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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 01/11/2022 - 18:39 Atualizado em 01/11/2022 - 19:00

Quase 48 horas depois do resultado da eleição, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou na tarde desta terça-feira (1), num discurso que durou dois minutos. Inicialmente, agradeceu seus eleitores e depois se dirigiu aos manifestantes, dizendo que eles não devem usar o que ele chamou de mesmas táticas da esquerda, obstruindo o direito de ir e vir, mas destacou que as manifestações nasceram de um sentimento de injustiça. Num momento de tensionamento no país, Bolsonaro “jogou pra torcida” e errou ao não ser enfático sobre o assunto, deixando aberto à interpretação.

Com rodovias bloqueadas, o prejuízo diário no setor de suínos e aves de Santa Catarina pode chegar a R$ 36 milhões. Além disso, os transtornos provocados na vida de todos que precisam se descolar de uma cidade para outra, o desabastecimento dos supermercados e postos de combustíveis começa ganhar tons de preocupação. A conta do que o presidente chamou de “sentimento de injustiça” que embala os protestos será paga por todos, mas vai pesar mais no bolso da população mais pobre. Deixar aberta à dupla interpretação esse trecho do discurso a essa altura do campeonato é uma atitude pequena e não precisaria fazer parte da história do mandato de Jair Bolsonaro que sairá da presidência para ser o líder que a direita precisa. A reestruturação da direita, aliás, vai passar pelo comando e liderança de Jair Bolsonaro. Ao não fazer um gesto claro para minimizar esse momento de crise, Bolsonaro desperdiça a oportunidade de iniciar hoje mesmo uma oposição grandiosa que o Brasil tanto necessita para equilibrar os interesses do país a partir de 2023.

Leia o discurso na íntegra:

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cessamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu, de verdade, em nosso país. Nossa robusta representação do congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, Pátria, Família e Liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil, nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso, mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, joguei dentro das quatro linhas da constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei com todos os mandamentos da nossa constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, religiosa, de opinião, a religião e as cores verde e amarelo da nossa bandeira.

Por Maga Stopassoli 01/11/2022 - 09:57 Atualizado em 01/11/2022 - 10:06

Eleito com 70% dos votos válidos, o que corresponde a 2.983.949 votos, Jorginho dos Santos Mello, nascido em Ibicaré em 15 de julho de 1956, será o governador de Santa Catarina a partir de janeiro de 2023. Ao seu lado, terá a joinvillense Marilisa Boehm, nascida em 16 de dezembro de 1964. Ele do signo de câncer. Ela, de sagitário.

Já a presidência da república será ocupada em 2023 por dois escorpianos. Luiz Inácio Lula da Silva, nasceu em 27 de outubro de 1945, na cidade de Caetés, Pernambuco. o vice, Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, nasceu em 7 de novembro de 1952 em Pindamonhangaba, São Paulo. Ambos foram eleitos com 60.345.999 votos e são do signo de escorpião.

De posse dessas informações nós queremos saber: como deverão ser os governos estadual e federal a partir do ano que vem?

Sim, você caiu num texto que vai tratar disso com base no signo dos envolvidos. E não adianta fazer cara feia: a gente sabe que todo mundo dá uma espiadinha no signo dos outros (pode confessar :D ). Para isso, consultei a Mestra Kabbalista, Alê Miranda e a Taróloga, Rachel Patrício.

Vamos começar com o mapa de Jorginho e Marilisa, analisado pela Alê Miranda

Jorginho Mello

Ele tem uma proteção muito grande do plano espiritual no governo dele.”

“Vejo no mapa dele que ele tem uma força muito grande de realização e que ele veio nessa vida pra poder aceitar desafios. É como se fosse assim: quando fica tudo muito calmo, muito parado, isso pode até ficar de certa forma depressivo, então mostra que é uma pessoa que gosta muito de desafios. Aqueles desafios que fazem a gente brilhar os olhos. E ele veio nessa vida pra poder sair um pouco de querer ficar apaziguando todos os lados e pra realmente tomar uma atitude, mas uma atitude que seja de coração. Eu vejo também que ele tem uma proteção muito grande do plano espiritual no governo dele.”

Marilisa Bohem

Ainda conforme, Alê Miranda, “o mapa da Marilisa mostra que ela precisa tomar muito cuidado com os momentos que podem “apertar os botões” dela e ela ser muito impulsiva, ou querer jogar tudo pro alto. Ela veio nessa vida realmente para aprender a lidar com as pessoas, a cooperar, colaborar então a política é algo fantástico. Ele e ela podem trabalhar juntos com ele trazendo esse gás e ela trabalhando o jogo de cintura dentro da política”.

Pessoas do signo de câncer costumam ser simpáticas, carinhosas e gentis, tornando a vivência uma experiência divertida. Mas muitas vezes ele pode ser dramático e chorão. Já os sagitarianos têm profundo senso de justiça, são espontâneos, otimistas e animados. Pessoas deste signo costumam ter dificuldade em conter seus impulsos. A mistura da personalidade característica destes dois signos deve render uma boa parceria de trabalho, indicando que eles terão êxito no mandato. Porém vale ressaltar a importância da paciência entre eles para não reeditar um novo “Moisés-Daniela”.

Jorginho deverá focar no crescimento econômico

 A taróloga Rachel Patrício diz que o governo de Jorginho Mello deverá focar em ações focadas na família, nos moldes conservadores e isso deverá ser bem aceito pela sociedade. Por outro lado, diz que a forma de gerir poderá ser interpretada em alguns momentos como inflexível pelos catarinenses. Rachel destaca que o novo governador deverá ter como principal objetivo o crescimento econômico do estado, setor que será exitoso. Além disso, Jorginho deverá ter um olhar voltado a programas de ajuda social. Mas não será simples. “O governo será marcado por trabalho duro e muita mão na massa. Isso vai exigir uma boa dose de paciência tanto do governador quanto da população”, destacou.

Presidência da República

Na presidência da república, teremos dois escorpianos. Lula e Alckmin são do mesmo signo, porém com algumas características diferentes um do outros já que nasceram em datas e locais diferentes. Escorpianos tendem a ser sentimentais, sensíveis, emocionais e determinados. Por outro lado, podem ser rancorosos, desconfiados e vingativos. Aqui lembrei de quando o agora presidente eleito ainda era alvo da Lava-jato e disse ao então juiz Sérgio Moro que se fosse absolvido, o juiz teria de estar preparado para ataques. Vingativo é pouco. “Não vou morrer antes de provar que Sérgio Moro é mentiroso”, diz Lula, provando que de rancor ele entende. Segundo Alê Miranda, ambos estão numa fase de grande maturidade e Escorpião traz a força do renascimento.

O signo de escorpião tem essa força e pode ser que sim, que eles voltem a renascer das cinzas

“O signo de escorpião tem essa força e pode ser que sim, que eles voltem a renascer das cinzas. Mostra muito jogo de cintura, equilíbrio e apaziguamento no mapa do Lula e também muito sentimentalismo. Ele vai ter que tomar cuidado pra não levar as coisas pro lado pessoal (alô Sérgio Moro) e equilibrar a razão com a emoção. O Alckmin pode ajudar ele nesse sentido também. Lula está com o Sol em Capricórnio, com tendência de levar as coisas à sério, de terminar o que começa. Ele também está com o Sol na casa 11 e isso é bom para a parte de relacionamento com as pessoas. Já a Lua de Lula está em Touro. Ele tem que tomar cuidado com a garganta. Se ele ganhar vai ter um ano difícil em termos de bloqueios e barreiras. As principais aberturas marcadas pra janeiro. Vai passar por um período difícil no período de junho do ano que vem e a partir de agosto, as coisas melhoram", destacou a taróloga.

Casos de corrupção e escândalos seríssimos

Rachel Patrício pontua que o próximo governo irá tentar diminuir a polarização para ter governabilidade e que as primeiras ações de governo serão focadas no combate à fome e na estabilidade econômica. A taróloga destaca ainda que Lula vai precisar entender que talvez não irá colher os louros do próximo mandato e isso deve bater de frente com seu ego. O próximo governo deverá revelar muitos casos de corrupção e escândalos seríssimos da atual gestão. Quando isso ocorrer, a polarização tende a aflorar com muita força novamente.

 

 

Por Maga Stopassoli 29/10/2022 - 19:57 Atualizado em 29/10/2022 - 20:00

Estamos a poucas horas do início da votação 2º turno da eleição mais disputada desde a redemocratização. Lula e Bolsonaro pautaram e foram pautados, desde a pré-campanha. A 3ª via nem arrancou. Todos os nomes que ensaiaram ser uma opção além do que estava posto, viraram coadjuvantes. É como se a história já estivesse escrita e esse duelo não pudesse ser protagonizado por nenhum outro nome da política nacional. Claro, que, cada um a seu modo, trabalhou para que esse embate fosse exatamente assim, como vai ser. Lula x Bolsonaro. Ambos queriam isso. Suas torcidas, também. Um tira-teima, um segundo turno que começou em 2018 e só está terminando agora.

Há um sentimento visceral de brasilidade entre a população. O clima de eleição furou a bolha dos apaixonados por política e foi parar nas rodas de conversas de todas as idades e classes sociais. Corroborando com o que dizem as pesquisas, de que mais de 90% dos eleitores já tem voto definido, o sentimento das ruas é exatamente esse. Não há ninguém que não esteja interessado em falar sobre política ou sobre seu candidato.

Como nunca visto antes na história desse país, artistas, empresários e influencers entraram no jogo e fizeram das tripas coração para tentar virar voto, com direito, inclusive, a vídeos inacreditáveis. Só que ninguém vira o voto de quem iria votar em Lula para votar em Bolsonaro, como não vira o voto de quem vai votar em Bolsonaro para votar em Lula. Se acontecer, é um ou outro. Não é regra, é exceção. A escolha de cada eleitor por esse ou aquele candidato é carregado de emoção.

Mas quem vai ganhar essa eleição?

Com a massiva participação popular, eu arrisco dizer que quem vai ganhar a eleição é o povo brasileiro.

“Maga, mas se fulano ganhar, teremos isso e aquilo e mais aquilo”.

É, e se beltrano ganhar, teremos outros tantos issos e aquilos. As coisas são como são. Quem poderia imaginar, lá em 2018, que o presidente eleito teria de gerir uma pandemia? Porque é assim que a história acontece, com alguma previsibilidade, mas, também, como muito “dar-se um jeito”, como bem disse o poeta.

Desde a eleição de 1989 que marcou o início de uma nova era política no Brasil pós-ditadura passaram-se pouco mais de 30 anos. Somos uma democracia jovem e, jovens, você sabe, se apaixonam com alguma facilidade e, por vezes, cometem erros. O brasileiro se “apaixonou” por seus candidatos. Tudo isso faz parte do aprendizado. Errar e acertar. Ao dizer que quem ganha a eleição é o povo brasileiro, me refiro justamente a esse processo indelével que promove o amadurecimento. Ganharemos experiência e aprendizado para lidar com o jogo eleitoral, de um jeito ou de outro.

As pesquisas indicam equilíbrio na disputa deixando absolutamente aberto o resultado. Tudo pode acontecer. Isso significa dizer que aproximadamente metade do país não vai gostar do resultado da eleição deste domingo. E é aqui que a coisa fica séria. Ainda que o processo eleitoral tenha sido permeado por notícias falsas e com recorde de denúncias de assédio eleitoral, que tiveram um aumento de 2000% em comparação com 2018, quem ganha, paradoxalmente, é o povo brasileiro. É lidando com essa espécie de submundo da vida real que o eleitor vai adquirir experiência. A internet, esse brinquedo proibido, ainda é uma ferramenta usada de modo pouco republicano. Por mais que dizer isso possa exaltar os ânimos, é assim que as coisas são, a gente concordando ou não.

No domingo, quando você for votar, escolha seu candidato pelas suas convicções e não por medo. Você tem um direito garantido por lei que é o direito ao voto. Num país em que a luta pelos direitos básicos da população precisa ser alimentada todos os dias, o seu direito ao voto talvez seja o único que ninguém possa tirar. É você e sua consciência, sozinhos, diante do teclado da urna. E é ali, que você protagoniza esse momento histórico, ainda que em silêncio. Segunda-feira a vida vai seguir seu curso e nós teremos escrito um dos capítulos mais importantes da história recente desse país.

Que a gente tenha orgulho quando precisar olhar para trás.

Boa eleição a todos.

Por Maga Stopassoli 26/10/2022 - 23:01 Atualizado em 26/10/2022 - 23:06

Bolsonaro com 80% dos votos em Santa Catarina. Essa foi a projeção feita pelo candidato a governador, Jorginho Mello (PL), nesta quarta-feira (26), em Criciúma. Há quatro dias do 2º turno, o franco favorito para vencer as eleições estaduais esteve na Associação da Imbralit em evento que contou com a presença de apoiadores, deputados, prefeitos e vice-prefeitos da região. O palco-palanque quase ficou pequeno para tanto apoio. Entre eles, o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), que no 1º turno declarou apoio a Carlos Moisés. O tubaronense discursou e disse que sente gratidão pelo candidato do PL.

Já Jorginho Mello falou sobre a expectativa de votos em Bolsonaro aqui no estado. “A gente estabeleceu com o Fabrício (de Oliveira), prefeito de Bal. Camboriú, o mais novo prefeito filiado no PL, a meta de 80% pro presidente aqui no estado. E não é nenhum absurdo porque ele em 2018 ele fez 76% aqui no estado. Não estamos superestimando. É possível”, disse.

Clésio com Jorginho

Quem abriu os trabalhos da noite foi Clésio Salvaro. O prefeito de Criciúma deu boas-vindas aos políticos presentes e disse que o maior ativo de seu partido, o PSDB, é nunca ter estado do “lado esquerdo” e reforçou o apoio a Jair Bolsonaro.

“Todos nós sabemos que a eleição do Jorginho, não tem eleição ganha, mas imaginamos ser uma eleição provável. Se o Jorginho veio até nós é porque ele está precisando do nosso voto, do nosso apoio. O maior ativo que o PSDB de Santa Catarina tem é que nós aqui, diferente de outros estados da federação, nós nunca estivemos do lado esquerdo. O nosso lado sempre foi estar na direita. Nós nunca estivemos com o PT e não é nessa eleição. Nós já decidimos, horas depois do resultado do primeiro turno, que nós estaríamos com o 22 pro governo do estado e 22 pra presidente da república”, declarou animado o prefeito enquanto recebia aplausos.

Julia, bloqueada no zap do prefeito, não aplaudiu

Desde a eleição de 2020, quando foi ferrenha opositora de Salvaro, Júlia Zanatta está bloqueada no whats do prefeito. Enquanto Salvaro discursava e era aplaudido pelo público presente, Júlia Zanatta, deputada federal recém-eleita, fazia cara de poucos amigos e não aplaudiu o prefeito criciumense em nenhum momento. Ela estava ao lado do líder tucano e como estava, ficou. Sem risadinha, como diria Jorginho Mello.

Confira no vídeo:

Sem aplausos: Júlia Zanatta não aplaude prefeito de Criciúma em evento do PL na cidade. (Este vídeo é uma gravação da tela dos stories publicados pelo prefeito).

Por Maga Stopassoli 25/10/2022 - 19:43 Atualizado em 25/10/2022 - 20:55

O prefeito de Criciúma assinou nesta terça-feira (25) um contrato de financiamento junto do Fonplata no valor de US$ 25 milhões de dólares. O que é o Fonplata e quais obras ele vai viabilizar você pode saber aqui: 

- O que é o Fonplata?

Só que um evento de assinatura de uma operação dessa magnitude sempre proporciona mais leituras do que só as doletas que entrarão na conta da prefeitura para realização de importantes obras estruturantes em terras carvoeiras. Uma das leituras foi o protagonismo que Clésio Salvaro pareceu fazer questão de dividir com seu fiel escudeiro, o secretário municipal do governo, Vagner Espíndola, o Vaguinho. No momento em que o prefeito assina e formaliza o contrato, Vaguinho posa despretensiosamente ao lado de Salvaro e, vocês sabem, imagens dizem muito. Seria o secretario de governo um dos nomes que passam pela cabeça do prefeito para ser candidato em 2024 com a sua indicação?

Clésio Salvaro assina novo contrato de empréstimo e tem ao lado, literalmente, Vaguinho Espíndola. Foto: Stefanie Machado/4oito

Claro que as coincidências estão aí pra isso e essa leitura pode estar equivocada, mas, isso nós vamos saber com o tempo. Por lá também esteve o atual secretário municipal de educação, Celito Cardoso que assumiu a pasta recentemente após a saída de Miri Dagostim. Celito é um dos nomes que figuram na lista dos prefeituráveis para 2024 pela sua trajetória e pelos resultados à frente da Secretaria da Fazendo de Criciúma. Vale lembrar que na semana passada a secretaria de educação decidiu fechar uma escola no bairro São Domingos sob o argumento de quue o número de alunos na instituição era baixo (hoje são 81 estudantes) e também os resultados do IDEB que estariam abaixo da média municipal. No planejamento estaria a realocação desses alunos em escolas de outros bairros. A comunidade não gostou da decisão e não arredou o pé, fazendo com que o próprio Clésio Salvaro convocasse uma reunião com a equipe no último domingo (23) e informasse que a escola seria mantida aberta. Depois disso, convocou a comunidade para comunicar a decisão. O secretário Celito Cardoso participou da reunião com a equipe, mas não ficou para a reunião com os pais dos alunos. A conferir se esse pequeno ruído de comunicação irá interferir nos desdobramentos futuros de quem irá receber a missão de encarar as urnas representando o atual prefeito.

Celito Cardoso, presente na assinatura do Flonpata nesta terça-feira (25). Foto: Stefanie Machado/4oito

 

 

Por Maga Stopassoli 23/10/2022 - 19:11 Atualizado em 23/10/2022 - 20:01

Protagonista no cenário político de Santa Catarina, a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) não se reelegeu, mesmo recebendo 84.454 votos. Faltaram apenas 193 votos na legenda para que ela também fosse eleita (voto na legenda significa que não precisariam ser votos na candidata Geovânia e, sim, em qualquer outro candidato de seu partido). Embora não tenha conseguido se eleger, De Sá deve voltar à Câmara Federal já que Carmen Zanotto, que foi quem ficou com a vaga da federação PSDB e Cidadania, é a favorita para assumir a Scretaria da Saúde num provável governo Jorginho Mello, abrindo a vaga da 1ª suplência (Geovânia).

A parlamentar foi a entrevistada no Programa Adelor Lessa na última sexta-feira (21) e, entre outras declarações, foi enfática ao dizer que não apoiou Eduardo Leite (ex-governador do RS e pré-candidato a presidente, ainda em 2021). É que ainda no período da pré-campanha, no ano passado, Geovânia de Sá, presidente estadual de seu partido, perdeu parte do apoio que recebia de apoiadores evangélicos. A polêmica começou por ocasião da visita à Santa Catarina do então pré-candidato a presidente, Eduardo Leite. Uma ala de apoiadores da igreja viu no gesto da deputada, um apoio ao candidato que eles não aprovavam. Durante a entrevista questionei a parlamentar se ela se arrependia desse apoio.

Ela respondeu assim:

“Eu não apoiei o Eduardo Leite. Eu recebi o Eduardo Leite, como recebi todos que eram pré-candidatos (em referência ao João Dória, que disputava as prévias com Leite). Eu estava lá recebendo ele de forma educada, como sempre aprendi. Deturparam uma informação. Não sei quais interesses tinha por trás disso. Poderia ter sido qualquer candidato. Parece que resumiram toda minha história a isso”.

Em meia hora de conversa, a deputada federal relembrou que votou com o Presidente Jair Bolsonaro nas pautas mais difíceis de aprovar. Além disso, falou sobre uma possível candidatura a prefeita de Criciúma, quando disse “eu me preparei pra isso”. Ainda durante a entrevista, mencionou a necessidade de que seu partido se reorganize e volte a ser, em suas palavras, “uma verdadeira social democracia”. Se considera trocar de partido e se sentiu que faltou o PSDB abraçar mais sua candidatura, também foram assuntos abordados.

A entrevista está no spotify, no link a seguir e começa em 1'6".

 

Foto: Thiago Silva
Foto: Thiago Silva

 

Por Maga Stopassoli 21/10/2022 - 15:47 Atualizado em 21/10/2022 - 16:59

Quem presenciou o encontro amistoso entre os peelistas Júlia Zanatta e Daniel Freitas, durante o encontro dos parlamentares do Sul, na noite desta quinta-feira (20), na Unesc, talvez tenha até estranhado. É que a ida para o PL do deputado federal, agora reeleito, não foi, digamos, uma operação pacífica. Pelo menos por parte da presidente do PL de Criciúma, Júlia Zanatta. A filiação do parlamentar no partido do Presidente não teria acontecido se dependesse da agora colega de bancada federal. Zanatta, que estava no PL desde 2020, achava que não caberiam dois candidatos da mesma cidade, do mesmo partido, disputando a mesma vaga, pois poderia ocorrer uma divisão de votos e acabar não elegendo ninguém. Nós, que cobrimos política, também achávamos que a conta poderia ser arriscada. Erramos. Couberam os dois na disputa e, agora, cabem os dois na mesma foto, confraternizando no encontro de ontem. E em 2023, caberão na Câmara Federal. É o fato, registrado em foto. E contra fotos, não há argumentos. #cheers

Foto: Clara Vasconcelos/4oito.

Por Maga Stopassoli 19/10/2022 - 16:05 Atualizado em 19/10/2022 - 16:09

Eleito em 2018 com mais de 70% dos votos, o governador Carlos Moisés da Silva era o candidato do Bolsonaro em Santa Catarina. Até aí, tudo bem, não fosse o fato de isso não ter sido combinado com os russos, ou melhor, com Bolsonaro.  Desde que iniciou sua gestão, Moisés mostrou que, de “candidato do Bolsonaro”, mesmo, ele só tinha o 17 do PSL, partido que naquele ano serviria de hospedeiro para abrigar os candidatos do presidente. E não que isso seja uma crítica. Sob alguns aspectos, pode até ser um elogio, dependendo de quem observa. Em quatro anos de mandato, além das polêmicas, Moisés nunca conseguiu se livrar da marca de traidor do presidente, assunto que ainda gera discussão e que nunca respondeu à pergunta: quando ocorreu o afastamento entre o governador e o presidente, fato que gerou a fama de traidor?

Corta para outubro de 2022, pós 1º turno das eleições

Nesta terça-feira (18), a jornalista Dagmara Spautz (NSC), divulgou com exclusividade em sua coluna, um vídeo gravado em 30 de agosto de 2018, em Porto Alegre, durante um evento, no início da campanha daquela eleição. Na gravação, estão presentes Lucas Esmeraldino (candidato a senador), Jair Bolsonaro (candidato a presidente), Carlos Moisés (candidato a governador) e Daniela Reihner (candidata a vice na chapa com Moisés). Todos do PSL e todos concorrendo pela primeira vez aos cargos citados.

O áudio da gravação é acompanhado de muito ruído, mas é possível compreender o breve diálogo entre eles. Enquanto uma pessoa da produção do evento coloca o microfone em Jair Bolsonaro, ele está de costas para Moisés, enquanto se dirige a Esmeraldino e diz em tom áspero:

“Olha só, vamos abrir o jogo aqui. Eu me dou bem com o Amin, eu me dou bem com todo mundo. Se fecha lá no estado, eu ganho antipatia com todo um montão de gente, e o candidato sou eu”.

Lucas Esmeraldino responde:

“Não, nós estamos subindo nas pesquisas”

Bolsonaro então vira de frente para Moisés, se dirige a Esmeraldino e continua:

“Então você fala, você encaminha".

Nesse momento, Moisés tenta interromper e argumenta dizendo que entre os candidatos ao governo no estado, não tem nenhum do PP.

Bolsonaro prossegue:

“Eu não quero problema no estado, a candidatura é minha. Quando você fecha com um cara, vocês sabem que, se ele não tem chance, eu ganho uma porrada de inimigos. É isso que eu quero que vocês entendam”.

A gravação é encerrada com Moisés dizendo: “nós vamos para o segundo turno”.

Naquela eleição, Jair Bolsonaro, então candidato a presidente pelo PSL, não queria que seu partido tivesse candidato próprio em Santa Catarina, decisão que foi contrariada pela sigla que, não só lançou candidato, como venceu a eleição com folga. Desde o primeiro dia de seu mandato, Moisés e Bolsonaro nunca tiveram uma relação aproximada, à exceção de situações que o cargo exigiu. A fama de traidor, que sempre pairou sobre a cabeça do governador catarinense, agora, parece muito mais uma birra de alguém que não lidou bem com uma ordem não cumprida, numa briga comprada por seus apoiadores.

A história

Moisés e Bolsonaro se elegeram em 2018. Em 2022, o governador catarinense não chegou ao segundo turno. Bolsonaro disputa a presidência com Lula, seu maior adversário e precisa recuperar 6 milhões de votos para garantir o segundo mandato. Amin, citado no vídeo e de quem o presidente nunca escondeu a proximidade, também foi candidato a governador neste ano e ficou em 5º lugar. Daniela Reihner, a vice, agora, foi candidata e se elegeu deputada federal, pelo atual partido de Bolsonaro. Nesta eleição, sabendo que a disputa seria mais difícil e menos previsível do que foi em 2018, Bolsonaro não negou e ainda declarou apoio a Jorginho Mello, “seu” candidato, desde o começo da campanha. É que agora a situação é outra e não dá para desperdiçar voto. Mello, que está no partido do presidente, tem aproximadamente 60% das intenções de votos aqui no estado. A conferir, caso eleito, se seguirá a cartilha bolsonarista à risca, ou se vai arriscar ser o próximo a ser chamado de traidor.

Por Maga Stopassoli 17/10/2022 - 13:20 Atualizado em 17/10/2022 - 13:52

“Isso não está nos meus planos”. Essa é resposta que você mais vai ouvir de agora em diante dos recém reeleitos deputados federais de Criciúma quando questionados sobre uma candidatura a prefeito em 2024. É que passada a eleição, pelo menos o 1º turno, quando são definidos os deputados estaduais e federais, começam as especulações sobre os possíveis nomes para a disputa municipal. Termina uma eleição, começa outra. Aqui em Criciúma, capital nacional dos apaixonados por política, existe ainda uma outra pergunta também repetida à exaustão: quem será o sucessor do Salvaro?

Por enquanto, três nomes surgem no cenário carvoeiro. São eles: Ricardo Guidi (PSD), Daniel Freitas (PL) e Acélio Casagrande (PSDB). Antes de continuar, importante destacar: sim, temos outros nomes no radar, porém, esta primeira análise levou em conta os federais reeleitos e quem obteve a maior votação da cidade. Resultaram os três nomes supracitados e que foram entrevistados após as eleições na Som Maior.

Ricardo Guidi

Mas é inegável que no dia a dia eu recebo inúmeras manifestações de que eu devo ser candidato a prefeito já na próxima eleição.

O deputado federal Ricardo Guidi foi reeleito com 74.066 votos. Destes, 13.582 foram de eleitores criciumenses. Vale destacar que a cidade contabilizou 117.431 votos válidos no 1º turno. Guidi, por estar em segundo mandato e ter feito boa votação em Criciúma, está automaticamente credenciado a ser candidato a prefeito na próxima eleição. Questionado sobre essa possibilidade, o deputado negou (mas não muito). “Acho que não é o momento de falar em eleição municipal agora. Mas é inegável que no dia a dia eu recebo inúmeras manifestações de que eu devo ser candidato a prefeito já na próxima eleição. Sem dúvida nenhuma eu tenho me preparado, acompanhei meu pai desde cedo, que foi prefeito dessa cidade. Mas realmente acho que não é o momento de discutir isso”, disse. Após a insistência de Adelor Lessa em saber se o filho da dona Sandra Zanatta já havia tratado do assunto com a prima e agora também deputada federal, Júlia Zanatta, o parlamentar disse que “muito sutilmente, como a gente conversa com todo mundo”, admitiu.

Daniel Freitas

Eleição na terra é tempo de guerra

O deputado federal Daniel Freitas (PL), também foi reeleito para mais um mandato na Câmara Federal. Freitas pôs na conta 108.001 votos, sendo 19.995 somente em Criciúma. Mais do que um nome natural para disputar a prefeitura, Freitas demonstrou vontade de ser candidato em 2024, ainda que com algum receio de usar as palavras erradas em terras salvaristas. É que no 1º turno das eleições deste ano, o prefeito de Criciúma gravou um vídeo de apoio ao então candidato. Por isso, na hora de responder se projetava uma candidatura municipal, ele disse o seguinte:

“Dizer que criciúma não passa pelos meus planos, seria uma ingratidão da minha parte. Mas as competentes mãos do prefeito Clésio Salvaro nos deixam muito tranquilos que a cidade está em boas mãos”. Depois, na sequência da entrevista, Daniel lembrou que “eleição na terra é tempo de guerra”. Vamos guardar essa frase pro futuro.

Acélio Casagrande

De que forma fazer o eleitor voltar a votar em propostas, em bandeiras e não em números?

Acélio Casagrande obteve o apoio público de Salvaro nesta eleição e fez a maior votação da história de Criciúma para deputado estadual: 26.621 votos. Mesmo assim, faltaram 780 votos para que ele conseguisse se eleger. A boa votação foi fruto da imagem colada a de Salvaro ou resultado do trabalho à frente da Secretaria da Saúde durante a pandemia? Por esse ou aquele motivo, seu desempenho foi expressivo e Casagrande passa a figurar de modo natural como um dos possíveis nomes para concorrer à prefeitura na próxima eleição. Questionado sobre isso, o agora novamente secretário municipal da saúde, escapou da resposta ao dizer que, mais importante que isso, é hora de reaprender a faze campanha. “De que forma fazer o eleitor voltar a votar em propostas, em bandeiras e não em números?”, disse em referência ao 13 e ao 22 (dos candidatos a presidente).

Acélio será o candidato do Salvaro?

Ele pode ser o que ele quiser

Na semana passada, quando reuniu a imprensa para falar sobre as obras do mirante Realdo Guglielmi, no Morro Cechinel, Salvaro falou que permanece no PSDB e se referiu a Acélio Casagrande dizendo que “ele pode ser o que ele quiser”. A manifestação em tom otimista com relação ao seu pupilo deu margem à interpretação de que o candidato que não se elegeu para deputado estadual, pode ser o nome do atual prefeito para as próximas eleições na Salvarolandia. É bom ressaltar que talvez nem o próprio Clésio tenha certeza da resposta para a pergunta que abre esse parágrafo, mas, uma coisa é certa: é bom começar a treinar a resposta pois será cada vez mais comum ouvi-la de agora em diante.

 

 

Por Maga Stopassoli 14/10/2022 - 10:44 Atualizado em 14/10/2022 - 11:10

Na entrevista exclusiva que concedeu à Adelor Lessa, Upiara Boschi e Maga Stopassoli e que foi ao ar na manhã desta quinta-feira (13), o governador Carlos Moisés falou sobre presente, passado e futuro e revelou que quis fazer um desafio pessoal. Ele queria saber como as pessoas iriam escolher seus candidatos. Em sua visão, era a oportunidade que as pessoas teriam para escolher um candidato com bons resultados e investimentos. Na prática, descobriu que nem os investimentos recordes em educação e infraestrutura ou a aprovação das contas do governo, sem ressalvas, pelo Tribunal de Contas do Estado, foram suficientes. O resultado do desafio, você já sabe.

“Eu descobri que as pessoas não sabem o que a gente faz no governo e que obra não dá voto”, brincou. “As pessoas me perguntam o que faltou? Faltou voto”.

Passado

Moisés foi “vítima”, entre outros fatores, do mesmo fenômeno que o conduziu ao poder em 2018: a onda bolsonarista que varreria o país naquele ano e que se repetiria com a mesma força, quatro anos mais tarde. Mas, a derrota nas urnas não tem só esse fator. O caminho escolhido por Moisés desde que saiu do PSL em 2021 e o partido que escolheu para disputar as eleições também tem lá suas contribuições. Não seria exagero dizer que talvez a maior contribuição do Republicanos, representado pelo número 10, tenha sido facilitar o jingle de campanha: Moisés é 10. Fora isso, o nanico partido conservador pouco conseguiu mobilizar sua militância. A ida de Moisés para o partido só não foi mais atravessada do que sua ausência no evento promovido pelo presidente estadual da sigla, o deputado estadual e bispo, Sérgio Motta, para lançar seus pré-candidatos em junho deste ano. A mini crise seria afastada dias depois quando ambos posaram para foto, sorridentes na Agronômica. Não convenceu. É como se Moisés e o Republicanos não tivessem conseguido levar o relacionamento para além das câmeras.

Depois disso, no período que antecedeu as convenções dos partidos, teve o MDB em chamas, com o perdão do trocadilho, brigando para decidir quem seria o vice. Àquela altura, Udo Döhler e Antídio Lunelli eram as opções viáveis, com mais chances para o primeiro. Na convenção, Moisés fez valer sua vontade e, o vice que ele preferia, venceu. Há um velho ditado que diz: “quem escolhe o vice que quer, tem de aceitar o resultado que vier”. E Moisés aceitou. Bom, a verdade é que não existe esse ditado, mas era o único jeito de explicar o que aconteceu. O MDB, até então o partido dos sonhos de qualquer chapa majoritária por deter 95 prefeituras sob o comando de prefeitos da sigla, também não brilhou os olhos quando viu a vaga de vice ir parar nas mãos de Döhler. Era a água no chopp da reeleição de Moisés. Recorte de cena aqui para dizer que o dia da convenção do MDB e do Republicanos, o fatídico 23 de julho, certamente foi um dos dias em que Moisés mais demonstrou que “brigaria” pela reeleição. “Eles perderam duas vezes e vão perder de novo”, disse durante o discurso que o oficializou candidato, no mesmo 23 de julho, em referência aos dois processos de impeachment que enfrentou e à reeleição. Daí em diante a história já contou.

Presente

O bem-humorado Carlos Moisés que nos recebeu na terça-feira, quando gravamos a entrevista, relatou como foi reagiu ao perceber que não iria para o 2º turno, mesmo antes do fim da apuração dos votos. “Chamei todo mundo que estava comigo e disse: aqueles que puderem contribuir com o novo governo, se forem convidados, mesmo que de modo temporário, independente de ser o governador A ou B, contribuam". 

"Isso é política. A vida não se resume a um cargo eletivo"

Questionado sobre ter feito as coisas a seu modo, o governador pontuou que “não precisava fazer movimento político pra pegar onda de quem quer seja, mesmo que isso me custasse uma não reeleição. Saio tranquilo e sereno com a certeza de que a minha missão foi cumprida e bem cumprida. Isso é política. A vida não se resume a um cargo eletivo. A história vai sendo recontada. Acredito que a gente não enxerga o todo. O tempo vai revelar as decisões corretas. Eu não me trairia. Tudo que a gente fez, fez acreditando muito. Desde acreditar na vacina, acreditar na ciência, acreditar nas medidas pra cuidar da vida das pessoas. Qual é o caminho pra gente enriquecer a democracia? Não tem outro caminho a não ser a educação. A educação vai nos tornar mais políticos”, ressaltou.

Última bolacha do pacote

“Pra nós não é quanto pior, melhor. Santa Catarina vai continuar crescendo, vai continuar sendo o estado mais seguro e mais feliz do brasil. Não existe a última bolacha do pacote. Não é você que faz as coisas acontecerem. É um grupo de pessoas envolvidas pra fazer um estado melhor. E acredito que, no atual contexto politico que se formou, pro governador Moisés o melhor de fato é o recolhimento”, justificou. Moisés não irá declarar voto nem para governador, nem para presidente. Manter-se neutro vai lhe exigir menos explicações do que declarar apoio para esse ou aquele candidato. “Eu vou votar, mas não pretendo influenciar ninguém pela minha escolha. Vou respeitar a escolha de todos, mas me dou o direito de não externar quem me representa”, disse.

"Vamos cada um cuidar da sua vida"

O governador que tem agora menos de 80 dias de mandato, revelou o desejo de passar um tempo na praia da Ipuã em Laguna, falou de fé e do que entende ter sido sua grande missão de vida. “Eu sou um homem de fé e acredito que todos nós temos uma missão. A minha grande missão foi salvar o maior número de catarinenses, isso vai ficar registrado na história e, vamos ser felizes né, vamos cada um cuidar da sua vida também. A mesma onda que me trouxe para o cenário político, sendo um desconhecido, as pessoas votaram num desconhecido e tiveram sorte de votar numa pessoa que fez um governo transparente e integro. A onda voltou e trouxe outras pessoas para o cenário. Tem muitos catarinenses que votaram em pessoas que eles não conhecem. Isso é um fato.”

"Eu dizia: as pessoas vão votar em projetos. Mentira" (risos)

Futuro

O poder é um organismo vivo e se movimenta. Agora, em Santa Catarina, o poder vai trocar de mãos. Em 2023, sai Carlos Moisés e entra o novo governador. Mas, será quem experimentou a  sensação do poder, não fica com um gostinho de quero mais? Moisés garante que não. Ainda durante a entrevista, o governador declarou que não há projetos políticos em seu radar. “Estou convencido de que minha contribuição para o estado aconteceu no período mais duro que foi durante a pandemia. A gente fez bonito. Temos aqui em Santa Catarina o melhor desempenho do Brasil no enfrentamento da pandemia”, destacou. Enquanto Moisés tenta convencer que ficará fora da vida pública, a política e o poder seguem seu curso, como se fossem movimentos sincronizados de uma dança que, ora escolhe quem irá levar para o meio do salão, ora troca de par.

Governador Carlos Moisés da Silva, encerra seu mandato em 31 de dezembro de 2022.

Por Maga Stopassoli 12/10/2022 - 20:25 Atualizado em 12/10/2022 - 20:28

O dobro de votos do 1º turno (e um pouco mais). É essa a votação que o candidato do PT, Décio Lima, precisa fazer para vencer a eleição no próximo dia 30. A verticalização da eleição nacional respingou em Santa Catarina e levou para a disputa em 2º turno, os representantes de Lula e de Bolsonaro, Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT). Nesta terça (11), o candidato do Lula foi nosso entrevistado e questionado sobre como pretende fazer para reverter esse cenário e ser o próximo governador.

Décio citou como exemplo sua eleição para prefeito de Blumenau em 1996 quando não havia perspectiva de vitória. Antes disso, disse que nunca faltou paixão em sua trajetória.

“Governar é levar resultado. Eu vou fazer um governo plural”, destacou.

Plano 1000 vai continuar

“Vocês vão me perguntar se eu vou continuar com o plano 1000. Tudo que é bom tem que continuar”, disse o candidato, em referência ao Plano 1000, programa criado durante a gestão de Carlos Moisés.

Piso da enfermagem

Décio Lima disse defendeu o piso da enfermagem e disse que esse setor da saúde se tornou um alicerce da saúde pública. “Vou lutar pelo piso e se for governador vou garantir o pagamento do ´piso da enfermagem”, frisou.

Preço da gasolina

“O problema da gasolina nós vamos com a retomada do pré-sal”, respondeu Décio Lima ao ser questionado sobre como compensar a queda da receita dos estados por conta da diminuição do preço da gasolina.

Quanto tempo vai durar o amor

Décio se autointitula o candidato do amor. Caso Bolsonaro vença a eleição presidencial, e Décio, a eleição estadual, quanto tempo duraria esse amor, questionamos. O candidato disse que o amor é eterno. Eu não tenho problema em conviver com as diferenças. Eu convivo com Bolsonaro 12 anos debaixo do mesmo teto (no período em que foram deputados federais).

Assista a entrevista na íntegra aqui:

 

Por Maga Stopassoli 10/10/2022 - 13:06 Atualizado em 10/10/2022 - 13:15

Atual representante do bolsonarismo em Santa Catarina e franco favorito a vencer a eleição para governador, o experiente candidato Jorginho Mello (PL), concedeu entrevista na manhã desta segunda à Rádio Som Maior, de Criciúma. Eu disse “atual” pois em 2018 a vaga de candidato bolsonarista foi ocupada por Carlos Moisés da Silva, eleito pelo falecido PSL, com uma votação expressiva, por ostentar a imagem de “candidato do Bolsonaro” aqui no estado. De lá para cá, muita coisa mudou e o candidato que representa o bolsonarismo, também. Jorginho Mello, que foi batizado “Jorginho” e não Jorge, como ele gosta de frisar, em algum momento parece destoar da imagem bolsonarista que tenta impor, como quando reforça que irá destinar 50% das vagas dos cargos comissionados de seu governo, às mulheres. Mello tem vasta vivência política, tendo ocupado diferentes funções, entre elas, deputado estadual, federal, presidente da Alesc, governador interino, senador.

Há três semanas do 2º turno, tem como adversário o candidato do PT, Décio Lima. Era o cenário dos sonhos projetado pelo candidato, já que pesquisas indicavam que enfrentar o representante da esquerda apontaria uma vitória com folga. Eu sei que você está aí pensando que as pesquisas falharam aqui no estado, mas vale lembrar que agora temos o resultado das urnas no 1º turno e elas deram 38% para Jorginho Mello e 17% para Décio Lima. Esses são os fatos. Uma semana após carimbar sua ida ao 2º turno, é possível observar que a preocupação dos eleitores catarinenses está voltada para duas questões centrais: qual será o perfil da equipe de governo que Jorginho pretende montar e como seria sua gestão numa eventual vitória de Lula.

Em meia hora de conversa, Jorginho Mello foi questionado sobre essas questões e também sua opinião sobre o piso da enfermagem, cotas para mulheres em seu governo, aporte de recurso estadual em obra federal, quais projetos do atual governo ele manteria, entre outros assuntos. A entrevista completa está disponível no youtube do Portal 4oito.

Se Lula vencer as eleições

No caso de uma vitória de Lula no próximo dia 30, Jorginho Mello disse que ocupar uma função pública é representar uma coletividade. “No caso do governador, está representando o estado, que precisa de parceria com o governo federal. Quem não fizer isso, prejudica o estado. Então não tenho dúvida, de que se não for o Presidente, mas, fique tranquila, a eleição já foi revertida. O relacionamento respeitoso tem que acontecer e isso eu sei fazer muito bem”, destacou, deixando claro que pretende manter bom relacionamento com o governo federal, independente de quem seja o Presidente.

Mello já foi governador

Upiara Boschi lembrou que neste domingo (9) fez 13 anos que Jorginho Mello assumiu o governo do estado interinamente (durante a gestão de Luiz Henrique da Silveira) e perguntou se foi naquela ocasião que ele decidiu que queria ser governador legítimo. Mello ressaltou que sempre imaginou um dia poder ser o governador deste estado. “Há muito tempo eu desejo ser. Quando assumi o senado eu falei que iria trabalhar pra construir uma candidatura a governador”.

Tirar dinheiro de obra dá uma conversa ruim

Adelor Lessa citou a BR 285, rodovia federal que teve a obra interrompida no início desse ano por falta de recurso. Depois, as obras foram retomadas com recurso estadual e, na sequência, com recurso federal. Para 2023 o orçamento da União prevê apenas R$ 320 mil pra essa obra, o que não daria para fazer nem um quilômetro de asfalto. Se o Sr. for governador, o estado vai colocar dinheiro na obra pra ela não parar, questionou o jornalista.

“Tirar dinheiro de uma obra dá uma conversa ruim. Se o governo federal não conseguir - mas vai conseguir-, é claro que nós vamos fazer isso. Tudo que é do Sul a gente vai tocar. Se o governo federal não tiver, nós vamos colocar e descontar imediatamente da dívida do estado”.

Dinheiro pra lá, dinheiro pra cá

Recentemente, Jorginho Mello disse que pretende dar continuidade ao Plano 1000, programa de repasse de verba aos municípios que ficou conhecido como “Pix”. Hoje, o candidato foi questionado sobre qual outro programa do atual governo ele daria sequência, além do pix. “Eu disse para os prefeitos, se a preocupação é dinheiro pra lá, dinheiro pra cá, fiquem tranquilos. Eu sendo governador a gente vai tocar com racionalidade todas as obras que são estruturantes”, respondeu.

Lu Ceretta na pasta da Educação?

Upiara Boschi perguntou se nomes que já foram indicados por Mello em outras gestões, como é o caso de Ronaldo Carioni (DNIT), podem compor o secretariado de seu governo. O candidato disse que não tem nenhum nome definido. “Depois de eleito vou tratar disso imediatamente. A imprensa falou sobre Professor Cimadon de Joaçaba, a Professora Lu Ceretta aí de Criciúma, para a Educação, são dois nomes extraordinários, mas não temos nada definido ainda. Vou chamar os melhores nomes de Santa Catarina”, pontuou.

Completar a tabela SUS

Adelor Lessa trouxe à pauta a tabela SUS e perguntou se em seu governo, Jorginho pretende completar a tabela, fazer um aporte periódico aos hospitais filantrópicos pra fazer um equilíbrio financeiro dos hospitais. “Claro. Nós vamos fazer um grande mutirão para zerar as filas”, disse o candidato.

Piso da Enfermagem

Continuando na pauta da saúde, perguntei sua opinião sobre o piso da enfermagem. “Sou a favor. Acho que o governo federal pode mexer no imposto da folha de pagamento dos hospitais pra ajudar. Tem fundos que a deputada federal Carmen Zanotto está fazendo um trabalho em Brasília.  Sou favorável ao piso. O Brasil tem dinheiro, os estados têm, acho que não é um bicho de sete cabeças. Dá pra fazer um sacrifício pra prestigiar eles”, concluiu.

Educação superior: aumentar os investimentos de 3 para 5%

“Vou comprar as vagas do sistema Acafe. Passar de 3 para 5% o investimento estadual em educação superior”, ressaltou.  Upiara quis saber de onde o governo vai tirar o dinheiro (aproximadamente R$ 2 bilhões). “Vamos tirar do próprio orçamento. é questão de prioridade”.

50% dos cargos comissionados para mulheres

Lembrei o candidato que no primeiro turno, ele havia dito que destinaria 50% das vagas dos cargos comissionados às mulheres. “O Sr. mantém essa promessa?”, perguntei. “Claro. Eu quero prestigiar as mulheres. Até brinquei que pode ser 60%. Quero contratar as melhores cabeças, pode ser 60% homem, mulher”.

 

 

Por Maga Stopassoli 07/10/2022 - 20:06 Atualizado em 07/10/2022 - 20:17

Começou nesta sexta-feira (7) e vai até o dia 28 de outubro a propaganda eleitoral gratuita (mas não muito), no rádio e na tv. Aqui em Santa Catarina, onde haverá 2º turno, o eleitor vai poder acompanhar a propaganda dos candidatos ao Governo do Estado, Décio Lima e Jorginho Mello e também para Presidente, na disputa entre Lula e Bolsonaro.

É nessa hora que o eleitor deve pensar:

- Tá, mas e eu com isso?

Vamos combinar que assistir propaganda eleitoral não é lá uma das coisas mais interessantes de se fazer. Imagina você, no seu momento de descanso, à noite, pensando: “nossa, queria tanto ver uma propaganda eleitoral agora pra dar uma distraída!”. Mas é do jogo. Faz parte do processo eleitoral. O eleitor deve ter direito ao acesso à propaganda dos candidatos que, por sua vez, tem a obrigação de bem comunicar suas propostas. Ou seria o candidato que tem o direito de falar de suas propostas e, o eleitor, o dever de assistir para fazer uma boa escolha na urna? Enquanto você decide qual é a melhor teoria, vamos falar dos candidatos que voltaram à cena hoje, mas não sem antes pontuar que:

O jogo virou, queridinhos

Antigamente, as peças publicitárias de um candidato tinham o poder de atrair voto e mudar o resultado de uma eleição. Só que desde 2018, essa lógica parece ter ficado para trás. Se antes a equipe de marketing traçava uma estratégia e conduzia o eleitor, primeiro atraindo sua atenção e depois convertendo essa atenção em voto, (como se fosse um funil de vendas), agora, o eleitor “diz” o que quer ver na propaganda de quem ele pretende votar. É ele, o eleitor, quem dá as cartas. Se havia restado alguma dúvida sobre isso lá em 2018, a eleição do último domingo, sacramentou. O eleitor é o dono da bola e, parece que o jogo virou.

Décio Lima: o que Bolsonaro fez em SC?

Com essa pergunta, o candidato a governador, Décio Lima (PT), abriu o primeiro programa de tv dessa segunda temporada de “Santa Catarina”. Ao melhor estilo lulista e sem medo de ser feliz, o candidato do PT citou nomes, provocou, falou de Lula, e foi pra cima de Bolsonaro e de Jorginho Mello, criticando as motociatas e cortes de verbas federais para o estado. Nos cinco minutos de duração, também teve imagens de bastidores do momento da apuração dos votos, trechos do comício de Lula em Florianópolis e propostas.

Jorginho Mello: agradecimento e vínculo com Bolsonaro

Com a segurança de quem sobreviveu ao 1º turno e captou a mensagem do que o eleitor quer ver na tv, Jorginho Mello deu continuidade ao que já vinha fazendo: vincular sua candidatura a Jair Bolsonaro. No vídeo que foi ao ar hoje, também com duração de cinco minutos, Jorginho cita o expressivo número de eleitos pelo PL, chama o Presidente de capitão e agradece os votos que recebeu. No recheio da peça de campanha, o candidato faz um breve resume de sua vida e lembra que nunca perdeu uma eleição.

62,21% x 29,54%

Enquanto Décio Lima tenta não demonstrar preocupação com as estatísticas que não estão a seu favor, no estado que votou massivamente em Bolsonaro, Jorginho Mello deixa claro que está só administrando o jogo. Ambos adotaram estratégias diferentes um do outro neste primeiro dia de propaganda do 2º turno. Enquanto Décio faz críticas ao atual Presidente com a estratégia de virar votos para Lula, Jorginho Mello passeia de verde e amarelo, sem fazer muitos ataques. No último domingo, Santa Catarina deu 62% de votos a Jair Bolsonaro, percentual que deve se repetir e até aumentar no próximo dia 30. Eleitoralmente, é como se Jorginho não tivesse muito mais o que fazer além de citar Jair Bolsonaro repetidamente. Já Décio Lima trabalhar para tentar virar esse jogo, ou, pelo menos, aumentar o percentual de Lula por aqui.

Por fim,

Tanto o candidato que nunca perdeu uma eleição, quanto o candidato que fez história na esquerda catarinense, indo para o 2º turno, sabem que atrair a atenção do eleitor não é tarefa fácil. Mas sabem, também, que o eleitor nunca esteve tão atento ao que dizem os postulantes às vagas de emprego abertas de quatro em quatro anos no Brasil.

 

 

 

Por Maga Stopassoli 06/10/2022 - 11:23 Atualizado em 06/10/2022 - 11:45

“Ou mudamos, ou ficamos para apagar as luzes”. A declaração vinda de uma fonte próxima do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, mostra o clima pós-eleições no Paço Municipal.

É que o PSDB, partido do prefeito, não teve um bom desempenho eleitoral. Dos três candidatos publicamente apoiados pelo líder tucano, dois eram do seu partido e não se elegeram, mesmo sendo alinhados ao presidente Jair Bolsonaro. Isso comprova, mais uma vez, que o bolsonarismo se concentra mesmo na sigla partidária onde está Bolsonaro. Não adianta declarar voto, fazer santinho, gravar vídeo com o Presidente e não estar em seu partido. Salvaro fez essa conta a começou a correr contra o tempo já que, não é exagero dizer, a eleição de 2024 já começou.

No radar de Salvaro, duas possibilidades: migrar para o PL, o partido de Bolsonaro (e de Jorginho Mello) ou, para o PP (de Esperidião Amin, que foi candidato ao governo e apoiado pelo prefeito de Criciúma).

O PL parece ser um caminho natural. Na esfera estadual, os movimentos do chefe do executivo criciumense começaram na segunda-feira (3), um dia após a ida de Jorginho Mello para o segundo turno. Nesta data, uma reunião capitaneada por Salvaro contou com a presença de prefeitos tucanos da Amrec e Amesc e serviu para unificar o discurso de apoio à reeleição de Jair Bolsonaro e da eleição de Jorginho Mello.

Aí você está se perguntando:

- Tá, mas se o Salvaro reuniu a tucanada, como fica se ele sair do partido?
Aí é que tá. Caso a previsão se confirme, é possível que haja uma debandada do ninho e mais lideranças deixem o PSDB e também migrem para a nova sigla.

Sobre o Progressistas

O PP e o União Brasil estão em conversa para definir se oficializam ou não uma federação partidária que ficaria vigente de 2023 a 2026. A razão central dessa discussão é a tentativa de reconduzir Artur Lira (PP) à Presidência da Câmara dos Deputados no início do ano que vem. Enquanto a definição sobre a federação não sai, Salvaro segue avaliando qual melhor caminho a seguir.

A mesma fonte citada anteriormente, ao ser questionada sobre a possibilidade de Salvaro ir para o PL, disse:

“É um partido com o perfil do Clésio. É uma hipótese, sim.”

 

Por Maga Stopassoli 05/10/2022 - 16:09 Atualizado em 05/10/2022 - 16:29

Sob o pretexto de trabalhar pela reeleição de Jair Bolsonaro, Jorginho Mello reuniu nesta quarta-feira (5), no comitê de campanha, os deputados federais e estaduais eleitos no pleito de domingo. “Não existe eleição ganha. Nós precisamos ter a humildade de apontar os nossos erros no primeiro turno e corrigi-los para o segundo”, disse.

Tentando afastar a ideia de “já ganhou” que paira sob a eleição estadual em que o candidato do PL contabilizou 38,62% dos votos válidos, o que corresponde a mais de 1,5 milhão de votos, Jorginho pediu concentração, força e união da sigla para reeleição do presidente Bolsonaro. Jorginho ouviu palavras de apoio e de compromisso por parte dos eleitos. Ao todo, em Santa Catarina, o PL, elegeu 11 deputados estaduais, seis federais e Jorge Seif como senador.

O encontro de hoje parece marcar um novo momento do PL de Santa Catarina que protagonizou momentos polêmicos entre alguns de seus integrantes durante a campanha. Mas nada como todo mundo eleito para acalmar os ânimos. São tempos de paz.

Jorginho reúne eleitos em momento de calmaria no PL.                                          Foto: Eduardo Valente

 

 

Por Maga Stopassoli 04/10/2022 - 20:51 Atualizado em 05/10/2022 - 08:53

O 1º turno das eleições gerais aconteceu neste domingo (2) e 48h após o fim da apuração ainda tem muita gente sacudindo a poeira. Além de muitos vídeos nas redes sociais dos candidatos eleitos e não eleitos, mandando um recado ao seu eleitor agradecendo pelos votos recebidos, nós também vimos outros recados nesta eleição. É bem verdade que as urnas não falam, as urnas simplesmente exalam o recado que vem do eleitor. Baseado nisso, fizemos uma breve análise do que elas disseram no domingo e compartilhamos aqui, com o nobre leitor.

1 - Catarinenses continuam campeões em Bolsonarismo

Santa Catarina concentra apenas 3,5% do eleitorado brasileiro, aproximadamente 5.5 milhões de eleitores. Neste primeiro turno, o estado deu a Jair Bolsonaro 62,21% dos votos (2.694.906 votos). Em Criciúma o percentual foi um pouco maior: 64,5% dos votos, o que corresponde a 75.743 votos, contra 26,79% de votos para Lula.

2 - Mulheres votam em mulheres?

Em Santa Catarina, não necessariamente. É que, segundo dados do TSE, as mulheres representam 52% do eleitorado catarinense, mas a representatividade feminina diminuiu nesta eleição. Em 2018 foram cinco mulheres eleitas entre os 40 representantes da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Em 2022, foram três. Paradoxalmente, são duas mulheres as parlamentares mais bem votadas do estado: Ana Caroline Campagnollo (PL) com 196.571 votos e Luciane Carminatti (PT) com 92.478 votos. Além delas, Ana Paula da Silva (Podemos) fez 58.694. As três são candidatas reeleitas, ou seja, não houve nenhuma candidatura feminina eleita para exercer seu primeiro mandato na Alesc.

3 - Moisés não teria governabilidade

O governador Carlos Moisés da Silva ainda não se manifestou publicamente sobre a derrota que sofreu neste domingo ao não ir para o 2º turno. Enquanto ele encaminha o fim do mandato e começa a organizar a transição de equipe para o próximo governo, deve estar olhando a lista de parlamentares que estarão na Alesc em 2023 e agradecendo o resultado das urnas. Moisés teria dificuldades em seu governo, já que o PL fez a maior bancada aqui no estado, elegendo 11 deputados estaduais. Por lá, encontraria, ainda, Antídio Lunelli, o ex-quase-candidato ao governo pelo MDB que, ao ser derrotado nas prévias, lançou candidatura como deputado estadual e foi eleito com 74.500 votos.

4 - Salvarismo em risco?

O prefeito de Criciúma, Clesio Salvaro apoiou publicamente três candidatos nesta eleição: a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB), candidata à reeleição, Acélio Casagrande (candidato a estadual) e Esperidião Amin (PP), candidato ao governo do estado. Nenhum foi eleito. Dada a influência política de Clésio Salvaro, o resultado ficou abaixo da expectativa.

5 – O apoio de João Rodrigues

Lembra que em março deste ano, João Rodrigues e Clésio Salvaro ensaiaram uma chapa para concorrer ao governo do estado? À época, a possibilidade chegou a causar um reboliço nos bastidores já que ambos são políticos influentes em suas cidades e têm alto nível de aprovação de suas gestões. Mas, assim como Salvaro, Rodrigues também não conseguiu transferir essa influência aos candidatos que apoiou. Prova disso foi o desempenho de Gean Loureiro (União), candidato a governador apoiado por Rodrigues, que ficou em 4º lugar em Chapecó, atrás, inclusive, do candidato do PT, Décio Lima. Além disso, o prefeito do oeste não conseguiu eleger sua candidata a deputada federal, Marlene Fengler. Isso não tira, em nenhum momento, o mérito dos líderes que são Salvaro e João Rodrigues. Mas mostra que o eleitor vota neles, propriamente, mas, mostra alguma resistência quando o voto é para candidatos que apoiam.

6 - Eleitor gosta de opiniões mais do que de projetos para o mandato

Se o nobre leitor fizer uma análise rápida dos eleitos nesta leva, vai observar que alguns dos que fizeram boa votação não apresentaram ao eleitor, digamos assim, nenhuma grande proposta. Eles entenderam que, melhor do que boas propostas, o eleitor gosta mesmo é de saber a opinião do candidato que irá receber seu voto. Planos para a educação, infraestrutura, saúde, emprego? Que nada. Quero saber o que você pensa sobre a família, hino nacional, constituição, etc. A essa altura do texto, talvez seja válido repetir o que disse lá no início: essa não é minha opinião. É apenas a leitura do que as urnas nos disseram no domingo.

7 – O Sul manteve suas oito cadeiras no parlamento catarinense

Uma das grandes preocupações da região sul nesta eleição era a possibilidade de diminuir a representatividade na Alesc, diminuindo o número de eleitos já que esta foi uma eleição com grande de número de candidatos. A pulverização dos votos poderia acabar “jogando contra” e elegendo menos deputados. Não foi o que aconteceu. Eram oito representantes em 2018 e permanecem oito em 2022. São eles: Jessé Lopes (PL), Julio Garcia (PSD), Volnei Weber (MDB), Tiago Zilli (MDB), Rodrigo Minotto (PDT), Estener Soratto (PL), Pepê Colaço (PP), Zé Milton Scheffer (PP).

8 – Na Câmara federal, nossa região manteve três cadeiras

Na Câmara Federal, o eleitor da região sul também ajudou a manter as três cadeiras que já a região já ocupava. Os representantes que estarão lá a partir de 2023 são: Júlia Zanatta (PL), Daniel Freitas (PL) e Ricardo Guidi (PSD).

9 – Amin em 5º lugar 

Baluarte da política catarinense, o agora novamente senador, Esperidião Amin terminou a eleição num amargo quinto lugar. Com uma trajetória vitoriosa, acumulando no currículo os cargos de governador do estado, deputado estadual federal, prefeito de Florianópolis e senador, Amin não passou batido pelos debates entre os candidatos no 1º turno. O candidato do Progressistas marcou o que deve ser sua última disputa eleitoral por momentos interessantes de embate com seus adversários, mas não conseguiu convencer o eleitor de que poderia ser “a renovação que o estado precisa”.  Em Criciúma, onde era apoiado por  Clesio Salvaro, o pepista também teve baixo desempenho, ficando em 4º lugar.

10 – Não há bolsonarismo fora do partido de Bolsonaro

Essa lição foi a mais importante lição desta eleição e foi feita pelo colega Upiara Boschi. Em sua análise, o jornalista conclui que não adianta ser bolsonarista e pedir votos para si e para o atual presidente se não estiver no mesmo partido de Jair Bolsonaro. Exemplo disso aqui no estado foi a tentativa de vários candidatos em tentar colar sua imagem a Bolsonaro pra tirar casquinha dessa influência. Não funcionou. Portanto, não importa a sigla partidária – em 2018 foi o falecido PSL com o 17 – para ter alguma vantagem na urna, só se for o mesmo número do partido do presidente.

Por fim, respondendo a pergunta mais repetida desde domingo, com a devida licença poética, lanço mão desse momento histórico de Dilma Roussef que disse: “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.

Assista Dilma Rousseff em 2010:

(to brincando, gente). O segundo turno vem aí e ainda temos muito chão até dia 30 de outubro.

 

 

Por Maga Stopassoli 02/10/2022 - 08:39 Atualizado em 02/10/2022 - 12:23

O primeiro candidato ao governo do estado a votar em Santa Catarina foi Esperidião Amin (Progressistas). O candidato votou já no começo da manhã, em Florianópolis, na Escola de Ensino Básico Presidente Roosevelt.

"Que o dia seja de paz, seja pacífico. Eu sou democrata por entender que não há outro processo que possa ser melhor que a democracia", declarou Esperidião Amin após registrar seu voto.

Candidato do Progressistas, Amin já votou em Florianópolis. Foto: reprodução.

Alex Alano, candidato do PSTU, votou em Cocal do Sul, no Colégio Padre Schuller, também no início da manhã. 

 

Jorge Boeira (PDT) votou no Núcleo Hercilio Luz, em Criciúma e em seguida falou com a imprensa, ainda no local.

Jorginho Mello (PL), já registrou seu voto em Herval do Oeste, na Escola de Educação Básica Melo e Alvim.

Candidato à reeleição, Carlos Moisés da Silva (Republicanos) votou em Tubarão por volta das 10h15 na manhã deste domingo. Ela foi ao Colégio São José acompanhado da sua esposa, Késia Martins da Silva, que foi professora na instituição, onde também estudaram as filhas Sarah e Raissa. 

Gean Loureiro, candidato a governador pelo União Brasil, votou nesta manhã no Colégio Catarinense, em Florianópolis.

Décio Lima (PT) votou às 11h38 na Faculdade Senac, em Blumenau. O político estava acompanhado da sua esposa, Ana Paula Lima, candidata a deputada federal, filha, genro e neto, além de simpatizantes. 

Por Maga Stopassoli 29/09/2022 - 18:11 Atualizado em 29/09/2022 - 18:16

No centro de uma polêmica nacional, o termo “voto útil” vem ganhando força nas discussões políticas, especialmente nesta reta final de campanha. O conceito de voto útil é mais ou menos o seguinte:

“Não gosto do candidato 1, mas gosto menos ainda do candidato 2 e o candidato que eu gostaria de votar não tem chance de se eleger, portanto, vou votar no candidato 1 pois me parece menos pior”.

Ao melhor estilo “segura na mão de Deus e vai” o eleitor tem feito suas escolhas buscando não só eleger o candidato de sua preferência, mas, principalmente, dificultar a eleição daquele que ele não quer ver ocupando cargo público, nem pintado de ouro. Ruim com esse, pior com aquele, bradam na internet e nos grupos de whatsapp.

Na esfera nacional o chamado voto útil foi abraçado em sua maioria pela esquerda. Entre os principais argumentos, defendem que os eleitores de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Trhonick (União) devem migrar seus votos a Lula (PT), pois projetam que o petista tem chance de ser eleito em 1º turno. E, claro, isso despertou fortes emoções entre os eleitores.

Diga ao povo que sou candidato

A narrativa que parece substituir o movimento #elenão de 2018 não foi abraçada integralmente pelo eleitor, mesmo assim, vem mobilizando militantes, artistas e empresários e provocou reação acalorada de Ciro Gomes (PDT). O candidato a presidente chegou a anunciar que faria um Manifesto à Nação – e fez – para dizer, em resumo, que: “diga ao povo que mantenho a candidatura e, repare bem, parem com esse negócio de voto útil”. Foi uma tentativa de estancar a possível debandada de parte de votos que irá contabilizar no próximo domingo. Segundo o levantamento feito pela Vox Radar, especializada em análise de redes sociais e publicado no site da Revista Valor Econômico, as menções sobre voto útil citando Ciro Gomes e Simone Tebet começaram no fim de agosto e tiveram um aumento expressivo entre os dias 9 e 10 de setembro. Paralelo a isso, Ciro subiu o tom dos ataques a Lula.

Em Santa Catarina essa história vai colar?

Nos últimos dias o eleitor catarinense vem considerando a possibilidade de entrar na onda do voto útil. Abertamente, nenhum candidato ao governo em Santa Catarina abraçou a narrativa a ideia, mas, o movimento começa a crescer por aqui também mesmo a essa altura do jogo, faltando dois dias e algumas horas para o dia da eleição. É possível perceber apoiadores deste ou daquele candidato se mobilizando através das redes sociais para conseguir atrair aquele valoroso eleitor que ainda não se decidiu ou que ainda possa mudar seu voto.

Acima de quaisquer narrativas, o voto deve ser útil mesmo para cada cidadão brasileiro.

 

 

 

 

 

Por Maga Stopassoli 28/09/2022 - 20:24 Atualizado em 28/09/2022 - 20:53

O último debate entre os candidatos ao governo do estado em Santa Catarina, promovido pela NSC e que foi ao ar na noite desta terça-feira (27) não teve grandes emoções. Mas a essa altura do campeonato e com as pesquisas indicando que as coisas não estão definidas, você sabe: um risco vira Francisco.

Foi o que aconteceu no penúltimo bloco do debate de ontem. O governador licenciado e candidato à reeleição, Carlos Moisés (Republicanos) deu uma declaração em resposta ao candidato Jorginho Mello (PL) que acabou sendo o ponto alto da noite. Veja:

“- Bom, já que você quer que eu fale a verdade. A Casan está em boas mãos, o Estado está investindo, são 3 bilhões na Celesc, investimentos altíssimos na Casan. Porque nós temos integridade, cuidamos dos contratos públicos. Diferentemente de você, que me procurou para eu não mexer em um contrato público que eu revisei, e economizei. Era R$ 100 milhões por ano, baixou para R$ 50 milhões”, disparou Moisés.

Mello reagiu imediatamente à fala do adversário, chamando-o de mentiroso e que ele teria de provar o que disse. Nesta quarta-feira, tanto Jorginho quanto Moisés estiveram em Criciúma para atos de campanha com seus apoiadores, mas a pergunta de milhões, foi: que contrato é esse, Moisés?

No fim do dia, Moisés falou com o blog por vídeo e em pouco mais de cinco minutos de conversa, respondeu que se tratava de um contrato do sistema prisional e que o encontro entre ele e o então senador teria acontecido no final de 2020. O candidato aproveitou para, mais uma vez, alfinetar Jorginho Mello e disse: “Se você perguntar pras lideranças políticas de Santa Catarina quem é Jorginho Mello, não tem um que dê uma referência boa. Eu realmente fico impressionado. Se tem uma unanimidade é isso”, disparou.

Assista aqui: 

Mais cedo, o jornalista Upiara Boschi publicou em seu site a informação de que Jorginho Mello havia protocolado uma ação por danos morais contra Carlos Moisés. Ainda durante a tarde, o candidato do Progressistas, Esperidião Amin, também entrou na conversa e apresentou notícia-crime contra Jorginho Mello para que o Ministério Público do Estado de Santa Catarina apure a denúncia que Carlos Moisés fez ontem no debate da NSC TV, ao afirmar que Jorginho teria solicitado ao governador para que não interferisse num contrato público de seu interesse, o que, se confirmado, pode configurar crime contra a Administração Pública estadual.

Em entrevista ao jornalista Adelor Lessa, Jorginho Mello negou que a conversa citada por Moisés tenha acontecido.
 

 

Por Maga Stopassoli 28/09/2022 - 17:39 Atualizado em 28/09/2022 - 18:04

Você já deve ter ouvido por aí que eleição geral é a copa do mundo do jornalismo político. Igual à Copa, a cobertura das eleições exige dedicação, treino, time jogando junto. Às vésperas da semifinal, já que em Santa Catarina devemos ter 2º turno, tenho a satisfação de integrar a equipe de jornalistas políticos do Portal 4oito e Rádio Som Maior, composto por um time que está ganhando. Estaremos juntos durante todo o dia na cobertura especial no Dia do Voto e, depois que a votação for encerrada, seguiremos acompanhando voto a voto a apuração. O eleitor vai votar para Deputado estadual, federal, Governador, Senador e Presidente da República e não é eleição pra cardíaco. As pesquisas recentes encomendadas pela Som Maior indicam que o cenário estadual ainda está indefinido, então imagina acompanhar a apuração com a trilha sonora, aquela, do Adelor?!

Antes disso, na sexta-feira (30), às 19h, teremos o Parlatório edição especial, com um balanço do 1º turno das eleições, incluindo os melhores momentos (outros nem tanto), dos candidatos e a repercussão do debate promovido pela NSC nesta terça-feira (27).

Ainda não sabemos o resultado das eleições deste domingo, mas, uma coisa a gente garante: na política, de tédio, ninguém morre.

Eu sou Maga Stopassoli e a partir de agora nos encontraremos também aqui no Portal 4oito. 

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