retirado o colete e se preparava para entrar em campo. Daniel Costa resolveu driblar dois, vencer Luiz e empatar o jogo. Argel abortou a saída de Zé. "Ele poderia decidir a nosso favor", lembrou o técnico. E de fato, teve chances. O Zé no auge do ritmo não perderia aquela cruzada por Alex Maranhão, ou aquele passe do Maílson. Mas ele perdeu, e no fim reconheceu, na Som Maior, que ainda falta algo. "É o ritmo, é o ritmo", confirmou o atacante.

Caio Marcelo / Criciúma EC

Ainda assim, Zé Carlos fez das suas. Foi solidário quando necessário, passando a bola aos mais bem colocados, e foi respeitoso com Elvis, entregando a ele a bola do primeiro pênalti, o desperdiçado. Mas assumiu a responsabilidade no segundo, convertendo com categoria. Ficou nítida a órbita do time em torno do Zé tanto que, após a saída dele, lá pelos 35, virou um amontoado.

Cheguei a pensar em votar no Zé como Craque do Jogo da Som Maior, pelo gol, pelo esforço, pelos 80 minutos em campo, por bater no peito e decidir no gol de pênalti que, ao fim das contas, foi decisivo para o empate. Mas Douglas Moreira fez um jogo mais seguro, mais compacto. Longe de ser brilhante, em uma noite que não foi das individualidades no Majestoso. Elvis instável e Eltinho sem pernas para 90 minutos foram os pontos fora da curva para baixo. Zé esforçado, Dodi regular, Enzo entrando com alguma autoridade foram os destaques positivos. A anotar, ainda, o esforço de Maílson, que terminou o jogo se arrastando em campo.

Caio Marcelo / Criciúma EC

O empate foi justo. Argel não gostará de ler isso, mas foi. Ele lembrará das oito chances criadas. Ok. E eu me aproprio de uma frase do próprio Argel para lembrá-lo que futebol é assim, acaba como termina. Não adianta empilhar chances se falta habilidade, competência ou até sorte para concluir. O Criciúma marcou passo e sim, segue candidato ao rebaixamento. Que venha outra jornada de roer as unhas contra o Brusque na sexta-feira.

Outros aplausos da noite: para a torcida do Criciúma, boa resposta, de novo mais de 5 mil torcedores. O Tigre dobrou o público no estádio depois das vindas de Argel e Zé Carlos. Falta é ganhar e ser convincente agora para voltar mais tricolores. Outro aplauso vai para a torcida do Tubarão. Aguerridos, empolgados, correspondem à organização da diretoria, ao profissionalismo do clube da Cidade Azul que dá bons exemplos de onde quer chegar e como faz por onde. 

Caio Marcelo / Criciúma EC

 

Por Denis Luciano 11/03/2018 - 15:14 Atualizado em 11/03/2018 - 15:22

Tudo corria bem, o jogo era movimentado, faltavam dois minutos para terminar o primeiro tempo. Eis que alguém invadiu a arena do Balneário Rincão - algo nada difícil, basta levantar a rede e correr - e a confusão estava feita. Durou 33 minutos de bola correndo a decisão do Praião 2018 entre Praia do Rincão e Ajax de Siderópolis na manhã deste domingo. Na invasão, um jogador do Ajax - o visitante, já que o Praia joga o Praião em casa - foi acertado na cabeça. Depois de mais de 20 minutos de paralisação o árbitro José Nazareno Marcelino ainda conseguiu, a muito custo, convencer os dois times a voltar à partida.

Porém, com a falta de segurança e o clima pesado, o pessoal do Ajax resolveu bater em retirada. "Vamos embora. Não tem segurança. Não vale a pena arriscar a vida de um pai de família aqui por causa de um jogo", afirmou o presidente Tinho. O time foi embora. Abandonou a partida. Eles alegaram falta de garantia mínima de segurança. A organização ofereceu segurança privada, mas a Polícia Militar (PM), que garantiria a ordem, até apareceu, mas ficou fora da arena e não quis entrar lá.

Clarissa Crispim / TV Litoral Sul

A lamentar. O Praião é uma grande tradição, um torneio sensacional, um encontro espetacular dos nossos melhores jogadores que fazem o futebol amador nos gramados durante o ano e, na temporada, vão se exibir na areia. Mas há muito que o Praião requer uma nova perspectiva. Como disse o prefeito Jairo Custódio em uma entrevista à Rádio Hulha Negra, que fazia a cobertura da partida, é momento de afastar um pouco mais a torcida, criar uma divisória mais consistente e garantir a presença efetiva da PM. Assim, desse jeito, não tem mesmo como ter campeonato.

Na bola rolando, o Praia vencia por um 1 a 0, gol do zagueiro Tijolo. O diretor de esportes do Balneário Rincão, Edmilson Braz, o Negão do Braz, comentou que uma reunião dos organizadores vai determinar o futuro do torneio. Ao que tudo indica, a taça será entregue ao Praia, embora os protestos do Ajax. A aguardar.

Por Denis Luciano 11/03/2018 - 12:43 Atualizado em 11/03/2018 - 13:02

Nas últimas sete temporadas, ele foi artilheiro da Série B do Campeonato Brasileiro duas vezes: em 2012 pelo Criciúma, em 2015 no CRB. Zé Carlos sagrou-se, no ano do último acesso do Tigre, o maior goleador de uma edição da Segunda Divisão, com 27 gols anotados. Foi superado no ano seguinte por Bruno Rangel, da Chapecoense, que fez 31.

Em busca de mais gols e recordes, Zé Carlos reestreia hoje no Criciúma. Ele retorna ao Tigre com 57 gols em 80 jogos disputados com a camisa tricolor. Está a 28 de alcançar a honraria de maior aritlheiro da história do Criciúma. Superaria, assim, os 84 gols do ídolo Vanderlei Mior. Na sua apresentação, Zé projetou marcar de 20 a 25 gols neste ano, o que o deixaria muito próximo, pelo menos entre os três, já que o vice-artilheiro histórico do Criciúma é Soares, com 82 gols.

A primeira estreia de Zé foi em 4 de junho de 2011, em um empate em 0 a 0 com o Náutico no Heriberto Hûlse pela Série B. Marcou seu primeiro gol na quarta partida, em 28 de junho de 2011, no 1 a 0 do Tigre contra o Bragantino. Guto Ferreira era o técnico do Criciúma. Naquela Série B, de campanha mediana do Tigre, Zé fez 13 gols em 22 partidas. Veio 2012 com todo aquele sucesso. Em 2013, o artilheiro deixou o clube logo no início do ano. Ainda teve tempo, em quatro jogos, de marcar três gols naquele Catarinense do qual o Tigre foi campeão. Marcou dois nos 6 a 0 frente ao Camboriú, em 19 de janeiro no HH, e fez seu último gol com a camisa tricolor em 23 de janeiro de 2013 em um empate por 1 a 1 com o Atlético Herman Aichinger em Ibirama.

A segunda estreia de Zé Carlos no Criciúma ocorreu em 7 de setembro de 2014, um 0 a 0 contra o Corinthians pelo Brasileirão no Majestoso. Foram nove partida naquela campanha e nenhum gol marcado.

Denis Luciano / 4oito

Agora Zé volta mais maduro. E esperamos que tome menos cartões, já que nas duas passagens ele somou 29 cartões amarelos e três vermelhos. Em uma análisee grosseira, ele deve ter ficado de fora de até 12 jogos por suspensões automáticas, fora outras eventuais punições. Uma delas era aquele gancho de seis jogos no Catarinense por conta de uma cusparada no zagueiro André Paulino, da Chapecoense, naquela derrota por 1 a 0 em Xanxerê pelo Estadual de 2013. "Aquilo caducou. Já checamos", confirma o diretor executivo de futebol do Criciúma, Nei Pandolfo.

E para essa retomada, Zé Carlos fez uma aposta no Criciúma. Às vésperas de completar 35 anos, em abril, o jogador aceitou um salário menor que o recebido à época do acesso, e agora ainda terá produtividade. Ou joga pelo menos 45 minutos em cada partida escalado, ou nao recebe o plus por jogo estabelecido. Desafios não faltam para Zé do Gol. Ontem ele treinou no gramado do Heriberto Hülse e bateu uma bola com os seus filhos, treinou pênaltis e até uma cobrança de falta. Está escalado por Argel. 

Por Denis Luciano 11/03/2018 - 10:30 Atualizado em 11/03/2018 - 10:45

Treze jogos, nove vitórias, três empates e uma derrota. Eis a campanha da Chapecoense que ontem à noite ampliou sua vantagem na liderança do Campeonato Catarinense ao vencer o Joinville por 1 a 0. Chegou a 30 pontos, contra 26 do Figueirense que hoje encara o clássico das 17h frente ao Avaí.

Analisando a campanha da Chape, alguns dados curiosos. Das nove vitórias, seis foram por um gol de diferença: cinco por 1 a 0 e uma por 2 a 1. "Goleadas" mesmo foram os 2 a 0 no Inter de Lages e Brusque e os 3 a 0 contra o Concórdia, todas em casa. Os três empates do Verdão foram por 0 a 0, contra Criciúma, Figueirense e Inter, todos fora de casa.

Somente os times de Tubarão fizeram gols na Chapecoense até agora. O Tubarão anotou um ao perder por 2 a 1 na Arena Condá e o Hercílio Luz também fez um, ao impor à Chape a única derrota deles até agora no Estadual, 1 a 0 no Anibal Costa. E são justamente as equipes de Tubarão as adversárias das próximas rodadas, Tubarão fora e Hercílio em Chapecó.

Disparado então, a Chapecoense tem a melhor defesa do Catarinense, apenas dois gols sofridos. Depois aparecem Figueirense (9), Hercílio Luz (12), Avaí (13), Joinville, Tubarão e Criciúma (14), Brusque (15), Inter (22) e Concórdia (26). O melhor ataque do campeonato é o do Tubarão, com 17 gols. Figueirense, Avaí e Concórdia marcaram 16. Joinville tem 15 e Chapecoense, apenas sexto melhor ataque, 14 gols. Depois aparecem Brusque (13), Criciúma e Inter (12) e Hercílio (10 gols).

JEC / Divulgação

Em casa, ninguém chega perto da Chapecoense. Ganhou sete de sete jogos na Arena, com 13 gols marcados e um sofrido. Fora, então, são duas vitórias, três empates e uma derrota, com apenas dois gols marcados e um sofrido.

O que eles ainda tem pela frente? Após os tubaronenses, pegam Brusque (fora), Figueirense (em casa) e Avaí (fora). Nas duas últimas rodadas, os confrontos diretos contra os rivais pelas vagas na decisão. 

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