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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 04/01/2023 - 08:41 Atualizado em 04/01/2023 - 08:49

O governador Jorginho Mello (PL) estará em Criciúma nesta sexta-feira (6), aniversário da cidade, e deve cortar o bolo da comemoração. 

A previsão é que venha ele, o Estener Soratto, chefe da Casa Civil, que é de Tubarão; e Natan Monteiro, subchefe da Casa Civil, que é de Criciúma. 

Por Maga Stopassoli 03/01/2023 - 14:39 Atualizado em 03/01/2023 - 15:25

De Ibicaré, cidade pequena na região oeste do estado, para a Casa D'Agronômica, residência oficial do Governador do Estado. A trajetória do vendedor de paçoquinha (ou pé-de-granfino como ele gosta de enfatizar), que virou governador ganhou mais um capítulo no último domingo quando tomou posse como chefe do executivo de Santa Catarina. Na semana que antecedeu a assunção ao cargo, Jorginho Mello publicou em suas redes sociais uma das imagens que ilustra esse texto, com um cesto de docinhos, que vendia quando era jovem, em sua cidade natal. A outra foto é deste domingo, quando foi empossado. O novo governador já começou a trabalhar, enquanto o parlamento catarinense volta às funções somente em fevereiro. Até lá, os dias serão doces. 

Foto 1: foto publicada no perfil do instagram de Jorginho Mello. Foto 2: Bruno Collaço/Agência AL.

Quer saber mais sobre esse encontro entre Moisés e Jorginho? Acesse @magastopassoli no instagram.

Por Maga Stopassoli 31/12/2022 - 07:20 Atualizado em 31/12/2022 - 08:58

Na política, de tédio, ninguem morre e eu posso provar. No ano em que a política foi o tema central de todas as rodas de conversa, selecionar os fatos que fariam parte desta retrospectiva não foi tarefa fácil. Se em ano sem eleição, a classe política não deixa a desejar e entrega tudo no quesito conteúdo, em ano eleitoral, então, nem se fala. Definitivamente, isso não é uma reclamação, ao contrário, é quase uma nota pública de agradecimento por terem nos agraciado com tantas pérolas e momentos icônicos durante o ano que finda. Nossa prioridade, claro, serão os fatos estaduais e com direito a uma dose de bom humor porque ninguém é de ferro. O tempo de leitura é de aproximadamente dez minutos, mas se eu fiquei 4h escrevendo, vocês conseguem ficar 10 minutos, lendo, vai! Pega um drink e vem:

Janeiro – o ano começou com briga no MDB 

O ano começou com uma pergunta que só seria respondida em março. Em qual partido o governador Carlos Moisés iria se filiar? É que em dezembro de 2021 havia um “clima” para que ele fosse para o MDB. Só que o clima foi esfriando, esfriando, esfriando até que essa possibilidade deixasse de ser real. Nesse meio tempo, Antídio Lunelli, prefeito de Jaraguá do Sul, começou a se movimentar para ocupar efetivamente a vaga de candidato à majoritária pelo manda brasa. Mas isso não seria decidido tão fácil assim. No fim de janeiro, Antídio chegou a fazer um roteiro pelo estado para buscar apoiadores para a sua candidatura e passou, também, por Criciúma. À época, por ter ido pessoalmente à reunião promovida por ele aqui na cidade, eu disse que ele não seria candidato a governador, fato que gerou repercussão acalorada. A “previsão” se confirmou meses depois e foi baseada apenas em intuição. Enquanto isso, foi se criando um clima terrível já que o ex-governador Paulo Afonso Vieira, em entrevista que me concedeu, criticou as prévias do partido, chamando-as de “cadáver insepulto” e disse que jamais apoiaria Lunelli.

Fevereiro – alerta fofoca: Merísio, o ex-bolsonarista se encontrou com Lula

Enquanto o MDB brigava internamente para decidir os rumos do partido, Moisés, que em dezembro anterior estava de namorico com o 15, retomava as conversas com o Republicanos, partido com quem também já havia flertado. Nessa nova investida do partido evangélico, o governador leonino, ganhou até uma camisa com o número da sigla e seu nome. Enquanto isso, o MDB enviava cédulas de papel aos diretórios municipais para escolher quem seria o candidato do partido. (Parecia que ia dar errado e deu). Foi em fevereiro também que aconteceu um encontro polêmico: Gelson Merísio, que declarou voto em Bolsonaro em 2018 quando foi candidato a governador, se reuniu com Lula e Décio Lima, confirmando as fofocas de bastidores do fim do ano anterior.

Março – o mês infinito que teve Salvaro “não-candidato” e Moisés filiado

O mês de março ficará marcado como o mês em que Clésio Salvaro ficou tentado a aceitar a proposta de João Rodrigues (prefeito de Chapecó), para ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada por João. Apesar de ter aproveitado a repercussão gerada pelo surgimento de seu nome no cenário estadual, Salvaro pegou um avião, foi até Chapecó dizer pessoalmente a João Rodrigues que não aceitaria a missão. Usou como argumento o fato de que havia acabado de se reeleger e que precisaria concluir o mandato. Internamente, não deve ter sido só essa justificativa. Embora seja uma forte liderança aqui no Sul, Clesio Salvaro sabe que precisa estadualizar seu nome no quesito “voto” e isso não iria acontecer com duas conversas. Recuou e fez certo. Com o tempo, foi possível comprovar que João Rodrigues também tinha muito mais papo do que voto. O candidato apoiado por ele passou longe de se eleger. Foi em março também que a novela da filiação do governador Moisés teve um desfecho. Ele viajou à Brasília e assinou ficha no Republicanos. Isso. Assim, mesmo. Sem emoção. Uma escolha partidária que, mais tarde, pode ter pesado um pouco no seu caminho político. Esse foi um mês que não prometeu nada, mas entregou tudo. Teve Jessé Lopes assinando ficha no PL, teve Márcio Búrigo desfiliado do PL e indo para o União Brasil por causa da chegada de Jessé e teve decreto estadual dizendo que não era mais obrigatório o uso de máscaras (ainda por conta da pandemia). Além disso, um nome importante do 1º escalão de Moisés, anunciou que deixaria o governo para disputar as eleições. Era Eron Giordani, o então Secretário-Chefe da Casa Civil.

Abril – Décio diz que palanque da esquerda em SC é do Lula e arruma briga com pdtistas

Abril chegou chegando com Antídio Lunelli pedindo demissão do cargo de prefeito de sua cidade para tentar colar a ideia de candidato viável do MDB. Foi nesse mês que a frente de esquerda, grupo composto por oito partidos de esquerda, começou a discutir quem seria o nome que os representaria nas urnas em outubro. Franco favorito a ser o candidato da frente, Décio Lima riscou o chão calmamente e disparou: “aqui não tem palanque para Lula e Ciro Gomes. O palanque em SC é do Lula”. Aí foi que o barraco desabou na relação PT e PDT, que culminaria, mais tarde, numa candidatura própria dos Trabalhistas, representados por Jorge Boeira, numa candidatura decidida aos 52” do 2º tempo e que faria uma votação muito pequena.

Maio – Jorginho, o profeta

No mês de maio, Jorginho Mello veio à Criciúma e em entrevista à imprensa local, deu duas declarações que se confirmariam, quase que inacreditavelmente. Ele disse que o seu partido, o PL, elegeria 10 deputados estaduais e quatro federais. Sabe quantos, de fato, elegeu? 11 estaduais e seis federais. Sim, eu também achei que ele estava otimista demais e me enganei. Outra profecia de Jorginho foi sobre a ida de Búrigo para o União Brasil. “Errou, errou feio e vai se arrepender”, disparou. De fato, o ex-prefeito de Criciúma não se elegeu e acabou fazendo uma votação pouco expressiva. A essa altura do campeonato, com Moisés filiado ao pequeno Republicanos, a briga no MDB era outra. Ter candidatura própria ou apoiar Moisés na candidatura à reeleição? A dúvida de milhões. Nesse momento, surge o nome do ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler como opção para ser vice na chapa com o governador.

Junho – Antídio teimando de um lado, Moisés teimando do outro

Faltando dois meses para o encerramento do prazo para as convenções partidárias que definiriam as candidaturas, Antídio já tinha entendido que ia entrar água no seu chopp e disse que estava com vergonha daquela situação. Correndo na beira do gramado, Moisés, que não se filiou ao MDB, continuava querendo o apoio da sigla e, pra isso, fez uma visita ao presidente interino do partido, Edinho Bez, na sede do MDB, em Floripa. Mas isso ocorreu após o 15 ter decidido que Antídio seria vice de Moisés. Só que Moisés não quis. Dessa forma, o já ex-prefeito de Jaraguá do Sul, disse que ele seria o candidato e ponto final. Ele teimando de um lado, Moisés, teimando de outro. Prevaleceu a vontade do bombeiro. Antídio não foi seu vice e concorreu como deputado estadual, cargo para o qual foi eleito. E teve mais: pra fechar o mês com chave de ouro, Moises não compareceu ao lançamento da pré-candidatura do presidente de seu partido, deputado estadual Sérgio Motta e é óbvio que isso virou assunto. Ambos tentaram convencer que havia sido só um choque de agenda e divulgaram uma foto sorridentes na Casa da Agronômica. Não funcionou muito. Tinha cheiro de torta de climão no ar.

Julho – o mês das convenções e da decisão do MDB que tinha dois candidatos, mas só uma vaga

No dia 23 de julho, ocorreram as convenções partidárias do MDB, Republicanos, Progressistas e União Brasil. Pensando nisso e querendo ser candidato, Udo Dohler divulgou um vídeo dizendo que o MDB iria escolher “entre um projeto vencedor ou uma aventura eleitoral”, em referência a candidatura própria de Lunelli ou o apoio a Moisés. No dia da convenção, a disputa foi entre Lunelli governador ou Udo, vice. Udo venceu a disputa e a questão ficou decidida. Horas depois, foi a vez do Republicanos confirmar a candidatura de Moisés que chegou ao local do encontro, a Alesc de fusca e já foi recebido por Udo. No mesmo dia, União Brasil confirmou Gean Loureiro e Eron Giordani, candidatos a governador e vice e, o Progressistas, confirmou a candidatura de Espiridião Amin a governador. Uma semana depois foi a vez da frente de esquerda confirmar Décio Lima nas urnas em outubro.

Agosto – o mês do cavalo manco

Após as definições das candidaturas começaram os debates entre os candidatos ao governo aqui no estado. Um em especial, ficou marcado. Foi no debate promovido pelo Extra.SC, de Tubarão, quando Jorginho Mello e Moisés protagonizaram uma troca de farpas irônica. É que naquele momento Jorginho não havia avançado nas tratativas para coligar com outros partidos e ainda não havia definido quem seria o seu ou sua vice.

“Ainda bem que o senhor não vai se reeleger, governador”, disse Jorginho, que ouviu de volta: "sua praga não pega não viu, candidato. Mas também, o senhor tá isolado, né? O senhor não coligou porque ninguém lhe quis. Ninguém quer subir em cavalo manco, todo mundo quer apostar em cavalo que tá indo bem".

Reveja a cena aqui: 

Além disso, em agosto foi quando a vice-governadora Daniela Reihner se licenciou do cargo e começou sua pré-campanha a deputada federal, sendo eleita, em outubro, ainda pela força da onda Bolsonaro. Daniela não voltou mais ao cargo depois disso e encerrou assim sua relação com Moisés.

Setembro – a campanha começou oficialmente

Moisés se licenciou do cargo e o deputado Moacir Sopelsa (MDB) foi empossado como governador por 30 dias. A Som Maior divulgou pesquisa de intenção de votos que mostrou um cenário indefinido. Mas o principal fato político de setembro foi a vinda de Lula ao estado. Faltando duas semanas para as eleições, o petista veio e discursou para um número considerável de apoiadores, no centro de Florianópolis. O esforço de Décio Lima era ser palanque de Lula em Santa Catarina.

Outubro – Lula no 2º turno, lá, Moisés fora do 2º turno, aqui

O 1º turno das eleições foi bem no comecinho do mês, dia 2 de outubro quando a disputa nacional foi para o 2º turno, com Lula pouco à frente de Bolsonaro. Por aqui, Décio Lima e o PT foram para o 2º turno pela primeira vez na história, deixando Carlos Moisés pelo caminho. A distância entre Décio e Moisés, foi de aproximadamente 17 mil votos. Na reta final da campanha, Jorginho Mello já projetava sua ida para a 2ª etapa da disputa com base nas pesquisas que indicavam um crescimento considerável do peelista. A votação do 2º turno ocorreu dia 30 de outubro. Conforme adiantavam as pesquisas, Jorginho Mello foi eleito com uma folga. Quando foi votar, Moisés foi questionado sobre o que faltou para se reeleger. E ele respondeu: faltou voto!

Já a briga pela vaga de presidente foi mais acirrada. Lula venceu Jair Bolsonaro por aproximadamente 2 milhões de votos, o que em percentual, foi algo em torno de 50,90% para Lula e 49,10% para Bolsonaro.

Novembro – o silêncio de Jair Bolsonaro que custa a acreditar na derrota

Joguei para novembro um movimento que começou de fato em 30 de outubro. Eleitores do presidente derrotado fecharam rodovias imediatamente após a confirmação da eleição de Lula. Eles pediam intervenção militar por não aceitarem o resultado das urnas. Três dias depois, começaram a migrar para a frente dos quartéis aonde permanecem até a tarde desta sexta-feira 30 de dezembro, enquanto escrevo esse texto, mesma data em que a eleição completa dois meses e que Jair foi embora. Em Santa Catarina, o governador Moisés também ficou alguns dias recluso mas depois retomou a agenda de trabalho e voltou a conceder entrevistas. Em sua mais recente passagem por Criciúma, foi entrevistado no Programa do Avesso, na Som Maior. O quase futuro ex-governador falou sobre sua experiência na política e tirou onda de cantor. Assista aqui:

Dezembro – Jorginho Mello causa boa impressão com secretariado e Bolsonaro deixa o país após chorar em live

Se você que está lendo esse texto já cansou, imagina eu que estou há 4h escrevendo (rindo de nervoso). Mas estamos igual 2022, quase acabando.

Dezembro foi o mês de nomeações nos dois governos. Em Santa Catarina, Jorginho Mello causou boa impressão pelos nomes apresentados até o momento. Pessoas com bom trânsito político e boas referências técnicas em suas áreas de atuação. O novo governador também receberá um estado com números melhores do que os que Moisés recebeu e isso lhe dará uma certa folga e impulso para começar bem sua gestão. Há dois dias de sua posse, Jorginho não tem muito com o se preocupar.

Na esfera federal, depois de tantas “72h” de espera, Jair Bolsonaro agiu. Mas não foi como parte de seus apoiadores gostaria. O presidente fez uma transmissão em suas redes sociais na manhã desta sexta-feira (30) de dezembro, um dia antes do fim de seu mandato. Duas horas depois, embarcou num avião da Força Aérea Brasileira com destino aos Estados Unidos. Diferente das outras férias, quando costumava vir à Santa Catarina, preferiu a terra do Tio Sam. Deixou pra trás uma legião de apoiadores que ainda está digerindo o que aconteceu.

Eu concluo por aqui, temendo ter me prolongado neste texto que encerra 2022 e, ainda assim, correndo o risco de ter deixado de fora algum fato importante. Nestes casos, a reclamação pode ser encaminhada inbox lá no insta @magastopassoli – (rezando pra ninguém reclamar)!

Aproveito para desejar aos nobres leitores aqui do blog, um ano novo sensacional, com muita saúde e prosperidade. E, por favor, política de novo, só ano que vem, né?!

(E não adianta ficá dando essa risadinha, se fazendo. Quequeéisso?). Mello, Jorginho.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 29/12/2022 - 17:12 Atualizado em 29/12/2022 - 17:28

O deputado estadual Estener Soratto (PL), natural de Tubarão, será o Secretário-Chefe da Casa Civil no governo de Jorginho Mello. A confirmação ocorreu na tarde desta quinta-feira (29) mas a informação já havia sido adiantada por Adelor Lessa, em seu blog, no dia 21 de dezembro.

Sorattinho, como é conhecido, foi eleito deputado estadual em 2022 e deve assumir uma das pastas mais importantes do governo. Ele vai contar com o apoio de Natan Monteiro que deverá ser seu secretário-adjunto. Com a ida de Soratto para a Casa Civil, quem assume a vaga na Alesc é Maurício Peixer, de Joinville.

Por Maga Stopassoli 28/12/2022 - 10:50 Atualizado em 28/12/2022 - 11:27

Dia 30 de dezembro, sexta-feira agora, as manifestações pós-eleições completam dois meses. Iniciadas imediatamente após o resultado das urnas, o movimento fechou rodovias e em seguida migrou para a frente dos quartéis. À espera de um milagre que não ocorreu, os manifestantes pediam intervenção militar. Aos gritos de “forças armadas, salvem o Brasil”, bolsonaristas permanecem dia e noite rezando e esperando que algo aconteça para que Lula não suba a rampa. Nesse meio tempo teve de tudo. Chuva, sol, calor, frio, hino nacional e oração. Tudo, segundo eles, para salvar o Brasil do comunismo. Essa ameaça ronda o nosso país desde a década de 60 quando esse argumento já era comum nos assuntos políticos, pelo menos aqui em Criciúma, como relatou nosso conterrâneo, Zé Dassilva, em seu primeiro livro “Histórias que a bola esqueceu” (mas essa é outra conversa).

Abandonados pelo presidente

Sim. Eu sei que dizer que os manifestantes foram abandonados pelo presidente é uma frase que provoca reações acaloradas. Mas, você sabe, a verdade é como é. E, neste caso, a verdade é que os manifestantes foram sendo abandonados aos poucos, devagarinho, quase que silenciosamente.

Se nos primeiros dias após a derrota, o silêncio do presidente era visto como reação comum de quem perdeu a eleição, nos dias seguintes foi sendo substituído por promessas. Uma onda impressionante de fake news comoveu os mais apaixonados e fez entrar para a história a triste cena de manifestantes comemorando o fechamento do STF e a prisão do ministro Alexandre de Moraes, dois fatos que nunca estiveram nem perto de acontecer. A esperança depositada na promessa de que algo aconteceria sempre dali a 72 horas, proporcionou imagens que nada tem de cômicas. Enganados por quem aproveitou a ocasião para colher algum fruto político, milhares de pessoas país afora tiveram olhos, mas não quiseram ver. E, assim, enquanto alimentavam a presença das pessoas nas ruas, por trás das cortinas palaciais, o futuro do presidente era definido.

Sem intervenção militar, sem golpe, sem amparo, sem presidente. Os manifestantes foram abandonados às vésperas do último dia do mandato de Jair Bolsonaro enquanto seus assessores estão nos preparativos finais para sua viagem para os Estados Unidos.

“Quem não acredita no presidente, por favor, saia do grupo”

No grupo de whatsapp criado para divulgar informações sobre o acampamento em frente ao quartel em Criciúma, a notícia da viagem do presidente ainda está sendo digerida. Uma das integrantes publicou por lá, o link de uma matéria de que detalhava a informação de que Bolsonaro não irá passar a faixa presidencial, e uma pessoa pergunta: “então o molusco (sic) vai assumir sem a faixa mesmo?”. Em resposta, ouve: “espero que não. Antes de viajar, pode ser que deixe uma surpresa”. Também nesta terça-feira, mais cedo, no mesmo grupo, outra informação circulava. Dizia que o novo prazo para o presidente agir seria dia 30, sexta-feira, último dia de seu mandato.

Dessa vez, uma das pessoas questiona quem divulgou a informação. “Onde você tem essa informação que o presidente agirá no dia 30?”. E é repreendido: “quem não acredita no presidente, por favor saia do grupo”. E, assim, no apagar das luzes de 2022, enquanto algumas pessoas permanecem fora de suas casas, longe de suas famílias, lutando contra um inimigo imaginário, uma parte da classe política que diz apoiar as manifestações (mas só via internet), pois sabem que é antidemocrático pedir intervenção militar, já começa a preparar o look branco pro réveillon. Mas, claro, longe dos acampamentos sem conforto.

“O presidente vai agir”

Na terça-feira (27), Jair Bolsonaro nomeou três assessores para continuarem seus assessores quando for ex-presidente da república, dia 1º de janeiro. Dessa forma, o chefe do executivo age, dentro das quatro linhas da constituição, como sempre disse, já que esse é um direito que tem por ter sido presidente. Pelo visto, a ação do presidente prevista para dia 30, vai ser mesmo subir a rampa, mas não a que os bolsonaristas esperavam e, sim, a do avião com destino à Miami.

 

Por Maga Stopassoli 27/12/2022 - 19:33 Atualizado em 27/12/2022 - 20:09

A executiva municipal do PDT de Forquilhinha emitiu nota de repúdio no fim da tarde desta terça-feira (27), sobre os fatos envolvendo o vereador do partido, Marcos Macedo. Na sessão desta segunda-feira, o parlamentar usou a tribuna para divulgar um vídeo que diz ter recebido no domingo, contendo ameaças para que ele não comparecesse à sessão que elegeria a nova mesa diretora da casa legislativa. 

Sobre isso, falamos em detalhes, aqui.

Na nota divulgada hoje, a executiva diz que apesar dos esforços para dificultar a identificação de quem gravou o vídeo, "o despreparo deixou rastros de quem tenta intimidar no grito".

Leia aqui:

 

 

Nota de Repúdio PDT by 4oito on Scribd

Por Maga Stopassoli 26/12/2022 - 21:45 Atualizado em 27/12/2022 - 07:39

Tua esposa tá bem? E as crianças, tranquilo? É só tu não vir votar amanhã e nada vai acontecer pra ti e pra tua família. É só tu não vim votar. Se tu for lá votar eu vou entender que tu quer guerra"

O espírito natalino passou longe da eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores em Forquilhinha que ganhou contornos preocupantes nesta segunda-feira (26). Na última sessão do ano, o vereador Marcos Macedo (PDT), usou a tribuna da casa legislativa para divulgar um vídeo que, segundo ele, recebeu via whatsapp, contendo ameaças contra ele e sua família. No vídeo, a voz de quem se dirige ao vereador foi alterada para não ser reconhecida e aparecem imagens de armas e munição. Enquanto narra, a pessoa que supostamente enviou a mensagem a Marcos, diz: “tua esposa tá bem? E as crianças, tranquilo? É só tu não vir votar amanhã e nada vai acontecer pra ti e pra tua família. É só tu não vim votar. Se tu for lá votar eu vou entender que tu quer guerra (enquanto aparece a imagem de uma metralhadora no vídeo que você pode assistir ao final deste texto).

Eu e a minha família estamos fora de casa”, disse o vereador ao ser questionado sobre a suposta ameaça. O vereador é um dos integrantes da chapa eleita hoje, que ficou assim:

  • Valdecir Figueiredo - presidente
  • Marilda Casagrande – vice-presidente
  • Marcos Rocha Macedo – 1º secretário
  • Idelci Rampinelli – 2º secretário

Ainda conforme o vereador que fez a denúncia, houve uma conversa há dois meses pra composição da nova diretoria, onde se formou um bloco com cinco vereadores. “O grupo que ficou com quatro vereadores, que é o grupo do prefeito, que seria indicado pelo prefeito, acharam que iriam corromper alguém, o que não aconteceu, então acho que foi uma forma de querer me amedrontar pra eu não participar da sessão. Se eu não comparecesse pra votar, a votação ficaria 4 x 4 e isso daria a vitória a eles, já que quem decidiria seria a vereadora mais velha que é situação (apoio ao prefeito), e ela seria a presidente”, disse Marcos Macedo ao blog após a sessão.

O nome da preferência do prefeito da cidade, José Claudio Gonçalves, o Neguinho (PSD), seria o da vereadora Ivone Minatto, também do PSD. Procurado pelo blog também na noite desta segunda-feira para falar sobre o vídeo divulgado pelo vereador, Neguinho disse que quem denunciou, tem que provar.

“É uma denúncia muito grave que tem que ser apurada. Se o vereador diz que recebeu isso, tem que ter alguma origem. Ele deveria ter falado a origem. No meu estilo de vida, Maga, eu prezo pela família, eu jamais prezo pela violência. Nessa altura do campeonato sabe-se que o PDT me traiu. Então o que que eu posso imaginar? O meu governo é um governo que preza pela retidão. O vereador apresentou o vídeo, tem que dizer de onde veio.”

Prefeito vai à justiça

Neguinho disse que nesta terça-feira (27) pretende tomar providências jurídicas para que a situação seja esclarecida. “Da minha parte vou procurar a justiça. Sem dúvida vou fazer isso para que ele esclareça de onde veio o vídeo”. Ele não é mencionado pelo vereador na sessão de hoje mas foi procurado para que pudesse se manifestar sobre o assunto.

Áudios atribuídos ao prefeito

Dois áudios circulam no whatsapp e estão sendo atribuídos ao prefeito Neguinho.

“Eu vou ferrar se ele votar contra mim. Alíás, eu vou ferrar todos que votarem contra mim nessa eleição. Agora a guerra vai começar e meu jogo vai ser pesado. Se ele tiver juízo ele fica do meu lado. E a gente vai sentar e vamo amarrá. Fazer negócio de gente grande.”

“E diz pra ele que se não for ele, vai ser outro. Eu não vou perder a câmara. Se não for ele, vai ser outro. E aí o outro que vai usar os benefícios e as benfeitorias que ele poderia ter agora”.
 

Sobre os aúdios, o prefeito José Claudio Gonçalves disse:

“O que eu quero dizer ali é que os vereadores que estão comigo vão ter portas abertas. Os que não estão comigo vão ser tratados como oposição. Agora isso não ta dizendo que tá se falando de violência. Isso daí, por favor. Eu sempre abri a porta do governo para todos os vereadores. Agora na eleição da câmara eu ia ver quem tava do meu lado e quem não estava. Exatamente isso. O verbo “ferrar” é de não atender, de ser oposição, mas não de prejudicar, apenas ser de oposição”, concluiu o prefeito.

Vereador escoltado

Segundo o vereador, outros parlamentares foram ameaçados, mas só ele fez a denúncia. “To com a família num local seguro, vim com escolta da polícia militar então, graças a Deus, a gente tá em segurança e a gente não tem previsão de voltar pra casa”, concluiu o vereador do PDT, Marcos Macedo.

 

Por Maga Stopassoli 22/12/2022 - 19:42 Atualizado em 22/12/2022 - 19:49

O Progressistas de Criciúma nem esperou virar o ano para cravar: o partido terá candidato a prefeito em 2024. Quem? “Isso ainda não está definido, Maga”. A bancada se reuniu hoje para organizar os próximos passos do partido e isso inclui, naturalmente, a próxima eleição. O candidato pode não estar definido oficialmente, mas quem lembra da última eleição municipal, conclui com alguma facilidade que o nome possa ser Júlio Kaminski. É que naquele ano aconteceu de um tudo e ele acabou não conseguindo por em prática seu projeto para a disputa majoritária.

Relembre

Em janeiro de 2020, Kaminski fincou bandeira no terreno das disputas e alardeou: “sou pré-candidato a prefeito pelo partido Democratas”. Ele ainda estava filiado ao PSDB, mas com um pé dentro, outro fora. À época, ele viria como uma opção para fazer oposição ao prefeito Clésio Salvaro. Seria o antisalvarismo em Criciúma. Teria de sair da base para fazer oposição. Mas a intenção não vingou. Talvez nem o próprio Kaminski tenha de fato acreditado que seria possível fazer a oposição que prometeu fazer, ao Clésio Salvaro.

Resultado disso foi que em março do mesmo ano, Julio Kaminski estava em Florianópolis, reunido com a cúpula do PSL, para assinar a sua filiação, passando a fazer parte do comando do partido na cidade (e também disputar a majoritária). Em junho de 2020, alegando razões partidárias, Kaminski fez uma transmissão ao vivo nas suas redes sociais informando que não seria mais candidato a prefeito e que assinaria sua desfiliação. Isso aconteceu por que ele foi afastado da diretoria executiva do partido em Criciúma (mas essa é uma outra história). Kaminski não foi candidato a prefeito, mas concorreu como vereador e acabou se reelegendo. Atualmente ele está filiado no Progressistas. Isso ocorreu após a fusão de seu então partido, o PSL e o DEM, que deu origem ao União Brasil. Em casos de fusão partidária, o parlamentar pode trocar de partido sem perder o mandato. 

Por Maga Stopassoli 22/12/2022 - 18:41 Atualizado em 22/12/2022 - 18:49

“Se o partido e o prefeito Clesio Salvaro assim definirem, eu estarei pronta sim para fazer, se Deus quiser, a gestão da cidade de Criciúma”.

Foi assim que a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) respondeu ao meu questionamento sobre se aceitaria ser candidata à prefeita de Criciúma na próxima eleição. Ela foi nossa entrevistada no Plenário, na manhã desta quinta-feira (22). Geovania, que costumava fugir da resposta ou, pelo menos, não ser tão enfática, dessa vez não desperdiçou a oportunidade de deixar claro que quer ser candidata em 2024.

Problema bom (porém depende)

Se as conversas “andarem”, o PSDB de Criciúma terá um problema “bom”, (porém depende), já que, além da deputada, o partido conta com um pré-candidato que figura há tempos entre os prefeituráveis: o vereador Arleu da Silveira. A escolha certamente passará por indicadores como pesquisa, influência, aceitação dos eleitores. Geovânia sempre respondia de forma protocolar a esse questionamento e, pela primeira vez, não só admitiu, como falou de modo enfático sobre o assunto. Salvaro passa a ter duas opções para ocupar a vaga de sucessor. Se isso é bom? Depende do perfil que o atual prefeito busca para ocupar a função.

“Considera a possibilidade de disputar”, perguntei. E ela imediatamente, disse: “considero. Estou à disposição. Até porque todo político sonha um dia ser gestor de sua cidade e eu tenho experiência com o executivo e tenho esse sonho. Fui secretária de assistência social por quatro anos, secretaria de saúde por nove meses. Então, sim, tenho essa vontade.

Segundo ela, já manifestou isso a Clésio Salvaro e ao seu partido. Geovânia de Sá foi candidata a deputada federal nesta eleição e, embora tenha feito mais de 80 mil votos, não se elegeu. É que seu partido estava confederado nacionalmente com o Cidadania, que tinha a deputada Carmen Zanotto concorrendo também. Carmen fez mais votos e se elegeu, Geovania ficou na suplência. Com a eleição de Jorginho Mello, Carmen foi convidada e aceitou a função de Secretária de Estado da Saúde. Sendo assim, a deputada tucana permanecerá em Brasília a partir do próximo ano.

 

 

Por Maga Stopassoli 20/12/2022 - 11:05 Atualizado em 20/12/2022 - 11:27

Fim de ano, você sabe: ninguém morre de tédio. Um exemplo, é a eleição de quem irá compor a mesa diretora para o ano de 2023 em Imbituba que está sendo marcada por fortes emoções. Na sessão desta segunda-feira, o vereador Renato Figueiredo, conhecido como Ladiada (PSB), chegou a rasgar uma pasta com alguns documentos, num momento de tensão.

A confusão aconteceu, pois, o atual presidente da câmara de vereadores do município, Elísio Sgrott (PP), que está concorrendo à reeleição, retirou a votação da nova mesa diretora, da pauta do dia. Segundo ele, não foi respeitado o princípio da proporcionalidade pela chapa adversária.

O que isso significa: a composição da mesa é feita por quatro parlamentares, sendo eles o presidente, vice-presidente, além de 1º e 2º secretários. Os partidos convidados para compor a chapa que irá disputar, são os com maior número de representantes eleitos. E foi isso que Elísio diz que a chapa oponente à sua, não fez, alegando que seus adversários não respeitaram esse detalhe do regimento interno. Ele diz que a chapa adversária não comprovou ter feito o convite aos partidos com maior representatividade e nem a desistência dos outros partidos, com menos representantes.

Já o vereador Ladiada, que aparece no vídeo rasgando papéis, disse que há provas de que o processo foi respeitado e que Elísio só retirou a votação da pauta do dia por que não tinha votos suficientes para se reeleger. Pelas contas do vereador, o placar está 7 x 6 para a chapa oponente à atual gestão da câmara. Ainda segundo ele, a votação deverá ocorrer nesta sexta-feira (23).

O caso será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e a decisão se a chapa poderá ou não concorrer, ficará a cargo do plenário. São 13 vereadores, sendo que 7 apoiam a chapa adversária ao atual presidente. Segundo o vereador, o processo regimental foi seguido, registrado em ata e aprovado em sessão. “É como se ele tivesse jogando futebol, ele que faz o gol e ele que apita se tá impedido ou não”, exemplificou Ladiada.

As chapas que vão disputar, são:

Chapa 1

Presidente: Leonir de Sousa PODEMOS

Vice-presidente: Bruno Pacheco PSB

1° Secretário Valdir Rodrigues PSD

2°Secretário Thiago Rosa PP

Chapa 2

Presidente: Elisio sgrott PP

Vice-presidente: Matheus Pereira PSDB

1º Secretário: Michell Nunes PL

2º Secretário: Deivid Aquino MDB

Assista ao vídeo aqui:

 

Por Maga Stopassoli 19/12/2022 - 15:48 Atualizado em 20/12/2022 - 09:05

Deputados estaduais e federais, senador, governador e vice serão diplomados nesta segunda-feira (19), em Florianópolis. Todos devidamente eleitos pelas urnas eletrônicas, essas que foram transformadas em vilãs após a derrota de Bolsonaro nas urnas. Mas, pelo andar da carruagem, parece que esse é um assunto superado. Todo mundo quer saber é do seu mandato para o ano que vem, afinal, 2022 dá seus últimos suspiros. E um dos assuntos mais importantes a serem tratados a partir de agora é a definição da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Claro que as conversas em torno disso já iniciaram faz tempo, mas, até agora, segue tudo indefinido.

A presidência da Alesc é uma das funções mais importantes do estado, depois do governador e da vice. Por isso as negociações são assim mesmo, demoradas, feitas com cautela. Jorginho Mello, o governador eleito, antecipou que o cargo não ficará com ninguém do seu partido, o PL.

Foi aí que surgiram dois nomes na disputa pela vaga: Zé Milton Scheffer (PP) e Mauro de Nadal (MDB). Teoricamente, Zé Milton teria o apoio do PL – e de Jorginho Mello. Apressadamente, o deputado Ivan Naatz – candidato a líder do governo, numa tentativa de mostrar que tinha os predicados para ser o líder de Jorginho – foi para o twitter e disse que “a chapa PP/PL já teria 23 votos garantidos e a meta era chegar a 27 votos”.

No mesmo dia, os partidos não contemplados na conta feita por Naatz, trataram de se mexer pra colocar água no chopp do PL. Foi aí que Mauro de Nadal e Júlio Garcia (PSD), unidos, articularam e "refizeram" a conta inicial de Naatz, fazendo parecer que os ditos 23 votos certos de apoio a Zé Milton, não eram tão certos assim. Desse movimento antecipado do deputado peelista, o saldo até o momento é o seguinte:

- a definição da presidência segue aberta;

- ao fazer conta de votos e apoio, é melhor não tuitar;

- Júlio Garcia é um nome que sempre está no jogo, mesmo quando parece não estar. Caso o deputado Mauro de Nadal venha a ocupar a cadeira de presidente, será uma amostra grátis de que Jorginho não vai nadar de braçada na Alesc em 2023. Vai precisar de muito mais do que o apoio barulhento da bancada do PL, entre vídeos e selfies, e de um líder de governo habilidoso, que não tuíte antes da hora, nem dê informação demais aos adversários.

 

Júlio Garcia se movimenta na Alesc. Foto: Bruno Collaço / Agência AL

Por Maga Stopassoli 14/12/2022 - 18:13 Atualizado em 15/12/2022 - 09:53

Enfermeira. Professora. Gestora. A carreira da profissional da saúde nascida no Rio Grande do Sul, mas que escolheu Criciúma para viver, começou cedo. Luciane Bisognin Ceretta, reitora da Unesc em segundo mandato, chega ao fim de 2022 acumulando em seu currículo duas nomeações tão importantes quanto à que ocupa à frente da universidade do extremo sul. No dia 10 de novembro, tomou posse como Conselheira da Câmara de Educação Superior, no Conselho Nacional de Educação, em Brasília. A cerimônia foi on-line e ocorreu na ponte aérea, literalmente. É que na data da posse, Luciane estava embarcando para o Japão, com a comitiva catarinense que viajou em Missão Internacional liderada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). O destino foi Japão e Singapura. A viagem durou 17 dias e rendeu 40 reuniões, 12 visitas a instituições em nove cidades e alguns acordos firmados entre as instituições de cada país.

Já nesta terça-feira (13), foi empossada Presidente do Sistema Acafe e terá o reitor Kaio Henrique Coelho do Amarante, da Uniplac, como vice-presidente. A cerimônia de posse ocorreu em Florianópolis e foi prestigiada por representantes de diversos segmentos da sociedade e contou com a presença do governador eleito, Jorginho Mello.

Em Criciúma, Lu Ceretta é uma liderança política, mesmo sem ser “política”. Seu modelo de gestão, colocou a Unesc entre as principais instituições do sul do país. Durante a pandemia, a reitora que virou conselheira e agora presidente, junto de sua equipe, foi incansável na busca de soluções para adaptar a necessidade do ensino que passou a ser remoto, à dura realidade de muitos alunos que não tinham notebooks, por exemplo. Na esfera municipal, Ceretta participou ativamente das reuniões que definiam as ações de enfrentamento ao Covid.

Fiz essas pontuações para dizer que o ritmo de trabalho da professora Lu é intenso e esse deverá ser o estilo que ela deverá imprimir em sua gestão à frente da Acafe. Em seu discurso, que foi sucinto, porém enfático, Lu Ceretta destacou que o plano de governança que o Prof. Kaio e ela pretendem implantar, está baseado em sete eixos. São eles: a socialização da Acafe com a população; o apoio à excelência acadêmica em todos os níveis e modalidades das IES; a ampliação da rede de cooperações interna e externa; a internacionalização das IES; a forte presença no ecossistema de inovação, ciência e tecnologia do Estado de SC; as estratégias de acesso e permanência de nossos estudantes, onde estão programas atuais como o Uniedu e vindouros como a universidade gratuita; a defesa do Marco Regulatório das Universidades Comunitárias junto ao MEC.

Em tempos tão desafiadores para a gestão pública e para a educação a escolha da Profª Lu Ceretta para presidir a Acafe é uma decisão estrategicamente acertada.

No Parlatório, a live semanal que fazemos na Som Maior, Adelor Lessa falou sobre a posse da reitora e o colega Upiara Boschi disse que “a sensação que eu tenho em Criciúma é de que ela é a segunda autoridade pública da cidade”. Ouça o comentário aqui:

Foto: Marciano Bortolin/Agecom Unesc.

Por Maga Stopassoli 09/12/2022 - 11:11 Atualizado em 09/12/2022 - 11:14

Você já me ouviu dizer por aí que “em Criciúma, de tédio, ninguém morre”, né? Pois bem. Nós pegamos esse conceito bem criciumense e transformamos num produto para um público extremamente exigente: você. Nasceu o podcast Ninguém Morre de Tédio, um produto digital da Som Maior Comunicações, pensado para quem ama uma boa conversa.

Como todo projeto, esse também conta com uma equipe comprometida e dedicada, que não mediu esforços para tirar essa ideia do papel. A essa altura da vida, todo mundo já aprendeu que ninguém faz nada sozinho, né?! Portanto é justo, antes de tudo, agradecer: obrigada, Som Maior e 4oito. Depois, confesso que dá um frio na barriga entregar um produto para um público acostumado com conteúdo de alta qualidade. Mas é esse frio da barriga que faz todo o processo ser ainda mais incrível.

Por fim, agradeço também ao gerente de conteúdo do 4oito, Arthur Lessa e ao diretor geral da Som Maior, Adelor Lessa, pela confiança e pela provocação necessárias para que o pod saísse da conversa e fosse para as plataformas. Este não será um podcast sobre política somente. Vamos meter o bedelho nos mais diversos assuntos embora já na estreia o tema será marketing político (vai ver é o costume!).

E vamos combinar uma coisa aqui entre a gente?
Se você gostar da estreia, conta pra todo mundo. Se não gostar, não conta pra ninguém, combinado? <3

Te espero amanhã, às 10h, na Som Maior, no Spotify e no Youtube.

Por Maga Stopassoli 07/12/2022 - 16:45 Atualizado em 07/12/2022 - 17:02

A Profª Luciane Ceretta, reitora da Unesc está em Brasília. A representante catarinense (e criciumense <3 ) tomou posse como Conselheira da Câmara de Educação Superior, no Conselho Nacional de Educação no dia 10 de novembro e nesta quarta-feira iniciou oficialmente os trabalhos na capital federal. Em suas redes sociais, Ceretta pontuou que trata-se de um trabalho intenso, com participação em mais de dez comissões para elaboração de diretrizes e regulamentos para a educação superior do país.

Lu Ceretta, reitora da Unesc, inaugura gabinete em Brasília. Foto: Instagram.

 

Por Maga Stopassoli 06/12/2022 - 17:13 Atualizado em 06/12/2022 - 17:25

No dia quatro de março de 2022, o deputado estadual Jessé Lopes oficializava sua ida para o Partido Liberal, a convite do então senador, Jorginho Mello. A filiação do parlamentar que buscava uma sigla para aninhar seu projeto de reeleição causou muito alvoroço, mesmo quando o assunto era só especulação. Jessé foi eleito em 2018, impulsionado pelo que se convencionou chamar de Onda Bolsonaro, o fenômeno que alçou aos cargos um sem-número de candidatos de primeira viagem. Entre eles, o nobre deputado natural de Criciúma que chegou à Alesc filiado ao falecido PSL (que depois da fusão com o Democratas, deu origem ao União Brasil). Em 2020, Jessé entrou em rota de colisão com seu partido e quase foi expulso da sigla, da qual saiu de fato em 2021.

À época de sua filiação ao PL, já em 2022, o deputado me concedeu entrevista e disse que o convite para ir para o partido já teria ocorrido em 2020. No mesmo momento em que assinou sua ficha no partido dos liberais, o deputado em busca da reeleição provocou a saída do pré-candidato a estadual, Márcio Búrigo, coordenador do partido na região sul desde 2019. Márcio entendeu que seu projeto estaria em risco com a chegada de Jessé no partido. Entre ameaças de sair, muitas reuniões com Jorginho e algumas cotoveladas, assim que Jessé Lopes entrou por uma porta, Márcio Búrigo saiu pela outra. E, assim, sem adversário interno e tendo Jorginho Mello como seu fiador eleitoral no partido, amenizando e fazendo caber todos os candidatos, o deputado administrou sua campanha e correu pro abraço, sendo reeleito em outubro deste ano para mais um mandato.

Corta a cena para esta segunda-feira (5), quando o agora deputado seguro de já estar reeleito, decidiu usar o twitter para fazer o primeiro gesto de muitos que poderão acontecer: criticar uma nomeação de Jorginho Mello. No centro da polêmica, a indicação da deputada federal, Carmen Zanotto, para a Secretaria da Saúde. Na publicação que fez, Jessé diz:

"A deputada Carmen Zanotto foi nomeada Secretária da Saúde do Estado. Com isso, o governo ressuscita Geovania de Sá, deputada federal não reeleita, que votou a favor da cassação de Daniel Silveira. Avisei sobre a minha insatisfação com relação a isso, mas não fui ouvido. Seguimos."

O peelista argumentou que a nomeação de Carmen fará com que Geovânia possa exercer mandato, já que é a 1ª suplente na federação e irá assumir com a vida de Carmen para a Secretaria da Saúde. Para ele, isso é ruim já que Geovânia votou pela cassação de um parlamentar do Rio de Janeiro, (o deputado federal Daniel Silveira). E aqui não estamos fazendo conta se a situação envolvendo o parlamentar carioca é justa ou não. Mas ao fato de que Jessé ignora o trabalho prestado por Geovânia de Sá, enquanto deputada federal, a todo o estado de Santa Catarina. Em sua avaliação, as questões ideológicas estão acima dos interesses do estado. Durante seus primeiros quatro anos de mandato, a deputada tucana destinou aproximadamente R$ 250 milhões de reais para Santa Catarina, que foram aplicados em diferentes áreas como saúde, infraestrutura e agricultura.

Além de comprar uma mini briga desnecessária, o deputado faz vistas grossas ao fato de que a deputada federal Geovania de Sá (PSDB) é uma parlamentar atuante, foi apoiadora de Jair Bolsonaro, votando com o governo federal na maioria das pautas além de ter declarado apoio público ao presidente. Ao fazer essa crítica em má hora e que não surtirá efeito prático, além de causar má impressão, o deputado esquece do apoio irrestrito que recebeu de Jorginho Mello para ir para o seu partido. E, todos sabemos, estar no mesmo partido de Jair Bolsonaro pode não ter sido decisivo para sua eleição como foi em 2018, mas facilitou e muito sua reeleição. Não é hora de dar cotovelada em quem lhe estendeu a mão. E olha que o governo ainda nem começou.

 

Por Maga Stopassoli 05/12/2022 - 14:19 Atualizado em 05/12/2022 - 14:27

Causou boa impressão os primeiros onze nomes convidados por Jorginho Mello para o seu secretariado. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (5), em Florianópolis, na sede da Defesa Civil.

Entre os pontos que chamaram atenção no anúncio do governador eleito, um deles foi o fato de não ter coletiva de imprensa, algo que é comum nestes casos. O novo chefe do executivo divulga os nomes que convidou e, depois, responde perguntas dos jornalistas. Mas não foi o que ocorreu. No convite enviado pela assessoria de Jorginho, ainda na semana passada, constava que ele faria, de fato, um anúncio, ou seja, não era convite para coletiva. E assim foi. A “solução” para evitar responder perguntas não foi difícil. É que o Secretário Nacional da Defesa Civil estaria em Santa Catarina para avaliar os estragos provocados pela chuva e Jorginho participou da reunião entre o secretário, o atual governador e parlamentares. Assim, fez o anúncio e dirigiu-se para outra sala.
Outro ponto que chamou atenção foi quando ele disse “escolhi os melhores quadros” e “chegar fazendo”, numa referência de como deve ser o começo de seu governo.

Governo técnico (e político)

Uma das coisas que Jorginho fez questão de ressaltar durante sua quase coletiva foi que seus indicados são “técnicos”. Ele quis dizer que optou por técnicos nos assuntos e não “políticos”. Embora a preocupação do novo governador até faça algum sentido, é válido destacar que: ao estar num ambiente político, toda indicação é política. Pode não ser político-partidária, mas é política, no sentido de estabelecer boas relações entre a pasta para a qual a pessoa foi nomeada e a sociedade catarinense. Dito isso, não há motivos para se preocupar com as nomenclaturas das indicações. Não importa se é “técnico” ou “político”, o que vale é fazer um bom trabalho.

Nenhum nome do Sul no anúncio de hoje

Na lista anunciada hoje, Jorginho não convocou nenhum nome da região Sul. Mesmo assim, Criciúma será diretamente beneficiada já que a indicação da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) para a Secretaria da Saúde, abre a vaga para que a deputada federal não reeleita, Geovânia de Sá (PSDB), possa assumir, pois ficou como 1ª suplente na federação. Sendo assim, Criciúma passa a contar com quatro representantes na esfera federal. Geovânia de Sá, Daniel Freitas e Júlia Zanatta, ambos do PL, Ricardo Guidi (PSD).

Outro convite que também beneficiou o Sul, foi Aristides Cimadon para a Secretaria de Educação. É que ele era o presidente do sistema Acafe (associação Catarinense das Fundações Educacionais) e tinha como vice-presidente a reitora da Unesc, a Professora Luciane Ceretta. Com a ida de Cimadon para a educação, Luciane Ceretta foi definida por aclamação, a nova presidente da Acafe (em cerimônia de posse que ocorrerá dia 12 de dezembro). Ceretta é mais um nome do Sul com reconhecido trabalho prestado à comunidade acadêmica pelo seu modelo de gestão e com grande prestígio e bom trânsito no meio político. Sendo assim, ainda que por enquanto não tenham surgido nomes da região sul para o secretariado de Jorginho, as indicações do novo governador impactam toda a região.

Veja a lista com os onze escolhidos:

Secretário de Administração – Moisés Diersmann (atual coordenador da transição de governo)

Secretária de Saúde – Carmen Zanotto (deputada federal)

Secretário de Educação – Aristides Cimadon (reitor da Universidade do Oeste de Santa Catarina)

Chefe da Casa Militar – tenente-coronel José Eduardo Vieira

Comandante-Geral da Polícia – José Eduardo Pelozato

Procurador-geral do Estado – Márcio Vicari (advogado)

Secretário da Fazenda – Cleverson Siewert

Secretaria Geral de Governo – Daniele Corporate

Secretaria de Articulação Nacional – Vânia Franco

Secretaria de Agricultura e Pesca – Valdir Colatto  (ex-deputado federal)

Secretaria de Prevenção e Defesa Civil – Coronel Armando (atual deputado federal que não se reelegeu).
 

Por Maga Stopassoli 05/12/2022 - 12:37 Atualizado em 05/12/2022 - 13:23

O governador eleito, Jorginho Mello fez o anúnio de alguns nomes que irão compor o governo do estado a partir do ano que vem, na manhã desta segunda-feira (5), na sede da Defesa Civil, em Florianópolis. Após citar cada um dos selecionados para os cargos de confiança, Jorginho não permaneceu  no local para responder perguntas dos jornalistas presentes. Ele se dirigiu a uma outra sala, para participar da reunião do Fórum Parlamentar que contou com a presença do Secretário Nacional da Defesa Civil, Alexandre Lucas. 

Durante a reunião, Jorginho e o governador Carlos Moisés sentaram à mesma mesa, como é possível ver na foto a seguir. Por falar em Moisés, assim que a reunião foi encerrada, ele se apressou em publicar em seu perfil no twitter e disse:

"Tive a garantia do Ministro do Desenvolvimento Regional (@mdregional_br) do Secretário Nacional de Defesa Civil (@defesacivilbr), agora pela manhã, de que há recursos federais e temos total condição de receber estes recursos ainda em dezembro. Para isso, é necessário que as informações dos municípios cheguem de forma ágil e precisa à Defesa Civil Nacional. Vamos auxiliar os nossos municípios para que essa tarefa seja cumprida em tempo recorde."

Jorginho Mello e Carlos Moisés juntos na reunião com o Secretário Nacional da Defesa Civil, para tratar de ações 
para o estado de Santa Catarina, após as fortes chuvas da semana passada.

 

Por Maga Stopassoli 30/11/2022 - 09:08 Atualizado em 30/11/2022 - 09:35

O Partido Liberal promoveu um jantar em Brasília na noite desta terça (29) para seus parlamentares. O encontro contou com a presença da bancada catarinense do partido que inclui os deputados federais criciumenses Daniel Freitas e Julia Zanatta. Quem também esteve por lá foi o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto e o presidente da Câmara, Arthur Lira. Ambos envoltos em polêmicas recentes. Valdemar por ter levado seu partido a ser multado pelo TSE em R$ 22 milhões após questionar o processo eleitoral brasileiro e Lira que deve receber apoio do PT na sua candidatura à reeleição da Câmara. A deputada federal Julia Zanatta foi a entrevistada de hoje no Plenário, da Som Maior e disse que o presidente Jair Bolsonaro não discursou durante o jantar mas que estava bastante animado, bem diferente do Bolsonaro que se viu após a derrota que sofreu nas urnas. 

A versão premium dessas fotos está em @magastopassoli no instagram. (Conteúdo com potencial senso de humor).

O sorriso de Valdemar no clic espontâneo junto de Júlia e Jair.
Arthur Lira, que deve receber apoio do PT para sua candidatura à reeleição, cumprimenta o presidente.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 28/11/2022 - 18:00 Atualizado em 28/11/2022 - 18:16

O governador eleito, Jorginho Mello (PL) despediu-se, nesta segunda-feira (28) do Senado Federal. O parlamentar fez um discurso em homenagem aos micros e pequenos empresários, citou o presidente Jair Bolsonaro e sua suplente, Ivete Appel. O senador fez um balanço dos quatro anos de atuação e destacou o apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Durante seu mandato, ele criou o Pronampe e o MEI Caminhoneiro, programas que emprestaram aproximadamente R$ 5 bilhões de reais à empresas e microempreendedores. Jorginho desejou sucesso para sua primeira suplente, Dona Ivete Appel (MDB) que irá assumir o mandato como senadora titular. “Não tenho dúvidas que serás uma grande senadora e que irás exercer os quatro anos que o ex-governador Luz Henrique da Silveira não conseguiu completar em vida”, disse ele.

Agora, o senador que virou governador, irá concentrar seus esforços para finalizar a composição de sua equipe de governo já que o prazo dado por ele mesmo para anunciar seu secretariado é dia 1º de dezembro (quinta que vem).

Por Maga Stopassoli 25/11/2022 - 16:20 Atualizado em 25/11/2022 - 16:26

Um dos momentos polêmicos que marcaram o primeiro mandato do deputado estadual Jessé Lopes (PL) foi quando ele tirou o quadro com a foto do governador Carlos Moisés da parede de seu gabinete e colocou no chão. Agora, reeleito, o atual Jessé pouco lembra o inexperiente deputado de primeiro mandato. Mas não foi só isso que mudou. Além da experiência adquirida em quatro anos de Assembleia Legislativa, o deputado peelista que antes apostava suas fichas em quem nunca havia participado da vida pública, agora acredita que um político com experiência no comando do executivo estadual trará, em suas palavras, “menos problemas”.

Essa declaração ocorreu durante entrevista ao Plenário, o quadro do Programa Adelor Lessa do qual participo junto do colega Upiara Boschi. A entrevista foi ao ar na manhã desta sexta-feira (25), na rádio Som Maior.

Adelor começou questionando se o PL estaria fechado com o deputado Zé Milton Scheffer (PP) ou teria candidatura própria para a presidência da Alesc, uma das funções mais importantes do estado. Jessé, com discurso afinado, fez questão de ressaltar que “não se pode ter tudo”.

“Por se tratar de um partido que é base natural do governo, sabe que não pode querer tudo. Logicamente a ideia é formar maioria na Alesc. O partido precisa ceder em algumas coisas e com certeza a presidência está descartada, mas, vamos tentar compor com as melhores pessoas."

Na sequência, Upiara relembrou o fato que abre este texto, quando o deputado tirou o quadro do governador Moisés da parede e perguntou a ele se a foto de Jorginho Mello vai estar na parede de seu gabinete e se ele corre algum risco de ser tirado de lá também. Jessé Lopes argumentou que teve seus motivos para isso.

“A questão do quadro teve causas muito específicas pra eu tirar da parede. Eu acredito que o Jorginho é diferente. Ele chegou diferente no governo. A onda do Bolsonaro ajudou o Moisés 100%, só ele não entendeu isso, e quem chega daquela forma, como foi o meu caso também, tem que entender o cenário, o que as pessoas queriam da gente, esperavam da gente. Moisés não dialogava com a gente e eu passei a ser um crítico a ele. Nossa divergência ocasionou nossa inimizade, oposição ao governo e a retirada do quadro do gabinete."

Questionei ao parlamentar se ele não acha que Jorginho também foi beneficiado pela Onda Bolsonaro na eleição deste ano. O deputado reeleito disse que se não existisse Bolsonaro, Jorginho Mello teria grandes chances de ser igualmente eleito.

“O Jorginho foi beneficiado pela onda, mas ele é um político vencedor. Venceu pra deputado estadual, federal, senador, um cara que já tinha um nome, uma estrutura. Então muito por conta dele mesmo ele chegou. Acho que se não existisse o Bolsonaro ele tinha grandes chances de ser governador. A onda ajudou, puxou, não da forma como foi em 2018, mas ajudou. Mas eu acredito que por si só ele tinha chance de ganhar, pelo que ele foi como político, pelo histórico dele de grandes vitórias, ele teria chance de chegar, da mesma forma. Eu apostava só na novidade, o Moisés veio e fez o que fez. Agora to apostando numa pessoa que tem a capacidade de ouvir e entender o cenário. Ele já nos chamou pra duas reuniões pra nos ouvir, pra conversar. Acho que esse tipo de conduta é líder, não de chefe. As chances de a gente ter mais problemas, são menores, uma vez que ele compreende as bandeiras dos deputados."

Ao fim da entrevista Adelor perguntou se era fato que ele havia indicado o delegado Marcio Neves para a vaga de delegado geral da Polícia Civil de Santa Catarina e a indicação havia “batido na trave”. Jessé pontuou que não fez nenhuma indicação de forma oficial ainda e frizou que não é de “buscar o Jorginho pra botar a faca no pescoço dele pra ficar indicando pessoas do governo, não é esse o tipo de conduta que eu acho adequado. Agora se o Jorginho me chamar e quiser minha opinião pra indicar quem seja alinhado com as pautas, eu com certeza terei bons nomes e o delegado Márcio é um deles”.

O Sr. sabe de alguém que tá botando a faca do Jorginho?, finalizou, Adelor.

“Eu digo isso porque tem gente que faz isso, não vou dar nomes, mas já vi gente fazendo. Tem gente que enxerga isso como política, eu vejo como politicagem. Eu busco ser coerente, a coerência pra mim é muito importante, acho que foi isso que me levou à reeleição”, finalizou o deputado.

Na foto, o deputado estadual reeleito, Jessé Lopes, ao lado de Jorginho Mello, agora, eleito governador. O registro foi feito no dia em que Jessé assinou sua ficha no PL, em março deste ano. 

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