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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 22/11/2022 - 19:18 Atualizado em 22/11/2022 - 19:46

Usando um modelo de comunicação comum entre quem não quer ser questionado de forma imediata, o presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, fez uma transmissão ao vivo na tarde desta terça-feira (22) para pedir que os votos de 59% das urnas sejam invalidados. É que segundo ele, urnas fabricadas até 2020 apresentam falhas no logs – que são os registros de dados dos equipamentos. No documento que enviou ao TSE com os devidos questionamentos, Waldemar embasa seu pedido em uma auditoria contratada pelo próprio PL e cita quais modelos de urnas apresentam supostos indícios de mau funcionamento. Por coincidência, as urnas que foram consideradas seguras, são equipamentos em que o Presidente Jair Bolsonaro fez maioria de votos. Neste caso, se considerados somente os votos deste modelo de urna que a auditoria do partido considerou segura, Jair Bolsonaro seria eleito. Além disso, a ação do PL pede que sejam considerados somente os resultados do 2º turno, uma forma de garantir que os parlamentares eleitos pelo partido não sejam prejudicados.

A live do Waldemar mal havia encerrado e já circulava pelo país todo o despacho do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes que, em resumo, diz: “olha, Waldemar, eu não nasci ontem, eu nasci em dezembro de 1968 então ou tu inclui aí o pedido para anular as os votos do 1º e 2º turno, ou eu vou indeferir essa tua ação aí”. E deu ao PL o prazo de 24h para que os advogados “ajustem” a petição inicial que incluía somente as urnas do 2º turno.

Eu disse tudo isso para chegar num ponto comum sobre o que vem acontecendo após o resultado da eleição no Brasil: a estratégia adotada para manter o bolsonarismo vivo e atuante (não disse que o bolsonarismo precisa disso – disse que é a estratégia).

O que fazer para que os acampamentos se mantenham ativos e as manifestações continuem acontecendo? Para isso, a cada três ou quatro dias, “surge” algo novo que renova a esperança de mudar o resultado da eleição. É uma espécie de “agora vai”, quase diário.

Se o nobre leitor puxar pela memória o fio dos fatos, vai lembrar que logo após o resultado da eleição, diversos pontos de rodovias do país foram fechados. Os bloqueios duraram poucos dias. Por força da lei e a pedido do próprio presidente Jair Bolsonaro, os manifestantes desbloquearam as rodovias e migraram para a frente dos quartéis, em diversas cidades Brasil afora e continuaram manifestando sua insatisfação com o resultado da eleição. E, vale destacar, manifestar-se pacificamente é um direito garantido por lei. Depois disso, havia a expectativa entre os manifestantes sobre uma denúncia contra a segurança das urnas que, neste caso, foi feita por um argentino também através de uma live, que apontou alguns questionamentos superficiais sobre o assunto. Na sequência, foi anunciada uma greve geral que deveria acontecer no dia 7 de novembro, uma segunda-feira. Apesar de amplamente divulgada por apoiadores do presidente, a adesão à paralisação foi muito abaixo do esperado. Nem as lojas Havan, do empresário Luciano Hang, um dos maiores apoiadores de Bolsonaro, fecharam as portas. Se a greve geral não atendeu à expectativa, era hora de anunciar que o Ministério da Defesa enviaria ao TSE o relatório sobre o desempenho das urnas. O anúncio foi feito numa segunda à noite e o documento foi entregue somente dois dias depois. O suficiente para, mais uma vez, manter viva a esperança dos manifestantes. O relatório apresentado não trouxe novos elementos para o enredo das urnas. Mas aí o feriado de 15 de novembro já estava batendo à porta. Com isso, o assunto “Ministério da Defesa” foi superado por uma nova promessa de grande paralização no dia da Proclamação da República. Embora as manifestações tenham ocorrido em diversos pontos do país, no dia seguinte a vida seguiu normalmente.

Na semana passada, logo após o 15 de novembro, o PL anunciou que iria pedir a anulação dos votos de algumas urnas. A promessa garantiu combustível para mais dois ou três dias de animação e esperança e foi concretizada hoje, quando Waldemar fez a live.

Tudo isso ocorre enquanto Bolsonaro permanece em silêncio, amparado pelo presidente do seu partido e atual fiel escudeiro, quem vem fazendo as vezes de porta-voz dos anseios bolsonaristas. Ao mesmo tempo, o governo de transição segue o cronograma de trabalho e Lula se movimenta, de modo subliminar, para não deixar dúvidas quanto à legitimidade de sua eleição. A recente viagem para o Egito, na Conferência do Clima, é prova disso. Ao comparecer no encontro, Lula se apresenta ao mundo como presidente eleito e chama para si o holofote deixado de lado por Bolsonaro. Essa briga de gigantes, onde um quis enfrentar o outro, ainda está longe do fim. Enquanto as notícias alimentam a fé e a esperança de mudar o rumo das eleições e mantem vivos os acampamentos, o ano vai chegando ao fim, num apagar das luzes quase nostálgico, fazendo as contas daquilo que poderia ter sido e não foi. Em breve, pode ser que novas promessas surjam, e reacenda o brilho nos olhos de quem realmente acredita num Brasil melhor. Tudo acontece enquanto o alto clero já discute a eleição de 2026. A comprovar que a política, meus amigos, não tem dó de ninguém. Nem de quem tem olhos e não quer ver.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 21/11/2022 - 21:16 Atualizado em 21/11/2022 - 21:26

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), mostrou que quem fica parado é água de poço e foi a Florianópolis visitar o governador eleito, Jorginho Mello (PL). O encontro ocorreu nesta segunda-feira (21), no fim da tarde, no gabinete de Jorginho e Salvaro estava acompanhado de Dalírio Beber, que foi candidato a vice-governador na última eleição, na chapa com Esperidião Amin. Em seu perfil no twitter, onde a foto a seguir foi publicada, o prefeito tucano disse que foi até lá tratar de demandas da cidade e de "questões políticas de Santa Catarina". 

Por Maga Stopassoli 21/11/2022 - 18:26 Atualizado em 21/11/2022 - 18:47

A vereadora criciumense, Giovana Mondardo (PCdoB), foi convidada para integrar o conselho consultivo da juventude no Governo de Transição de Lula. O convite veio através do presidente da juventude de seu partido, Tiago Morbach. O trabalho será voluntário e vai ocorrer de modo virtual, sempre após as reuniões da equipe de transição. O conselho consultivo citado deverá mapear os problemas relacionados à juventude e irá contar com a colaboração de lideranças políticas jovens para apresentar sugestões de melhorias de políticas públicas para os jovens brasileiros. Na próxima semana os integrantes do conselho deverão receber os relatórios da Secretaria Nacional de Juventude e, a partir daí, definir o cronograma de ações. Giovana Mondardo foi candidata a deputada federal em 2022, fez quase 40 mil votos e, por enquanto, é a única catarinense que fará parte deste grupo de trabalho. A estratégia do presidente eleito tem por objetivo pulverizar a participação de novas lideranças de esquerda no governo que vai iniciar e, com isso, ampliar a atuação d em suas bases. 

 

 

Por Maga Stopassoli 11/11/2022 - 18:47 Atualizado em 11/11/2022 - 19:01

A Câmara de vereadores de Criciúma emitiu Moção de Repúdio ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, no fim da tarde desta sexta-feira (11). A proposição foi do vereador Jair Alexandre (PL) e foi assinada também pelos vereadores Daniel Antunes, Juarez de Jesus, Manoel Rozeng, Maria Sidnei Goulart e Valmir Dagostim.

No texto, consta que a moção de repúdio foi motivada pela a censura imposta aos meios de comunicação e perfis em redes sociais de parlamentares de influenciadores durante e após as eleições deste ano. Confira a seguir:

Por Maga Stopassoli 11/11/2022 - 10:32 Atualizado em 11/11/2022 - 11:08

Na manhã desta sexta-feira (11), 11 dias após o início das manifestações pós-eleições no país, o Exército Brasileiro publicou uma nota à imprensa em seu perfil no Twitter. 

A nota veio na mesma semana em que o próprio Exército enviou ao STF o relatório com a análise sobre o processo eleitoral brasileiro. Documentos desse tipo costumam ser interpretados de modos diferentes, dependendo de quem lê. Por isso, divido com vocês a "tradução" da nota, pelo modo como interpretei. Essa não é a primeira vez que "traduzo" publicações oficiais mas, aqui no 4oito, será a primeira vez. Digo isso pois o nobre leitor que me dá a honra de sua leitura neste momento verá esse modelo de texto por aqui outras vezes. Dito isso, ressalto que os trechos a seguir em negrito são a íntegra da nota publicada pelo Exército. Já os trechos em itálico são uma livre interpretação do que o texto quis dizer. Lembrando que trata-se de interpretação pessoal, e, sendo assim, pode ser vista de outro modo pelo leitor (e tá tudo bem).

Nota à imprensa

 

Acerca das manifestações populares que vêm ocorrendo em inúmeros locais do País, a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira reafirmam seu compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil, ratificado pelos valores e pelas tradições das Forças Armadas, sempre presentes e moderadoras nos mais importantes momentos de nossa história. 

Manifestações são constitucionais e acontecem com frequência, nós compreendemos isso. Porém, nosso compromisso é justamente defender a democracia para que manifestações possam continuar ocorrendo, em todos os governos, se precisar, mas sempre de forma pacífica.

A Constituição Federal estabelece os deveres e os direitos a serem observados por todos os brasileiros e que devem ser assegurados pelas Instituições, especialmente no que tange à livre manifestação do pensamento; à liberdade de reunião, pacificamente; e à liberdade de locomoção no território nacional.

A Constituição Federal está acima de tudo e de todos. Não adianta pedir intervenção.

Nesse aspecto, ao regulamentar disposições do texto constitucional, por meio da Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021, o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: “Não constitui crime [...] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais”.

Podem criticar o STF. Isso não é crime. 

Assim, são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade.

Não concordamos com algumas atitudes do STF. Também não concordamos que bloqueiem rodovias e nem com atos violentos nas manifestações. Não é esse o propósito e nem a solução para os conflitos.

A solução a possíveis controvérsias no seio da sociedade deve valer-se dos instrumentos legais do estado democrático de direito. Como forma essencial para o restabelecimento e a manutenção da paz social, cabe às autoridades da República, instituídas pelo Povo, o exercício do poder que “Dele” emana, a imediata atenção a todas as demandas legais e legítimas da população, bem como a estrita observância das atribuições e dos limites de suas competências, nos termos da Constituição Federal e da legislação.

Quem não está contente com os rumos das coisas deve cobrar dos políticos que foram eleitos, além de estar atentos às pautas que cada um defende São eles que podem e devem ser cobrados, sempre em concordância com o que diz a Constituição.

Da mesma forma, reiteramos a crença na importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua Liberdade.

Cada Poder constituído deve cuidar do seu cercadinho. Não devendo, portanto, interferir no Poder ao qual não pertence, tendo em vista sempre a defesa da democracia. 

A construção da verdadeira Democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social. As Forças Armadas permanecem vigilantes, atentas e focadas em seu papel constitucional na garantia de nossa Soberania, da Ordem e do Progresso, sempre em defesa de nosso Povo.

É preciso saber conviver com quem pensa diferente. O nome disso é democracia. Nosso papel é garantir isso e, não, tomar o poder. Não adianta pedir intervenção.

Assim, temos primado pela Legalidade, Legitimidade e Estabilidade, transmitindo a nossos subordinados serenidade, confiança na cadeia de comando, coesão e patriotismo. O foco continuará a ser mantido no incansável cumprimento das nobres missões de Soldados Brasileiros, tendo como pilares de nossas convicções a Fé no Brasil e em seu pacífico e admirável Povo.

Acreditamos e confiamos no povo brasileiro que é, por natureza, um povo pacífico e admirável. Continuaremos trabalhando para garantir a segurança desse povo, tendo em vista, obstinadamente, a defesa da democracia.
Bom fim de semana a todos.

Assinado: O Exército.

Por Maga Stopassoli 10/11/2022 - 17:00 Atualizado em 10/11/2022 - 17:11

A Casa Civil do Estado de Santa Catarina deve publicar na próxima semana o decreto que está sendo elaborado, com os horários de funcionamento do Governo que seguirá o padrão estadual.  Quando o jogo da seleção brasileira for às 13h, o expediente dos servidores será das 8h até 12h. Quando o jogo da seleção brasileira for às 16h, o  expediente dos servidores será das 8h até 14h. Não haverá retorno ao trabalho após os jogos.

A Copa do Mundo de Futebol vai começar no dia 20 de novembro, no Qatar. 

 

 

Por Maga Stopassoli 10/11/2022 - 11:31 Atualizado em 10/11/2022 - 16:58

Causou reação acalorada e imediata a nota publicada mais cedo pelo blog sobre os cumprimentos enviados pela Câmara de Vereadores ao ministro Alexandre de Moraes, a pedido da vereadora Giovana Mondardo (PCdoB). Até o momento, três parlamentares fizeram contato para informar que foram contrários ao pedido da colega de bancada para parabenizar o ministro e que solicitaram a retirada de seus nomes do documento.

LEIA MAIS:

A nota publicada anteriormente pode ser acessada no site da Câmara.

O vereador Obadias Benones (Avante) enviou a seguinte nota:

“Fui surpreendido hoje com a notícia divulgada pelo Portal 4oito sobre documento da Câmara de Vereadores de Criciúma que parabenizou o Ministro do TSE, Alexandre de Moraes pela sua atuação nas eleições deste ano. No momento em que tal documento foi solicitado pela vereadora Giovana Mondardo, imediatamente me manifestei em plenário pedindo de forma enfática que meu nome não fosse incluso nesta aberração. Pelo contrário, não enxergo lisura no pleito e tenho repulsa pelas atitudes ditatoriais tomadas pelo senhor Alexandre de Moraes durante a campanha eleitoral. Já entrei em contato com a direção da casa para que tal documento não seja enviado em nome dos vereadores e sim, somente em nome de quem fez a tal proposição.”

O vereador Manoel Rozeng entrou em contato via whatsapp e disse:

“infelizmente deixou a gente numa situação delicada. Nós não concordamos com esse requerimento. Eu pedi que meu nome não fosse incluído e pedimos que isso não fosse enviado pela Câmara. A gente sabe muito bem quem é Alexandre de Moraes e o mal que ele está causando ao povo brasileiro. Não fui a favor de enviar parabéns a este senhor”.

Nícola Martins, também via whatsapp, disse:

“Eu estou em licença e fui surpreendido com essa informação hoje. Se estivesse na câmara, jamais concordaria com isso. Retorno na próxima semana e deixo claro meu posicionamento contrário ao apresentado”.

Câmara também se manifesta

No início da tarde desta quinta-feira, a Câmara de Vereadores emitiu sobre o assunto. Confira:

NOTA OFICIAL 

A Câmara Municipal de Criciúma esclarece que o envio de mensagens de congratulações e condolências é resultado de um pedido verbal e individual do vereador. Não depende de votação do plenário ou da concordância da Presidência da Casa Legislativa.

Sobre a Questão de Ordem específica da Vereadora Giovana Mondardo (PCdoB) para envio de congratulações ao Ministro Alexandre de Moraes, no momento do pedido, foi deixado claro, em plenário, inclusive com manifestação de alguns vereadores, que não havia concordância da maioria.

Câmara Municipal de Criciuma

 

Por Maga Stopassoli 10/11/2022 - 10:02 Atualizado em 10/11/2022 - 16:59

A Câmara de Vereadores de Criciúma parabenizou o ministro Alexandre de Moraes pela condução do processo eleitoral no Brasil. O pedido foi da vereadora Giovana Mondardo (PCdoB). O documento é do dia 3 de novembro.

LEIA MAIS:

Acesse o documento no site da Casa Legislativa clicando aqui.

61/termo:Alexand

Por Maga Stopassoli 07/11/2022 - 13:04 Atualizado em 07/11/2022 - 14:26

Eleição na terra, tempo de guerra. Fazendo jus ao dito popular, Santa Catarina protagoniza manifestações e protestos desde os minutos seguintes ao resultado oficial da eleição, no domingo passado. São eleitores que não estão satisfeitos com o que as urnas “disseram”. As portas dos quartéis do nosso estado tornaram-se endereço certo de acampamentos que já duram mais de uma semana. “Com disposição e recursos para ficar muito mais”, dizem os manifestantes. Durante o tempo em que o estado perdeu mais de R$ 40 milhões em arrecadação por dia, segundo o Sindifisco, por conta dos bloqueios ilegais nas rodovias, as forças de segurança parecem se revezar para desbloquear os novos pontos que vão surgindo. Abre um ponto, fecham outro.

Enquanto isso, políticos eleitos fazem algum aceno de apoio aos manifestantes, mas muito mais pelas redes sociais do que presencialmente nos atos de protesto. Estão entre a cruz e a espada: sabem que pedir intervenção militar é crime, mas também não podem entrar em rota de colisão com seus eleitores. Entre orações e o hino nacional, os manifestantes aguardam, solitários, por um milagre que não virá.

Hoje pela manhã, a jornalista Geórgia Gava, do Portal 4oito, foi até o acampamento no 28º GAC em Criciúma e ouviu de uma manifestante que “acha que as Forças Armadas vão nos atender”. Leia a matéria completa aqui: 

O blog também fez contato com o 28º GAC para saber se há previsão de se manifestarem sobre os fatos recentes. Como resposta, ouvi da Sargento que me atendeu que “por enquanto não podemos falar sobre isso".

No roteiro desses dias recentes, o brasileiro, animado que é e desconhecedor, muitas vezes, da legislação, criou listas de nomes de profissionais e empresas aos quais sugeriu boicote por conta de posicionamentos políticos. Antes de prosseguir, vale ressaltar que esse tipo de atitude é crime. Mas, para quem gosta de lista, fizemos uma, numa versão que não é ilegal e nem sugere boicote. Pelo contrário: pode ser enviada no zap, sem medo de responder processo e ainda vai ajudar quem precisa:

1 – Entre em contato com instituições de caridade da sua cidade que estejam necessitando de doações e faça uma campanha de arrecadação entre amigos;

2 – Seja voluntário num abrigo que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social;

3 – Participe de campanhas de doação de brinquedos para crianças, especialmente na época do Natal;

4 – Recolha um cão ou gato abandonado ou apadrinhe uma ONG animal;

5 – Vá ao Hemosc e doe sangue;

6 – Doe material escolar para crianças carentes;

7 – Doe roupas em bom estado;

8 – Seja gentil no trânsito;

9 – Ofereça ajuda a um familiar ou colega de trabalho;

10 – Ame e seja grato.

Se gabaritar a lista, melhor ainda.

Boa semana! 

 

Por Maga Stopassoli 01/11/2022 - 18:39 Atualizado em 01/11/2022 - 19:00

Quase 48 horas depois do resultado da eleição, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou na tarde desta terça-feira (1), num discurso que durou dois minutos. Inicialmente, agradeceu seus eleitores e depois se dirigiu aos manifestantes, dizendo que eles não devem usar o que ele chamou de mesmas táticas da esquerda, obstruindo o direito de ir e vir, mas destacou que as manifestações nasceram de um sentimento de injustiça. Num momento de tensionamento no país, Bolsonaro “jogou pra torcida” e errou ao não ser enfático sobre o assunto, deixando aberto à interpretação.

Com rodovias bloqueadas, o prejuízo diário no setor de suínos e aves de Santa Catarina pode chegar a R$ 36 milhões. Além disso, os transtornos provocados na vida de todos que precisam se descolar de uma cidade para outra, o desabastecimento dos supermercados e postos de combustíveis começa ganhar tons de preocupação. A conta do que o presidente chamou de “sentimento de injustiça” que embala os protestos será paga por todos, mas vai pesar mais no bolso da população mais pobre. Deixar aberta à dupla interpretação esse trecho do discurso a essa altura do campeonato é uma atitude pequena e não precisaria fazer parte da história do mandato de Jair Bolsonaro que sairá da presidência para ser o líder que a direita precisa. A reestruturação da direita, aliás, vai passar pelo comando e liderança de Jair Bolsonaro. Ao não fazer um gesto claro para minimizar esse momento de crise, Bolsonaro desperdiça a oportunidade de iniciar hoje mesmo uma oposição grandiosa que o Brasil tanto necessita para equilibrar os interesses do país a partir de 2023.

Leia o discurso na íntegra:

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cessamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu, de verdade, em nosso país. Nossa robusta representação do congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, Pátria, Família e Liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil, nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso, mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, joguei dentro das quatro linhas da constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei com todos os mandamentos da nossa constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, religiosa, de opinião, a religião e as cores verde e amarelo da nossa bandeira.

Por Maga Stopassoli 01/11/2022 - 09:57 Atualizado em 01/11/2022 - 10:06

Eleito com 70% dos votos válidos, o que corresponde a 2.983.949 votos, Jorginho dos Santos Mello, nascido em Ibicaré em 15 de julho de 1956, será o governador de Santa Catarina a partir de janeiro de 2023. Ao seu lado, terá a joinvillense Marilisa Boehm, nascida em 16 de dezembro de 1964. Ele do signo de câncer. Ela, de sagitário.

Já a presidência da república será ocupada em 2023 por dois escorpianos. Luiz Inácio Lula da Silva, nasceu em 27 de outubro de 1945, na cidade de Caetés, Pernambuco. o vice, Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, nasceu em 7 de novembro de 1952 em Pindamonhangaba, São Paulo. Ambos foram eleitos com 60.345.999 votos e são do signo de escorpião.

De posse dessas informações nós queremos saber: como deverão ser os governos estadual e federal a partir do ano que vem?

Sim, você caiu num texto que vai tratar disso com base no signo dos envolvidos. E não adianta fazer cara feia: a gente sabe que todo mundo dá uma espiadinha no signo dos outros (pode confessar :D ). Para isso, consultei a Mestra Kabbalista, Alê Miranda e a Taróloga, Rachel Patrício.

Vamos começar com o mapa de Jorginho e Marilisa, analisado pela Alê Miranda

Jorginho Mello

Ele tem uma proteção muito grande do plano espiritual no governo dele.”

“Vejo no mapa dele que ele tem uma força muito grande de realização e que ele veio nessa vida pra poder aceitar desafios. É como se fosse assim: quando fica tudo muito calmo, muito parado, isso pode até ficar de certa forma depressivo, então mostra que é uma pessoa que gosta muito de desafios. Aqueles desafios que fazem a gente brilhar os olhos. E ele veio nessa vida pra poder sair um pouco de querer ficar apaziguando todos os lados e pra realmente tomar uma atitude, mas uma atitude que seja de coração. Eu vejo também que ele tem uma proteção muito grande do plano espiritual no governo dele.”

Marilisa Bohem

Ainda conforme, Alê Miranda, “o mapa da Marilisa mostra que ela precisa tomar muito cuidado com os momentos que podem “apertar os botões” dela e ela ser muito impulsiva, ou querer jogar tudo pro alto. Ela veio nessa vida realmente para aprender a lidar com as pessoas, a cooperar, colaborar então a política é algo fantástico. Ele e ela podem trabalhar juntos com ele trazendo esse gás e ela trabalhando o jogo de cintura dentro da política”.

Pessoas do signo de câncer costumam ser simpáticas, carinhosas e gentis, tornando a vivência uma experiência divertida. Mas muitas vezes ele pode ser dramático e chorão. Já os sagitarianos têm profundo senso de justiça, são espontâneos, otimistas e animados. Pessoas deste signo costumam ter dificuldade em conter seus impulsos. A mistura da personalidade característica destes dois signos deve render uma boa parceria de trabalho, indicando que eles terão êxito no mandato. Porém vale ressaltar a importância da paciência entre eles para não reeditar um novo “Moisés-Daniela”.

Jorginho deverá focar no crescimento econômico

 A taróloga Rachel Patrício diz que o governo de Jorginho Mello deverá focar em ações focadas na família, nos moldes conservadores e isso deverá ser bem aceito pela sociedade. Por outro lado, diz que a forma de gerir poderá ser interpretada em alguns momentos como inflexível pelos catarinenses. Rachel destaca que o novo governador deverá ter como principal objetivo o crescimento econômico do estado, setor que será exitoso. Além disso, Jorginho deverá ter um olhar voltado a programas de ajuda social. Mas não será simples. “O governo será marcado por trabalho duro e muita mão na massa. Isso vai exigir uma boa dose de paciência tanto do governador quanto da população”, destacou.

Presidência da República

Na presidência da república, teremos dois escorpianos. Lula e Alckmin são do mesmo signo, porém com algumas características diferentes um do outros já que nasceram em datas e locais diferentes. Escorpianos tendem a ser sentimentais, sensíveis, emocionais e determinados. Por outro lado, podem ser rancorosos, desconfiados e vingativos. Aqui lembrei de quando o agora presidente eleito ainda era alvo da Lava-jato e disse ao então juiz Sérgio Moro que se fosse absolvido, o juiz teria de estar preparado para ataques. Vingativo é pouco. “Não vou morrer antes de provar que Sérgio Moro é mentiroso”, diz Lula, provando que de rancor ele entende. Segundo Alê Miranda, ambos estão numa fase de grande maturidade e Escorpião traz a força do renascimento.

O signo de escorpião tem essa força e pode ser que sim, que eles voltem a renascer das cinzas

“O signo de escorpião tem essa força e pode ser que sim, que eles voltem a renascer das cinzas. Mostra muito jogo de cintura, equilíbrio e apaziguamento no mapa do Lula e também muito sentimentalismo. Ele vai ter que tomar cuidado pra não levar as coisas pro lado pessoal (alô Sérgio Moro) e equilibrar a razão com a emoção. O Alckmin pode ajudar ele nesse sentido também. Lula está com o Sol em Capricórnio, com tendência de levar as coisas à sério, de terminar o que começa. Ele também está com o Sol na casa 11 e isso é bom para a parte de relacionamento com as pessoas. Já a Lua de Lula está em Touro. Ele tem que tomar cuidado com a garganta. Se ele ganhar vai ter um ano difícil em termos de bloqueios e barreiras. As principais aberturas marcadas pra janeiro. Vai passar por um período difícil no período de junho do ano que vem e a partir de agosto, as coisas melhoram", destacou a taróloga.

Casos de corrupção e escândalos seríssimos

Rachel Patrício pontua que o próximo governo irá tentar diminuir a polarização para ter governabilidade e que as primeiras ações de governo serão focadas no combate à fome e na estabilidade econômica. A taróloga destaca ainda que Lula vai precisar entender que talvez não irá colher os louros do próximo mandato e isso deve bater de frente com seu ego. O próximo governo deverá revelar muitos casos de corrupção e escândalos seríssimos da atual gestão. Quando isso ocorrer, a polarização tende a aflorar com muita força novamente.

 

 

Por Maga Stopassoli 29/10/2022 - 19:57 Atualizado em 29/10/2022 - 20:00

Estamos a poucas horas do início da votação 2º turno da eleição mais disputada desde a redemocratização. Lula e Bolsonaro pautaram e foram pautados, desde a pré-campanha. A 3ª via nem arrancou. Todos os nomes que ensaiaram ser uma opção além do que estava posto, viraram coadjuvantes. É como se a história já estivesse escrita e esse duelo não pudesse ser protagonizado por nenhum outro nome da política nacional. Claro, que, cada um a seu modo, trabalhou para que esse embate fosse exatamente assim, como vai ser. Lula x Bolsonaro. Ambos queriam isso. Suas torcidas, também. Um tira-teima, um segundo turno que começou em 2018 e só está terminando agora.

Há um sentimento visceral de brasilidade entre a população. O clima de eleição furou a bolha dos apaixonados por política e foi parar nas rodas de conversas de todas as idades e classes sociais. Corroborando com o que dizem as pesquisas, de que mais de 90% dos eleitores já tem voto definido, o sentimento das ruas é exatamente esse. Não há ninguém que não esteja interessado em falar sobre política ou sobre seu candidato.

Como nunca visto antes na história desse país, artistas, empresários e influencers entraram no jogo e fizeram das tripas coração para tentar virar voto, com direito, inclusive, a vídeos inacreditáveis. Só que ninguém vira o voto de quem iria votar em Lula para votar em Bolsonaro, como não vira o voto de quem vai votar em Bolsonaro para votar em Lula. Se acontecer, é um ou outro. Não é regra, é exceção. A escolha de cada eleitor por esse ou aquele candidato é carregado de emoção.

Mas quem vai ganhar essa eleição?

Com a massiva participação popular, eu arrisco dizer que quem vai ganhar a eleição é o povo brasileiro.

“Maga, mas se fulano ganhar, teremos isso e aquilo e mais aquilo”.

É, e se beltrano ganhar, teremos outros tantos issos e aquilos. As coisas são como são. Quem poderia imaginar, lá em 2018, que o presidente eleito teria de gerir uma pandemia? Porque é assim que a história acontece, com alguma previsibilidade, mas, também, como muito “dar-se um jeito”, como bem disse o poeta.

Desde a eleição de 1989 que marcou o início de uma nova era política no Brasil pós-ditadura passaram-se pouco mais de 30 anos. Somos uma democracia jovem e, jovens, você sabe, se apaixonam com alguma facilidade e, por vezes, cometem erros. O brasileiro se “apaixonou” por seus candidatos. Tudo isso faz parte do aprendizado. Errar e acertar. Ao dizer que quem ganha a eleição é o povo brasileiro, me refiro justamente a esse processo indelével que promove o amadurecimento. Ganharemos experiência e aprendizado para lidar com o jogo eleitoral, de um jeito ou de outro.

As pesquisas indicam equilíbrio na disputa deixando absolutamente aberto o resultado. Tudo pode acontecer. Isso significa dizer que aproximadamente metade do país não vai gostar do resultado da eleição deste domingo. E é aqui que a coisa fica séria. Ainda que o processo eleitoral tenha sido permeado por notícias falsas e com recorde de denúncias de assédio eleitoral, que tiveram um aumento de 2000% em comparação com 2018, quem ganha, paradoxalmente, é o povo brasileiro. É lidando com essa espécie de submundo da vida real que o eleitor vai adquirir experiência. A internet, esse brinquedo proibido, ainda é uma ferramenta usada de modo pouco republicano. Por mais que dizer isso possa exaltar os ânimos, é assim que as coisas são, a gente concordando ou não.

No domingo, quando você for votar, escolha seu candidato pelas suas convicções e não por medo. Você tem um direito garantido por lei que é o direito ao voto. Num país em que a luta pelos direitos básicos da população precisa ser alimentada todos os dias, o seu direito ao voto talvez seja o único que ninguém possa tirar. É você e sua consciência, sozinhos, diante do teclado da urna. E é ali, que você protagoniza esse momento histórico, ainda que em silêncio. Segunda-feira a vida vai seguir seu curso e nós teremos escrito um dos capítulos mais importantes da história recente desse país.

Que a gente tenha orgulho quando precisar olhar para trás.

Boa eleição a todos.

Por Maga Stopassoli 26/10/2022 - 23:01 Atualizado em 26/10/2022 - 23:06

Bolsonaro com 80% dos votos em Santa Catarina. Essa foi a projeção feita pelo candidato a governador, Jorginho Mello (PL), nesta quarta-feira (26), em Criciúma. Há quatro dias do 2º turno, o franco favorito para vencer as eleições estaduais esteve na Associação da Imbralit em evento que contou com a presença de apoiadores, deputados, prefeitos e vice-prefeitos da região. O palco-palanque quase ficou pequeno para tanto apoio. Entre eles, o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), que no 1º turno declarou apoio a Carlos Moisés. O tubaronense discursou e disse que sente gratidão pelo candidato do PL.

Já Jorginho Mello falou sobre a expectativa de votos em Bolsonaro aqui no estado. “A gente estabeleceu com o Fabrício (de Oliveira), prefeito de Bal. Camboriú, o mais novo prefeito filiado no PL, a meta de 80% pro presidente aqui no estado. E não é nenhum absurdo porque ele em 2018 ele fez 76% aqui no estado. Não estamos superestimando. É possível”, disse.

Clésio com Jorginho

Quem abriu os trabalhos da noite foi Clésio Salvaro. O prefeito de Criciúma deu boas-vindas aos políticos presentes e disse que o maior ativo de seu partido, o PSDB, é nunca ter estado do “lado esquerdo” e reforçou o apoio a Jair Bolsonaro.

“Todos nós sabemos que a eleição do Jorginho, não tem eleição ganha, mas imaginamos ser uma eleição provável. Se o Jorginho veio até nós é porque ele está precisando do nosso voto, do nosso apoio. O maior ativo que o PSDB de Santa Catarina tem é que nós aqui, diferente de outros estados da federação, nós nunca estivemos do lado esquerdo. O nosso lado sempre foi estar na direita. Nós nunca estivemos com o PT e não é nessa eleição. Nós já decidimos, horas depois do resultado do primeiro turno, que nós estaríamos com o 22 pro governo do estado e 22 pra presidente da república”, declarou animado o prefeito enquanto recebia aplausos.

Julia, bloqueada no zap do prefeito, não aplaudiu

Desde a eleição de 2020, quando foi ferrenha opositora de Salvaro, Júlia Zanatta está bloqueada no whats do prefeito. Enquanto Salvaro discursava e era aplaudido pelo público presente, Júlia Zanatta, deputada federal recém-eleita, fazia cara de poucos amigos e não aplaudiu o prefeito criciumense em nenhum momento. Ela estava ao lado do líder tucano e como estava, ficou. Sem risadinha, como diria Jorginho Mello.

Confira no vídeo:

Sem aplausos: Júlia Zanatta não aplaude prefeito de Criciúma em evento do PL na cidade. (Este vídeo é uma gravação da tela dos stories publicados pelo prefeito).

Por Maga Stopassoli 25/10/2022 - 19:43 Atualizado em 25/10/2022 - 20:55

O prefeito de Criciúma assinou nesta terça-feira (25) um contrato de financiamento junto do Fonplata no valor de US$ 25 milhões de dólares. O que é o Fonplata e quais obras ele vai viabilizar você pode saber aqui: 

- O que é o Fonplata?

Só que um evento de assinatura de uma operação dessa magnitude sempre proporciona mais leituras do que só as doletas que entrarão na conta da prefeitura para realização de importantes obras estruturantes em terras carvoeiras. Uma das leituras foi o protagonismo que Clésio Salvaro pareceu fazer questão de dividir com seu fiel escudeiro, o secretário municipal do governo, Vagner Espíndola, o Vaguinho. No momento em que o prefeito assina e formaliza o contrato, Vaguinho posa despretensiosamente ao lado de Salvaro e, vocês sabem, imagens dizem muito. Seria o secretario de governo um dos nomes que passam pela cabeça do prefeito para ser candidato em 2024 com a sua indicação?

Clésio Salvaro assina novo contrato de empréstimo e tem ao lado, literalmente, Vaguinho Espíndola. Foto: Stefanie Machado/4oito

Claro que as coincidências estão aí pra isso e essa leitura pode estar equivocada, mas, isso nós vamos saber com o tempo. Por lá também esteve o atual secretário municipal de educação, Celito Cardoso que assumiu a pasta recentemente após a saída de Miri Dagostim. Celito é um dos nomes que figuram na lista dos prefeituráveis para 2024 pela sua trajetória e pelos resultados à frente da Secretaria da Fazendo de Criciúma. Vale lembrar que na semana passada a secretaria de educação decidiu fechar uma escola no bairro São Domingos sob o argumento de quue o número de alunos na instituição era baixo (hoje são 81 estudantes) e também os resultados do IDEB que estariam abaixo da média municipal. No planejamento estaria a realocação desses alunos em escolas de outros bairros. A comunidade não gostou da decisão e não arredou o pé, fazendo com que o próprio Clésio Salvaro convocasse uma reunião com a equipe no último domingo (23) e informasse que a escola seria mantida aberta. Depois disso, convocou a comunidade para comunicar a decisão. O secretário Celito Cardoso participou da reunião com a equipe, mas não ficou para a reunião com os pais dos alunos. A conferir se esse pequeno ruído de comunicação irá interferir nos desdobramentos futuros de quem irá receber a missão de encarar as urnas representando o atual prefeito.

Celito Cardoso, presente na assinatura do Flonpata nesta terça-feira (25). Foto: Stefanie Machado/4oito

 

 

Por Maga Stopassoli 23/10/2022 - 19:11 Atualizado em 23/10/2022 - 20:01

Protagonista no cenário político de Santa Catarina, a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) não se reelegeu, mesmo recebendo 84.454 votos. Faltaram apenas 193 votos na legenda para que ela também fosse eleita (voto na legenda significa que não precisariam ser votos na candidata Geovânia e, sim, em qualquer outro candidato de seu partido). Embora não tenha conseguido se eleger, De Sá deve voltar à Câmara Federal já que Carmen Zanotto, que foi quem ficou com a vaga da federação PSDB e Cidadania, é a favorita para assumir a Scretaria da Saúde num provável governo Jorginho Mello, abrindo a vaga da 1ª suplência (Geovânia).

A parlamentar foi a entrevistada no Programa Adelor Lessa na última sexta-feira (21) e, entre outras declarações, foi enfática ao dizer que não apoiou Eduardo Leite (ex-governador do RS e pré-candidato a presidente, ainda em 2021). É que ainda no período da pré-campanha, no ano passado, Geovânia de Sá, presidente estadual de seu partido, perdeu parte do apoio que recebia de apoiadores evangélicos. A polêmica começou por ocasião da visita à Santa Catarina do então pré-candidato a presidente, Eduardo Leite. Uma ala de apoiadores da igreja viu no gesto da deputada, um apoio ao candidato que eles não aprovavam. Durante a entrevista questionei a parlamentar se ela se arrependia desse apoio.

Ela respondeu assim:

“Eu não apoiei o Eduardo Leite. Eu recebi o Eduardo Leite, como recebi todos que eram pré-candidatos (em referência ao João Dória, que disputava as prévias com Leite). Eu estava lá recebendo ele de forma educada, como sempre aprendi. Deturparam uma informação. Não sei quais interesses tinha por trás disso. Poderia ter sido qualquer candidato. Parece que resumiram toda minha história a isso”.

Em meia hora de conversa, a deputada federal relembrou que votou com o Presidente Jair Bolsonaro nas pautas mais difíceis de aprovar. Além disso, falou sobre uma possível candidatura a prefeita de Criciúma, quando disse “eu me preparei pra isso”. Ainda durante a entrevista, mencionou a necessidade de que seu partido se reorganize e volte a ser, em suas palavras, “uma verdadeira social democracia”. Se considera trocar de partido e se sentiu que faltou o PSDB abraçar mais sua candidatura, também foram assuntos abordados.

A entrevista está no spotify, no link a seguir e começa em 1'6".

 

Foto: Thiago Silva
Foto: Thiago Silva

 

Por Maga Stopassoli 21/10/2022 - 15:47 Atualizado em 21/10/2022 - 16:59

Quem presenciou o encontro amistoso entre os peelistas Júlia Zanatta e Daniel Freitas, durante o encontro dos parlamentares do Sul, na noite desta quinta-feira (20), na Unesc, talvez tenha até estranhado. É que a ida para o PL do deputado federal, agora reeleito, não foi, digamos, uma operação pacífica. Pelo menos por parte da presidente do PL de Criciúma, Júlia Zanatta. A filiação do parlamentar no partido do Presidente não teria acontecido se dependesse da agora colega de bancada federal. Zanatta, que estava no PL desde 2020, achava que não caberiam dois candidatos da mesma cidade, do mesmo partido, disputando a mesma vaga, pois poderia ocorrer uma divisão de votos e acabar não elegendo ninguém. Nós, que cobrimos política, também achávamos que a conta poderia ser arriscada. Erramos. Couberam os dois na disputa e, agora, cabem os dois na mesma foto, confraternizando no encontro de ontem. E em 2023, caberão na Câmara Federal. É o fato, registrado em foto. E contra fotos, não há argumentos. #cheers

Foto: Clara Vasconcelos/4oito.

Por Maga Stopassoli 19/10/2022 - 16:05 Atualizado em 19/10/2022 - 16:09

Eleito em 2018 com mais de 70% dos votos, o governador Carlos Moisés da Silva era o candidato do Bolsonaro em Santa Catarina. Até aí, tudo bem, não fosse o fato de isso não ter sido combinado com os russos, ou melhor, com Bolsonaro.  Desde que iniciou sua gestão, Moisés mostrou que, de “candidato do Bolsonaro”, mesmo, ele só tinha o 17 do PSL, partido que naquele ano serviria de hospedeiro para abrigar os candidatos do presidente. E não que isso seja uma crítica. Sob alguns aspectos, pode até ser um elogio, dependendo de quem observa. Em quatro anos de mandato, além das polêmicas, Moisés nunca conseguiu se livrar da marca de traidor do presidente, assunto que ainda gera discussão e que nunca respondeu à pergunta: quando ocorreu o afastamento entre o governador e o presidente, fato que gerou a fama de traidor?

Corta para outubro de 2022, pós 1º turno das eleições

Nesta terça-feira (18), a jornalista Dagmara Spautz (NSC), divulgou com exclusividade em sua coluna, um vídeo gravado em 30 de agosto de 2018, em Porto Alegre, durante um evento, no início da campanha daquela eleição. Na gravação, estão presentes Lucas Esmeraldino (candidato a senador), Jair Bolsonaro (candidato a presidente), Carlos Moisés (candidato a governador) e Daniela Reihner (candidata a vice na chapa com Moisés). Todos do PSL e todos concorrendo pela primeira vez aos cargos citados.

O áudio da gravação é acompanhado de muito ruído, mas é possível compreender o breve diálogo entre eles. Enquanto uma pessoa da produção do evento coloca o microfone em Jair Bolsonaro, ele está de costas para Moisés, enquanto se dirige a Esmeraldino e diz em tom áspero:

“Olha só, vamos abrir o jogo aqui. Eu me dou bem com o Amin, eu me dou bem com todo mundo. Se fecha lá no estado, eu ganho antipatia com todo um montão de gente, e o candidato sou eu”.

Lucas Esmeraldino responde:

“Não, nós estamos subindo nas pesquisas”

Bolsonaro então vira de frente para Moisés, se dirige a Esmeraldino e continua:

“Então você fala, você encaminha".

Nesse momento, Moisés tenta interromper e argumenta dizendo que entre os candidatos ao governo no estado, não tem nenhum do PP.

Bolsonaro prossegue:

“Eu não quero problema no estado, a candidatura é minha. Quando você fecha com um cara, vocês sabem que, se ele não tem chance, eu ganho uma porrada de inimigos. É isso que eu quero que vocês entendam”.

A gravação é encerrada com Moisés dizendo: “nós vamos para o segundo turno”.

Naquela eleição, Jair Bolsonaro, então candidato a presidente pelo PSL, não queria que seu partido tivesse candidato próprio em Santa Catarina, decisão que foi contrariada pela sigla que, não só lançou candidato, como venceu a eleição com folga. Desde o primeiro dia de seu mandato, Moisés e Bolsonaro nunca tiveram uma relação aproximada, à exceção de situações que o cargo exigiu. A fama de traidor, que sempre pairou sobre a cabeça do governador catarinense, agora, parece muito mais uma birra de alguém que não lidou bem com uma ordem não cumprida, numa briga comprada por seus apoiadores.

A história

Moisés e Bolsonaro se elegeram em 2018. Em 2022, o governador catarinense não chegou ao segundo turno. Bolsonaro disputa a presidência com Lula, seu maior adversário e precisa recuperar 6 milhões de votos para garantir o segundo mandato. Amin, citado no vídeo e de quem o presidente nunca escondeu a proximidade, também foi candidato a governador neste ano e ficou em 5º lugar. Daniela Reihner, a vice, agora, foi candidata e se elegeu deputada federal, pelo atual partido de Bolsonaro. Nesta eleição, sabendo que a disputa seria mais difícil e menos previsível do que foi em 2018, Bolsonaro não negou e ainda declarou apoio a Jorginho Mello, “seu” candidato, desde o começo da campanha. É que agora a situação é outra e não dá para desperdiçar voto. Mello, que está no partido do presidente, tem aproximadamente 60% das intenções de votos aqui no estado. A conferir, caso eleito, se seguirá a cartilha bolsonarista à risca, ou se vai arriscar ser o próximo a ser chamado de traidor.

Por Maga Stopassoli 17/10/2022 - 13:20 Atualizado em 17/10/2022 - 13:52

“Isso não está nos meus planos”. Essa é resposta que você mais vai ouvir de agora em diante dos recém reeleitos deputados federais de Criciúma quando questionados sobre uma candidatura a prefeito em 2024. É que passada a eleição, pelo menos o 1º turno, quando são definidos os deputados estaduais e federais, começam as especulações sobre os possíveis nomes para a disputa municipal. Termina uma eleição, começa outra. Aqui em Criciúma, capital nacional dos apaixonados por política, existe ainda uma outra pergunta também repetida à exaustão: quem será o sucessor do Salvaro?

Por enquanto, três nomes surgem no cenário carvoeiro. São eles: Ricardo Guidi (PSD), Daniel Freitas (PL) e Acélio Casagrande (PSDB). Antes de continuar, importante destacar: sim, temos outros nomes no radar, porém, esta primeira análise levou em conta os federais reeleitos e quem obteve a maior votação da cidade. Resultaram os três nomes supracitados e que foram entrevistados após as eleições na Som Maior.

Ricardo Guidi

Mas é inegável que no dia a dia eu recebo inúmeras manifestações de que eu devo ser candidato a prefeito já na próxima eleição.

O deputado federal Ricardo Guidi foi reeleito com 74.066 votos. Destes, 13.582 foram de eleitores criciumenses. Vale destacar que a cidade contabilizou 117.431 votos válidos no 1º turno. Guidi, por estar em segundo mandato e ter feito boa votação em Criciúma, está automaticamente credenciado a ser candidato a prefeito na próxima eleição. Questionado sobre essa possibilidade, o deputado negou (mas não muito). “Acho que não é o momento de falar em eleição municipal agora. Mas é inegável que no dia a dia eu recebo inúmeras manifestações de que eu devo ser candidato a prefeito já na próxima eleição. Sem dúvida nenhuma eu tenho me preparado, acompanhei meu pai desde cedo, que foi prefeito dessa cidade. Mas realmente acho que não é o momento de discutir isso”, disse. Após a insistência de Adelor Lessa em saber se o filho da dona Sandra Zanatta já havia tratado do assunto com a prima e agora também deputada federal, Júlia Zanatta, o parlamentar disse que “muito sutilmente, como a gente conversa com todo mundo”, admitiu.

Daniel Freitas

Eleição na terra é tempo de guerra

O deputado federal Daniel Freitas (PL), também foi reeleito para mais um mandato na Câmara Federal. Freitas pôs na conta 108.001 votos, sendo 19.995 somente em Criciúma. Mais do que um nome natural para disputar a prefeitura, Freitas demonstrou vontade de ser candidato em 2024, ainda que com algum receio de usar as palavras erradas em terras salvaristas. É que no 1º turno das eleições deste ano, o prefeito de Criciúma gravou um vídeo de apoio ao então candidato. Por isso, na hora de responder se projetava uma candidatura municipal, ele disse o seguinte:

“Dizer que criciúma não passa pelos meus planos, seria uma ingratidão da minha parte. Mas as competentes mãos do prefeito Clésio Salvaro nos deixam muito tranquilos que a cidade está em boas mãos”. Depois, na sequência da entrevista, Daniel lembrou que “eleição na terra é tempo de guerra”. Vamos guardar essa frase pro futuro.

Acélio Casagrande

De que forma fazer o eleitor voltar a votar em propostas, em bandeiras e não em números?

Acélio Casagrande obteve o apoio público de Salvaro nesta eleição e fez a maior votação da história de Criciúma para deputado estadual: 26.621 votos. Mesmo assim, faltaram 780 votos para que ele conseguisse se eleger. A boa votação foi fruto da imagem colada a de Salvaro ou resultado do trabalho à frente da Secretaria da Saúde durante a pandemia? Por esse ou aquele motivo, seu desempenho foi expressivo e Casagrande passa a figurar de modo natural como um dos possíveis nomes para concorrer à prefeitura na próxima eleição. Questionado sobre isso, o agora novamente secretário municipal da saúde, escapou da resposta ao dizer que, mais importante que isso, é hora de reaprender a faze campanha. “De que forma fazer o eleitor voltar a votar em propostas, em bandeiras e não em números?”, disse em referência ao 13 e ao 22 (dos candidatos a presidente).

Acélio será o candidato do Salvaro?

Ele pode ser o que ele quiser

Na semana passada, quando reuniu a imprensa para falar sobre as obras do mirante Realdo Guglielmi, no Morro Cechinel, Salvaro falou que permanece no PSDB e se referiu a Acélio Casagrande dizendo que “ele pode ser o que ele quiser”. A manifestação em tom otimista com relação ao seu pupilo deu margem à interpretação de que o candidato que não se elegeu para deputado estadual, pode ser o nome do atual prefeito para as próximas eleições na Salvarolandia. É bom ressaltar que talvez nem o próprio Clésio tenha certeza da resposta para a pergunta que abre esse parágrafo, mas, uma coisa é certa: é bom começar a treinar a resposta pois será cada vez mais comum ouvi-la de agora em diante.

 

 

Por Maga Stopassoli 14/10/2022 - 10:44 Atualizado em 14/10/2022 - 11:10

Na entrevista exclusiva que concedeu à Adelor Lessa, Upiara Boschi e Maga Stopassoli e que foi ao ar na manhã desta quinta-feira (13), o governador Carlos Moisés falou sobre presente, passado e futuro e revelou que quis fazer um desafio pessoal. Ele queria saber como as pessoas iriam escolher seus candidatos. Em sua visão, era a oportunidade que as pessoas teriam para escolher um candidato com bons resultados e investimentos. Na prática, descobriu que nem os investimentos recordes em educação e infraestrutura ou a aprovação das contas do governo, sem ressalvas, pelo Tribunal de Contas do Estado, foram suficientes. O resultado do desafio, você já sabe.

“Eu descobri que as pessoas não sabem o que a gente faz no governo e que obra não dá voto”, brincou. “As pessoas me perguntam o que faltou? Faltou voto”.

Passado

Moisés foi “vítima”, entre outros fatores, do mesmo fenômeno que o conduziu ao poder em 2018: a onda bolsonarista que varreria o país naquele ano e que se repetiria com a mesma força, quatro anos mais tarde. Mas, a derrota nas urnas não tem só esse fator. O caminho escolhido por Moisés desde que saiu do PSL em 2021 e o partido que escolheu para disputar as eleições também tem lá suas contribuições. Não seria exagero dizer que talvez a maior contribuição do Republicanos, representado pelo número 10, tenha sido facilitar o jingle de campanha: Moisés é 10. Fora isso, o nanico partido conservador pouco conseguiu mobilizar sua militância. A ida de Moisés para o partido só não foi mais atravessada do que sua ausência no evento promovido pelo presidente estadual da sigla, o deputado estadual e bispo, Sérgio Motta, para lançar seus pré-candidatos em junho deste ano. A mini crise seria afastada dias depois quando ambos posaram para foto, sorridentes na Agronômica. Não convenceu. É como se Moisés e o Republicanos não tivessem conseguido levar o relacionamento para além das câmeras.

Depois disso, no período que antecedeu as convenções dos partidos, teve o MDB em chamas, com o perdão do trocadilho, brigando para decidir quem seria o vice. Àquela altura, Udo Döhler e Antídio Lunelli eram as opções viáveis, com mais chances para o primeiro. Na convenção, Moisés fez valer sua vontade e, o vice que ele preferia, venceu. Há um velho ditado que diz: “quem escolhe o vice que quer, tem de aceitar o resultado que vier”. E Moisés aceitou. Bom, a verdade é que não existe esse ditado, mas era o único jeito de explicar o que aconteceu. O MDB, até então o partido dos sonhos de qualquer chapa majoritária por deter 95 prefeituras sob o comando de prefeitos da sigla, também não brilhou os olhos quando viu a vaga de vice ir parar nas mãos de Döhler. Era a água no chopp da reeleição de Moisés. Recorte de cena aqui para dizer que o dia da convenção do MDB e do Republicanos, o fatídico 23 de julho, certamente foi um dos dias em que Moisés mais demonstrou que “brigaria” pela reeleição. “Eles perderam duas vezes e vão perder de novo”, disse durante o discurso que o oficializou candidato, no mesmo 23 de julho, em referência aos dois processos de impeachment que enfrentou e à reeleição. Daí em diante a história já contou.

Presente

O bem-humorado Carlos Moisés que nos recebeu na terça-feira, quando gravamos a entrevista, relatou como foi reagiu ao perceber que não iria para o 2º turno, mesmo antes do fim da apuração dos votos. “Chamei todo mundo que estava comigo e disse: aqueles que puderem contribuir com o novo governo, se forem convidados, mesmo que de modo temporário, independente de ser o governador A ou B, contribuam". 

"Isso é política. A vida não se resume a um cargo eletivo"

Questionado sobre ter feito as coisas a seu modo, o governador pontuou que “não precisava fazer movimento político pra pegar onda de quem quer seja, mesmo que isso me custasse uma não reeleição. Saio tranquilo e sereno com a certeza de que a minha missão foi cumprida e bem cumprida. Isso é política. A vida não se resume a um cargo eletivo. A história vai sendo recontada. Acredito que a gente não enxerga o todo. O tempo vai revelar as decisões corretas. Eu não me trairia. Tudo que a gente fez, fez acreditando muito. Desde acreditar na vacina, acreditar na ciência, acreditar nas medidas pra cuidar da vida das pessoas. Qual é o caminho pra gente enriquecer a democracia? Não tem outro caminho a não ser a educação. A educação vai nos tornar mais políticos”, ressaltou.

Última bolacha do pacote

“Pra nós não é quanto pior, melhor. Santa Catarina vai continuar crescendo, vai continuar sendo o estado mais seguro e mais feliz do brasil. Não existe a última bolacha do pacote. Não é você que faz as coisas acontecerem. É um grupo de pessoas envolvidas pra fazer um estado melhor. E acredito que, no atual contexto politico que se formou, pro governador Moisés o melhor de fato é o recolhimento”, justificou. Moisés não irá declarar voto nem para governador, nem para presidente. Manter-se neutro vai lhe exigir menos explicações do que declarar apoio para esse ou aquele candidato. “Eu vou votar, mas não pretendo influenciar ninguém pela minha escolha. Vou respeitar a escolha de todos, mas me dou o direito de não externar quem me representa”, disse.

"Vamos cada um cuidar da sua vida"

O governador que tem agora menos de 80 dias de mandato, revelou o desejo de passar um tempo na praia da Ipuã em Laguna, falou de fé e do que entende ter sido sua grande missão de vida. “Eu sou um homem de fé e acredito que todos nós temos uma missão. A minha grande missão foi salvar o maior número de catarinenses, isso vai ficar registrado na história e, vamos ser felizes né, vamos cada um cuidar da sua vida também. A mesma onda que me trouxe para o cenário político, sendo um desconhecido, as pessoas votaram num desconhecido e tiveram sorte de votar numa pessoa que fez um governo transparente e integro. A onda voltou e trouxe outras pessoas para o cenário. Tem muitos catarinenses que votaram em pessoas que eles não conhecem. Isso é um fato.”

"Eu dizia: as pessoas vão votar em projetos. Mentira" (risos)

Futuro

O poder é um organismo vivo e se movimenta. Agora, em Santa Catarina, o poder vai trocar de mãos. Em 2023, sai Carlos Moisés e entra o novo governador. Mas, será quem experimentou a  sensação do poder, não fica com um gostinho de quero mais? Moisés garante que não. Ainda durante a entrevista, o governador declarou que não há projetos políticos em seu radar. “Estou convencido de que minha contribuição para o estado aconteceu no período mais duro que foi durante a pandemia. A gente fez bonito. Temos aqui em Santa Catarina o melhor desempenho do Brasil no enfrentamento da pandemia”, destacou. Enquanto Moisés tenta convencer que ficará fora da vida pública, a política e o poder seguem seu curso, como se fossem movimentos sincronizados de uma dança que, ora escolhe quem irá levar para o meio do salão, ora troca de par.

Governador Carlos Moisés da Silva, encerra seu mandato em 31 de dezembro de 2022.

Por Maga Stopassoli 12/10/2022 - 20:25 Atualizado em 12/10/2022 - 20:28

O dobro de votos do 1º turno (e um pouco mais). É essa a votação que o candidato do PT, Décio Lima, precisa fazer para vencer a eleição no próximo dia 30. A verticalização da eleição nacional respingou em Santa Catarina e levou para a disputa em 2º turno, os representantes de Lula e de Bolsonaro, Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT). Nesta terça (11), o candidato do Lula foi nosso entrevistado e questionado sobre como pretende fazer para reverter esse cenário e ser o próximo governador.

Décio citou como exemplo sua eleição para prefeito de Blumenau em 1996 quando não havia perspectiva de vitória. Antes disso, disse que nunca faltou paixão em sua trajetória.

“Governar é levar resultado. Eu vou fazer um governo plural”, destacou.

Plano 1000 vai continuar

“Vocês vão me perguntar se eu vou continuar com o plano 1000. Tudo que é bom tem que continuar”, disse o candidato, em referência ao Plano 1000, programa criado durante a gestão de Carlos Moisés.

Piso da enfermagem

Décio Lima disse defendeu o piso da enfermagem e disse que esse setor da saúde se tornou um alicerce da saúde pública. “Vou lutar pelo piso e se for governador vou garantir o pagamento do ´piso da enfermagem”, frisou.

Preço da gasolina

“O problema da gasolina nós vamos com a retomada do pré-sal”, respondeu Décio Lima ao ser questionado sobre como compensar a queda da receita dos estados por conta da diminuição do preço da gasolina.

Quanto tempo vai durar o amor

Décio se autointitula o candidato do amor. Caso Bolsonaro vença a eleição presidencial, e Décio, a eleição estadual, quanto tempo duraria esse amor, questionamos. O candidato disse que o amor é eterno. Eu não tenho problema em conviver com as diferenças. Eu convivo com Bolsonaro 12 anos debaixo do mesmo teto (no período em que foram deputados federais).

Assista a entrevista na íntegra aqui:

 

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