O anúncio do nome de Carmen Zanotto para comandar a Secretaria de Estado da Saúde (SES), foi um dos mais comemorados no início do governo Jorginho Mello. É que Carmen reunia os predicados esperados de quem ocupa uma das pastas mais sensíveis do governo. Carmen, além da experiência enquanto parlamentar, é conhecida por sua ampla defesa das pautas da saúde. É dela a Lei 13.896/19 que obriga o Sus a dar início ao tratamento para pacientes com câncer, dentro de 30 dias. E isso, sabemos, definitivamente, salva vidas. O tempo mais depressa para quem está doente e, no caso de pacientes com câncer, a briga também é contra o relógio. Ponto para a parlamentar Carmen Zanotto. Outra defesa incansável da deputada é para garantir o pagamento do piso da enfermagem. A biografia da lageana depõe a seu favor. Só que à frente da secretaria da Saúde, Carmen vive um período diferente e sem a mesma autonomia que sempre teve.
O erro
O atual governo do estado diz que herdou uma fila com mais de 100 mil catarinenses aguardando por um exame ou cirurgia eletiva. No afã de resolver tudo, Jorginho Mello prometeu e escalou Carmen para cumprir: zerar a fila em seis meses. Um erro anunciado. A promessa era cheia de boas intenções, mas também era impossível de ser cumprida no prazo estipulado. O erro na estratégia de comunicar que seu governo agiria com foco para diminuir a fila, ofuscou a própria execução do trabalho. Na manhã desta segunda-feira (14), Jorginho e Carmen detalharam o andamento da fila dos procedimentos cirúrgicos e de exames aqui no estado. Teve muito trabalho feito. Mas a promessa, que não precisava ter sido feita, não foi cumprida.
"Ah, você está achando pouco o que foi feito, então, Maga?"
Não! Pontuei, inclusive, no meu comentário de hoje, na rádio Som Maior, que teve muito trabalho entregue. E que a promessa do governo foi a principal responsável por ofuscar isso. Vi com bons olhos a exposição dos dados da Secretaria da Saúde, na manhã de ontem. É que mais importante do que ficar chateado com a cobrança da imprensa, é focar no trabalho.
Veja aqui os dados apresentados na coletiva de imprensa de ontem.