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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 10/10/2022 - 13:06 Atualizado em 10/10/2022 - 13:15

Atual representante do bolsonarismo em Santa Catarina e franco favorito a vencer a eleição para governador, o experiente candidato Jorginho Mello (PL), concedeu entrevista na manhã desta segunda à Rádio Som Maior, de Criciúma. Eu disse “atual” pois em 2018 a vaga de candidato bolsonarista foi ocupada por Carlos Moisés da Silva, eleito pelo falecido PSL, com uma votação expressiva, por ostentar a imagem de “candidato do Bolsonaro” aqui no estado. De lá para cá, muita coisa mudou e o candidato que representa o bolsonarismo, também. Jorginho Mello, que foi batizado “Jorginho” e não Jorge, como ele gosta de frisar, em algum momento parece destoar da imagem bolsonarista que tenta impor, como quando reforça que irá destinar 50% das vagas dos cargos comissionados de seu governo, às mulheres. Mello tem vasta vivência política, tendo ocupado diferentes funções, entre elas, deputado estadual, federal, presidente da Alesc, governador interino, senador.

Há três semanas do 2º turno, tem como adversário o candidato do PT, Décio Lima. Era o cenário dos sonhos projetado pelo candidato, já que pesquisas indicavam que enfrentar o representante da esquerda apontaria uma vitória com folga. Eu sei que você está aí pensando que as pesquisas falharam aqui no estado, mas vale lembrar que agora temos o resultado das urnas no 1º turno e elas deram 38% para Jorginho Mello e 17% para Décio Lima. Esses são os fatos. Uma semana após carimbar sua ida ao 2º turno, é possível observar que a preocupação dos eleitores catarinenses está voltada para duas questões centrais: qual será o perfil da equipe de governo que Jorginho pretende montar e como seria sua gestão numa eventual vitória de Lula.

Em meia hora de conversa, Jorginho Mello foi questionado sobre essas questões e também sua opinião sobre o piso da enfermagem, cotas para mulheres em seu governo, aporte de recurso estadual em obra federal, quais projetos do atual governo ele manteria, entre outros assuntos. A entrevista completa está disponível no youtube do Portal 4oito.

Se Lula vencer as eleições

No caso de uma vitória de Lula no próximo dia 30, Jorginho Mello disse que ocupar uma função pública é representar uma coletividade. “No caso do governador, está representando o estado, que precisa de parceria com o governo federal. Quem não fizer isso, prejudica o estado. Então não tenho dúvida, de que se não for o Presidente, mas, fique tranquila, a eleição já foi revertida. O relacionamento respeitoso tem que acontecer e isso eu sei fazer muito bem”, destacou, deixando claro que pretende manter bom relacionamento com o governo federal, independente de quem seja o Presidente.

Mello já foi governador

Upiara Boschi lembrou que neste domingo (9) fez 13 anos que Jorginho Mello assumiu o governo do estado interinamente (durante a gestão de Luiz Henrique da Silveira) e perguntou se foi naquela ocasião que ele decidiu que queria ser governador legítimo. Mello ressaltou que sempre imaginou um dia poder ser o governador deste estado. “Há muito tempo eu desejo ser. Quando assumi o senado eu falei que iria trabalhar pra construir uma candidatura a governador”.

Tirar dinheiro de obra dá uma conversa ruim

Adelor Lessa citou a BR 285, rodovia federal que teve a obra interrompida no início desse ano por falta de recurso. Depois, as obras foram retomadas com recurso estadual e, na sequência, com recurso federal. Para 2023 o orçamento da União prevê apenas R$ 320 mil pra essa obra, o que não daria para fazer nem um quilômetro de asfalto. Se o Sr. for governador, o estado vai colocar dinheiro na obra pra ela não parar, questionou o jornalista.

“Tirar dinheiro de uma obra dá uma conversa ruim. Se o governo federal não conseguir - mas vai conseguir-, é claro que nós vamos fazer isso. Tudo que é do Sul a gente vai tocar. Se o governo federal não tiver, nós vamos colocar e descontar imediatamente da dívida do estado”.

Dinheiro pra lá, dinheiro pra cá

Recentemente, Jorginho Mello disse que pretende dar continuidade ao Plano 1000, programa de repasse de verba aos municípios que ficou conhecido como “Pix”. Hoje, o candidato foi questionado sobre qual outro programa do atual governo ele daria sequência, além do pix. “Eu disse para os prefeitos, se a preocupação é dinheiro pra lá, dinheiro pra cá, fiquem tranquilos. Eu sendo governador a gente vai tocar com racionalidade todas as obras que são estruturantes”, respondeu.

Lu Ceretta na pasta da Educação?

Upiara Boschi perguntou se nomes que já foram indicados por Mello em outras gestões, como é o caso de Ronaldo Carioni (DNIT), podem compor o secretariado de seu governo. O candidato disse que não tem nenhum nome definido. “Depois de eleito vou tratar disso imediatamente. A imprensa falou sobre Professor Cimadon de Joaçaba, a Professora Lu Ceretta aí de Criciúma, para a Educação, são dois nomes extraordinários, mas não temos nada definido ainda. Vou chamar os melhores nomes de Santa Catarina”, pontuou.

Completar a tabela SUS

Adelor Lessa trouxe à pauta a tabela SUS e perguntou se em seu governo, Jorginho pretende completar a tabela, fazer um aporte periódico aos hospitais filantrópicos pra fazer um equilíbrio financeiro dos hospitais. “Claro. Nós vamos fazer um grande mutirão para zerar as filas”, disse o candidato.

Piso da Enfermagem

Continuando na pauta da saúde, perguntei sua opinião sobre o piso da enfermagem. “Sou a favor. Acho que o governo federal pode mexer no imposto da folha de pagamento dos hospitais pra ajudar. Tem fundos que a deputada federal Carmen Zanotto está fazendo um trabalho em Brasília.  Sou favorável ao piso. O Brasil tem dinheiro, os estados têm, acho que não é um bicho de sete cabeças. Dá pra fazer um sacrifício pra prestigiar eles”, concluiu.

Educação superior: aumentar os investimentos de 3 para 5%

“Vou comprar as vagas do sistema Acafe. Passar de 3 para 5% o investimento estadual em educação superior”, ressaltou.  Upiara quis saber de onde o governo vai tirar o dinheiro (aproximadamente R$ 2 bilhões). “Vamos tirar do próprio orçamento. é questão de prioridade”.

50% dos cargos comissionados para mulheres

Lembrei o candidato que no primeiro turno, ele havia dito que destinaria 50% das vagas dos cargos comissionados às mulheres. “O Sr. mantém essa promessa?”, perguntei. “Claro. Eu quero prestigiar as mulheres. Até brinquei que pode ser 60%. Quero contratar as melhores cabeças, pode ser 60% homem, mulher”.

 

 

Por Maga Stopassoli 07/10/2022 - 20:06 Atualizado em 07/10/2022 - 20:17

Começou nesta sexta-feira (7) e vai até o dia 28 de outubro a propaganda eleitoral gratuita (mas não muito), no rádio e na tv. Aqui em Santa Catarina, onde haverá 2º turno, o eleitor vai poder acompanhar a propaganda dos candidatos ao Governo do Estado, Décio Lima e Jorginho Mello e também para Presidente, na disputa entre Lula e Bolsonaro.

É nessa hora que o eleitor deve pensar:

- Tá, mas e eu com isso?

Vamos combinar que assistir propaganda eleitoral não é lá uma das coisas mais interessantes de se fazer. Imagina você, no seu momento de descanso, à noite, pensando: “nossa, queria tanto ver uma propaganda eleitoral agora pra dar uma distraída!”. Mas é do jogo. Faz parte do processo eleitoral. O eleitor deve ter direito ao acesso à propaganda dos candidatos que, por sua vez, tem a obrigação de bem comunicar suas propostas. Ou seria o candidato que tem o direito de falar de suas propostas e, o eleitor, o dever de assistir para fazer uma boa escolha na urna? Enquanto você decide qual é a melhor teoria, vamos falar dos candidatos que voltaram à cena hoje, mas não sem antes pontuar que:

O jogo virou, queridinhos

Antigamente, as peças publicitárias de um candidato tinham o poder de atrair voto e mudar o resultado de uma eleição. Só que desde 2018, essa lógica parece ter ficado para trás. Se antes a equipe de marketing traçava uma estratégia e conduzia o eleitor, primeiro atraindo sua atenção e depois convertendo essa atenção em voto, (como se fosse um funil de vendas), agora, o eleitor “diz” o que quer ver na propaganda de quem ele pretende votar. É ele, o eleitor, quem dá as cartas. Se havia restado alguma dúvida sobre isso lá em 2018, a eleição do último domingo, sacramentou. O eleitor é o dono da bola e, parece que o jogo virou.

Décio Lima: o que Bolsonaro fez em SC?

Com essa pergunta, o candidato a governador, Décio Lima (PT), abriu o primeiro programa de tv dessa segunda temporada de “Santa Catarina”. Ao melhor estilo lulista e sem medo de ser feliz, o candidato do PT citou nomes, provocou, falou de Lula, e foi pra cima de Bolsonaro e de Jorginho Mello, criticando as motociatas e cortes de verbas federais para o estado. Nos cinco minutos de duração, também teve imagens de bastidores do momento da apuração dos votos, trechos do comício de Lula em Florianópolis e propostas.

Jorginho Mello: agradecimento e vínculo com Bolsonaro

Com a segurança de quem sobreviveu ao 1º turno e captou a mensagem do que o eleitor quer ver na tv, Jorginho Mello deu continuidade ao que já vinha fazendo: vincular sua candidatura a Jair Bolsonaro. No vídeo que foi ao ar hoje, também com duração de cinco minutos, Jorginho cita o expressivo número de eleitos pelo PL, chama o Presidente de capitão e agradece os votos que recebeu. No recheio da peça de campanha, o candidato faz um breve resume de sua vida e lembra que nunca perdeu uma eleição.

62,21% x 29,54%

Enquanto Décio Lima tenta não demonstrar preocupação com as estatísticas que não estão a seu favor, no estado que votou massivamente em Bolsonaro, Jorginho Mello deixa claro que está só administrando o jogo. Ambos adotaram estratégias diferentes um do outro neste primeiro dia de propaganda do 2º turno. Enquanto Décio faz críticas ao atual Presidente com a estratégia de virar votos para Lula, Jorginho Mello passeia de verde e amarelo, sem fazer muitos ataques. No último domingo, Santa Catarina deu 62% de votos a Jair Bolsonaro, percentual que deve se repetir e até aumentar no próximo dia 30. Eleitoralmente, é como se Jorginho não tivesse muito mais o que fazer além de citar Jair Bolsonaro repetidamente. Já Décio Lima trabalhar para tentar virar esse jogo, ou, pelo menos, aumentar o percentual de Lula por aqui.

Por fim,

Tanto o candidato que nunca perdeu uma eleição, quanto o candidato que fez história na esquerda catarinense, indo para o 2º turno, sabem que atrair a atenção do eleitor não é tarefa fácil. Mas sabem, também, que o eleitor nunca esteve tão atento ao que dizem os postulantes às vagas de emprego abertas de quatro em quatro anos no Brasil.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 06/10/2022 - 11:23 Atualizado em 06/10/2022 - 11:45

“Ou mudamos, ou ficamos para apagar as luzes”. A declaração vinda de uma fonte próxima do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, mostra o clima pós-eleições no Paço Municipal.

É que o PSDB, partido do prefeito, não teve um bom desempenho eleitoral. Dos três candidatos publicamente apoiados pelo líder tucano, dois eram do seu partido e não se elegeram, mesmo sendo alinhados ao presidente Jair Bolsonaro. Isso comprova, mais uma vez, que o bolsonarismo se concentra mesmo na sigla partidária onde está Bolsonaro. Não adianta declarar voto, fazer santinho, gravar vídeo com o Presidente e não estar em seu partido. Salvaro fez essa conta a começou a correr contra o tempo já que, não é exagero dizer, a eleição de 2024 já começou.

No radar de Salvaro, duas possibilidades: migrar para o PL, o partido de Bolsonaro (e de Jorginho Mello) ou, para o PP (de Esperidião Amin, que foi candidato ao governo e apoiado pelo prefeito de Criciúma).

O PL parece ser um caminho natural. Na esfera estadual, os movimentos do chefe do executivo criciumense começaram na segunda-feira (3), um dia após a ida de Jorginho Mello para o segundo turno. Nesta data, uma reunião capitaneada por Salvaro contou com a presença de prefeitos tucanos da Amrec e Amesc e serviu para unificar o discurso de apoio à reeleição de Jair Bolsonaro e da eleição de Jorginho Mello.

Aí você está se perguntando:

- Tá, mas se o Salvaro reuniu a tucanada, como fica se ele sair do partido?
Aí é que tá. Caso a previsão se confirme, é possível que haja uma debandada do ninho e mais lideranças deixem o PSDB e também migrem para a nova sigla.

Sobre o Progressistas

O PP e o União Brasil estão em conversa para definir se oficializam ou não uma federação partidária que ficaria vigente de 2023 a 2026. A razão central dessa discussão é a tentativa de reconduzir Artur Lira (PP) à Presidência da Câmara dos Deputados no início do ano que vem. Enquanto a definição sobre a federação não sai, Salvaro segue avaliando qual melhor caminho a seguir.

A mesma fonte citada anteriormente, ao ser questionada sobre a possibilidade de Salvaro ir para o PL, disse:

“É um partido com o perfil do Clésio. É uma hipótese, sim.”

 

Por Maga Stopassoli 05/10/2022 - 16:09 Atualizado em 05/10/2022 - 16:29

Sob o pretexto de trabalhar pela reeleição de Jair Bolsonaro, Jorginho Mello reuniu nesta quarta-feira (5), no comitê de campanha, os deputados federais e estaduais eleitos no pleito de domingo. “Não existe eleição ganha. Nós precisamos ter a humildade de apontar os nossos erros no primeiro turno e corrigi-los para o segundo”, disse.

Tentando afastar a ideia de “já ganhou” que paira sob a eleição estadual em que o candidato do PL contabilizou 38,62% dos votos válidos, o que corresponde a mais de 1,5 milhão de votos, Jorginho pediu concentração, força e união da sigla para reeleição do presidente Bolsonaro. Jorginho ouviu palavras de apoio e de compromisso por parte dos eleitos. Ao todo, em Santa Catarina, o PL, elegeu 11 deputados estaduais, seis federais e Jorge Seif como senador.

O encontro de hoje parece marcar um novo momento do PL de Santa Catarina que protagonizou momentos polêmicos entre alguns de seus integrantes durante a campanha. Mas nada como todo mundo eleito para acalmar os ânimos. São tempos de paz.

Jorginho reúne eleitos em momento de calmaria no PL.                                          Foto: Eduardo Valente

 

 

Por Maga Stopassoli 04/10/2022 - 20:51 Atualizado em 05/10/2022 - 08:53

O 1º turno das eleições gerais aconteceu neste domingo (2) e 48h após o fim da apuração ainda tem muita gente sacudindo a poeira. Além de muitos vídeos nas redes sociais dos candidatos eleitos e não eleitos, mandando um recado ao seu eleitor agradecendo pelos votos recebidos, nós também vimos outros recados nesta eleição. É bem verdade que as urnas não falam, as urnas simplesmente exalam o recado que vem do eleitor. Baseado nisso, fizemos uma breve análise do que elas disseram no domingo e compartilhamos aqui, com o nobre leitor.

1 - Catarinenses continuam campeões em Bolsonarismo

Santa Catarina concentra apenas 3,5% do eleitorado brasileiro, aproximadamente 5.5 milhões de eleitores. Neste primeiro turno, o estado deu a Jair Bolsonaro 62,21% dos votos (2.694.906 votos). Em Criciúma o percentual foi um pouco maior: 64,5% dos votos, o que corresponde a 75.743 votos, contra 26,79% de votos para Lula.

2 - Mulheres votam em mulheres?

Em Santa Catarina, não necessariamente. É que, segundo dados do TSE, as mulheres representam 52% do eleitorado catarinense, mas a representatividade feminina diminuiu nesta eleição. Em 2018 foram cinco mulheres eleitas entre os 40 representantes da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Em 2022, foram três. Paradoxalmente, são duas mulheres as parlamentares mais bem votadas do estado: Ana Caroline Campagnollo (PL) com 196.571 votos e Luciane Carminatti (PT) com 92.478 votos. Além delas, Ana Paula da Silva (Podemos) fez 58.694. As três são candidatas reeleitas, ou seja, não houve nenhuma candidatura feminina eleita para exercer seu primeiro mandato na Alesc.

3 - Moisés não teria governabilidade

O governador Carlos Moisés da Silva ainda não se manifestou publicamente sobre a derrota que sofreu neste domingo ao não ir para o 2º turno. Enquanto ele encaminha o fim do mandato e começa a organizar a transição de equipe para o próximo governo, deve estar olhando a lista de parlamentares que estarão na Alesc em 2023 e agradecendo o resultado das urnas. Moisés teria dificuldades em seu governo, já que o PL fez a maior bancada aqui no estado, elegendo 11 deputados estaduais. Por lá, encontraria, ainda, Antídio Lunelli, o ex-quase-candidato ao governo pelo MDB que, ao ser derrotado nas prévias, lançou candidatura como deputado estadual e foi eleito com 74.500 votos.

4 - Salvarismo em risco?

O prefeito de Criciúma, Clesio Salvaro apoiou publicamente três candidatos nesta eleição: a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB), candidata à reeleição, Acélio Casagrande (candidato a estadual) e Esperidião Amin (PP), candidato ao governo do estado. Nenhum foi eleito. Dada a influência política de Clésio Salvaro, o resultado ficou abaixo da expectativa.

5 – O apoio de João Rodrigues

Lembra que em março deste ano, João Rodrigues e Clésio Salvaro ensaiaram uma chapa para concorrer ao governo do estado? À época, a possibilidade chegou a causar um reboliço nos bastidores já que ambos são políticos influentes em suas cidades e têm alto nível de aprovação de suas gestões. Mas, assim como Salvaro, Rodrigues também não conseguiu transferir essa influência aos candidatos que apoiou. Prova disso foi o desempenho de Gean Loureiro (União), candidato a governador apoiado por Rodrigues, que ficou em 4º lugar em Chapecó, atrás, inclusive, do candidato do PT, Décio Lima. Além disso, o prefeito do oeste não conseguiu eleger sua candidata a deputada federal, Marlene Fengler. Isso não tira, em nenhum momento, o mérito dos líderes que são Salvaro e João Rodrigues. Mas mostra que o eleitor vota neles, propriamente, mas, mostra alguma resistência quando o voto é para candidatos que apoiam.

6 - Eleitor gosta de opiniões mais do que de projetos para o mandato

Se o nobre leitor fizer uma análise rápida dos eleitos nesta leva, vai observar que alguns dos que fizeram boa votação não apresentaram ao eleitor, digamos assim, nenhuma grande proposta. Eles entenderam que, melhor do que boas propostas, o eleitor gosta mesmo é de saber a opinião do candidato que irá receber seu voto. Planos para a educação, infraestrutura, saúde, emprego? Que nada. Quero saber o que você pensa sobre a família, hino nacional, constituição, etc. A essa altura do texto, talvez seja válido repetir o que disse lá no início: essa não é minha opinião. É apenas a leitura do que as urnas nos disseram no domingo.

7 – O Sul manteve suas oito cadeiras no parlamento catarinense

Uma das grandes preocupações da região sul nesta eleição era a possibilidade de diminuir a representatividade na Alesc, diminuindo o número de eleitos já que esta foi uma eleição com grande de número de candidatos. A pulverização dos votos poderia acabar “jogando contra” e elegendo menos deputados. Não foi o que aconteceu. Eram oito representantes em 2018 e permanecem oito em 2022. São eles: Jessé Lopes (PL), Julio Garcia (PSD), Volnei Weber (MDB), Tiago Zilli (MDB), Rodrigo Minotto (PDT), Estener Soratto (PL), Pepê Colaço (PP), Zé Milton Scheffer (PP).

8 – Na Câmara federal, nossa região manteve três cadeiras

Na Câmara Federal, o eleitor da região sul também ajudou a manter as três cadeiras que já a região já ocupava. Os representantes que estarão lá a partir de 2023 são: Júlia Zanatta (PL), Daniel Freitas (PL) e Ricardo Guidi (PSD).

9 – Amin em 5º lugar 

Baluarte da política catarinense, o agora novamente senador, Esperidião Amin terminou a eleição num amargo quinto lugar. Com uma trajetória vitoriosa, acumulando no currículo os cargos de governador do estado, deputado estadual federal, prefeito de Florianópolis e senador, Amin não passou batido pelos debates entre os candidatos no 1º turno. O candidato do Progressistas marcou o que deve ser sua última disputa eleitoral por momentos interessantes de embate com seus adversários, mas não conseguiu convencer o eleitor de que poderia ser “a renovação que o estado precisa”.  Em Criciúma, onde era apoiado por  Clesio Salvaro, o pepista também teve baixo desempenho, ficando em 4º lugar.

10 – Não há bolsonarismo fora do partido de Bolsonaro

Essa lição foi a mais importante lição desta eleição e foi feita pelo colega Upiara Boschi. Em sua análise, o jornalista conclui que não adianta ser bolsonarista e pedir votos para si e para o atual presidente se não estiver no mesmo partido de Jair Bolsonaro. Exemplo disso aqui no estado foi a tentativa de vários candidatos em tentar colar sua imagem a Bolsonaro pra tirar casquinha dessa influência. Não funcionou. Portanto, não importa a sigla partidária – em 2018 foi o falecido PSL com o 17 – para ter alguma vantagem na urna, só se for o mesmo número do partido do presidente.

Por fim, respondendo a pergunta mais repetida desde domingo, com a devida licença poética, lanço mão desse momento histórico de Dilma Roussef que disse: “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.

Assista Dilma Rousseff em 2010:

(to brincando, gente). O segundo turno vem aí e ainda temos muito chão até dia 30 de outubro.

 

 

Por Maga Stopassoli 02/10/2022 - 08:39 Atualizado em 02/10/2022 - 12:23

O primeiro candidato ao governo do estado a votar em Santa Catarina foi Esperidião Amin (Progressistas). O candidato votou já no começo da manhã, em Florianópolis, na Escola de Ensino Básico Presidente Roosevelt.

"Que o dia seja de paz, seja pacífico. Eu sou democrata por entender que não há outro processo que possa ser melhor que a democracia", declarou Esperidião Amin após registrar seu voto.

Candidato do Progressistas, Amin já votou em Florianópolis. Foto: reprodução.

Alex Alano, candidato do PSTU, votou em Cocal do Sul, no Colégio Padre Schuller, também no início da manhã. 

 

Jorge Boeira (PDT) votou no Núcleo Hercilio Luz, em Criciúma e em seguida falou com a imprensa, ainda no local.

Jorginho Mello (PL), já registrou seu voto em Herval do Oeste, na Escola de Educação Básica Melo e Alvim.

Candidato à reeleição, Carlos Moisés da Silva (Republicanos) votou em Tubarão por volta das 10h15 na manhã deste domingo. Ela foi ao Colégio São José acompanhado da sua esposa, Késia Martins da Silva, que foi professora na instituição, onde também estudaram as filhas Sarah e Raissa. 

Gean Loureiro, candidato a governador pelo União Brasil, votou nesta manhã no Colégio Catarinense, em Florianópolis.

Décio Lima (PT) votou às 11h38 na Faculdade Senac, em Blumenau. O político estava acompanhado da sua esposa, Ana Paula Lima, candidata a deputada federal, filha, genro e neto, além de simpatizantes. 

Por Maga Stopassoli 29/09/2022 - 18:11 Atualizado em 29/09/2022 - 18:16

No centro de uma polêmica nacional, o termo “voto útil” vem ganhando força nas discussões políticas, especialmente nesta reta final de campanha. O conceito de voto útil é mais ou menos o seguinte:

“Não gosto do candidato 1, mas gosto menos ainda do candidato 2 e o candidato que eu gostaria de votar não tem chance de se eleger, portanto, vou votar no candidato 1 pois me parece menos pior”.

Ao melhor estilo “segura na mão de Deus e vai” o eleitor tem feito suas escolhas buscando não só eleger o candidato de sua preferência, mas, principalmente, dificultar a eleição daquele que ele não quer ver ocupando cargo público, nem pintado de ouro. Ruim com esse, pior com aquele, bradam na internet e nos grupos de whatsapp.

Na esfera nacional o chamado voto útil foi abraçado em sua maioria pela esquerda. Entre os principais argumentos, defendem que os eleitores de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Trhonick (União) devem migrar seus votos a Lula (PT), pois projetam que o petista tem chance de ser eleito em 1º turno. E, claro, isso despertou fortes emoções entre os eleitores.

Diga ao povo que sou candidato

A narrativa que parece substituir o movimento #elenão de 2018 não foi abraçada integralmente pelo eleitor, mesmo assim, vem mobilizando militantes, artistas e empresários e provocou reação acalorada de Ciro Gomes (PDT). O candidato a presidente chegou a anunciar que faria um Manifesto à Nação – e fez – para dizer, em resumo, que: “diga ao povo que mantenho a candidatura e, repare bem, parem com esse negócio de voto útil”. Foi uma tentativa de estancar a possível debandada de parte de votos que irá contabilizar no próximo domingo. Segundo o levantamento feito pela Vox Radar, especializada em análise de redes sociais e publicado no site da Revista Valor Econômico, as menções sobre voto útil citando Ciro Gomes e Simone Tebet começaram no fim de agosto e tiveram um aumento expressivo entre os dias 9 e 10 de setembro. Paralelo a isso, Ciro subiu o tom dos ataques a Lula.

Em Santa Catarina essa história vai colar?

Nos últimos dias o eleitor catarinense vem considerando a possibilidade de entrar na onda do voto útil. Abertamente, nenhum candidato ao governo em Santa Catarina abraçou a narrativa a ideia, mas, o movimento começa a crescer por aqui também mesmo a essa altura do jogo, faltando dois dias e algumas horas para o dia da eleição. É possível perceber apoiadores deste ou daquele candidato se mobilizando através das redes sociais para conseguir atrair aquele valoroso eleitor que ainda não se decidiu ou que ainda possa mudar seu voto.

Acima de quaisquer narrativas, o voto deve ser útil mesmo para cada cidadão brasileiro.

 

 

 

 

 

Por Maga Stopassoli 28/09/2022 - 20:24 Atualizado em 28/09/2022 - 20:53

O último debate entre os candidatos ao governo do estado em Santa Catarina, promovido pela NSC e que foi ao ar na noite desta terça-feira (27) não teve grandes emoções. Mas a essa altura do campeonato e com as pesquisas indicando que as coisas não estão definidas, você sabe: um risco vira Francisco.

Foi o que aconteceu no penúltimo bloco do debate de ontem. O governador licenciado e candidato à reeleição, Carlos Moisés (Republicanos) deu uma declaração em resposta ao candidato Jorginho Mello (PL) que acabou sendo o ponto alto da noite. Veja:

“- Bom, já que você quer que eu fale a verdade. A Casan está em boas mãos, o Estado está investindo, são 3 bilhões na Celesc, investimentos altíssimos na Casan. Porque nós temos integridade, cuidamos dos contratos públicos. Diferentemente de você, que me procurou para eu não mexer em um contrato público que eu revisei, e economizei. Era R$ 100 milhões por ano, baixou para R$ 50 milhões”, disparou Moisés.

Mello reagiu imediatamente à fala do adversário, chamando-o de mentiroso e que ele teria de provar o que disse. Nesta quarta-feira, tanto Jorginho quanto Moisés estiveram em Criciúma para atos de campanha com seus apoiadores, mas a pergunta de milhões, foi: que contrato é esse, Moisés?

No fim do dia, Moisés falou com o blog por vídeo e em pouco mais de cinco minutos de conversa, respondeu que se tratava de um contrato do sistema prisional e que o encontro entre ele e o então senador teria acontecido no final de 2020. O candidato aproveitou para, mais uma vez, alfinetar Jorginho Mello e disse: “Se você perguntar pras lideranças políticas de Santa Catarina quem é Jorginho Mello, não tem um que dê uma referência boa. Eu realmente fico impressionado. Se tem uma unanimidade é isso”, disparou.

Assista aqui: 

Mais cedo, o jornalista Upiara Boschi publicou em seu site a informação de que Jorginho Mello havia protocolado uma ação por danos morais contra Carlos Moisés. Ainda durante a tarde, o candidato do Progressistas, Esperidião Amin, também entrou na conversa e apresentou notícia-crime contra Jorginho Mello para que o Ministério Público do Estado de Santa Catarina apure a denúncia que Carlos Moisés fez ontem no debate da NSC TV, ao afirmar que Jorginho teria solicitado ao governador para que não interferisse num contrato público de seu interesse, o que, se confirmado, pode configurar crime contra a Administração Pública estadual.

Em entrevista ao jornalista Adelor Lessa, Jorginho Mello negou que a conversa citada por Moisés tenha acontecido.
 

 

Por Maga Stopassoli 28/09/2022 - 17:39 Atualizado em 28/09/2022 - 18:04

Você já deve ter ouvido por aí que eleição geral é a copa do mundo do jornalismo político. Igual à Copa, a cobertura das eleições exige dedicação, treino, time jogando junto. Às vésperas da semifinal, já que em Santa Catarina devemos ter 2º turno, tenho a satisfação de integrar a equipe de jornalistas políticos do Portal 4oito e Rádio Som Maior, composto por um time que está ganhando. Estaremos juntos durante todo o dia na cobertura especial no Dia do Voto e, depois que a votação for encerrada, seguiremos acompanhando voto a voto a apuração. O eleitor vai votar para Deputado estadual, federal, Governador, Senador e Presidente da República e não é eleição pra cardíaco. As pesquisas recentes encomendadas pela Som Maior indicam que o cenário estadual ainda está indefinido, então imagina acompanhar a apuração com a trilha sonora, aquela, do Adelor?!

Antes disso, na sexta-feira (30), às 19h, teremos o Parlatório edição especial, com um balanço do 1º turno das eleições, incluindo os melhores momentos (outros nem tanto), dos candidatos e a repercussão do debate promovido pela NSC nesta terça-feira (27).

Ainda não sabemos o resultado das eleições deste domingo, mas, uma coisa a gente garante: na política, de tédio, ninguém morre.

Eu sou Maga Stopassoli e a partir de agora nos encontraremos também aqui no Portal 4oito. 

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