Os vereadores Paulo Ferrarezi (MDB) e Júlio Kaminski (PP) protocolaram um requerimento, em conjunto, na Câmara de Criciúma nesta segunda-feira. Eles solicitam ao governo do município, uma cópia de uma reunião, que, segundo consta no requerimento, teria ocorrido no dia 23 de ferereiro deste ano, para tratar de questões relacionadas ao serviço funerário em Criciúma. Ainda conforme o requerimento, a reunião teria sido marcada a pedido do vereador júlio Kaminski e teriam participado vereadores, o presidente da Associação das Funerárias, do representante da Central Funerária, do SVO, advogados, representante do Macrosul, secretários, assessores, entre outros participantes. O tema do encontro teria sido a prestação de serviços funerários e suas melhorias conforme o Projeto de Lei do Executivo PLC-PE 15/22. O Poder Executivo tem 40 dias para responder a solicitação. Tanto Paulo Ferrarezi, quanto Júlio Kaminski votaram a favor do Projeto de Lei que aprovou mudanças na central funerária do município, votado na Câmara de Criciúma no dia 6 de junho de 2022. 

Veja o que diz o requerimento:

Excelentíssimo Senhor Presidente, Senhores (as) Vereadores (as):

REQUER-SE à Mesa, ouvido o Plenário e na forma regimental, envio de expediente
ao Chefe do Poder Executivo Municipal, solicitando as seguintes informações:

Considerando a reunião realizada no dia 23 de fevereiro de 2024, às 8h30, marcada
pelo vereador Kaminski com o prefeito municipal, e tendo em vista que todos os vereadores foram convidados para o referido encontro;
Considerando a presença na reunião do presidente da Associação das Funerárias, do representante da Central Funerária, do SVO, advogados, representante do Macrosul, secretários, assessores, entre outros participantes;
Considerando que a reunião, cujo tema principal foi os serviços funerários e suas melhorias conforme o Projeto de Lei do Executivo PLC-PE 15/22, foi totalmente gravada;
Solicito que seja encaminhada uma cópia da gravação em vídeo desta reunião aos proponentes, com o intuito de esclarecer as tratativas realizadas e garantir a transparência das discussões realizadas.

Sala das Sessões, 25 de agosto de 2024.

Vereador: José Paulo Ferrarezi e
Júlio César Kaminski

Jorginho Mello (PL) viajou nesta segunda-feira (26) para Brasília aonde vai participar do Santa Catarina Day, evento organizado pela Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos (FPPA), que irá discutir melhorias para a infraestrutura logística de Santa Catarina. O governador fará o painel de abertura do evento e, na sequência, vai assinar a contratação de consultoria técnica especializada para realização do Plano Estadual de Logística e Transporte do Estado de Santa Catarina (PELT/SC), incluídos os estudos necessários à sua elaboração. O programa tem a finalidade de diagnosticar deficiências e propor soluções envolvendo os setores público e privado catarinense. No escopo do projeto, o equilíbrio entre os diferentes modais de transporte e a satisfação popular. “É crucial para o planejamento de melhorias na infraestrutura de transporte, permitindo identificar gargalos, otimizar rotas e aumentar a eficiência logística, o que fortalece a competitividade e atrai investimentos para o estado”, disse o governador. Também serão assinados dois documentos lançando o certame licitatório para a contratação de empresa para projeto básico de dragagem, de derrocagem, e de remodelagem dos molhes no acesso ao Porto de Laguna.

“A Frente é um canal de diálogo e ação, visando superar desafios e aproveitar as oportunidades que temos em nosso estado e no país. Ao atuar de forma articulada com o governo, o setor privado e outras frentes parlamentares, podemos impulsionar projetos de lei que desburocratizem processos, incentivem investimentos e aprimorem a gestão dos nossos portos e aeroportos”, afirma o senador Beto Martins (PL), membro da FPPA e um dos painelistas.

Confira quem serão os parlamentares catarinenses presentes no evento:

* Dep. Júlia Zanatta    (PL/SC)

* Dep. Caroline de Toni (PL/SC)

* Dep. Carla Ayres (PT/SC)

* Dep. Daniel Freitas (PL /SC)

* Dep. Daniela Reinehr (PL /SC)

* Dep. Darci de matos (PSD/SC)

* Dep. Luiz Fernando Vampiro (MDB/SC)

* Sen. Beto Martins (PL/SC)

* Sen. Jorge Seif (PL/SC)

A eleição de 2024 em Santa Catarina terá uma disputa paralela e será entre PL e PSD. Os dois partidos mais atraentes do estado, atualmente, são aliados em alguns municípios catarinenses, a exemplo de Içara, Tubarão e Florianópolis. Em outros, são adversários ferrenhos, como é o caso de Criciúma.

Com base no recorte político atual, ou seja, fim do mês de agosto, a projeção de vitória no dia 6 de outubro deverá ter um saldo positivo para o PL, levando em conta os dez maiores municípios catarinenses. Já nas cidades aonde há a tendência de vitória do PSD, pode haver mudança de sigla por parte do prefeito eleito, após a eleição. Topázio Neto, atualmente no PSD, já é PL na Austrália. Em Lages, onde Carmen Zanotto é favorita para vencer a eleição, a situação é semelhante. Ela está filiada ao Cidadania e não mudou de partido para não correr o risco de perder o mandato de deputada federal. Após a eleição, Carmen também deve mudar de partido e seu destino será o PL. Vale lembrar que prefeitos, governadores e o presidente da república podem mudar de partido a qualquer momento, sem perder o mandato.

Em Criciúma a disputa entre PL e PSD deverá ser mais equilibrada. Embora o candidato do PL seja o favorito, o embate com o PSD deverá ter um certo equilíbrio até o fim da campanha. A projeção a seguir foi feita durante o programa Parlatório, na rádio Som Maior, na última segunda-feira (19), que teve a participação do consultor político Laércio Menegaz e dos jornalistas Adelor Lessa e Maga Stopassoli. Se a projeção se confirmar, PL deverá garantir a maioria das prefeituras das dez maiores cidades de Santa Catarina.  Confira a tendência de vitória entre os partidos, hoje:

Joinville: Novo

Florianópolis: PSD (PL)

Blumenau: PL

São José: PL

Itajaí: PL

Chapecó: PSD

Palhoça: PL

Criciúma: PL ou PSD disputa equilibrada

Jaraguá do Sul: MDB

Lages: Cidadania (que deverá virar PL após a eleição)

Vale ressaltar que esse é o recorte atual do cenário político, que pode sofrer alterações a qualquer momento, dependendo dos fatos novos que podem ocorrer durante a campanha.

Na próxima segunda-feira (26), completam-se três semanas desde a operação Caronte em Criciúma que apura denúncias de supostas irregularidades na prestação de serviços funerários no município. A ação prendeu sete pessoas, entre elas, um ex-secretário municipal, além de cumprir mandado de busca e apreensão na casa do prefeito e em seu gabinete, na prefeitura e levantou sérias questões sobre a transparência e a integridade nos serviços públicos da cidade.  Apesar da gravidade das denúncias, a Câmara de Vereadores parece ter adotando uma postura de indiferença sobre o assunto. Até o momento, não houve qualquer cobrança pública, manifestação oficial da Casa Legislativa ou posicionamento conjunto dos vereadores sobre o caso. Esse silêncio levanta questionamentos sobre o comprometimento dos representantes eleitos em defender os interesses da população e garantir a devida investigação dos fatos. 

Por outro lado, ganhou destaque na última semana a possibilidade de início da construção da nova sede da Câmara, um projeto com orçamento previsto de quase 20 milhões de reais. É urgente a construção de local adequado para a Câmara, e é igualmente urgente que os representates dos criciumenses se manifestem sobre este tema tão sensível e que afeta diretamente a população em momentos de luto e vulnerabilidade. A falta de transparência e a aparente negligência em abordar o assunto abertamente podem minar a confiança dos cidadãos nas instituições públicas.

Por que a maioria absoluta dos vereadores, que foram eleitos para representar e defender os interesses da população, permanecem em silêncio diante de questões tão sérias? Essa omissão sugere um possível desinteresse em promover uma administração pública transparente e responsável. Em uma democracia, o silêncio diante de escândalos e denúncias pode ser tão prejudicial quanto a própria corrupção. A população de Criciúma merece respostas e ações concretas. É fundamental que a Câmara de Vereadores tome uma posição clara e se comprometa a investigar as irregularidades apontadas, assegurando que a verdade venha à tona e que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados.

 

Criciúma é considerada a capital catarinense dos parques urbanos, e com mérito. A cidade possui belos espaços públicos que podem ser desfrutados pela população local e da região. No entanto, nem tudo são flores nos ensolarados parques criciumenses.

A primeira polêmica envolvendo o prefeito Clésio Salvaro (PSD) e o agora candidato a prefeito, Ricardo Guidi (PL), começou no ano passado. Na época, Salvaro “desbatizou” o Parque Altair Guidi, renomeando-o como Parque da Prefeitura. Segundo o prefeito, isso ocorreu porque os criciumenses não se habituaram a chamar o local pelo nome original, Parque Altair Guidi. O nome do parque havia sido uma sugestão do próprio Clésio, em homenagem ao ex-prefeito Altair Guidi. Isso ocorreu quando Ricardo Guidi ainda não era visto como uma ameaça na corrida pela prefeitura.

Agora, outro parque da cidade está no centro de mais uma polêmica: o Parque das Nações, localizado no bairro Próspera. Recentemente, durante um debate eleitoral promovido pela rádio Jovem Pan de Criciúma, Ricardo Guidi afirmou que o Parque das Nações foi idealizado pelo ex-prefeito Altair Guidi, falecido em 2018.

O prefeito Clésio Salvaro reagiu à declaração e gravou um vídeo publicado em suas redes sociais na manhã desta quinta-feira (22). Na publicação, ele disse que "tem que chamar o VAR neste caso", em referência ao árbitro de vídeo que revisa as decisões em disputas esportivas.

"Tem que chamar o VAR nesse caso. O Parque das Nações foi uma obra construída em 2009, quando eu assumi a prefeitura. Claro, o prefeito Altair Guidi foi um bom prefeito, mas quem adquiriu esse terreno foi o Eduardo Pinho Moreira, naquele programa de desestatização do governo Collor, ele era o prefeito, e viabilizou aquele imóvel. E aí eu fui ao governo do estado em 2009, com o Leonel Pavan, conquistamos um pouquinho de recursos e fizemos aquela obra que é um orgulho para todos os criciumenses, uma obra que melhorou a qualidade de vida, que valorizou a propriedade, o local para a família criciumense. Depois daquele parque que deu tão certo, construímos então o parque da prefeitura, construímos o Parque dos Imigrantes, agora estamos construindo o parque da Santa Luzia, e também compramos o terreno para fazer o Parque da Grande Quarta Linha. Pega na mentira!" - disse o prefeito.

Salvaro acabou sendo traído pela interpretação de texto, já que a declaração de Guidi é verdadeira. O verbo "idealizar", como foi usado pelo candidato do PL, significa imaginar ou, algo que existe na imaginação. A obra não foi executada por Altair Guidi, mas foi idealizada, imaginada e fazia parte de suas propostas de campanha na eleição de 2004.



Na publicação de Clésio Salvaro, Catherine Guidi, esposa de Ricardo, questionou se o prefeito sabia o significado de "idealizar".


O diretor de comunicação do município de Criciúma, Douglas Nazário, também comentou o post e disse que vem o "Salvarão da Massa e pá".

Outro seguidor sugeriu chamar o VAR também para o caso das funerárias, em referência à Operação Caronte, deflagrada pelo Gaeco há duas semanas e que investiga supostas ilicitudes em processos de licitação envolvendo o serviço funerário de Criciúma.

Por falar nisso, também nesta quinta-feira, o prefeito Clésio Salvaro foi denunciado pelo Ministério Público por organização criminosa e fraude em licitações. A informação foi publicada com exclusividade pelo jornalista Adelor Lessa, e está disponível aqui.

O vereador e presidente da Câmara de Criciúma, Jair Alexandre deve assumir a prefeitura na próxima semana, durante o período em que Clésio Salvaro (PSD) permanecer afastado das funções. O sucessor natural neste caso seria o vice-prefeito, Ricardo Fabris (MDB). Porém, o vice esta disputando a eleição para vereador e, se assumir, não poderá continuar candidato. Salvaro fez o anúncio de seu afastamento na manhã desta terça-feira (20) e disse que o motivo é a campanha de Vagner Espíndola. Essa é a terceira vez que Jair Alexandre assume o comando da cidade. Ele permanece sem filiação partidária, desde que se desfiliou do PL, alegando não ser reconhecido pelo partido. 

O prefeito de Criciúma Clesio Salvaro vai se afastar do cargo por uma semana.

Ele emitiu nota na manhã desta terça-feira e disse o motivo do afastamento é para se dedicar a campanha de seu candidato, o Vagner Espíndola (PSD).

Confira a nota completa:

Aos cidadãos de Criciúma,
 

Comunico a todos que, a partir da próxima segunda-feira, dia 26 de agosto, estarei licenciado do cargo de prefeito até sexta-feira, dia 30 de agosto. Durante esse período, meu foco estará voltado para mergulhar na campanha eleitoral de Vagner Espíndola, o Vaguinho (PSD), candidato que acreditamos ser a melhor escolha para o futuro de nossa cidade.
 

Esta licença tem como objetivo garantir total desvinculação das atividades da Prefeitura, respeitando rigorosamente as regras eleitorais vigentes, reafirmando meu compromisso de gestor público com a transparência e a ética, de modo a evitar qualquer interpretação equivocada.
 

Conto com a compreensão de todos. A partir do dia 31/08 retorno ao cargo para continuar a fazer o melhor por Criciúma.

Criciúma, 20 de agosto de 2024.

Clésio Salvaro

Prefeito de Criciúma

A eleição municipal deste ano, em Criciúma, será uma das mais disputadas de todos os tempos. A briga pela cadeira de prefeito não envolve apenas os fatos políticos ou as articulações entre os envolvidos, mas também aquilo que ocorre durante a pré-campanha ou a campanha propriamente dita. Um exemplo disso é a operação policial que abalou a cidade na última segunda-feira.

O MDB

Além disso, o desenho partidário influencia e contribui para o resultado de uma eleição. Nem sempre os que parecem estar em lados opostos, de fato, estão. É o caso do MDB. O partido está na disputa tendo o vereador Paulo Ferrarezi e o médico Aníbal Dário em chapa pura, depois de inúmeras tentativas de Paulo ser vice na chapa do PL, encabeçada por Ricardo Guidi. O vereador, inclusive, admitiu o desejo de ser vice até uma semana antes do fim do prazo das convenções. Com o insucesso na operação — que não foi liderada por ele — de compor com o PL, o partido o declarou candidato a prefeito. Sendo assim, Criciúma conta, hoje, com seis candidaturas à majoritária: Arlindo Rocha (PT), Jorge Godinho (Solidariedade), Júlio Kaminski (PP), Paulo Ferrarezi (MDB), Ricardo Guidi (PL) e Vagner Espíndola (PSD).

Apesar do número expressivo de candidatos, a eleição se encaminha para uma polarização entre Guidi e Vagner, com PL e PSD em lados opostos no município. Vagner entrou na disputa no final do mês de abril, tendo pouco mais de quatro meses como candidato do partido. Sua corrida contra o tempo é para se tornar conhecido da população criciumense, e ele vem fazendo um bom trabalho nesse aspecto, percorrendo os bairros da cidade e se apresentando aos moradores. Neste momento, não é possível prever o resultado da eleição, pois muitos fatores estão em jogo. É aí que a candidatura própria do MDB pode ser vantajosa para Vaguinho. Dividir a fatia dos votos apenas entre ele e Guidi pode não ser a melhor estratégia. Além disso, nessa eleição pode ocorrer o fenômeno do voto útil em Criciúma. 

Voto útil é quando o eleitor vota, por estratégia, em um candidato que não seria sua primeira opção. Esse cenário leva em conta, por exemplo, o desempenho dos candidatos nas pesquisas. Com base nisso, ao perceber a possibilidade de seu candidato perder a eleição, o eleitor escolhe (e vota) em outro nome. No caso de Criciúma, o voto emedebista não iria para Vaguinho. Mas, se Ferrarezi não fosse candidato, o voto emedebista iria, em maior número, para Ricardo Guidi. Portanto, com Ferrarezi na disputa, esses votos ficam com ele, diminuindo a margem entre Guidi e Vaguinho. Dessa forma, a candidatura própria do MDB é interessante para Vaguinho.
Nos últimos dias, um fator acendeu a luz amarela na campanha de Ferrarezi. Foi seu desempenho no debate da Som Maior, na manhã da última terça-feira, considerado abaixo do esperado por integrantes do partido. Se ocorrer o voto útil, Paulo Ferrarezi (e o MDB) sairão da disputa menores do que entraram, já que a tendência é que a briga fique entre Guidi e Vaguinho. 

Gaeco na prefeitura

Na análise do que interessa a quem, a operação do Gaeco da última semana também entra na conversa. Isso porque a visita do Gaeco foi à sede da prefeitura e à casa do prefeito Clésio Salvaro. A operação Caronte ocorreu na manhã de segunda-feira (5) e prendeu sete pessoas, entre elas, um ex-secretário do governo Salvaro, Bruno Ferreira. Além disso, os agentes realizaram buscas na residência de Salvaro, fato que evidenciou o impacto da operação. A investigação, portanto, não era sobre um mero servidor, mas sobre o chefe do Executivo. Politicamente, isso representa um revés para a administração municipal e poderá ser explorado pelos candidatos de oposição na corrida eleitoral criciumense.

Por quê?

Apesar de Clésio Salvaro ter afirmado, em vídeo, durante a segunda-feira, que havia determinado a abertura de uma sindicância interna para apurar os fatos, uma pergunta ficou no ar: por que o prefeito não afastou Bruno Ferreira em novembro do ano passado, quando o Gaeco apreendeu seu celular em cumprimento de um mandado de busca e apreensão, decorrente da mesma investigação? O afastamento teria permitido que Bruno se dedicasse exclusivamente à sua defesa, além de dissociar a imagem da administração municipal de uma investigação policial.

É nesse ponto que a operação desta semana passa a compor o cenário eleitoral em Criciúma. Isso porque o simples fato de ter ocorrido fará com que, tanto Salvaro quanto seu candidato à sucessão, dediquem tempo da campanha para dar explicações aos oponentes, além de dividirem a atenção entre a campanha e os desdobramentos da investigação, caso existam. E é por isso que o assunto é “bom” para seus adversários na disputa.

E pensar que tudo isso aconteceu numa semana que ainda nem terminou. Vale lembrar que a campanha começa oficialmente somente na próxima sexta-feira, dia 16 de agosto. Até lá, muitas emoções estão por vir.

 

O pré-candidato Geovani de Godói acaba de desistir da corrida eleitoral em Forquilhinha. Ele seria candidato a prefeito pelo PL. Na noite desta segunda-feira (5), ele Godoi foi homologado pelo partido mas faltava um nome para ser vice e o convite foi feito para a vereadora Marilda Casagrande (PP) que aceitou concorrer como vice. Mas na manhã desta quinta-feira (8), a novela chegou ao fim. Geovani de Godoi declinou da candidatura. O motivo seria o veto de parte do PL ao PDT, partido apoiaria a chapa, além do MDB. 

Na semana que passou, o blog anunciou em primeira mão o impasse no partido que culminou na decisão de hoje. Naquela ocasião, a informação provocou alvoroço entre os Liberais de Forquilhinha mas acabou se confirmando hoje pela manhã. 

O vereador Nícola Martins (PL) gravou vídeo na manhã desta quarta-feira no cruzamento das ruas Cônego Aníbal Maria de Francia e Adolfo Konder, no bairro Pinheirinho. Segundo ele, praticamente todos os dias acontecem acidentes - alguns graves - no local. “Se acontecer um acidente com morte aqui, não será tragédia, será homicídio culposo”, diz o vereador no vídeo, mostrando algumas imagens de acidentes acontecidos recentemente.

Nícola diz que em alguns casos é necessário chamar o SAMU e encaminhar feridos a hospital para atendimento especializado e que esse é um pedido antigo de moradores e comerciantes, sendo alvo inclusive de requerimentos e indicações da Câmara de Vereadores. “Se acontecer uma morte, será por negligência do Poder Público”, completa.

O catarinense Beto Martins foi empossado Senador da República nesta terça-feira (6) em Brasília. Ele vai permanecer no cargo por quatro meses, durante a licença de Ivete da Silveira, titular da vaga. Em sua posse, Beto defendeu a adoção de uma agenda positiva para discutir os investimentos logísticos necessários para manter a competitividade internacional do país. “Logística é um tema que me é muito caro, pela experiência, mas é muito mais caro ao país e por isto será minha maior prioridade no tempo que aqui eu permanecer”, disse em seu primeiro discurso. 

A posse foi prestigiada pelo governador Jorginho Mello, além de representantes das principais instituições e federações portuárias do país, setor onde Beto é reconhecido pela sua atuação.

A data foi marcada por um jantar que recebeu, entre outras autoridades, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sempre que ocorre um evento político de magnitude considerável, acabo levando algum tempo para escrever sobre o assunto, pois gosto de buscar na memória todos os detalhes daquilo que vou relatar aos nobres leitores. Foi o caso da convenção do PSD, realizado na noite deste domingo (4), em Criciúma. Porém, entre o evento de ontem e a publicação desse texto, entrou em cena um novo e importante fato. Trata-se da operação policial deflagrada pelo gaeco que prendeu sete pessoas em Criciúma e visitou a casa do prefeito, alvo de um mandado de busca e apreensão.

A análise da convenção peessedista passa pelo fato ocorrido hoje.

A AM Master Hall estava completamente lotada para o encontro do partido. O espaço é grandioso e impressiona quando está cheia. O PSD, nesse quesito, não brinca em serviço. Os encontros da sigla são sempre lotados e muito animados.  Minutos antes das autoridades subirem ao palco, o partido acabou com a dúvida que embalou os últimos das pré-campanha em Criciúma. Afinal, quem seria o vice do candidato do PSD a prefeito de Criciúma, Vagner Espíndola? A pergunta foi respondida quando o nome do vereador Salésio Lima foi anunciado para a vaga. O partido optou por disputar a eleição com chapa pura, indicando um nome de confiança do deputado Júlio Garcia. Na sequência, os principais nomes do PSD do estado, subiram ao palco para o tradicional discurso em apoio a agora chapa formada, Vaguinho e Lima.

Foi nesse momento que foi possível perceber que o tom do evento não era o mesmo do último encontro do partido em Criciúma, em 6 de março deste ano, quando até o ar estava pesado. No encontro de ontem, o tom era outro. Bem menos bélico. Nas falas iniciais, Júlio Garcia e Eron Giordani miraram em Ricardo Guidi, mas com uma certa cautela. Julio disse que se perguntou se para ser prefeito de Criciúma ser rico ou ter estudado nos melhores colégios (em referência a Guidi). Eron, presidente do partido, disse que a eleição em Criciúma está sendo observada “pelo interesse de outros líderes em tentar impor uma derrota política a você (Clésio)”, como quem prevê que uma derrota de Clésio, em sua cidade, possa significar uma mudança de rota no partido. O ponto alto dos discursos foi o momento em que Salvaro se dirigiu a João Rodrigues, prefeito de Chapecó e disparou:

- João, em 2026 eu quero percorrer o estado de Santa Catarina pra pedir voto pra ti ser o governador de todos os catarinenses. João Rodrigues, o próximo governador de Santa Catarina.

A sinalização de Salvaro a Rodrigues mira a eleição estadual de 2026 na qual o prefeito de Chapecó figura como possibilidade do partido para compor a majoritária, mas ainda sem saber em qual vaga. A declaração de Clésio, projeta que João Rodrigues seja candidato a governador, numa chapa de oposição a Jorginho Mello, que é candidato natural à reeleição. São nuances de um evento feito para lançar a candidatura de Vaguinho e Lima, mas que Salvaro sabe aproveitar como poucos. O prefeito de Criciúma, aliás, abriu sua fala dizendo em tom de brincadeira que gostaria de ele próprio ser o candidato a vice, na chapa de Vaguinho.

Topázio não foi
Falando em 2026, anotada a ausência do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, no palanque de Vaguinho. A falta dele no evento, é mais um sinal da difícil relação entre PSD e PL. Topázio está afinado com nomes importantes do PL, a exemplo do advogado Filipe Mello, que deve coordenar sua campanha à reeleição. Na chapa do prefeito da capital, Maryanne Matos (PL), estabelecendo de vez um vínculo umbilical entre o tiktoker e os liberais. E todo esse novelo de informações pode justificar a ausência de Topázio na noite de ontem.

Arleu foi
Se Topázio não foi, Arleu foi. O ex-pré-candidato a prefeito de Criciúma pelo PSD, Arleu da Silveira, compareceu ao evento de lançamento de Vaguinho demonstrando grandeza de espírito público. Mesmo assim, não foi chamado ao palco, lugar que deveria estar, por uma questão de justiça, já que foi ele que, literalmente, segurou a bandeira do partido, para a disputa deste ano. Apesar de não se viabilizar como candidato, sempre foi leal ao prefeito. Merecia estar no palco.

Para fechar a noite, Vagner Espíndola, ao lado da família e, do agora vice, Salesio Lima, aproveitou a festa e fez um discurso já como candidato do partido.

- Sabe qual é a maior de todas as certezas? Porque aqui onde eu estou agora, com a minha família, olhando pra vocês, esse exército de pessoas? Não tem como nós perdermos essa eleição”, disse.

Operação Caronte
Na manhã desta segunda-feira (5), uma operação policial deflagrada pelo Gaeco, ofuscou a repercussão da convenção. A ação investiga denúncias de supostas ilegalidades envolvendo a prestação de serviços funerários do município de Criciúma. Foram expedidos sete mandados de prisão e um de busca e apreensão na casa e no gabinete do prefeito Clésio Salvaro. Veja aqui os citados. Entre os presos estão o ex-secretário de Assistência do município, Bruno Ferreira e o presidente do Republicanos, Jefferson Monteiro.

Clésio Salvaro se manifestou no fim da manhã por meio de um vídeo em suas redes sociais onde diz que solicitou a abertura de uma sindicância interna para colaborar com a investigação do Ministério Público. Ainda no vídeo, ele diz que a investigação não tem nada a ver com a eleição. O tom adotado por Clésio Salvaro foi de cautela. Em seu blog, o colega Adelor Lessa disse que a prefeitura sabia desde a última sexta-feira sobre a operação deflagrada hoje. Leia aqui.

 

Sete alvos de mandados de prisão foram detidos em operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) nesta segunda-feira (5), na Prefeitura de Criciúma. A operação do Gaeco investiga supostas irregularidades no serviço funerário do município. Ação também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do prefeito Clésio Salvaro (PSD).

Confira a lista dos presos em operação do Gaeco nesta segunda-feira (5)

• Bruno Ferreira
• Jefferson Monteiro
• Tiago de Moraes
• Leandro Renan
• Sandro Guarani
• Anilson Cavali Junior 
• Gineides Varela

Matéria em atualização.

O PSD anunciou na noite deste domingo (4), em convenção, que o vice para Vaguinho será Salésio Lima. Partido vai disputar com chapa pura.

Vamos discutir mais detalhes amanhã no programa Adelor Lessa 7h30

A convenção do Partido Liberal em Criciúma, que ocorreu na noite desta sexta-feira (2), confirmou o nome de Ricardo Guidi como candidato a prefeito e revelou a nominata de candidatos a vereadores. Neste momento, você já sabe que o governador Jorginho Mello mudou o script da noite e anunciou Acélio Casagrande para ser vice de Ricardo Guidi. Então vamos entender o que levou a esse desfecho.

Para isso, precisamos voltar no tempo.
A aliança entre Guidi e Acélio pode parecer óbvia agora, mas há apenas seis meses, ninguém imaginaria esse cenário. Em janeiro ou fevereiro, quem poderia prever que ambos deixariam seus partidos e se uniriam em uma chapa? Guidi, no PSD, e Acélio, no PSDB, estavam em busca de espaço para suas ambições de se tornarem prefeitos. No entanto, ambos encontraram barreiras em seus respectivos partidos e nem um, nem outro, conseguiu o que queria no partido que estavam. O PSD já tinha Arleu (à época) e o PSDB (de Acélio) não seria cabeça de chapa. No máximo, seria vice, já que esse era o acordo pré-nupcial com o PSD. Feito o resumo, vale lembrar que, aqui, não cabe juízo de valor.

Não se trata de certo ou errado, mas de como os fatos se desenrolaram. Ricardo Guidi deixou o PSD e se filiou ao PL, enquanto Acélio saiu do PSDB e do governo Salvaro, onde atuava como secretário de saúde. Isso aconteceu no início de abril. Naquela época, o candidato do PSD ainda era Arleu da Silveira, mas no fim daquele mês, Arleu foi substituído por Vagner Espíndola, e o cenário em Criciúma ficou ainda mais complexo. Com o novo candidato do PSD, o PL teve que calcular cuidadosamente seus próximos passos, dando mais peso à escolha do vice de Guidi.

Paulo Ferrarezi, atual candidato a prefeito do MDB, queria ser o vice do PL e não escondia isso. Mas Acélio também estava no páreo. Ferrarezi traria o MDB, enquanto Acélio tinha o capital político da última eleição para deputado estadual. O MDB perdeu a vaga porque falou demais, enquanto Acélio ganhou porque soube se calar e buscar apoios silenciosamente. Assim, foi natural que Jorginho o anunciasse como vice na convenção. Durante a semana, o MDB ainda tentou reverter a situação, mas falhou. Ir até a casa do governador e exigir a vaga, sem outra opção, não foi a melhor estratégia. Agora, o MDB se encontra em uma posição delicada, de portas praticamente fechadas, tanto com Guidi quanto com Vaguinho. A essa altura, a pergunta é: será que Paulo Ferrarezi vai manter sua candidatura até o fim?

Veja o que foi dito no encontro

O apoio de Júlia Zanatta
"Tu és predestinado para isso, para ser prefeito de Criciúma. Nós vamos ganhar essa eleição juntos. Tentaram te tirar do pleito porque sabiam que era o teu momento."

Jefferson Monteiro, o pelicano
“Agora somos todos pelicanos” (mistura de PL com Republicanos), disse Monteiro enquanto dava a bandeira de Criciúma para Guidi.

A vez de Acélio

Enquanto Acélio discursava, Jorginho se reuniu no palco com os deputados e disse que anunciaria Acélio como vice. Isso não estava no roteiro oficial do evento, mas Jorginho, sentindo o clima, aproveitou o momento. Acélio, em seu discurso, ainda não se portava como parte da dupla com Ricardo, dizendo: "Se até segunda-feira as coisas não se ajustarem (possivelmente referindo-se ao MDB), nós estaremos juntos". "Como é bom estar nesse meio. Como eu estou me sentindo bem", finalizou.

A vez de Jorginho

Quando Jorginho começou a falar, a plateia fez silêncio, antecipando o que estava por vir. E ele entregou o que todos esperavam: o nome do vice. "Eu quero apresentar o candidato a vice-prefeito do Guidi, que é Acélio Casagrande. Tenho certeza absoluta de que esta é a chapa que vocês estavam esperando. É a chapa que não precisa de explicações", disse.

A vez de Guidi

Ricardo Guidi foi o último a falar, começando com: "Teve gente que trabalhou para que esse dia não chegasse. Teve gente que apostou que esse dia não ia chegar. Perderam a aposta e vão perder a eleição", um recado direto ao PSD, seu antigo partido. Guidi mostrou uma postura firme e confiante, bem diferente de sua última aparição no evento do PSD em março, quando ainda estava filiado e precisou ler seu discurso. O Guidi de ontem não é o Guidi de março.

Saldo do evento

O evento de ontem foi grandioso. O local, que inicialmente parecia não atrair grande público, acabou se tornando um palco de megaevento. A organização estima que 2.500 pessoas compareceram. Mas o tamanho do público não foi o mais impressionante. Foi o significado do evento, em plena sexta-feira à noite, com um público entusiasmado, em terra salvarista. Ficou nítido que a disputa em Criciúma será entre PL e PSD, e que esta será uma das eleições mais acirradas da história. Se no início Guidi tivesse garantido seu lugar no partido de Clésio Salvaro, a história poderia ser diferente. Salvaro preferiu arriscar e apostou alto. Mas Guidi tinha um par de ases: o bolsonarismo 2024 aliado à oligarquia política criciumense.

Hora do All-in. Que comecem os jogos.

Confira vídeos do evento no instagram: https://www.instagram.com/magastopassoli?igsh=dG03OTc1dGxqMGUw&utm_source=qr
 

Todos os olhos se voltam para a convenção do PSD, neste domingo (4), na AM Master Hall, em Criciúma, que vai confirmar Vagner Espíndola candidato a prefeito. O encontro pode apresentar, ainda, o nome de quem irá compor como vice na chapa com Vaguinho. A bola da vez é o PP que pode ir ao evento já formalizado na chapa. Mas o que chamou atenção neste sábado, véspera de convenção, foi a orientação sobre o look que os servidores devem dar preferência para usar amanhã, no evento. Entre as opções, camisetas brancas, para simbolizar a paz na campanha. Além da cor branca, uma sugestão é a camiseta do Criciúma.

Veja a mensagem distribuída via whatsapp:

 

"O prefeito chama todos nós para estarmos juntos amanhã na Homologação dos Pré candidatos, e para que o evento fique ainda mais bonito, que tal irmos combinando? 

As ideias são: 
- Camiseta do Criciúma;
- ⁠Camiseta Amarela;
- ⁠Camiseta Verde;
- ⁠Camiseta Azul;
- ⁠Camiseta Branca que representa a paz que queremos para as nossas campanhas! 

Fica aberto para escolherem o que tiverem no guarda-roupa e caso não tenha uma das opções, será bem-vindo(a) também!!!



 

O MDB realizou sua convenção na manhã deste sábado, dia 3, no bairro Vila Manaus, em Criciúma. Durante o encontro, foram oficializadas as candidaturas dos vereadores e da chapa pura, com Paulo Ferrarezi candidato a prefeito e Aníbal Dário como vice. A organização do encontro contabilizou a presença de cerca de 200 pessoas. A escolha da candidatura própria ocorreu após a tentativa de o partido compor com o PL na chapa de Ricardo Guidi. A projeção inicial era indicar o vice, no caso, Paulo Ferrarezi. Entre os candidatos a vereador, não há consenso sobre a ideia de chapa pura, e há um desconforto em relação à fragilidade da chapa na disputa em Criciúma, que deve polarizar entre PL e PSD. Até o fim do prazo eleitoral, podem haver mudanças. A pouca adesão dos emedebistas na convenção do partido demonstra que a preocupação da nominata de vereadores tem sentido. A briga pela vaga de vice de Guidi estava abaixo da força partidária demonstrada hoje. Agora, resta saber se o partido sustentará a candidatura de Paulo e Aníbal ou se revisará sua estratégia.

Acabou o suspense. O vice de Ricardo Guidi será Acélio Casagrande.

O governador Jorginho Mello fez o anúncio durante a convenção do partido que aconteceu na noite desta sexta-feira (2), em Criciúma.

Neste sábado (3) o blog vai publicar a análise completa do evento.

 

O prefeito de Cocal do Sul, Fernando de Fáveri (MDB), pré-candidato à reeleição, terá um nome novo como vice na disputa deste ano. Será o vereador Evandro Lins, do PL. A decisão ocorreu por insegurança jurídica com o nome de Erik Zeferino (PL), já que ele assumiu interinamente o comando da prefeitura menos de seis meses antes da eleição. Como não há consenso sobre o entendimento legal a respeito do período que Erik assumiu como prefeito e se isso pode impedi-lo de estar na chapa, o nome de Evandro foi apresentando como opção pelos liberais. Fernando segue afastado da prefeitura após ter sido solto, em julho. Ele foi preso em junho, em decorrência de uma denúncia sobre supostas ilegalidades num processo licitatório. Fernando alega ser inocente e diz que vai provar isso na justiça. Recentemente ele foi entrevistado na Som Maior e falou sobre o assunto. Ouça a entrevista completa, aqui. 

 

Ex-diretora da Afasc e atualmente filiada ao Republicanos, Gladis Salvalaio, integrou a comitiva do Republicanos edo PL que visitou o empresário Henrique Salvaro nesta quinta-feira (1).

A reunião com o maior empresário do setor de mineração e ex-aliado de Clésio Salvaro reforça o apoio de Henrique ao projeto politico de Ricardo Guidi (PL).

Na foto estão Gladis, Guidi, Acelio e Monteiro com Henrique Salvaro