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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Adelor Lessa 13/05/2020 - 17:27 Atualizado em 13/05/2020 - 17:37

O governador Carlos Moisés deve anunciar daqui a pouco, na coletiva das 18h, a liberação do transporte coletivo no estado.

Conversações encaminhadas durante o dia sinalizam para isso.

Hoje pela manhã, o novo chefe da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, adiantou que os ônibus devem ser liberados nesta semana.

A secretaria de comunicação do Governo do estado acaba de confirmar a participação do governador Carlos Moisés na coletiva das 18h.

Faz poucos minutos, a Assembléia Legislativa aprovou projeto de lei que considera o transporte coletivo como serviço essencial.

O projeto foi assinado pelos deputados Luiz Fernando Vampiro, Jerry Comper e Sargento Lima.

Ontem o Governador recebeu representantes do setor de transporte coletivo, com intermediação do deputado Rodrigo Minoto. 

 

 

Por Adelor Lessa 13/05/2020 - 16:38 Atualizado em 13/05/2020 - 16:47

O Criciúma não terá problemas para retomar os treinos, como tem os times de Concórdia e Florianópolis.

O prefeito Clésio Salvaro garante que vai liberar os treinos de imediato,  seguindo portaria assinada pelo governo do estado.

"Claro que sim", respondeu o prefeito, de maneira enfática, quando indagado a respeito pelo blog.

Em Florianópolis e Concórdia, os prefeitos decidiram não permitir os treinos, apesar de o Governo do estado liberar.

Depois da liberação dos treinos dos times, o presidente da Federação Catarinense de Futebol, RubinhoAngeloti, já está tratanto com o Governador Moisés da retomada do campeonato catarinense no dia 4 de junho.

 

Por Adelor Lessa 13/05/2020 - 06:40 Atualizado em 13/05/2020 - 12:52

Impeachment em Santa Catarina é uma possibilidade.
Possiblidade real, pelas circunstâncias que estão postas.

Impeachment precisa de fato determinante e de condições políticas favoráveis.
E tem os dois.
Sobram os fatos que podem justificar o impeachment, e as condições políticas são plenamente favoráveis.

Não será bom para o estado se acontecer. Porque vai parar o estado.
Vai criar inevitavelmente clima de instabilidade e insegurança.

Mesmo que o estado catarinense seja muito forte na economia, e que o setor produtivo ande com suas próprias pernas, um processo de impeachment produz desdobramentos.
 Mas, o governo Moisés ficou muito exposto. Errou demais.
Se embebedou na soberba, subiu o salto na arrogância e se colocou acima de todos, como poder absoluto, não ouviu, não partilhou decisões.
E foi se isolando.

É claro q ainda tem espaço para reverter o quadro, e evitar o impeachment.

Mas, vai ter que trabalhar muito, e muda. Vai ter que ser um outro governo.
Transparente, aberto, respeitoso, pés no chão, que não precisa e não deve atender tudo o que pedem, mas deve ouvir e avaliar os pleitos e as propostas das forças representativas da sociedade.

Vai ter que se convencer que não sabe tudo, e que não pode tudo.

Enfim, muita tarefa de casa por fazer.

De tudo isso, fica a dica. Eleição deve ser levada mais a sério.
Pelos que votam, e por aqueles que definem candidatos e montam os times para buscar os votos.

O governo que está no comando do estado foi eleito numa onda. Ok.
Mas, foi eleito também porque os operadores políticos apresentaram candidatos muito ruins.
Candidatos que foram impostos, e que foram candidatos apenas porque se venceram as disputas internas.

Os candidatos não foram definidos pelo critério densidade eleitoral, aprovação da vóz das ruas, conteúdo, propostas, histórico, vida pregressa.

E depois, fizeram campanha enfadonhas.
Deixaram espaço aberto para um candidato desconhecido (desconhecido no seu próprio partido), que foi puxado por uma onda nacional.
E deu no q deu!

Sem experiência, amador, que se deslumbrou com o poder, e com o palácio, e assim se fez uma presa fácil para golpistas.

Então, que a vida ensine!
 

 

Por Adelor Lessa 12/05/2020 - 18:21 Atualizado em 12/05/2020 - 21:09

A principal novidade na coletiva de hoje do governo do estado, fim da tarde, foi a ausência do governador Carlos Moisés.

Quem coordenou a coletiva foi o secretário da saúde, André Mota Ribeiro.

Oficialmente, o governador estava ruim da garganta. Mas, na real, ele foi poupado.

Aparecer todos os dias para anunciar mortos,  e "abrir janela" para levar petardos nas redes sociais, era um equívoco.

A sua retirada de cena faz parte das mudanças que o governo começa a sofrer, a partir da ascensão de Amândio da Silva Junior na chefia da Casa Civil e Gonzalo Pereira na chefia da comunicação.

Amândio substituiu o desgastado (e denunciado) Duglas Borba, e passa a ser o responsável pela articulação política do governo.

Gonzalo assumiu o cargo que estava com Ricardo Dias, que foi levado da RBS Tv de Criciúma para o cargo, na "cota pessoal" do Governador.

Amândio passou boa parte do dia na Assembleia Legislativa, enquanto eram protocolados mais dois pedidos de impeachment e a CPI dos Respiradores definia os primeiros depoimentos.

Ele saiu da Assembleia convencido que a missão será mais difícil do que parecia. Governador terá que se empenhar pessoalmente para tentar reverter a situação de hoje, que é amplamente desfavorável ao governo (e favorável ao impeachment).

Moisés terá que sair do Palácio residencial da Agronômica, passar a despachar no Centro Administrativos, e, principalmente, abrir as portas do gabinete. Receber dirigentes de entidades representativas, deputados, prefeitos, e se dispor a ouvir. 

Dos dois pedidos de impeachment protocolados hoje por deputados, um pede cassação de governador e da vice.

Se fosse a voto hoje, o pedido impeachment de Moisés passaria.

O da vice, não se sabe. Ninguem sabe ao certo como ela é.  E isso pode ajudar Moisés.

Por Adelor Lessa 12/05/2020 - 16:25 Atualizado em 12/05/2020 - 16:35

O advogado criciumense Jeferson Monteiro passa a integrar a executiva estadual do PSL.

Ele passa a ser segundo tesoureiro da executiva.

O presidente da executiva estadual, Fabio Schichet, acaba de aprovar alterações principal pela exclusão de Douglas Borba e Matheus Hoffman, até então secretário geral e tesoureiro do partido.

Dougasl era o chefe da Casa Civil do governo do Estado e Matheus o adjunto. Foram exonerados no final de semana.

Jeferson Monteiro se filiou no PSL no final do ano, convidado pessoalmente pelo presidente Fabio Schiochet, e vem se destacando no trabalho político para crescimento do partido na região.

 

Por Adelor Lessa 12/05/2020 - 11:30 Atualizado em 12/05/2020 - 11:56

O novo chefe da Casa Civil do governo do estado, Amândio da Silva Júnior, começou seu primeiro de trabalho "batendo ponto" na Assembléia Legislativa.

Chegou pouco antes das 11h e foi direto para o gabinete do presidente, deputado Julio Garcia.

Agora, está passando por outros gabinetes e conversando com vários deputados.

Está acompanhando do seu "futuro" adjunto, Juliano Chiodeli (que será nomeado durante o dia).

Escolha de Chiodeli foi anunciada em primeira mão na radio Som Maior, às 7h20.

Amândio foi começar a sua missão por um dos pontos nevrálgicos do governo.

A relação com a Assembléia é muito ruim.

O governo atende poucos deputados, não responde, não se comunica.

Por isso, terminou 2019 com uma base de apoio com 24 deputados, e hoje tem 14 ou 15.

Mas, se for contar voto sobre o pedido de impeachment, não fecha 10.

São poucos os que aceitam passar para a opinião pública que são "do governo".

Na Assembléia, alem do processo de impeachment, vai começar a trabalhar a CPI dos Respiradores, com uma composição majoritariamente de oposição.

Amândio é habilidoso, e respeitado.

A sua nomeação foi uma "bola dentro" do Governador Moisés.

Mas, ele terá que se desdobrar, fazer valer todas as suas hbilidades, para conseguir reverter em tempo a situação ruim do governo.

O seu prazo não vai além de 30 dias. 

 

 

Por Adelor Lessa 12/05/2020 - 10:49 Atualizado em 12/05/2020 - 11:27

Curitiba é uma das capitais com números mais baixos do coronavírus. Tanto em contaminados, quanto em mortos.

Por isso, virou referência nacional.

Entrevistei hoje na rádio Som Maior o prefeito Rafael Greca.

Prefeito de segundo mandato, que já foi ministro, deputado. Politico experiente, e um intelectual.

É da geração de Jaime Lerner, e foi o seu sucessor no comando de Curitiba.

Anotei e faço questão de passar adiante o que ele disse sobre transporte coletivo.

"Em nenhum momento eu deixei de fazer o transporte funcionar. Nem nas grandes cidades. Nem o metrô de Nova York, nem o metrô de Pequin, nem o metrô de Milão, pararam de funcionar. No dia que Milão enterrou 4 mil pessoas, o metrô estava funcionando. O transporte é fundamental. Aqui eu deixo o povo entrar em 50% do ônibus. A Guarda Municipal, com a Polícia, e agora com apoio do Exército, trabalham para disciplinar filas, obrigar as pessoas a só entrar nos ônibus com máscara. dar máscara para quem ainda esta sem máscara". 

A mostrar que o que acontece por aqui é só aqui. Ônibus 100% parado, na garagem.

O mundo mostra que é possivel circular os ônibus, com critérios e controle.

Como em Curitiba, só usar 50% do ônibus e tem que estar com máscara.

Ou, estabelecer banco sim, banco não. Liberar pelo menos nos horários de pico, com mais veiculos.

O que parece sem noção é manter todos os ônibus parados, enquanto as Vans circulam livremente, fazendo o papel do ôbibus, lotadas (algumas superlotadas), sem fiscalização.

Por Adelor Lessa 11/05/2020 - 18:49 Atualizado em 11/05/2020 - 19:15

A sessão do Tribunal de Contas estava terminando, quando dei informação em primeira mão no Ponto Final, rádio Som Maior. Governador sofre mais um revés, desta ve no Tribunal de Contas. Não se trata da compra de respiradores. Agora, é o caso do pagamento de verba remuneratória aos Procuradores do Estado, sem amparo legal.

Isso pode dar crime de responsabilidade e subsidiar processo de impeachment.

O Governador ja está ameaçado por outros cinco pedidos de abertura de processo de impeachment que estão protocolados na Assembléia, e mais um que será encaminhado hoje (o mais ameaçador) pelo deputado Mauricio Eskudlark, PL, que foi lider do governo de Moisés até o inicio do ano (e não aceitou continuar na função).

O parecer do conselheiro Wilson Wan Dal, relator do processo, que foi respaldado hoje pelos demais conselheiros, define assim a concessão dada aos Procuradores:

"Pagamento de verba remuneratória institulada "verba de equivalência" a Procuradores do Estado, com base em isonomia inexistente entre carreras de Procurador do Estado e Procurador da Alesc, e sem disposição legal que indique o seu pagamento, em descumprimento dos artigos 37 e 39 da Constituição Federal, e artigos 23 e 26 da Constituição do Estado".

 A par disso, o pleno do Tribunal decidiu hoje conceder cautelar para sustar de imediato o pagamento de tal verba remuneratória, e abrir prazo de 30 dias para que o Governador possa apresentar as suas razões.

Por Adelor Lessa 11/05/2020 - 12:54 Atualizado em 11/05/2020 - 13:45

O Tribunal de Justiça atendeu pedido do Ministério Publico e acaba de retirar o sigilo do processo dos respiradores, tornando públicas todas as informações.

No despacho dado,  a desembargadora Vera Lucia Copeti escreve:

"Conforme ponderou o Ministério Público, não mais se justifica a restrição de publicidade do feito, diante da deflagração da fase de campo e das normativas expressas no ordenamento jurídico pátrio que regulam o tema acerca da publicidade dos atos processuais"

Na entrevista coletiva de sábado, o chefe do Ministério Público, Fernando Comin, e o diretor geral da policia civil, delegado Paulo Koerich, não reponderam várias perguntas sob argumento que o processo estava com sigilo de justiça.

No sábado à noite, o Ministério Público protocolou pedido ao Tribunal de Justiça para retirada do sigilo.

Com a liberação das informações já foi possível confirmar, por exemplo, que realmente foram pedidas na semana passada as prisões de seis envolvidos no caso. Um deles foi o então secretário da Casa Civil, Douglas Borba.

Mas, a desembargadora Vera Lúcia Copeti negou todos os pedidos.

No sábado pela manhã, Douglas foi levado à sede da Deic para prestar depoimento.

Ontem, ele acertou a sua saida do governo. A assessoria de imprensa anunciou que foi por exoneração a pedido. Ou seja, ele pediu demissão.

Entre os outros pedidos de prisão, está o presidente da câmara de vereadores de São João de Meriti, cidade do interior do Rio, vizinha de Nilópolis.

Na sua casa, no sábado, a polícia sequestrou pouco mais de r$ 300 mil.

Quanto ao demais, tem pelo menos dois amigos de Douglas Borba.

Trecho processo que trata sobre os pedidos de prisão temporária:

"Com base na documentação e nos depoimentos que instruem o presente pedido, é possível afirmar que a prisão temporária de Douglas Borba, Samuel Rodovalho, Leadnro de Barros, Fabio Guasti, Pedro de Araújo,  Rosemary de Araújo, Giliard Gerent e Davi Perini Vermelho constitui medida indispensável à continuidade dos trabalhos investigativos".

Em seguida, mais informações do processo.
 

 

Por Adelor Lessa 11/05/2020 - 11:14 Atualizado em 11/05/2020 - 11:37

O deputado Valdir Cobalchini, MDB, acaba de garantir ao portal:

"A minha decisão sobre o processo de impeachment do governador Carlos Moisés não será individual. Será decisão coletiva. Vou seguir a posição assumida pela maioria da nossa bancada".

Disse ainda que o deputado Moacir Sopelsa deve seguir na mesma linha.

Sendo assim, a situação do Governador fica mais delicada. Na prática, por um voto.

Sopelsa e Cobalchini estavam na lista dos 16 votos que o Governador teria hoje para barrar a abertura do processo de impeachment.

Foram incluídos na lista pelas posições que vem assumindo na Assembléia, normalmente em sintonia com o Governo.

Sem os dois, o Governador teria apenas os 14 votos necessários para barrar o processo. Nenhum voto "de folga".

Mas, nos 14 são considerados os votos dos quatro deputados do PT, e o deputado Fabiano Luz, líder do PT, disse a pouco ao portal que a bancada ainda não tem posição a respeito, e só vai se decidir depois de avaliar o que for apurado e apresentado nos próximos dias pela CPI instalada na Assembléia e pela força tarefa formada por Ministério Público, Polícia Civil e Tribunal de Contas .

O pedido de abertura de processo de impeachment será protocolado amanhã pelo deputado Mauricio Eskudlerk, PL, que foi lider do governo até janeiro deste ano.

Pelo regimento interno na Assembléia, o pedido terá que ter 27 votos a favor (do total de 40 deputados) para ser aceito e iniciado o processo de impeachment.

Entre os votos que o Governador teria hoje a seu favor, contra a abertura de processo,  estão dois deputados do sul - José Milton Scheffer, PP, e Rodrigo Minotto, PDT.

A base de Moisés diminuiu muito na Assembléia neste ano. No fim de 2019, eram 24 deputados aliados.

De lá para cá, quase todo o MDB saiu fora, a maioria do PSL rompeu e passou a ser adversário ferrenho, e outras perdas foram contabilizadas.

Hoje, Moisés teria a seu favor, fechados, contra o impeachment:

Deputados Vicente Caropreso, José Milton Scheffer, Altair Slva, Jair Miotto, Sergio Motta, Coronel Mocelin, Ricardo Alba, Nazareno Martins, Paulinha e Rodrigo Minotto.

 A partir de agora vai depender muito dos desdobramentos da crise dos respiradores e os movimentos que o Governador venha a fazer para garantir os 14 votos necessários.

Um dado que pesa a favor de Moisés é a vice, Daniela Reinert, rompida com ele desde o final de 2019.

Ainda pouco conhecida, e muito reservada, é dito nos bastidores que ela não passa segurança. 

 

 

 

Por Adelor Lessa 11/05/2020 - 06:09 Atualizado em 11/05/2020 - 06:40

O governador Carlos Moisés fez a retirada de Douglas Borba do seu governo com uma semana de atraso, pelo menos.

Deveria ter aproveitado a saída de Helton Zeferino para, naquele feriadão, fazer a cirurgia completa.

Teria evitado parte do desgaste com as revelações "cabeludas" do Ministério Público, Polícia Civil e Tribunal de Contas, na coletiva de sábado.

Quando Helton saiu, Douglas estava tão enrolado quanto ele no caso dos respitadores. Ou mais.

Depois veio a entrevista da servidora demitida e o segundo depoimento de Helton ao Gaecco, que derrubaram as condições para Douglas continuar no cargo.

Mas, o Governador segurou. Até sábado.

 A coletiva de sábado foi arrebatadora, e a sua condução à sede da Deic para depoimento, foi o tiro de misericórdia.

Só que a saída de Douglas não resolve todos os problemas do governo. É um movimento apenas.

O Governador acerta em trazer de volta para o governo empresário Amândio Silva Junior, já anunciado para o lugar de Douglas.

Amândio fez respeitado e elogiado trabalho como adjunto da Secretaria de Desenolvimento Econômico, durante 2019.

Agora, Governador Moisés tem que avançar. Precisa fazer uma reengenharia urgente do seu governo.

Precisa fazê-lo mais aberto, transparente, que se comunique com outros poderes e com os setores representivos do estado.

Pessoalmente, Moisés não pode continuar no isolamento que se colocou desde que assumiu.

Douglas Borba virou primeiro ministro do governo, com plenos poderes para agir em todas as áreas, com poder de mando, porque o governador deu espaço para isso. Pelo seu afastamento da rotina de governo, e das relações externas.

O Governador não tem nenhum envolvimento com os ilícitos praticados no caso dos respiradores, como salientou o chefe do Ministério Público no estado, procurador Fernando Comin.

Mas, precisa fazer de imediato a mudança no governo, forte para ter o efeito de uma "virada", inicio de novo tempo, porque tem uma CPI andando na Assembléia, porque ainda tem mais de dois anos de mandato pela frente, e porque o Estado vai precisar a partir de agora de muitas ações conjuntas para se recuperar. O Governador tem que fazer tudo isso para estar em condicões políticas para liderar o processo.

 

 

 

 

 

Por Adelor Lessa 10/05/2020 - 22:19 Atualizado em 11/05/2020 - 06:38

O governo do estado acaba de confirmar por nota oficial o empresário Amândio da Silva JÚnior como novo Chefe da Casa Civil.

Ele vai substituir Douglas Borba, que teve exoneração confirmada no final da manhã pelo seu envolvimento no caso dos respiradores.

Douglas foi conduzido à DEIC no sábado para prestar depoimento.

Amândio foi secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico em 2019, com desempenho reconhecido/elogiado, mas deixou o cargo por divergências internas.

Abaixo, a nota distribuída pela assessoria de imprensa do governo do estado:

"AMANDIO JOÃO DA SILVA JUNIOR É O NOVO CHEFE DA CASA CIVIL

O Governo do Estado informa que Amandio João da Silva Junior, ex-secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico e Sustentável, será o novo chefe da Casa Civil. Ele assume suas novas funções nesta segunda-feira (11/05/2020) e imediatamente passa a compor a equipe de Governo que tem trabalhado 24 horas por dia no enfrentamento ao coronavírus. Este desafio frente à pandemia – que é de todos os cidadãos catarinenses – se soma à missão primordial do Governo, que é a de trabalhar ininterruptamente para melhorar a qualidade de vida dos catarinenses. A estrutura governamental segue ativa e atuante em todas as demais áreas, além da Saúde, garantindo a quem vive em nosso Estado a manutenção dos serviços essenciais e a continuidade dos projetos e ações de Governo. Unidos venceremos mais este desafio".

 

Por Adelor Lessa 10/05/2020 - 13:04 Atualizado em 10/05/2020 - 13:12

Já era dada como certa, mas só foi consumada agora, final da manhã, a exoneração de Douglas Borba da chefia da Casa Civil do Governo do Estado.

Assim com Helton Zeferino, ex-secretário da Saúde, a exoneração foi anunciada como "a pedido". Ou seja, Douglas pediu para sair.

Abaixo, na íntegra, a nota:

Por Adelor Lessa 10/05/2020 - 10:48 Atualizado em 10/05/2020 - 11:17

A vice-governadora Daniela Reinert, se dizendo muito triste com os últimos acontecimentos, e apontando para uma crise ética no estado, veicula depoimento defendendo uma nova forma de governar.

O depoimento é gravado no momento em que governador Carlos Moisés enfrenta a maior crise do mandato, com uma operação em curso do Gaecco e Ministério Público desnudando uma "organização" que fraudou o estado na compra de respiradores, e uma CPI instalada na Assembléia Legislativa. 

Os dois, governador e vice, estao rompidos pessoal e politicamente.

Daniela diz no vídeo que procurou ser em ouvida e ter um espaço para atuar, mas não lhe deram atenção, restando ir a público para se posicionar contra o contrato de midia em relação a ponte e a contratação do hospital de campanha, entre outras operações.

A vice defende uma nova forma de executar o executivo, diz que é hora de reafirmar os compromissos da campanha eleitoral e arremata:

"O Estado precisa de comando, de dialogo, sensibilidade e de firmeza nas ações. Precisamos da união de esforços para recuperação econômica e moral de Santa Catarina, e a retomada da função do estado. Estarei à disposição da nossa gente".

Abaixo, a vice publicado pela vice nesta manhã no instagram.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Uma publicação compartilhada por Daniela Reinehr (@danielareinehr) em

Por Adelor Lessa 10/05/2020 - 07:39 Atualizado em 10/05/2020 - 08:12

Se o pedido de abertura do processo de impeachment do governador Carlos Moisés fosse levado a voto hoje na Assembléia Legislativa, não seria aprovado. Não teria votos suficientes para isso.

Pelo regimento, o pedido terá que ter 27 votos a favor para ser aprovado e iniciado o processo de impeachment. Mas, apesar do momento crítico pela crise dos respiradores, e a dificuldade de relacionamento com a Assembléia, o Governador mantêm 16 votos de aliados.

Entre eles, dois deputados do sul - José Milton Scheffer, PP, e Rodrigo Minotto, PDT.

A única bancada inteira que ficaria com Moisés é a do PT, que tem quatro deputados.

Apenas 16 votos a favor é muito pouco num plenário de 40 deputados. Mas, o suficiente para o caso. No momento.

A base de Moisés diminuiu muito na Assembléia neste ano. No fim de 2019, eram 24 deputados aliados.

De lá para cá, quase todo o MDB saiu fora, maioria do PSL rompeu e passou a ser adversário ferrenho, e outras perdas foram contabilizadas.

Hoje, Moisés teria a seu favor, contra o impeachment:

Deputados Vicente Caropreso, José Milton Scheffer, Altair Slva, Jair Miotto, Sergio Motta, Coronel Mocelin, Ricardo Alba, Fabiano Luz, Luciane Carminati, Neodi Saretta, Padre Pedro, Valdir Cobalchini, Moacir Sopelsa, Nazareno Martins, Paulinha e Rodrigo Minotto.

A manutenção dos 16 votos, a da "folga" de 3 votos contra o impeachment, vai depender muito dos desdobramentos da crise dos respiradores e os movimentos que o Governador venha a fazer.

Um dado que pesa a favor de Moisés é a vice, Daniela Reinert, rompida com ele desde o final de 2019, bolsonarista declarada.

Ainda pouco conhecida, e muito reservada, é dito nos bastidores que a vice não passa segurança. 

Por Adelor Lessa 10/05/2020 - 06:52 Atualizado em 10/05/2020 - 07:37

O Ministério Público de Santa Catarina protocolou ontem à noite o pedido ao Tribunal de Justiça para retirada do sigilo no processo dos respiradores.

Expectativa é de uma decisão a respeito ainda neste domingo.

Com a "quebra" do sigilo, será possivel acessar ao processo e abrir informações que foram preservadas na coletiva de ontem, como contra quem foram os pedidos de prisão, as cidades onde foram cumpridos os mandados de busca e apeensão, de quem eram os r$ 11 milhões que foram sequestrados para ressarcir o erário público, os nomes de todos os investigados, e todos os detalhes da "organização" (termo usado pelo Ministério Público).

Na coletiva de ontem dos chefes do Ministério Público do estado, Policia Civil e Tribunal de Contas, as principais perguntas não puderam ser respondidas. "Processo está sob sgilo, e não posso informar", foi a resposta ouvida mais de uma dezena de vezes.   

Expectativa para hoje também do anúncio da exoneração do secreário chefe da Casa Civil, Douglas Borba, e do seu adjunto, Matheus Hoffmann.

 

Por Adelor Lessa 09/05/2020 - 17:45 Atualizado em 09/05/2020 - 18:42

Depois da entrevista coletiva da manhã, duas saídas encaminhadas no Governo Moisés.

Douglas Borba não caiu ainda, mas vai cair.  Moisés já trata de substituto.

Jorge Tasca quer sair, mas Moisés não deixa.

Tasca  não quer estar por perto de tudo o que está sendo revelado, mas o Governador tenta segurá-lo.

Segundo Marcelo Lula, colunista da rádio Som Maior, Moisés teria oferecido para Tasca a secretaria da Casa Civil, no lugar de Douglas Borba. Ele pediu prazo.

A permanência de Douglas Borba ficou insustentável por tudo o que está apurado e encaminhado pelo Ministério Público, Gaecco, Policia Civil e Tribunal de Contas.

Políticos próximos do Governador disseram neste sábado que ele está abalado com a situação.

"Ficou muito mal", disse um deles.

Às 17h20, o diretor de comunicação, jornalista Ricardo Dias, foi perguntado a respeito da saída de Dougas e respondeu: "Não tem essa informação".

A saída de Douglas deve ser oficializada amanhã. Deve sair junto o adjunto de Douglas na Casa Civil, Matheus Hoffman Machado.

Governador está conversando com poucas pessoas.

Uma das reuniões que teve foi com o diretor da Polícia Civil, Paulo Koerich, depois da coletiva da manhã  e dos depoimentos que foram colhidos pela polícia, na sede da Deic. Inclusive, de Douglas Borba.

Governador Moisés tem sido aconselhado a aproveitar a cirurgia que precisará fazer no governoivero para se aproximar da Assembléia e refazer relações com os outros poderes.

Um primeiro movimento foi a reunião reservada que teve na quarta-feira com o presidente da Assembléia, deputado Julio Garcia.

 

Por Adelor Lessa 09/05/2020 - 13:12 Atualizado em 09/05/2020 - 13:55

Quando encerrei na rádio Som Maior, quase 12h30, a transmissão da entrevista coletiva sobre a operação que busca desvendar o esquema fraudlento na compra dos respiradores, recebi mensagem do ouvinte Sandro Candeo - "Que absurdo; entraram para fazer a nova política, decepção geral!".

Estava, como todos nós, impactado com o que foi revelado.

Os comandantes do Ministério Público, Polícia Civil e Tribunal de Contas no estado desnudaram na coletiva o esquema de um grupo que operou no estado para desviar recursos públicos.

Vai desde lavagem do dinheiro no Mato Grosso do Sul, ao uso da empresa do Rio de Janeiro que não tinha as condições minimas para fazer aquela operação. E tudo com a participação agentes públicos.

Os nomes dos investigados não foram revelados porque o processo tramita em segredo de justiça.

Mas, o Ministério Público vai protocolar ainda hoje à tarde  um pedido para o Tribunal de Justiça "quebrar o sigilo", e permitir a abertura do processo, com liberação de todas as informações. O que parece lógico, por se tratar de assunto do interesse coletivo. O TJ pode decidir já amanhã (mesmo sendo domingo).

Pelo movimento de viaturas e policiais, e do entra e sai na sede da Deic, foi possivel confirmar, no entanto, que o secretário Douglas Borba, chefe da Casa Civil, prestou depoimento hoje pela manhã (informação dada pela CBN de Florianópolis).

O secretário  de administração, Jorge Tasca, também (informação dada pela NSCTV).

Tasca teria repetido afirmações do ex-secretário Helton Zeferino, imputando a Douglas a condução da operação dentro do governo, e que pressionava por isso.

A situação de Douglas no governo volta a ficar seriamente ameaçada.

Hoje foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão.

Não foi confirmado, mas também não foi negado, o pedido de prisão de seis pessoas, que o Tribunal de Justiça indeferiu.

Um dos seis era um secretário de estado, e entre os outros, alguns de sua relação.

Uma ação cautelar permitiu o sequestro de r$ 11 milhões, já transferidos ao estado, para reparação de prejuízos aos cofres públicos.

Esse valor teria sido encontrado no Mato Grosso do Sul, para onde o dinheiro foi encaminhado para passar por um esquema de "lavagem".

As buscas foram feitas em 12 cidades, que não foram identificadas na coletiva.

Informações dadas na coletiva que sintetizam bem o ocorrido:

"Processo de compra fraudulento, desprovido de garantias mínimas - "Pagamento antecipado foi vantagem ilícita,  em prejuízo ao erário"- "Empresa não tinha capacidade

para realizar a operação" - "Organização se valeu das fragilidades do processo de compra para com isso produzir prejuízo ao erário"- "Tribunal de Contas havia orientado que pagamento antecipado nao poderia ser feito" - "Um conluio criminoso para uma ação criminosa".

Enfim, não foi apenas um "descuido", ou "uma falha", como o governo sustentou até agora.

Ministério Público, Tribunal de Contas e Policia Civil se disseram convencidos que foi uma "organização montada" para fraudar o estado.

O chefe do Ministério Público, Fernando Comin, fez questão de ressaltar que "não há indício algum de possível envolvimento do Governador".

Mas, é o governo de Moisés.

E envolve pessoas a quem ele deu poder para agir em seu nome.

Tudo isso é munição para a CPI que começa a funcionar na Assembléia Legislativa, e para os processos que passarão a tramitar na esfera judicial.

Governador precisa reagir para tentar salvar o seu governo, e o seu mandato.

Tem que reagir imediatamente. O tempo corre contra ele.

A continuar assim, é ladeira abaixo.

Ele terá dificuldades para preencher cargos que ficaram e ficarão vagos no governo, e não vai ter quem defendê-lo nas ruas, e no ambiente político.

 

 

Por Adelor Lessa 09/05/2020 - 08:36 Atualizado em 09/05/2020 - 08:42

O governo do estado, por sua diretoria de comunicação, acaba de distribuir nota oficial assinada pelo governador Carlos Moisés, onde se explica sobre "apelo" feito a um grupo de grandes empresários do país para interferir na mídia catarinense, usando da condição de anunciantes.

Na nota, o Governador escreve:

"Minha fala se refere a um grupo diminuto que se utiliza do mais importante instrumento democrático – o jornalismo – para, de maneira parcial, manchar a reputação de pessoas ou instituições sem lhes permitir o direito ao contraditório e à preservação da imagem. O abandono da prudência e da espera pelo avanço ou conclusão de investigações causa, injustamente, prejuízo moral irrecuperável, incita o ódio numa sociedade tão carente de propósitos e de esperança em dias melhores".

Abaixo, a nota na íntegra: 

**NOTA DE ESCLARECIMENTO**

Quando discutimos respeito e ética no jornalismo profissional percebemos o quanto ele representa como fonte de informação confiável que se traduz em pilar da democracia, agindo em prol da sociedade, tendo, dentre outros, o compromisso com o interesse público.

Veículos de imprensa, seus colaboradores e jornalistas são a voz dos desvalidos, são as pontes para a correção de injustiças e irregularidades, inclusive no poder público, pois descortinam o que nem sempre está às claras, investigam e promovem a justiça.

 

Enquanto cidadão ou homem público sempre me pautei pelo absoluto respeito à imprensa e aos seus profissionais.
De outra via, não posso me calar enquanto assisto uma parcela de profissionais que busca dar respostas a fatos que ainda são objeto de investigação não madura ou conclusiva, emitindo pré julgamentos, afirmando na dúvida, induzindo a opinião pública a conclusões precipitadas.

 

Em momento algum propus cercear a liberdade de expressão de empresas ou de jornalistas. Minha fala se refere a um grupo diminuto que se utiliza do mais importante instrumento democrático – o jornalismo – para, de maneira parcial, manchar a reputação de pessoas ou instituições sem lhes permitir o direito ao contraditório e à preservação da imagem. O abandono da prudência e da espera pelo avanço ou conclusão de investigações causa, injustamente, prejuízo moral irrecuperável, incita o ódio numa sociedade tão carente de propósitos e de esperança em dias melhores.

 

O apelo aos empresários, que também ajudam a manter o sistema de comunicação, é no sentido de reconhecer a legitimidade dos mesmos a participarem da discussão deste modelo carcomido e irresponsável, insistentemente utilizado por uma minoria, mas que tem o poder de causar profundos e irreparáveis estragos nas vidas de muitas pessoas.

Seguirei firme na proteção da vida dos catarinenses em meio à pandemia, não tendo compromisso com o erro.

Carlos Moisés da Silva Governador do Estado de SC

Por Adelor Lessa 08/05/2020 - 21:52 Atualizado em 08/05/2020 - 21:57

A Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) distribuíram notas oficiais agora à noite de repudio às declarações do governador Carlos Moisés, durante video-conferência com empresários do país, quando pediu que utilizem da condição de anunciantes para  pressionar os veiculos de imprensa de Santa Catarina.

Moisés estava tentando se explicar, e se defender, das denúncias no caso dos respiradores, quando resolveu atacar a imprensa.

Trecho do que ele disse:

"Liberdade de imprensa é uma coisa e o que estão fazendo hoje aqui em Santa Catarina é outra. E os senhores podem me ajudar muito, fica meu apelo. Em todos esses veículos de comunicação os senhores têm propaganda, comerciais, vendem seus produtos".

Abaixo, na íntegra, a nota da ACAERT:

"Nota de Repúdio

 

A Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão- ACAERT repudia as declarações feitas hoje pelo Governador Carlos Moisés da Silva durante um evento transmitido ao vivo para empresários em nível nacional. 

 

Durante o evento, Carlos Moisés da Silva insinuou que a imprensa catarinense deveria ser cerceada através da pressão de empresários, na condição de anunciantes dos veículos de comunicação, em torno do que ele considera um "jornalismo decente".

 

A ACAERT considera que esse tipo de manifestação demonstra, por parte do governante, um total desconhecimento do papel da imprensa, que tem a obrigação de divulgar toda e qualquer informação que for de interesse público e para o bem da sociedade.

 

Reforçamos ainda que o segmento não mediu esforços, desde o início da pandemia, para levar a informação precisa aos catarinenses, reforçando os protocolos de segurança das autoridades de saúde e dando ampla divulgação, principalmente, aos esforços do Governo do Estado no combate à COVID-19, que teve horas exposição na programação das principais emissoras de Santa Catarina.

 

Nos surpreende, portanto, o conteúdo dessas declarações pelo tom de ameaça e as insinuações autoritárias, uma vez que o próprio mandatário elogiou e agradeceu publicamente por diversas vezes em coletivas de imprensa a cobertura profissional que vem sendo feita pelos mesmos veículos que hoje ele pede que sejam responsabilizados por fazerem justamente aquilo que lhes é de obrigação, informar a população. 

 

Esperamos que prevaleça o respeito com o segmento da comunicação e com a democracia, na qual a liberdade de imprensa é um direito inegociável e não pode sofrer qualquer tipo de pressão ou insinuação por parte de quem quer que seja. Como proferiu a suprema corte americana ao absolver os jornais que divulgaram documentos secretos: "A imprensa deve servir aos governados, não aos governantes".  

 

Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão - ACAERT"

 

 

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